Clonidina associada à morfina e midazolam em crianças submetidas à ventilação mecânica : estudo aleatório, duplamente encoberto e placebo controlado

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Molon, Marizete Elisa
Data de Publicação: 2007
Outros Autores: Piva, Jefferson Pedro, Karcher, Patricia, Baldissera, Trudiane
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/22965
Resumo: JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A síndrome de abstinência tem alta prevalência em nosso meio e, além do desconforto, prolonga o tempo de internação. O objetivo deste estudo foi avaliar a influência da adição de clonidina por via oral, à infusão contínua de morfina e midazolam na sedação de crianças submetidas à ventilação mecânica. MÉTODO: Foi realizado um estudo aleatório, duplamente encoberto e placebo controlado na UTI Pediátrica do Hospital Geral de Caxias do Sul, no período de maio de 2005 a agosto de 2006. Foram Incluídas crianças com idade entre 1 e 36 meses, submetidas à ventilação mecânica por mais de 12 horas, que utilizaram morfina e midazolam em infusão contínua. Foram divididas em dois grupos: clonidina (5 μg/kg) e placebo, associados à infusão de morfina e midazolam.As doses dos sedativos em infusão contínua foram definidas pelos médicos 2007assistentes. Diariamente foram registradas as doses de sedativos administradas nas 24 horas, assim como as doses intermitentes e aplicado o escore de Finnegan para definir e quantificar abstinência. Os grupos foram comparados quanto às doses de sedativos administradas, tempo de uso de infusão contínua, presença e duração da abstinência. RESULTADOS: Foram incluídas 69 crianças (31 no grupo clonidina e 38 no placebo). Os grupos foram semelhantes nas características gerais (peso, idade, sexo, indicação de ventilação mecânica). Ambos os grupos utilizaram altas doses cumulativas de sedativos, tanto em infusão contínua quanto intermitente. Completaram o estudo 59 pacientes, 25 no grupo clonidina e 34 no placebo. Em ambos os grupos a prevalência da abstinência foi semelhante (72% e 75%, respectivamente), sem diferença na sua duração e no tempo de ventilação mecânica. CONCLUSÕES: Em crianças submetidas à ventilação mecânica que utilizaram altas doses de opióides e diazepínicos, a adição de clonidina não promoveu redução nas doses diárias ou cumulativas de sedativos, não influiu na prevalência ou na evolução da abstinência.
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Foram divididas em dois grupos: clonidina (5 μg/kg) e placebo, associados à infusão de morfina e midazolam.As doses dos sedativos em infusão contínua foram definidas pelos médicos 2007assistentes. Diariamente foram registradas as doses de sedativos administradas nas 24 horas, assim como as doses intermitentes e aplicado o escore de Finnegan para definir e quantificar abstinência. Os grupos foram comparados quanto às doses de sedativos administradas, tempo de uso de infusão contínua, presença e duração da abstinência. RESULTADOS: Foram incluídas 69 crianças (31 no grupo clonidina e 38 no placebo). Os grupos foram semelhantes nas características gerais (peso, idade, sexo, indicação de ventilação mecânica). Ambos os grupos utilizaram altas doses cumulativas de sedativos, tanto em infusão contínua quanto intermitente. Completaram o estudo 59 pacientes, 25 no grupo clonidina e 34 no placebo. Em ambos os grupos a prevalência da abstinência foi semelhante (72% e 75%, respectivamente), sem diferença na sua duração e no tempo de ventilação mecânica. CONCLUSÕES: Em crianças submetidas à ventilação mecânica que utilizaram altas doses de opióides e diazepínicos, a adição de clonidina não promoveu redução nas doses diárias ou cumulativas de sedativos, não influiu na prevalência ou na evolução da abstinência.BACKGROUND AND OBJECTIVES: In our country, the abstinence syndrome has high prevalence and besides the distress prolongs the length of hospital stay. The aim of this study was to evaluate the influence of associating oral clonidine to the intravenous morphine plus midazolam continuous infusion in children submitted to mechanical ventilation. METHODS: Randomized, double blind, placebo controlled study, conducted in the PICU at the Hospital Geral of Caxias do Sul. All children (1-36 months) submitted to mechanical ventilation over 12 hours (May-2005/August-2006), which had used intravenous morphine and midazolam continuous infusion were included. They were randomized to received clonidine (5 μg/kg) or placebo associated to the sedative continuous infusion. The infusion sedative doses were at the discretion of the assistant physician. The administered doses in the previous 24 hours and the doses of intermittent sedation were daily collected. The abstinence syndrome was defined based on Finnegan Score. The groups were compared regarding the cumulative doses of sedatives, length of use of sedative continuous infusion, presence and duration of the abstinence. RESULTS: Were included 69 patients (31 in the clonidine group and 38 in the placebo group). The two groups were similar regarding the general characteristics (weight, age, gender, indication of mechanical ventilation). The midazolam and morphine doses (cumulative and intermittent doses) were not different in both groups. Completed the study 59 patients, 25 in clonidine group and 34 in placebo group. The prevalence of the abstinence was similar (72% and 75%, respectively), without difference in the recovery time neither related to the length of mechanical ventilation. CONCLUSIONS: In children submitted to mechanical ventilation using high dose of opioids and diazepinic infusion the addiction of clonidine did not decrease the daily doses neither the cumulative doses and nevertheless reduced the prevalence and the evolution of abstinence syndrome.application/pdfporRevista brasileira de terapia intensiva. Rio de Janeiro. Vol. 19, n. 3 (jul./set. 2007), p. 284-291ClonidinaMorfinaMidazolamRespiração artificialPediatriaCriançaAbstinenceClonidineMechanical ventilationSedationClonidina associada à morfina e midazolam em crianças submetidas à ventilação mecânica : estudo aleatório, duplamente encoberto e placebo controladoinfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000686768.pdf000686768.pdfTexto completoapplication/pdf302137http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/22965/1/000686768.pdf0acc70182e185586dfbe7cae8172df47MD51TEXT000686768.pdf.txt000686768.pdf.txtExtracted Texttext/plain33157http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/22965/2/000686768.pdf.txta399f57363e09e8a1b9476bea6e75722MD52THUMBNAIL000686768.pdf.jpg000686768.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg2134http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/22965/3/000686768.pdf.jpg9456527a4eb5258ceada0fd0524a7a9cMD5310183/229652018-10-17 08:01:31.005oai:www.lume.ufrgs.br:10183/22965Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2018-10-17T11:01:31Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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