Traqueostomia pediátrica : relato de uma série de casos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fraga, José Carlos Soares de
Data de Publicação: 2008
Outros Autores: Contelli, Fábio H.Á., Kruel, Juliana Rosito Pinto, Costa, Eduardo Corrêa, Backes, Ariane Nádia
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/255430
Resumo: Objetivo: Determinar a faixa etária, indicações e complicações de traqueostomia realizada em crianças até 12 anos de idade. Métodos: Revisão retrospectiva de 26 crianças submetidas à traqueostomia no período de novembro de 1999 ajulho de 2003, em hospital geral terciário. Resultados: A idade média das crianças foi de 32 meses; 17 (65,4%) eram menores de 1 ano. O procedimento foi eletivo em 20 (76,9%) e de emergência 6 (22,1 %). As principais indicações foram ventilação mecânica prolongada em 13 (50%), estenose subglótica em 5 (19,3%) e malformações congênitas em 4 (15,4%). As complicações foram tecido de granulação no traqueostoma em 7 (26,9%), hemorragia em 3 (11,5%), obstrução da cânula em 3 (11,5%), enfisema subcutâneo em 2 (7,7%), pneumotórax em 2 (7,7%), decanulaçao acidental em 2 (7,7%), estenose laríngea em 1 (3,8%) e infecção da ferida operatória em 1 (3,8%). Não foram observadas diferenças significativas entre as complicações observadas nos procedimentos eletivos e de urgência. Treze pacientes morreram por complicações não relacionadas à traqueostomia; onze (42,2%) permaneceram com traqueostomia, e 2 (7,7%) foram decanulados. Conclusões: Nos últimos anos ocorreram mudanças nas indicações e faixa etária das crianças submetidas à traqueostomia: ela é mais comumente realizada em crianças menores de um ano, e mais freqüentemente devido à intubação prolongada. A traqueostomia é um procedimento seguro quando é realizada por cirurgião treinado com a técnica cirúrgica e com cuidados pós-operatórios de hospital terciário de referência.
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