Insulin binding characteristics in canine muscle tissue : effects of the estrous cycle phases

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pöppl, Alan Gomes
Data de Publicação: 2016
Outros Autores: Valle, Sandra Costa, Diaz Gonzalez, Félix Hilário, Kucharski, Luiz Carlos Rios, Silva, Roselis Silveira Martins da
Tipo de documento: Artigo
Idioma: eng
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/271122
Resumo: As flutuações hormonais durante as diferentes fases do ciclo estral são uma causa importante de resistência insulínica em fêmeas caninas, e poucas informações são conhecidas sobre defeitos na ligação da insulina ao seu receptor, ou defeitos pós-receptor associados com resistência à insulina em cães. Para avaliar as características da ligação insulina-receptor no tecido muscular de cadelas durante o ciclo estral, dezessete pacientes foram utilizadas no estudo (seis em anestro, cinco em estro e seis em diestro). Um teste de tolerância à glicose intravenosa (IVGTT) foi realizado em todas as pacientes por meio da infusão de 1mL/kg de uma solução de glicose 50% (500mg/kg), com coletas de sangue para determinação de glicemia nos tempos 0, 3, 5, 7, 15, 30, 45 e 60 minutos da injeção de glicose. Amostras de tecido muscular foram coletadas durante ovariohisterectomia, imediatamente congeladas em nitrogênio líquido, e posteriormente armazenadas a -80°C até a preparação das membranas por meio de homogeneização e centrifugação sequencial. Para os experimentos de ligação hormônio-receptor, as membranas foram incubadas na presença de 20.000cpm de 125I-insulina humana, e concentrações crescentes de insulina regular humana não marcada para saturação fria. O IVGTT não mostrou diferenças entre as pacientes em diferentes fases do ciclo estral com relação a glicemia basal, ou na resposta glicêmica após infusão de glicose nos tempos estudados. Dois sítios de ligação da insulina, um de alta-afinidade, e outro de baixa afinidade, foram detectados pela análise de Scatchard, e diferenças significativas foram detectadas na constante de dissociação (Kd1) e capacidade de ligação máxima (Bmax1) dos sítios de ligação de alta-afinidade. O Kd1 para o grupo anestro (6,54±2,77nM/mg de proteína) foi menor (P<0,001) que os Kd1 dos grupos estro (28,54±6,94 nM/mg de proteína) e diestro (15,56±3,88nM/mg de proteína). Os Bmax1 dos grupos estro (0,83±0,42nM/mg de proteína) e diestro (1,24±0,24nM/mg de proteína) também foram maiores que os valores encontrados no grupo anestro (0,35±0,06nM/mg de proteína). Estes resultados demonstram uma modulação das características de ligação da insulina nas diferentes fases do ciclo estral em cães, evidenciando uma menor afinidade de ligação da insulina ao seu receptor no tecido muscular durante o estro e diestro. Contudo, esta menor afinidade de ligação hormônio-receptor é compensada por uma maior capacidade de ligação, o que fica também evidenciado pela ausência de diferenças na resposta glicêmica das pacientes após um desafio com glicose por via endovenosa.
id UFRGS-2_985a6a0a9918b1313102085b2f5c5db2
oai_identifier_str oai:www.lume.ufrgs.br:10183/271122
network_acronym_str UFRGS-2
network_name_str Repositório Institucional da UFRGS
repository_id_str
spelling Pöppl, Alan GomesValle, Sandra CostaDiaz Gonzalez, Félix HilárioKucharski, Luiz Carlos RiosSilva, Roselis Silveira Martins da2024-01-26T04:44:30Z20160100-736Xhttp://hdl.handle.net/10183/271122001020328As flutuações hormonais durante as diferentes fases do ciclo estral são uma causa importante de resistência insulínica em fêmeas caninas, e poucas informações são conhecidas sobre defeitos na ligação da insulina ao seu receptor, ou defeitos pós-receptor associados com resistência à insulina em cães. Para avaliar as características da ligação insulina-receptor no tecido muscular de cadelas durante o ciclo estral, dezessete pacientes foram utilizadas no estudo (seis em anestro, cinco em estro e seis em diestro). Um teste de tolerância à glicose intravenosa (IVGTT) foi realizado em todas as pacientes por meio da infusão de 1mL/kg de uma solução de glicose 50% (500mg/kg), com coletas de sangue para determinação de glicemia nos tempos 0, 3, 5, 7, 15, 30, 45 e 60 minutos da injeção de glicose. Amostras de tecido muscular foram coletadas durante ovariohisterectomia, imediatamente congeladas em nitrogênio líquido, e posteriormente armazenadas a -80°C até a preparação das membranas por meio de homogeneização e centrifugação sequencial. Para os experimentos de ligação hormônio-receptor, as membranas foram incubadas na presença de 20.000cpm de 125I-insulina humana, e concentrações crescentes de insulina regular humana não marcada para saturação fria. O IVGTT não mostrou diferenças entre as pacientes em diferentes fases do ciclo estral com relação a glicemia basal, ou na resposta glicêmica após infusão de glicose nos tempos estudados. Dois sítios de ligação da insulina, um de alta-afinidade, e outro de baixa afinidade, foram detectados pela análise de Scatchard, e diferenças significativas foram detectadas na constante de dissociação (Kd1) e capacidade de ligação máxima (Bmax1) dos sítios de ligação de alta-afinidade. O Kd1 para o grupo anestro (6,54±2,77nM/mg de proteína) foi menor (P<0,001) que os Kd1 dos grupos estro (28,54±6,94 nM/mg de proteína) e diestro (15,56±3,88nM/mg de proteína). Os Bmax1 dos grupos estro (0,83±0,42nM/mg de proteína) e diestro (1,24±0,24nM/mg de proteína) também foram maiores que os valores encontrados no grupo anestro (0,35±0,06nM/mg de proteína). Estes resultados demonstram uma modulação das características de ligação da insulina nas diferentes fases do ciclo estral em cães, evidenciando uma menor afinidade de ligação da insulina ao seu receptor no tecido muscular durante o estro e diestro. Contudo, esta menor afinidade de ligação hormônio-receptor é compensada por uma maior capacidade de ligação, o que fica também evidenciado pela ausência de diferenças na resposta glicêmica das pacientes após um desafio com glicose por via endovenosa.Hormonal fluctuations during the different estrous cycle are a well-recognized cause of insulin resistance in bitches, and little is known about insulin receptor binding or post-binding defects associated with insulin resistance in dogs. To evaluate insulin binding characteristics in muscle tissue of bitches during the estrous cycle, 17 owned bitches were used in the study (six in anestrus, five in estrus, and six in diestrus). An intravenous glucose tolerance test (IVGTT) was performed in all patients by means of injection of 1mL/kg of a glucose 50% solution (500mg/kg), with blood sample collection for glucose determination at 0, 3, 5, 7, 15, 30, 45 and 60 minutes after glucose infusion. Muscle samples, taken after spaying surgery, were immediately frozen in liquid nitrogen and then stored at -80 ºC until the membranes were prepared by sequential centrifugation after being homogenized. For binding studies, membranes were incubated in the presence of 20,000cpm of human 125I-insulin and in increasing concentrations of unlabeled human regular insulin for cold saturation. The IVGTT showed no differences among bitches during the estrous cycle regarding baseline glycemia or glycemic response after glucose infusion. Two insulin binding sites - high-affinity and low-affinity ones - were detected by Scatchard analysis, and significant statistical differences were observed in the dissociation constant (Kd1) and maximum binding capacity (Bmax1) of the high-affinity binding sites. The Kd1 for the anestrus group (6.54±2.77nM/mg of protein) was smaller (P<0.001) than for the estrus (28.54±6.94nM/mg of protein) and diestrus (15.56±3.88nM/mg of protein) groups. Bmax1 in the estrus (0.83±0.42nM/mg of protein) and diestrus (1.24±0.24nM/mg of protein) groups were also higher (P<0.001) than the values observed in anestrus (0.35±0.06nM/mg of protein). These results indicate modulation of insulin binding characteristics during different phases of the estrous cycle in dogs, showing that muscle insulin binding affinity for its receptor is reduced during estrus and diestrus. However, this poor hormone-receptor affinity is compensated for by a greater total binding capacity, once there is no difference in patients' glycemic response after an intravenous glucose load.application/pdfengPesquisa veterinária brasileira. Rio de Janeiro. Vol. 36, no. 8 (Aug. 2016), p. 761-766CãesResistência à insulinaCiclo estralDiabetes mellitusMuscle tissueInsulin sensitivityTyrosine kinase receptorsInsulin resistanceEstrous cycleDiabetes mellitusDogsInsulin binding characteristics in canine muscle tissue : effects of the estrous cycle phasesCaracterísticas de ligação da insulina no tecido muscular canino : efeitos da fase do ciclo estralinfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001020328.pdf.txt001020328.pdf.txtExtracted Texttext/plain29302http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/271122/2/001020328.pdf.txt0b6ae75f596409411cd48db676c693a5MD52ORIGINAL001020328.pdfTexto completo (inglês)application/pdf1347485http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/271122/1/001020328.pdfc5716c93e6e1e49819962350657975c5MD5110183/2711222024-01-27 06:00:34.789681oai:www.lume.ufrgs.br:10183/271122Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2024-01-27T08:00:34Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Insulin binding characteristics in canine muscle tissue : effects of the estrous cycle phases
dc.title.alternative.pt.fl_str_mv Características de ligação da insulina no tecido muscular canino : efeitos da fase do ciclo estral
title Insulin binding characteristics in canine muscle tissue : effects of the estrous cycle phases
spellingShingle Insulin binding characteristics in canine muscle tissue : effects of the estrous cycle phases
Pöppl, Alan Gomes
Cães
Resistência à insulina
Ciclo estral
Diabetes mellitus
Muscle tissue
Insulin sensitivity
Tyrosine kinase receptors
Insulin resistance
Estrous cycle
Diabetes mellitus
Dogs
title_short Insulin binding characteristics in canine muscle tissue : effects of the estrous cycle phases
title_full Insulin binding characteristics in canine muscle tissue : effects of the estrous cycle phases
title_fullStr Insulin binding characteristics in canine muscle tissue : effects of the estrous cycle phases
title_full_unstemmed Insulin binding characteristics in canine muscle tissue : effects of the estrous cycle phases
title_sort Insulin binding characteristics in canine muscle tissue : effects of the estrous cycle phases
author Pöppl, Alan Gomes
author_facet Pöppl, Alan Gomes
Valle, Sandra Costa
Diaz Gonzalez, Félix Hilário
Kucharski, Luiz Carlos Rios
Silva, Roselis Silveira Martins da
author_role author
author2 Valle, Sandra Costa
Diaz Gonzalez, Félix Hilário
Kucharski, Luiz Carlos Rios
Silva, Roselis Silveira Martins da
author2_role author
author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Pöppl, Alan Gomes
Valle, Sandra Costa
Diaz Gonzalez, Félix Hilário
Kucharski, Luiz Carlos Rios
Silva, Roselis Silveira Martins da
dc.subject.por.fl_str_mv Cães
Resistência à insulina
Ciclo estral
Diabetes mellitus
topic Cães
Resistência à insulina
Ciclo estral
Diabetes mellitus
Muscle tissue
Insulin sensitivity
Tyrosine kinase receptors
Insulin resistance
Estrous cycle
Diabetes mellitus
Dogs
dc.subject.eng.fl_str_mv Muscle tissue
Insulin sensitivity
Tyrosine kinase receptors
Insulin resistance
Estrous cycle
Diabetes mellitus
Dogs
description As flutuações hormonais durante as diferentes fases do ciclo estral são uma causa importante de resistência insulínica em fêmeas caninas, e poucas informações são conhecidas sobre defeitos na ligação da insulina ao seu receptor, ou defeitos pós-receptor associados com resistência à insulina em cães. Para avaliar as características da ligação insulina-receptor no tecido muscular de cadelas durante o ciclo estral, dezessete pacientes foram utilizadas no estudo (seis em anestro, cinco em estro e seis em diestro). Um teste de tolerância à glicose intravenosa (IVGTT) foi realizado em todas as pacientes por meio da infusão de 1mL/kg de uma solução de glicose 50% (500mg/kg), com coletas de sangue para determinação de glicemia nos tempos 0, 3, 5, 7, 15, 30, 45 e 60 minutos da injeção de glicose. Amostras de tecido muscular foram coletadas durante ovariohisterectomia, imediatamente congeladas em nitrogênio líquido, e posteriormente armazenadas a -80°C até a preparação das membranas por meio de homogeneização e centrifugação sequencial. Para os experimentos de ligação hormônio-receptor, as membranas foram incubadas na presença de 20.000cpm de 125I-insulina humana, e concentrações crescentes de insulina regular humana não marcada para saturação fria. O IVGTT não mostrou diferenças entre as pacientes em diferentes fases do ciclo estral com relação a glicemia basal, ou na resposta glicêmica após infusão de glicose nos tempos estudados. Dois sítios de ligação da insulina, um de alta-afinidade, e outro de baixa afinidade, foram detectados pela análise de Scatchard, e diferenças significativas foram detectadas na constante de dissociação (Kd1) e capacidade de ligação máxima (Bmax1) dos sítios de ligação de alta-afinidade. O Kd1 para o grupo anestro (6,54±2,77nM/mg de proteína) foi menor (P<0,001) que os Kd1 dos grupos estro (28,54±6,94 nM/mg de proteína) e diestro (15,56±3,88nM/mg de proteína). Os Bmax1 dos grupos estro (0,83±0,42nM/mg de proteína) e diestro (1,24±0,24nM/mg de proteína) também foram maiores que os valores encontrados no grupo anestro (0,35±0,06nM/mg de proteína). Estes resultados demonstram uma modulação das características de ligação da insulina nas diferentes fases do ciclo estral em cães, evidenciando uma menor afinidade de ligação da insulina ao seu receptor no tecido muscular durante o estro e diestro. Contudo, esta menor afinidade de ligação hormônio-receptor é compensada por uma maior capacidade de ligação, o que fica também evidenciado pela ausência de diferenças na resposta glicêmica das pacientes após um desafio com glicose por via endovenosa.
publishDate 2016
dc.date.issued.fl_str_mv 2016
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2024-01-26T04:44:30Z
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/other
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10183/271122
dc.identifier.issn.pt_BR.fl_str_mv 0100-736X
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv 001020328
identifier_str_mv 0100-736X
001020328
url http://hdl.handle.net/10183/271122
dc.language.iso.fl_str_mv eng
language eng
dc.relation.ispartof.pt_BR.fl_str_mv Pesquisa veterinária brasileira. Rio de Janeiro. Vol. 36, no. 8 (Aug. 2016), p. 761-766
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFRGS
instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron:UFRGS
instname_str Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron_str UFRGS
institution UFRGS
reponame_str Repositório Institucional da UFRGS
collection Repositório Institucional da UFRGS
bitstream.url.fl_str_mv http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/271122/2/001020328.pdf.txt
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/271122/1/001020328.pdf
bitstream.checksum.fl_str_mv 0b6ae75f596409411cd48db676c693a5
c5716c93e6e1e49819962350657975c5
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1801225109713715200