Implicações da cadência de pedalada sobre a potência mecânica e o período de contração muscular no ciclismo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Jacques, Tiago Canal
Data de Publicação: 2014
Outros Autores: Lanferdini, Fábio Juner, Bini, Rodrigo Rico, Vaz, Marco Aurelio
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/115394
Resumo: A energia mecânica necessária para a pedalada no ciclismo depende de ações musculares concêntricas e excêntricas. Contudo, até o momento não se tem conhecimento de como variações na cadência de pedalada podem infl uenciar o tipo de ação muscular utilizada. O presente estudo investigou os efeitos de alterações na cadência nas ações musculares concêntricas e excêntricas durante a pedalada. A absorção e a produção de potência pelas articulações foram calculadas para monitorar possíveis repercussões das mudanças na cadência sobre a cinética articular. Vinte e um ciclistas participaram do estudo (VO2pico: 64,1 ± 5.0 ml/kg/min; volume de treinamento: 368,2 ± 69,5 km/semana). Na primeira sessão de avaliação, a potência máxima (POMAX) e a potência produzida relativa ao segundo limiar ventilatório (POLV2) foram determinadas durante teste incremental até a exaustão. Na segunda sessão, os ciclistas realizaram dois testes de dois minutos de duração a 70 e 90 rpm e carga constante (POLV2). A ativação de seis músculos, a força aplicada no pedal e a cinemática do membro inferior direito foram avaliadas. Um maior tempo de ativação foi observado em fase excêntrica para os músculos vasto medial (8%; p < 0,01) e bíceps femoral (20%; p = 0,04) a 70 rpm em relação a 90 rpm, além de maior tempo de ativação em fase concêntrica para o músculo vasto medial (10%; p = 0,04) a 90 rpm em relação a 70 rpm. Não se observou diferença nas potências articulares entre as cadências testadas. A não alteração da potência articular sugere uma tendência de conservação do padrão do movimento com a alteração da cadência de pedalada. A ativação excêntrica de músculos da articulação do joelho pode estar relacionada com o controle articular, transmissão de força e redução do custo energético.
id UFRGS-2_74dc2bc900f4df2711621e9197e372b3
oai_identifier_str oai:www.lume.ufrgs.br:10183/115394
network_acronym_str UFRGS-2
network_name_str Repositório Institucional da UFRGS
repository_id_str
spelling Jacques, Tiago CanalLanferdini, Fábio JunerBini, Rodrigo RicoVaz, Marco Aurelio2015-04-17T01:58:03Z20141807-5509http://hdl.handle.net/10183/115394000945227A energia mecânica necessária para a pedalada no ciclismo depende de ações musculares concêntricas e excêntricas. Contudo, até o momento não se tem conhecimento de como variações na cadência de pedalada podem infl uenciar o tipo de ação muscular utilizada. O presente estudo investigou os efeitos de alterações na cadência nas ações musculares concêntricas e excêntricas durante a pedalada. A absorção e a produção de potência pelas articulações foram calculadas para monitorar possíveis repercussões das mudanças na cadência sobre a cinética articular. Vinte e um ciclistas participaram do estudo (VO2pico: 64,1 ± 5.0 ml/kg/min; volume de treinamento: 368,2 ± 69,5 km/semana). Na primeira sessão de avaliação, a potência máxima (POMAX) e a potência produzida relativa ao segundo limiar ventilatório (POLV2) foram determinadas durante teste incremental até a exaustão. Na segunda sessão, os ciclistas realizaram dois testes de dois minutos de duração a 70 e 90 rpm e carga constante (POLV2). A ativação de seis músculos, a força aplicada no pedal e a cinemática do membro inferior direito foram avaliadas. Um maior tempo de ativação foi observado em fase excêntrica para os músculos vasto medial (8%; p < 0,01) e bíceps femoral (20%; p = 0,04) a 70 rpm em relação a 90 rpm, além de maior tempo de ativação em fase concêntrica para o músculo vasto medial (10%; p = 0,04) a 90 rpm em relação a 70 rpm. Não se observou diferença nas potências articulares entre as cadências testadas. A não alteração da potência articular sugere uma tendência de conservação do padrão do movimento com a alteração da cadência de pedalada. A ativação excêntrica de músculos da articulação do joelho pode estar relacionada com o controle articular, transmissão de força e redução do custo energético.The mechanical energy required to propel the crank may depend on eccentric and concentric muscle actions. However, it is uncertain whether pedaling cadence would elicit changes in concentric and eccentric contributions. Therefore, the purpose of the present study was to investigate the effects of alterations in pedaling cadence on the eccentric and concentric muscle actions. Joint power production and absorption were calculated to assess potential effects from variations in pedaling cadence on joint kinetics. Twenty-one cyclists participated in this study (VO2pico: 64.1 ± 5.0 ml/kg/min; training volume: 368.2 ± 69.5 km/week). In their fi rst session, maximal power output (POMAX) and power output related to the second ventilation threshold (POVT2) were determined during an incremental maximal cycling test to exhaustion. In their second session, cyclists performed two 2-min trials with workload from their POVT2 at two different cadences (70 and 90 rpm). Muscle activation of six muscles, pedal forces and lower limb joint kinematics were evaluated. Longer eccentric contraction at 70 rpm for vastus medialis (8%; p < 0.01) and biceps femoris (20%; p = 0.04) were observed compared to 90 rpm. Longer concentric contraction for vastus medialis muscle (10%; p = 0.04) at 90 rpm was observed compared to 70 rpm. There were no differences in joint power production and absorption among pedaling cadences. No alterations in joint power could indicate maintenance of movement when pedaling cadence is changed. Eccentric contractions from knee muscles could be related to joint control, force transmission and reduced energy cost.application/pdfporRevista brasileira de educação física e esporte, São Paulo, SP,. Vol. 28, n.3 (jul./set. 2014), p. 387-394BiomecânicaContração muscularCiclismoEMGJoint kineticsJoint kinematicsStretch-shortening cycleImplicações da cadência de pedalada sobre a potência mecânica e o período de contração muscular no ciclismoPedaling cadence effects on mechanical power and muscle contraction timing during cycling info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000945227.pdf000945227.pdfTexto completoapplication/pdf619810http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/115394/1/000945227.pdf49288741ff864789ad0171626c629d8fMD51TEXT000945227.pdf.txt000945227.pdf.txtExtracted Texttext/plain29860http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/115394/2/000945227.pdf.txt291c9fe77a13bb96ce1fd50d020b6127MD52THUMBNAIL000945227.pdf.jpg000945227.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1948http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/115394/3/000945227.pdf.jpge5377348e102b314130d225ee4242dc4MD5310183/1153942018-10-29 08:13:10.97oai:www.lume.ufrgs.br:10183/115394Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2018-10-29T11:13:10Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Implicações da cadência de pedalada sobre a potência mecânica e o período de contração muscular no ciclismo
dc.title.alternative.en.fl_str_mv Pedaling cadence effects on mechanical power and muscle contraction timing during cycling
title Implicações da cadência de pedalada sobre a potência mecânica e o período de contração muscular no ciclismo
spellingShingle Implicações da cadência de pedalada sobre a potência mecânica e o período de contração muscular no ciclismo
Jacques, Tiago Canal
Biomecânica
Contração muscular
Ciclismo
EMG
Joint kinetics
Joint kinematics
Stretch-shortening cycle
title_short Implicações da cadência de pedalada sobre a potência mecânica e o período de contração muscular no ciclismo
title_full Implicações da cadência de pedalada sobre a potência mecânica e o período de contração muscular no ciclismo
title_fullStr Implicações da cadência de pedalada sobre a potência mecânica e o período de contração muscular no ciclismo
title_full_unstemmed Implicações da cadência de pedalada sobre a potência mecânica e o período de contração muscular no ciclismo
title_sort Implicações da cadência de pedalada sobre a potência mecânica e o período de contração muscular no ciclismo
author Jacques, Tiago Canal
author_facet Jacques, Tiago Canal
Lanferdini, Fábio Juner
Bini, Rodrigo Rico
Vaz, Marco Aurelio
author_role author
author2 Lanferdini, Fábio Juner
Bini, Rodrigo Rico
Vaz, Marco Aurelio
author2_role author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Jacques, Tiago Canal
Lanferdini, Fábio Juner
Bini, Rodrigo Rico
Vaz, Marco Aurelio
dc.subject.por.fl_str_mv Biomecânica
Contração muscular
Ciclismo
topic Biomecânica
Contração muscular
Ciclismo
EMG
Joint kinetics
Joint kinematics
Stretch-shortening cycle
dc.subject.eng.fl_str_mv EMG
Joint kinetics
Joint kinematics
Stretch-shortening cycle
description A energia mecânica necessária para a pedalada no ciclismo depende de ações musculares concêntricas e excêntricas. Contudo, até o momento não se tem conhecimento de como variações na cadência de pedalada podem infl uenciar o tipo de ação muscular utilizada. O presente estudo investigou os efeitos de alterações na cadência nas ações musculares concêntricas e excêntricas durante a pedalada. A absorção e a produção de potência pelas articulações foram calculadas para monitorar possíveis repercussões das mudanças na cadência sobre a cinética articular. Vinte e um ciclistas participaram do estudo (VO2pico: 64,1 ± 5.0 ml/kg/min; volume de treinamento: 368,2 ± 69,5 km/semana). Na primeira sessão de avaliação, a potência máxima (POMAX) e a potência produzida relativa ao segundo limiar ventilatório (POLV2) foram determinadas durante teste incremental até a exaustão. Na segunda sessão, os ciclistas realizaram dois testes de dois minutos de duração a 70 e 90 rpm e carga constante (POLV2). A ativação de seis músculos, a força aplicada no pedal e a cinemática do membro inferior direito foram avaliadas. Um maior tempo de ativação foi observado em fase excêntrica para os músculos vasto medial (8%; p < 0,01) e bíceps femoral (20%; p = 0,04) a 70 rpm em relação a 90 rpm, além de maior tempo de ativação em fase concêntrica para o músculo vasto medial (10%; p = 0,04) a 90 rpm em relação a 70 rpm. Não se observou diferença nas potências articulares entre as cadências testadas. A não alteração da potência articular sugere uma tendência de conservação do padrão do movimento com a alteração da cadência de pedalada. A ativação excêntrica de músculos da articulação do joelho pode estar relacionada com o controle articular, transmissão de força e redução do custo energético.
publishDate 2014
dc.date.issued.fl_str_mv 2014
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2015-04-17T01:58:03Z
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/other
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10183/115394
dc.identifier.issn.pt_BR.fl_str_mv 1807-5509
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv 000945227
identifier_str_mv 1807-5509
000945227
url http://hdl.handle.net/10183/115394
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.ispartof.pt_BR.fl_str_mv Revista brasileira de educação física e esporte, São Paulo, SP,. Vol. 28, n.3 (jul./set. 2014), p. 387-394
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFRGS
instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron:UFRGS
instname_str Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron_str UFRGS
institution UFRGS
reponame_str Repositório Institucional da UFRGS
collection Repositório Institucional da UFRGS
bitstream.url.fl_str_mv http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/115394/1/000945227.pdf
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/115394/2/000945227.pdf.txt
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/115394/3/000945227.pdf.jpg
bitstream.checksum.fl_str_mv 49288741ff864789ad0171626c629d8f
291c9fe77a13bb96ce1fd50d020b6127
e5377348e102b314130d225ee4242dc4
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1798487283799687168