Profilaxia para úlcera de estresse nas unidades de terapia intensiva : estudo observacional multicêntrico

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Machado, André Sant'Ana
Data de Publicação: 2006
Outros Autores: Teixeira, Cassiano, Furlanetto, Luciano, Tonietto, Tulio Frederico, Balzano, Patrícia de Campos, Vieira, Silvia Regina Rios, Morais, Cristiane, Wilney Filho, João, Rocha, Marcelo Garcia da, Weingartner, Roger, Silva, Nilton Brandao da
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/22961
Resumo: JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: O sangramento digestivo por úlcera de estresse (SDUE) é uma complicação grave dos pacientes criticamente doentes e com necessidade de profilaxia baseada em critérios literários definidos. O objetivo deste estudo foi revisar o uso de profilaxia para SDUE em UTI do Estado do Rio Grande2006do Sul, comparando os resultados com as evidências atuais da literatura. MÉTODO: Estudo transversal realizado em um único dia, com coleta de dados de todos os pacientes internados em 21 unidades de terapia intensiva (UTI). Para análise dos dados, os pacientes foram distribuídos em três subgrupos (alto, médio e baixo risco de SDUE). RESULTADOS: Foram analisados 235 pacientes internados, com média de idade de 57,7 ± 19,5 anos e tempo médio de internação em UTI de 13 ± 19,7 dias. Os motivos de internação mais freqüentes foram sepse (26%) e pós-operatório de grandes cirurgias (16,2%). Da totalidade, 73% eram de alto risco para SDUE, 21,5% de risco intermediário e 5,5% de baixo risco. Dos 187 pacientes de alto risco, 139 estavam usando bloqueadores para SDUE (60% com bloqueadores histaminérgicos (BH2) e 39% com inibidor de bomba de prótons (IBP) para profilaxia (60%). Não recebiam profilaxia, apesar de indicada, 25,7% destes pacientes de alto risco. Dos 55 pacientes de risco intermediário para SDUE, 70,9% recebiam profilaxia (22 com BH2 e 17 com IBP) e dos 14 pacientes de baixo risco, 71% recebiam profilaxia (6 com BH2 e 4 com IBP). CONCLUSÕES: Este artigo traduziu a ausência de estratificação de risco para SDUE nas UTI do Estado, além da indicação de fármacos gastro-protetores sem critérios precisos para o seu emprego.
id UFRGS-2_69ae04b8c85a45895f65af88f83737c7
oai_identifier_str oai:www.lume.ufrgs.br:10183/22961
network_acronym_str UFRGS-2
network_name_str Repositório Institucional da UFRGS
repository_id_str
spelling Machado, André Sant'AnaTeixeira, CassianoFurlanetto, LucianoTonietto, Tulio FredericoBalzano, Patrícia de CamposVieira, Silvia Regina RiosMorais, CristianeWilney Filho, JoãoRocha, Marcelo Garcia daWeingartner, RogerSilva, Nilton Brandao da2010-05-28T04:18:54Z20060103-507Xhttp://hdl.handle.net/10183/22961000569340JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: O sangramento digestivo por úlcera de estresse (SDUE) é uma complicação grave dos pacientes criticamente doentes e com necessidade de profilaxia baseada em critérios literários definidos. O objetivo deste estudo foi revisar o uso de profilaxia para SDUE em UTI do Estado do Rio Grande2006do Sul, comparando os resultados com as evidências atuais da literatura. MÉTODO: Estudo transversal realizado em um único dia, com coleta de dados de todos os pacientes internados em 21 unidades de terapia intensiva (UTI). Para análise dos dados, os pacientes foram distribuídos em três subgrupos (alto, médio e baixo risco de SDUE). RESULTADOS: Foram analisados 235 pacientes internados, com média de idade de 57,7 ± 19,5 anos e tempo médio de internação em UTI de 13 ± 19,7 dias. Os motivos de internação mais freqüentes foram sepse (26%) e pós-operatório de grandes cirurgias (16,2%). Da totalidade, 73% eram de alto risco para SDUE, 21,5% de risco intermediário e 5,5% de baixo risco. Dos 187 pacientes de alto risco, 139 estavam usando bloqueadores para SDUE (60% com bloqueadores histaminérgicos (BH2) e 39% com inibidor de bomba de prótons (IBP) para profilaxia (60%). Não recebiam profilaxia, apesar de indicada, 25,7% destes pacientes de alto risco. Dos 55 pacientes de risco intermediário para SDUE, 70,9% recebiam profilaxia (22 com BH2 e 17 com IBP) e dos 14 pacientes de baixo risco, 71% recebiam profilaxia (6 com BH2 e 4 com IBP). CONCLUSÕES: Este artigo traduziu a ausência de estratificação de risco para SDUE nas UTI do Estado, além da indicação de fármacos gastro-protetores sem critérios precisos para o seu emprego.BACKGROUND AND OBJECTIVES: Gastrointestinal bleeding due to stress ulcer (GB) complicates critical disease, and must be received prophylaxis based on defined criteria. To evaluate the GB prophylaxis in Intensive Care Units (ICU), and to compare with the guidelines. METHODS: We carried out a cross-sectional multicenter study in 21 medical-surgical ICU in Brazil to investigate this issue. For data analysis, these were distributed in 3 sub-groups (high, moderate and low risk for GB). RESULTS: 235 patients were evaluated, with mean age of 57.7 ± 19.5 years and days on ICU 13 ± 19.7. The more common admission ICU diagnoses were sepsis (26%) and postoperative (16.2%) patients. Seventy-three (73%) of the patients were GB high risk, 21.5% moderate and 5.5% low risk. Of the 187 high risk patients, 139 were receiving GB prophylaxis (60% with histamine blockers (HB2) and 39% with proton pump inhibitors (PPI). Of these patients, 25.7% did not receive GU prophylaxis, although indicated it. not receive GU prophylaxis, although indicated it. Of the 55 moderate risk patients, 70.9% wer e receiving GU prophylaxis (22 with HB2 and 17 with PPI). Of the 14 low risk patients, 71% were using GU prophylaxis (6 with HB2 and 4 with PPI). CONCLUSIONS: Almost 80% of the patients made use of GB prophylactic drugs, with no agreement GU risk stratification. This study demonstrated the no adequate GU prophylaxis in the Brazilian ICU.application/pdfporRevista brasileira de terapia intensiva. Rio de Janeiro. Vol. 18, n. 3 (Jul-set. 2006), p. 229-233Úlcera pépticaUnidades de terapia intensivaCuidados críticosGastrointestinal bleedingIntensive Care UnitProphylaxisProfilaxia para úlcera de estresse nas unidades de terapia intensiva : estudo observacional multicêntricoinfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000569340.pdf000569340.pdfTexto completoapplication/pdf95814http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/22961/1/000569340.pdf6128c8a34171460f52e7274204a1158fMD51TEXT000569340.pdf.txt000569340.pdf.txtExtracted Texttext/plain23125http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/22961/2/000569340.pdf.txte3a94acdebf4c6e38509f16138bfded9MD52THUMBNAIL000569340.pdf.jpg000569340.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg2056http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/22961/3/000569340.pdf.jpg32f757119833b88c65b7ff5591f9ff92MD5310183/229612023-11-16 04:23:54.956313oai:www.lume.ufrgs.br:10183/22961Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2023-11-16T06:23:54Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Profilaxia para úlcera de estresse nas unidades de terapia intensiva : estudo observacional multicêntrico
title Profilaxia para úlcera de estresse nas unidades de terapia intensiva : estudo observacional multicêntrico
spellingShingle Profilaxia para úlcera de estresse nas unidades de terapia intensiva : estudo observacional multicêntrico
Machado, André Sant'Ana
Úlcera péptica
Unidades de terapia intensiva
Cuidados críticos
Gastrointestinal bleeding
Intensive Care Unit
Prophylaxis
title_short Profilaxia para úlcera de estresse nas unidades de terapia intensiva : estudo observacional multicêntrico
title_full Profilaxia para úlcera de estresse nas unidades de terapia intensiva : estudo observacional multicêntrico
title_fullStr Profilaxia para úlcera de estresse nas unidades de terapia intensiva : estudo observacional multicêntrico
title_full_unstemmed Profilaxia para úlcera de estresse nas unidades de terapia intensiva : estudo observacional multicêntrico
title_sort Profilaxia para úlcera de estresse nas unidades de terapia intensiva : estudo observacional multicêntrico
author Machado, André Sant'Ana
author_facet Machado, André Sant'Ana
Teixeira, Cassiano
Furlanetto, Luciano
Tonietto, Tulio Frederico
Balzano, Patrícia de Campos
Vieira, Silvia Regina Rios
Morais, Cristiane
Wilney Filho, João
Rocha, Marcelo Garcia da
Weingartner, Roger
Silva, Nilton Brandao da
author_role author
author2 Teixeira, Cassiano
Furlanetto, Luciano
Tonietto, Tulio Frederico
Balzano, Patrícia de Campos
Vieira, Silvia Regina Rios
Morais, Cristiane
Wilney Filho, João
Rocha, Marcelo Garcia da
Weingartner, Roger
Silva, Nilton Brandao da
author2_role author
author
author
author
author
author
author
author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Machado, André Sant'Ana
Teixeira, Cassiano
Furlanetto, Luciano
Tonietto, Tulio Frederico
Balzano, Patrícia de Campos
Vieira, Silvia Regina Rios
Morais, Cristiane
Wilney Filho, João
Rocha, Marcelo Garcia da
Weingartner, Roger
Silva, Nilton Brandao da
dc.subject.por.fl_str_mv Úlcera péptica
Unidades de terapia intensiva
Cuidados críticos
topic Úlcera péptica
Unidades de terapia intensiva
Cuidados críticos
Gastrointestinal bleeding
Intensive Care Unit
Prophylaxis
dc.subject.eng.fl_str_mv Gastrointestinal bleeding
Intensive Care Unit
Prophylaxis
description JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: O sangramento digestivo por úlcera de estresse (SDUE) é uma complicação grave dos pacientes criticamente doentes e com necessidade de profilaxia baseada em critérios literários definidos. O objetivo deste estudo foi revisar o uso de profilaxia para SDUE em UTI do Estado do Rio Grande2006do Sul, comparando os resultados com as evidências atuais da literatura. MÉTODO: Estudo transversal realizado em um único dia, com coleta de dados de todos os pacientes internados em 21 unidades de terapia intensiva (UTI). Para análise dos dados, os pacientes foram distribuídos em três subgrupos (alto, médio e baixo risco de SDUE). RESULTADOS: Foram analisados 235 pacientes internados, com média de idade de 57,7 ± 19,5 anos e tempo médio de internação em UTI de 13 ± 19,7 dias. Os motivos de internação mais freqüentes foram sepse (26%) e pós-operatório de grandes cirurgias (16,2%). Da totalidade, 73% eram de alto risco para SDUE, 21,5% de risco intermediário e 5,5% de baixo risco. Dos 187 pacientes de alto risco, 139 estavam usando bloqueadores para SDUE (60% com bloqueadores histaminérgicos (BH2) e 39% com inibidor de bomba de prótons (IBP) para profilaxia (60%). Não recebiam profilaxia, apesar de indicada, 25,7% destes pacientes de alto risco. Dos 55 pacientes de risco intermediário para SDUE, 70,9% recebiam profilaxia (22 com BH2 e 17 com IBP) e dos 14 pacientes de baixo risco, 71% recebiam profilaxia (6 com BH2 e 4 com IBP). CONCLUSÕES: Este artigo traduziu a ausência de estratificação de risco para SDUE nas UTI do Estado, além da indicação de fármacos gastro-protetores sem critérios precisos para o seu emprego.
publishDate 2006
dc.date.issued.fl_str_mv 2006
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2010-05-28T04:18:54Z
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/other
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10183/22961
dc.identifier.issn.pt_BR.fl_str_mv 0103-507X
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv 000569340
identifier_str_mv 0103-507X
000569340
url http://hdl.handle.net/10183/22961
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.ispartof.pt_BR.fl_str_mv Revista brasileira de terapia intensiva. Rio de Janeiro. Vol. 18, n. 3 (Jul-set. 2006), p. 229-233
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFRGS
instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron:UFRGS
instname_str Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron_str UFRGS
institution UFRGS
reponame_str Repositório Institucional da UFRGS
collection Repositório Institucional da UFRGS
bitstream.url.fl_str_mv http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/22961/1/000569340.pdf
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/22961/2/000569340.pdf.txt
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/22961/3/000569340.pdf.jpg
bitstream.checksum.fl_str_mv 6128c8a34171460f52e7274204a1158f
e3a94acdebf4c6e38509f16138bfded9
32f757119833b88c65b7ff5591f9ff92
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1798487095999725568