O velho e o outro : a construção da velhice institucionalizada

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Batista, Mariana Tamara da Silva
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/253032
Resumo: Este trabalho tem por objeto traçar um caminho, a partir do olhar psicanalítico quanto à construção da velhice institucionalizada, partindo de cenas da experiência do trabalho com velhos em uma Instituição de Longa Permanência para Idosos. A aposta está em trabalhar os conceitos apontados pela psicanálise, buscando-se um laço entre estes conceitos e a experiência a fim de melhor contemplar o emaranhado de singularidades carregadas pelas questões a respeito da velhice institucionalizada, seus processos e suas elaborações; a equipe que trabalha com esses velhos e o luto dessas pessoas. A psicanálise, como método para se pensar a velhice, oferece um contraponto à naturalização do “novo envelhecimento”. Por refletir sobre o sofrimento não apenas como algo intrapsíquico, mas também como algo relacionado com situação da pessoa em um determinado mundo, com as ideologias, valores e ordens, a psicanálise pode ajudar a entender a velhice (Dourado; Leibing, 2021). A população idosa tem crescido significativamente e em ritmo acelerado comparada à população adulta e jovem. O crescimento dessa parte da população tem relação com a longevidade causada pelo avanço da medicina e da tecnologia. Também, a diminuição da fertilidade dos tempos modernos desencadeia uma taxa de envelhecimento maior comparada à taxa de natalidade, fazendo com que tenhamos mais idosos do que crianças. Assim sendo, faz-se necessário pensar como se manterá esse velho em uma sociedade a qual, a cada novo ano, torna-se menos possível produzir o cuidado; quem cuidará deste sujeito? Diante das inúmeras atividades em que os familiares que devem prestar o cuidado ao velho se encontram, aqueles se veem sem a possibilidade de efetivá-lo e seguem em busca de um espaço onde esse cuidado pode ocorrer de forma íntegra e respeitosa. Sendo assim, a busca pela institucionalização do velho se tornou comum na contemporaneidade.
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