Estudo longitudinal sobre o impacto do zumbido em indivíduos atendidos em ambulatório especializado

• Autor(a) principal: Walbrohel, Ícaro da Silva
• Data de Publicação: 2016
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/234702
• topic: Zumbido; Questionários; Qualidade de vida; Estudos longitudinais; Audiology; Longitudinal; Quality of life; Questionaires; Tinnitus

As definições sobre zumbido descrevem-no como uma ilusão auditiva não relacionada a nenhuma fonte externa de estimulação. Atualmente se faz uso de questionários de qualidade de vida em relação ao sintoma para quantificação do desconforto. O objetivo deste trabalho foi avaliar longitudinalmente o incômodo provocado pelo zumbido e a influência das variáveis: sexo, idade, grau e tipo de perda auditiva, características psicoacústicas do zumbido e hipótese diagnóstica do paciente no incômodo provocado pelo sintoma. Estudo de caráter longitudinal, observacional e quantitativo, sendo a amostra composta por pacientes atendidos em um ambulatório especializado. Os pacientes foram submetidos à avaliação otorrinolaringológica, responderam ao Tinnitus Handicap Inventory (THI) em dois momentos distintos e realizaram avaliação audiológica. Todos os pacientes receberam orientações gerais e não houve uma metodologia de tratamento única. A amostra foi composta por 185 pacientes, sendo 114 do sexo feminino. A idade da amostra variou de 23 a 82 anos. Houve redução significativa do grau de incômodo provocado pelo zumbido ao longo do tempo. Não houve correlação estatisticamente significativa do tempo entre as avaliações, idade, pitch e loudness do zumbido e grau da perda com a melhora do escore total do THI. Não houve associação da melhora do escore total THI com tipo de perda, com lateralidade do zumbido, hipótese diagnóstica e sexo do paciente. Portanto, houve melhora no incômodo provocado pelo zumbido na amostra, não tendo sido nenhuma das variáveis estudadas relacionadas a tal melhora. Hipotetiza-se que a habituação foi um fator determinante para a diminuição do impacto do zumbido na vida do paciente.