Duas variantes do Nutritional Risk in the Critically Ill (NUTRIC) como preditoras de mortalidade hospitalar em pacientes críticos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Amanda Forte dos Santos
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/198980
Resumo: Introdução: A desnutrição é uma situação comum em pacientes hospitalizados e é altamente frequente em pacientes críticos e está associada a um maior risco de mortalidade. O Nutritional Risk in the Critically Ill (NUTRIC) é um instrumento para identificação do risco nutricional especifica para pacientes criticamente doentes e sugere a utilização da interleucina-6 (IL-6) como marcador de inflamação aguda, parâmetro nem sempre disponível nas Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs). Já a proteína C-reativa (PCR) também é marcador inflamatório sensível, estável e de mais fácil dosagem. O objetivo deste estudo foi avaliar a concordância entre a versão modificada do escore NUTRIC (sem IL-6) (NUTRIC-1) e uma variante composta de PCR (NUTRIC-2) e sua capacidade de predizer mortalidade hospitalar em pacientes críticos. Métodos: Estudo de coorte prospectivo em 315 pacientes admitidos na UTI do Hospital de Clinicas de Porto Alegre (HCPA) no período de outubro de 2017 a abril de 2018. Os pacientes foram classificados como de alto risco nutricional (NUTRIC-1) quando apresentaram pontuação ≥5-9 pontos e para avaliação do NUTRIC-2 quando pontuação ≥6-10 pontos (1 ponto foi acrescentado quando PCR ≥10 mg/l). A concordância entre os instrumentos foi avaliada pelo teste Kappa. A capacidade preditiva de mortalidade foi avaliada pela curva Receiver Operating Characteristic (ROC). Resultados: Os pacientes apresentaram idade média de 60,8 ± 16,3 anos e 53,5% eram mulheres. A maioria dos pacientes apresentaram níveis de PCR ≥10mg/dl (n = 263; 83,5%) e admissão na UTI do tipo clinica (n = 219; 69,5%). A prevalência da mortalidade hospitalar foi observada em 41% dos pacientes avaliados. O alto risco nutricional, avaliado pelo NUTRIC 1 e 2 foi demonstrado em 57,5% e 55,6% dos pacientes críticos. Os instrumentos demostraram concordância forte e significativa (Kappa = 0,935; p = 0,020) e desempenho satisfatório para predizer mortalidade [AUC 0,695 (0,636-0,774) e 0,699 (0,640-0,758), NUTRIC-1 e NUTRIC-2, respectivamente]. Conclusão: Ambas as versões do instrumento NUTRIC apresentaram boa concordância e desempenho satisfatório como preditores de mortalidade hospitalar em pacientes críticos. Uma análise mais aprofundada desta variante e associação entre adequação nutricional e mortalidade é necessária.
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