Repouso de três horas não aumenta complicações após cateterismo cardíaco diagnóstico com introdutor arterial 6 F : ensaio clínico randomizado

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rocha, Vanety Silva
Data de Publicação: 2009
Outros Autores: Aliti, Graziella Badin, Moraes, Maria Antonieta P., Silva, Eneida Rejane Rabelo da
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/86972
Resumo: Introdução: Atualmente o tempo de permanência ideal no leito após cateterismo cardíaco diagnóstico não obedece a um consenso. Sua redução, dentro dos limites de segurança, aperfeiçoaria a utilização dos recursos existentes diante da demanda crescente de exames, além de melhorar o conforto dos pacientes. O objetivo deste estudo foi avaliar a segurança na redução do tempo de repouso no leito, de seis para três horas, após cateterismo cardíaco diagnóstico com introdutor arterial 6 F. Método: Ensaio clínico randomizado, realizado em laboratório de cardiologia intervencionista em Santa Maria (RS), entre agosto de 2007 e novembro de 2008. Foram incluídos pacientes submetidos a cateterismo cardíaco diagnóstico, com idade > 18 anos, de ambos os sexos, excluindo-se pacientes em uso de anticoagulantes, com obesidade mórbida, e história de discrasias sanguíneas, doenças da aorta ou com hipertensão arterial grave não-controlada. Os pacientes foram divididos em grupo intervenção, que deambulou três horas após remoção da bainha, e grupo controle, que deambulou seis horas após repouso no leito. Todos foram monitorados, a cada hora, pela equipe de enfermagem, e 24, 48 e 72 horas após a alta hospitalar, por meio de contato telefônico. Resultados: No total, foram incluídos 406 pacientes (200 no grupo intervenção e 206 no grupo controle), com média de idade de 64 ± 9,4 anos, 47,3% do sexo feminino e 17% de diabéticos. Sangramento ocorreu em 1 (0,5%) caso no grupo intervenção e em 4 (1,9%) no grupo controle; ocorreram 3 (1,5%) casos de hematoma no grupo intervenção e 4 (1,9%), no grupo controle; 4 (2%) pacientes apresentaram reação vasovagal no grupo intervenção e 7 (3,4%), no grupo controle. Não houve diferença entre os grupos para qualquer das comparações. Conclusões: A redução do tempo de repouso para três horas não aumentou as complicações nos pacientes que realizaram cateterismo cardíaco diagnóstico com introdutor arterial 6 F, mostrando-se segura quando comparada ao repouso de seis horas.
id UFRGS-2_7e121525ecd7f43c3e44119318b1b1aa
oai_identifier_str oai:www.lume.ufrgs.br:10183/86972
network_acronym_str UFRGS-2
network_name_str Repositório Institucional da UFRGS
repository_id_str
spelling Rocha, Vanety SilvaAliti, Graziella BadinMoraes, Maria Antonieta P.Silva, Eneida Rejane Rabelo da2014-01-29T01:53:59Z20090104-1843http://hdl.handle.net/10183/86972000739498Introdução: Atualmente o tempo de permanência ideal no leito após cateterismo cardíaco diagnóstico não obedece a um consenso. Sua redução, dentro dos limites de segurança, aperfeiçoaria a utilização dos recursos existentes diante da demanda crescente de exames, além de melhorar o conforto dos pacientes. O objetivo deste estudo foi avaliar a segurança na redução do tempo de repouso no leito, de seis para três horas, após cateterismo cardíaco diagnóstico com introdutor arterial 6 F. Método: Ensaio clínico randomizado, realizado em laboratório de cardiologia intervencionista em Santa Maria (RS), entre agosto de 2007 e novembro de 2008. Foram incluídos pacientes submetidos a cateterismo cardíaco diagnóstico, com idade > 18 anos, de ambos os sexos, excluindo-se pacientes em uso de anticoagulantes, com obesidade mórbida, e história de discrasias sanguíneas, doenças da aorta ou com hipertensão arterial grave não-controlada. Os pacientes foram divididos em grupo intervenção, que deambulou três horas após remoção da bainha, e grupo controle, que deambulou seis horas após repouso no leito. Todos foram monitorados, a cada hora, pela equipe de enfermagem, e 24, 48 e 72 horas após a alta hospitalar, por meio de contato telefônico. Resultados: No total, foram incluídos 406 pacientes (200 no grupo intervenção e 206 no grupo controle), com média de idade de 64 ± 9,4 anos, 47,3% do sexo feminino e 17% de diabéticos. Sangramento ocorreu em 1 (0,5%) caso no grupo intervenção e em 4 (1,9%) no grupo controle; ocorreram 3 (1,5%) casos de hematoma no grupo intervenção e 4 (1,9%), no grupo controle; 4 (2%) pacientes apresentaram reação vasovagal no grupo intervenção e 7 (3,4%), no grupo controle. Não houve diferença entre os grupos para qualquer das comparações. Conclusões: A redução do tempo de repouso para três horas não aumentou as complicações nos pacientes que realizaram cateterismo cardíaco diagnóstico com introdutor arterial 6 F, mostrando-se segura quando comparada ao repouso de seis horas.Background: Currently, bed rest time after diagnostic cardiac catheterization does not follow a consensus. Reducing it, within safety thresholds, would optimize the use of the existing resources in face of the increasing demand of these exams and would also improve patient comfort. The objective of this study was to evaluate the safety of reducing bed rest time from six to three hours after diagnostic cardiac catheterization with a 6 F arterial sheath. Method: Randomized clinical trial carried out at an Interventional Cardiology laboratory in Santa Maria, Rio Grande do Sul, Brazil, from August 2007 to November 2008. Male and female patients undergoing diagnostic catheterization aged > 18 years were included and patients on oral anticoagulants, with morbid obesity, history of bleeding, aortic diseases or non-controlled severe hypertension were excluded. Patients were divided into an intervention group (IG), with ambulation three hours after sheath removal, and a control group (CG), with ambulation after six hours of bed rest. They were all monitored hourly by the nursing team and 24, 48 and 72 hours after discharge by telephone contact. Results: Overall, 406 patients were included (200 in the IG and 206 in the CG), mean age was 64 ± 9.4 years, 47.3% were women and 17% were diabetic. There was 1 case of bleeding (0.5%) in the IG and 4 (1.9%) in the CG; there were 3 (1.5%) cases of hematoma in the IG and 4 (1.9%) in the CG; 4 (2%) patients presented a vasovagal reaction in the IG and 7 (3.4%) in the CG. There were no statistical differences between the two groups for any of the comparisons. Conclusions: The reduction of bed rest to three fístuhours did not increase complications in patients undergoing diagnostic cardiac catheterization with a 6 F arterial sheath, and proved to be safe when compared to the sixhour rest period.application/pdfporRevista Brasileira de Cardiologia Invasiva. São Paulo. Vol. 17, n. 4 (2009), p. 512-517Deambulação precoceDoença das coronáriasCuidados de enfermagemRepouso em camaCoronary disease/therapyEarly ambulationNursing careHeart catheterizationAmbulatory surgical proceduresBed restRandomized controlled trialRepouso de três horas não aumenta complicações após cateterismo cardíaco diagnóstico com introdutor arterial 6 F : ensaio clínico randomizadoThree-hour rest period after cardiac catheterization with a 6 F sheath does not increase complications : a randomized clinical trialinfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000739498.pdf000739498.pdfTexto completoapplication/pdf199562http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/86972/1/000739498.pdfaf46d01cdcf04134d4da66e830da80dfMD51TEXT000739498.pdf.txt000739498.pdf.txtExtracted Texttext/plain22086http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/86972/2/000739498.pdf.txt3b54ea2bed17c99ad7b2d6330932a8ccMD52THUMBNAIL000739498.pdf.jpg000739498.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1570http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/86972/3/000739498.pdf.jpgd38f8b9541c01cefee74bf18bd723b48MD5310183/869722021-03-09 04:49:29.529473oai:www.lume.ufrgs.br:10183/86972Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2021-03-09T07:49:29Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Repouso de três horas não aumenta complicações após cateterismo cardíaco diagnóstico com introdutor arterial 6 F : ensaio clínico randomizado
dc.title.alternative.en.fl_str_mv Three-hour rest period after cardiac catheterization with a 6 F sheath does not increase complications : a randomized clinical trial
title Repouso de três horas não aumenta complicações após cateterismo cardíaco diagnóstico com introdutor arterial 6 F : ensaio clínico randomizado
spellingShingle Repouso de três horas não aumenta complicações após cateterismo cardíaco diagnóstico com introdutor arterial 6 F : ensaio clínico randomizado
Rocha, Vanety Silva
Deambulação precoce
Doença das coronárias
Cuidados de enfermagem
Repouso em cama
Coronary disease/therapy
Early ambulation
Nursing care
Heart catheterization
Ambulatory surgical procedures
Bed rest
Randomized controlled trial
title_short Repouso de três horas não aumenta complicações após cateterismo cardíaco diagnóstico com introdutor arterial 6 F : ensaio clínico randomizado
title_full Repouso de três horas não aumenta complicações após cateterismo cardíaco diagnóstico com introdutor arterial 6 F : ensaio clínico randomizado
title_fullStr Repouso de três horas não aumenta complicações após cateterismo cardíaco diagnóstico com introdutor arterial 6 F : ensaio clínico randomizado
title_full_unstemmed Repouso de três horas não aumenta complicações após cateterismo cardíaco diagnóstico com introdutor arterial 6 F : ensaio clínico randomizado
title_sort Repouso de três horas não aumenta complicações após cateterismo cardíaco diagnóstico com introdutor arterial 6 F : ensaio clínico randomizado
author Rocha, Vanety Silva
author_facet Rocha, Vanety Silva
Aliti, Graziella Badin
Moraes, Maria Antonieta P.
Silva, Eneida Rejane Rabelo da
author_role author
author2 Aliti, Graziella Badin
Moraes, Maria Antonieta P.
Silva, Eneida Rejane Rabelo da
author2_role author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Rocha, Vanety Silva
Aliti, Graziella Badin
Moraes, Maria Antonieta P.
Silva, Eneida Rejane Rabelo da
dc.subject.por.fl_str_mv Deambulação precoce
Doença das coronárias
Cuidados de enfermagem
Repouso em cama
topic Deambulação precoce
Doença das coronárias
Cuidados de enfermagem
Repouso em cama
Coronary disease/therapy
Early ambulation
Nursing care
Heart catheterization
Ambulatory surgical procedures
Bed rest
Randomized controlled trial
dc.subject.eng.fl_str_mv Coronary disease/therapy
Early ambulation
Nursing care
Heart catheterization
Ambulatory surgical procedures
Bed rest
Randomized controlled trial
description Introdução: Atualmente o tempo de permanência ideal no leito após cateterismo cardíaco diagnóstico não obedece a um consenso. Sua redução, dentro dos limites de segurança, aperfeiçoaria a utilização dos recursos existentes diante da demanda crescente de exames, além de melhorar o conforto dos pacientes. O objetivo deste estudo foi avaliar a segurança na redução do tempo de repouso no leito, de seis para três horas, após cateterismo cardíaco diagnóstico com introdutor arterial 6 F. Método: Ensaio clínico randomizado, realizado em laboratório de cardiologia intervencionista em Santa Maria (RS), entre agosto de 2007 e novembro de 2008. Foram incluídos pacientes submetidos a cateterismo cardíaco diagnóstico, com idade > 18 anos, de ambos os sexos, excluindo-se pacientes em uso de anticoagulantes, com obesidade mórbida, e história de discrasias sanguíneas, doenças da aorta ou com hipertensão arterial grave não-controlada. Os pacientes foram divididos em grupo intervenção, que deambulou três horas após remoção da bainha, e grupo controle, que deambulou seis horas após repouso no leito. Todos foram monitorados, a cada hora, pela equipe de enfermagem, e 24, 48 e 72 horas após a alta hospitalar, por meio de contato telefônico. Resultados: No total, foram incluídos 406 pacientes (200 no grupo intervenção e 206 no grupo controle), com média de idade de 64 ± 9,4 anos, 47,3% do sexo feminino e 17% de diabéticos. Sangramento ocorreu em 1 (0,5%) caso no grupo intervenção e em 4 (1,9%) no grupo controle; ocorreram 3 (1,5%) casos de hematoma no grupo intervenção e 4 (1,9%), no grupo controle; 4 (2%) pacientes apresentaram reação vasovagal no grupo intervenção e 7 (3,4%), no grupo controle. Não houve diferença entre os grupos para qualquer das comparações. Conclusões: A redução do tempo de repouso para três horas não aumentou as complicações nos pacientes que realizaram cateterismo cardíaco diagnóstico com introdutor arterial 6 F, mostrando-se segura quando comparada ao repouso de seis horas.
publishDate 2009
dc.date.issued.fl_str_mv 2009
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2014-01-29T01:53:59Z
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/other
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10183/86972
dc.identifier.issn.pt_BR.fl_str_mv 0104-1843
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv 000739498
identifier_str_mv 0104-1843
000739498
url http://hdl.handle.net/10183/86972
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.ispartof.pt_BR.fl_str_mv Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva. São Paulo. Vol. 17, n. 4 (2009), p. 512-517
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFRGS
instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron:UFRGS
instname_str Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron_str UFRGS
institution UFRGS
reponame_str Repositório Institucional da UFRGS
collection Repositório Institucional da UFRGS
bitstream.url.fl_str_mv http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/86972/1/000739498.pdf
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/86972/2/000739498.pdf.txt
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/86972/3/000739498.pdf.jpg
bitstream.checksum.fl_str_mv af46d01cdcf04134d4da66e830da80df
3b54ea2bed17c99ad7b2d6330932a8cc
d38f8b9541c01cefee74bf18bd723b48
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1798487225824968704