Fatores de risco para doença cardiovascular em pacientes com diagnóstico de depressão

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Schuh, Caroline Uggeri
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/188633
Resumo: Introdução: A associação entre depressão e fatores de risco cardiovasculares é cada vez mais frequente,. O aumento de risco cardiovascular em deprimidos está relacionado à presença de fatores desencadeadores, como obesidade, sedentarismo, dislipidemia, alcoolismo e tabagismo. Os índices de mortalidade e morbidade para pacientes cardíacos deprimidos é de extrema relevância. Objetivo: Identificar a presença de fatores de risco para o desenvolvimento de doença cardiovascular em pacientes com quadro de depressão internados em um hospital terciário. Métodos: Estudo transversal que envolveu adultos de ambos os sexos internados por episódio depressivo. O estado nutricional foi avaliado por meio de medidas antropométricas, (peso, altura e circunferência da cintura) e bioimpedância elétrica (BIA). Um questionário foi aplicado englobando os seguintes tópicos: perfil sociodemográfico, histórico familiar de doenças, consumo de produtos de tabaco e álcool, atividade física, além do questionário autoaplicável para medida da severidade da depressão (Rotina de avaliação do estado mental). Para avaliação do risco cardiovascular global, foi calculado o escore de Framingham. O teste qui-quadrado de Pearson (χ2) foi utilizado para testar a associação entre as variáveis categóricas. O nível de significância adotado foi p≤0,05. Resultados: Foram avaliados 54 indivíduos, predominantemente mulheres (59,3%), com idade média de 40,2±10,8 anos. A depressão foi classificada como grave na maioria dos pacientes (53,7%). Observaram-se percentuais elevados de histórico familiar para diversas doenças relacionadas ao risco cardiovascular, no entanto, somente a dislipidemia foi diagnosticada nesta população. Fumo e ingestão de bebida alcóolica foram relatados (32,5% e 24,1%, respectivamente), bem como a maioria dos pacientes foi classificado como sedentário e com sobrepeso/obesidade (81,5% e 66,7%, respectivamente). Percentual de risco obtido por meio do escore de Framingham foi encontrado em 42,9% dos indivíduos. Depressão leve associou-se positivamente aos pacientes com magreza/eutrofia, embora não significativo quando comparado aos outros fatores de risco. Conclusão: Nesta amostra, houve alta prevalência de fatores de risco cardiovascular, tendo destaque a dislipidemia, tabagismo/alcoolismo, sedentarismo e obesidade. Além disso, a maioria dos pacientes foi classificada com depressão grave.
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spelling Schuh, Caroline UggeriBosa, Vera LúciaRockett, Fernanda Camboim2019-02-09T02:34:33Z2017http://hdl.handle.net/10183/188633001083608Introdução: A associação entre depressão e fatores de risco cardiovasculares é cada vez mais frequente,. O aumento de risco cardiovascular em deprimidos está relacionado à presença de fatores desencadeadores, como obesidade, sedentarismo, dislipidemia, alcoolismo e tabagismo. Os índices de mortalidade e morbidade para pacientes cardíacos deprimidos é de extrema relevância. Objetivo: Identificar a presença de fatores de risco para o desenvolvimento de doença cardiovascular em pacientes com quadro de depressão internados em um hospital terciário. Métodos: Estudo transversal que envolveu adultos de ambos os sexos internados por episódio depressivo. O estado nutricional foi avaliado por meio de medidas antropométricas, (peso, altura e circunferência da cintura) e bioimpedância elétrica (BIA). Um questionário foi aplicado englobando os seguintes tópicos: perfil sociodemográfico, histórico familiar de doenças, consumo de produtos de tabaco e álcool, atividade física, além do questionário autoaplicável para medida da severidade da depressão (Rotina de avaliação do estado mental). Para avaliação do risco cardiovascular global, foi calculado o escore de Framingham. O teste qui-quadrado de Pearson (χ2) foi utilizado para testar a associação entre as variáveis categóricas. O nível de significância adotado foi p≤0,05. Resultados: Foram avaliados 54 indivíduos, predominantemente mulheres (59,3%), com idade média de 40,2±10,8 anos. A depressão foi classificada como grave na maioria dos pacientes (53,7%). Observaram-se percentuais elevados de histórico familiar para diversas doenças relacionadas ao risco cardiovascular, no entanto, somente a dislipidemia foi diagnosticada nesta população. Fumo e ingestão de bebida alcóolica foram relatados (32,5% e 24,1%, respectivamente), bem como a maioria dos pacientes foi classificado como sedentário e com sobrepeso/obesidade (81,5% e 66,7%, respectivamente). Percentual de risco obtido por meio do escore de Framingham foi encontrado em 42,9% dos indivíduos. Depressão leve associou-se positivamente aos pacientes com magreza/eutrofia, embora não significativo quando comparado aos outros fatores de risco. Conclusão: Nesta amostra, houve alta prevalência de fatores de risco cardiovascular, tendo destaque a dislipidemia, tabagismo/alcoolismo, sedentarismo e obesidade. Além disso, a maioria dos pacientes foi classificada com depressão grave.Background: An association between depression and cardiovascular risk factors increasingly frequent, leading to clinical worsening of individuals. Mortality and morbidity rates for depressed and extremely relevant cardiac patients. The increase in cardiovascular risk in depressed individuals is related to the presence of triggering factors, such as obesity, sedentary lifestyle, dyslipidemia, alcoholism and smoking. Objective: To identify the presence of risk factors for the development of CVD in patients with depression admitted to a hospital in southern Brazil. Methods: a cross-sectional study involving adults of both sexes hospitalized for a depressive episode. The nutritional status was evaluated through anthropometric measures of weight, height, waist circumference and electrical bioimpedance (BIA). A questionnaire was applied encompassing the following topics: sociodemographic profile, family history of diseases, consumption of tobacco products and alcohol consumption, physical activity, besides the self-administered questionnaire to measure the severity of depression. For the evaluation of global cardiovascular risk, the Framingham score was calculated. Pearson's chi-square test (χ2) was used to test the association between categorical variables. The significance level adopted was p≤0.05 and 95% CI. Results: Fifty-four individuals, predominantly women (n = 32), with a mean age of 40.2 ± 10.8 years, were evaluated. Depression was classified as severe in most patients (59,3%). There was a high percentage of family history for several diseases related to cardiovascular risk, however, only dyslipidemia was diagnosed in this population. Smoking and alcoholic drink intake were reported (32.5% and 24.1%), and most of the patients were classified as sedentary and overweight / obese (81.5% and 66.7%). Percentage of risk obtained using the Framingham score was found in 42.9% of the individuals. Mild depression was positively associated with thin / eutrophic patients, although not significant when compared to other risk factors. Conclusions: In this sample, there was a high prevalence of cardiovascular risk factors, with emphasis on dyslipidemia, smoking / alcoholism, physical inactivity and obesity. In addition, most patients were classified as having severe depression.application/pdfporDepressãoFatores de riscoDoenças cardiovascularesDepressionCardiovascular RiskCardiovascular diseaseFatores de risco para doença cardiovascular em pacientes com diagnóstico de depressãoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de MedicinaPorto Alegre, BR-RS2017Nutriçãograduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001083608.pdf.txt001083608.pdf.txtExtracted Texttext/plain126798http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/188633/2/001083608.pdf.txt65e8a62361c3655e40162bedfab4733eMD52ORIGINAL001083608.pdfTexto completoapplication/pdf845039http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/188633/1/001083608.pdf6c4612cc59505d0636e5bc1be9793dbeMD5110183/1886332021-03-09 04:36:20.278361oai:www.lume.ufrgs.br:10183/188633Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2021-03-09T07:36:20Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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