Estigma e autoestigma na vivência de portadores de esquizofrenia

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ramos, Laura dos Santos
Data de Publicação: 2023
Outros Autores: Wetzel, Christine, Olschowsky, Agnes, Pavani, Fabiane Machado, Pires, Ananda Ughini Bertoldo
Tipo de documento: Capítulo de livro
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/271002
Resumo: Introdução: historicamente, o indivíduo portador de esquizofrenia é visto como um su- jeito perigoso e descontrolado, devendo ser afastado e isolado do convívio social. Apesar da Reforma Psiquiátrica Brasileira, esse imaginário social ainda se mantém presente, le- vando à estigmatização desses indivíduos, que enfrentam dificuldades de inserção social, preconceitos na própria família e intolerância aos sintomas do transtorno mental. Objeti- vo: analisar os processos de estigmatização e autoestigmatização na vivência de indivíduos portadores de esquizofrenia. Metodologia: trata-se de um estudo exploratório descritivo de abordagem qualitativa desenvolvido em um Centro de Atenção Psicossocial tipo II, loca- lizado no município de Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Participaram 10 indivíduos porta- dores de esquizofrenia que estavam em acompanhamento no serviço, durante a coleta dos dados entre os meses de agosto e outubro de 2021. Utilizou-se as técnicas de entrevistas semiestruturadas e de consulta aos prontuários. Os dados foram analisados mediante o mé- todo hermenêutico-dialético, resultando em duas categorias temáticas: “Estigmatização so- cial: barreira para inserção dos indivíduos com esquizofrenia na sociedade” e “Internalização dos estereótipos: eu queria ser como antes”, que foram discutidas nas seguintes categorias analíticas: periculosidade, incapacidade, exclusão social e incapacidade autoconferida. Resul- tados: na estigmatização, a concepção negativa associada ao transtorno mental permanece como principal influência na vida do indivíduo, presente em situações em que são julgados como perigosos e incapazes devido ao diagnóstico de esquizofrenia. Na autoestigmatização, os participantes internalizam a concepção de incapacidade, corroborando com sentimentos de baixa autoestima, baixa autoeficácia e autorreprovação. Conclusões: a estigmatização e o autoestigma impõem dificuldades e limitações na vida dos indivíduos com esquizofrenia, sendo indispensável o seu enfrentamento para possibilitar a reinserção social daqueles que sofrem e são estigmatizados por ter um diagnóstico psiquiátrico.
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