Influence of dietary and physical activity restriction on pediatric adenotonsillectomy postoperative care in Brazil : a randomized clinical trial

Bibliographic Details
Main Author: Manica, Denise
Publication Date: 2018
Other Authors: Sekine, Leo, Abreu, Larissa Santos Perez, Manzini, Michelle, Rabaioli, Luísi, Valério, Marcel Machado, Oliveira, Manoela P., Bergamaschi, João Augusto Polesi, Fernandes, Luciano Augusto, Kuhl, Gabriel, Schweiger, Claudia
Format: Article
Language: eng
Source: Repositório Institucional da UFRGS
Download full: http://hdl.handle.net/10183/225070
Summary: Introdução Embora culturalmente as restrições dietéticas e de atividade física sejam parte do cuidado pós-operatório de rotina de muitos cirurgiões brasileiros, evidências atuais de outros países não apoiam tais recomendações. Objetivo Determinar se as restrições dietéticas e físicas efetivamente levam a uma diminuição das complicações pós-operatórias da adenotonsilectomia em crianças quando comparadas com cuidados sem nenhuma restrição. Método Realizamos um ensaio clínico randomizado comparando duas intervenções: nenhum aconselhamento específico sobre dieta ou atividade física (Grupo A) e recomendações de restrições dietéticas e de atividades físicas (Grupo B). Os cuidadores preencheram um questionário sobre a dor, a dieta e os padrões de atividade observados, e os medicamentos administrados. Os parâmetros foram comparados no 3° e no 7° dia do pós-operatório entre os grupos de intervenção. Resultados Avaliamos um total de 95 pacientes, 50 no Grupo A e 45 no Grupo B. Quatorze pacientes foram perdidos no seguimento. Subsequentemente, 41 pacientes do grupo A e 40 do grupo B estavam disponíveis para a análise final. A média de idade em meses (A = 79,5, DP = 33,9/B = 81,1, DP = 32,6) e sexo (A = 58% do sexo masculino, B = 64,4% do sexo masculino) foram equivalentes entre os grupos. A dor, avaliada através da escala visual analógica no 3° (A = 2,0; IIQ: 1-6/B = 4,5; IIR 2-6; p = 0,18) e no 7° (A = 1,0; IIQ 1,0-4,5/B = 2,0; IIQR 1,0-4,7; p = 0,29) dia do pós-operatório, não foi diferente entre os grupos, assim como a quantidade de analgésicos administrados. Os padrões dietéticos e de atividade física também não mostraram diferenças estatisticamente significantes entre os grupos. Conclusão A restrição dietética e de atividade física após a adenotonsilectomia não parece afetar a recuperação dos pacientes. Tal informação pode ter um impacto considerável nos aspectos sociais que envolvem uma tonsilectomia, reduzindo os dias de trabalho perdidos pelos pais e acelerando o retorno das crianças à escola.
id UFRGS-2_98f4f8412bf25580b5f4e81599be943b
oai_identifier_str oai:www.lume.ufrgs.br:10183/225070
network_acronym_str UFRGS-2
network_name_str Repositório Institucional da UFRGS
repository_id_str
spelling Manica, DeniseSekine, LeoAbreu, Larissa Santos PerezManzini, MichelleRabaioli, LuísiValério, Marcel MachadoOliveira, Manoela P.Bergamaschi, João Augusto PolesiFernandes, Luciano AugustoKuhl, GabrielSchweiger, Claudia2021-08-04T04:48:38Z20181808-8694http://hdl.handle.net/10183/225070001064091Introdução Embora culturalmente as restrições dietéticas e de atividade física sejam parte do cuidado pós-operatório de rotina de muitos cirurgiões brasileiros, evidências atuais de outros países não apoiam tais recomendações. Objetivo Determinar se as restrições dietéticas e físicas efetivamente levam a uma diminuição das complicações pós-operatórias da adenotonsilectomia em crianças quando comparadas com cuidados sem nenhuma restrição. Método Realizamos um ensaio clínico randomizado comparando duas intervenções: nenhum aconselhamento específico sobre dieta ou atividade física (Grupo A) e recomendações de restrições dietéticas e de atividades físicas (Grupo B). Os cuidadores preencheram um questionário sobre a dor, a dieta e os padrões de atividade observados, e os medicamentos administrados. Os parâmetros foram comparados no 3° e no 7° dia do pós-operatório entre os grupos de intervenção. Resultados Avaliamos um total de 95 pacientes, 50 no Grupo A e 45 no Grupo B. Quatorze pacientes foram perdidos no seguimento. Subsequentemente, 41 pacientes do grupo A e 40 do grupo B estavam disponíveis para a análise final. A média de idade em meses (A = 79,5, DP = 33,9/B = 81,1, DP = 32,6) e sexo (A = 58% do sexo masculino, B = 64,4% do sexo masculino) foram equivalentes entre os grupos. A dor, avaliada através da escala visual analógica no 3° (A = 2,0; IIQ: 1-6/B = 4,5; IIR 2-6; p = 0,18) e no 7° (A = 1,0; IIQ 1,0-4,5/B = 2,0; IIQR 1,0-4,7; p = 0,29) dia do pós-operatório, não foi diferente entre os grupos, assim como a quantidade de analgésicos administrados. Os padrões dietéticos e de atividade física também não mostraram diferenças estatisticamente significantes entre os grupos. Conclusão A restrição dietética e de atividade física após a adenotonsilectomia não parece afetar a recuperação dos pacientes. Tal informação pode ter um impacto considerável nos aspectos sociais que envolvem uma tonsilectomia, reduzindo os dias de trabalho perdidos pelos pais e acelerando o retorno das crianças à escola.Introduction: Although culturally food and physical activity restriction are part of the routine postoperative care of many Brazilian surgeons, current evidences from other countries support no such recommendations. Objective: To determine whether dietary and physical restriction effectively lead to a decrease on postoperative complications of adenotonsillectomy in children when compared to no restriction. Methods: We have designed a randomized clinical trial comparing two intervention: no specific counseling on diet or activity (Group A), and restriction recommendations on diet and physical activities (Group B). Caregivers completed a questionnaire on observed pain, diet and activity patterns, and medications administered. Parameters were compared at the 3rd and at the 7th postoperative day between intervention groups. Results: We have enrolled a total of 95 patients, 50 in Group A and 45 in Group B. Fourteen patients were lost to follow up. Eventually, 41 patients in group A and 40 in Group B were available for final analysis. Mean age in months (A = 79.5; SD = 33.9/B = 81.1; SD = 32.6) and sex (A = 58% male; B = 64.4% male) were equivalent between groups. Pain, evaluated through visual analog scale in the 3rd (A = 2.0; IQR 1---6/B = 4.5; IQR 2---6; p = 0.18) and in the 7th (A = 1.0; IQR 1.0---4.5/B = 2.0; IQR 1.0---4.7; p = 0.29) postoperative days, was not different between groups, as was the amount of analgesics administered. Dietary and physical activity patterns also showedno statistically significant differences between groups.Conclusion: Dietary and activity restriction after adenotonsillectomy does not seem to affectpatients’ recovery. Such information may impact considerably on the social aspects that involvea tonsillectomy, reducing the working days lost by parents and accelerating the return ofchildren to school.application/pdfengBrazilian journal of otorhinolaryngology. Vol. 84, n. 2 (2018), p. 191-195.Restrição calóricaRestrição físicaEsforço físicoCuidados pós-operatóriosTonsilectomiaCirurgiaPré-escolarEnsaio clínico controlado aleatórioBrasilAdenoidectomyMotor activityDietPainTonsillectomyInfluence of dietary and physical activity restriction on pediatric adenotonsillectomy postoperative care in Brazil : a randomized clinical trialInfluência das restrições dietéticas e de atividade física no pós-operatório da adenotonsilectomia em pacientes pediátricos no Brasil : ensaio clínico randomizadoinfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001064091.pdf.txt001064091.pdf.txtExtracted Texttext/plain21506http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/225070/2/001064091.pdf.txtba2a0b6e5110bfdac86aeada2bc690e6MD52ORIGINAL001064091.pdfTexto completo (inglês)application/pdf233342http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/225070/1/001064091.pdfd1b23327666a97f8cb624e0c0e5413f0MD5110183/2250702023-10-28 03:34:44.142339oai:www.lume.ufrgs.br:10183/225070Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2023-10-28T06:34:44Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Influence of dietary and physical activity restriction on pediatric adenotonsillectomy postoperative care in Brazil : a randomized clinical trial
dc.title.alternative.pt.fl_str_mv Influência das restrições dietéticas e de atividade física no pós-operatório da adenotonsilectomia em pacientes pediátricos no Brasil : ensaio clínico randomizado
title Influence of dietary and physical activity restriction on pediatric adenotonsillectomy postoperative care in Brazil : a randomized clinical trial
spellingShingle Influence of dietary and physical activity restriction on pediatric adenotonsillectomy postoperative care in Brazil : a randomized clinical trial
Manica, Denise
Restrição calórica
Restrição física
Esforço físico
Cuidados pós-operatórios
Tonsilectomia
Cirurgia
Pré-escolar
Ensaio clínico controlado aleatório
Brasil
Adenoidectomy
Motor activity
Diet
Pain
Tonsillectomy
title_short Influence of dietary and physical activity restriction on pediatric adenotonsillectomy postoperative care in Brazil : a randomized clinical trial
title_full Influence of dietary and physical activity restriction on pediatric adenotonsillectomy postoperative care in Brazil : a randomized clinical trial
title_fullStr Influence of dietary and physical activity restriction on pediatric adenotonsillectomy postoperative care in Brazil : a randomized clinical trial
title_full_unstemmed Influence of dietary and physical activity restriction on pediatric adenotonsillectomy postoperative care in Brazil : a randomized clinical trial
title_sort Influence of dietary and physical activity restriction on pediatric adenotonsillectomy postoperative care in Brazil : a randomized clinical trial
author Manica, Denise
author_facet Manica, Denise
Sekine, Leo
Abreu, Larissa Santos Perez
Manzini, Michelle
Rabaioli, Luísi
Valério, Marcel Machado
Oliveira, Manoela P.
Bergamaschi, João Augusto Polesi
Fernandes, Luciano Augusto
Kuhl, Gabriel
Schweiger, Claudia
author_role author
author2 Sekine, Leo
Abreu, Larissa Santos Perez
Manzini, Michelle
Rabaioli, Luísi
Valério, Marcel Machado
Oliveira, Manoela P.
Bergamaschi, João Augusto Polesi
Fernandes, Luciano Augusto
Kuhl, Gabriel
Schweiger, Claudia
author2_role author
author
author
author
author
author
author
author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Manica, Denise
Sekine, Leo
Abreu, Larissa Santos Perez
Manzini, Michelle
Rabaioli, Luísi
Valério, Marcel Machado
Oliveira, Manoela P.
Bergamaschi, João Augusto Polesi
Fernandes, Luciano Augusto
Kuhl, Gabriel
Schweiger, Claudia
dc.subject.por.fl_str_mv Restrição calórica
Restrição física
Esforço físico
Cuidados pós-operatórios
Tonsilectomia
Cirurgia
Pré-escolar
Ensaio clínico controlado aleatório
Brasil
topic Restrição calórica
Restrição física
Esforço físico
Cuidados pós-operatórios
Tonsilectomia
Cirurgia
Pré-escolar
Ensaio clínico controlado aleatório
Brasil
Adenoidectomy
Motor activity
Diet
Pain
Tonsillectomy
dc.subject.eng.fl_str_mv Adenoidectomy
Motor activity
Diet
Pain
Tonsillectomy
description Introdução Embora culturalmente as restrições dietéticas e de atividade física sejam parte do cuidado pós-operatório de rotina de muitos cirurgiões brasileiros, evidências atuais de outros países não apoiam tais recomendações. Objetivo Determinar se as restrições dietéticas e físicas efetivamente levam a uma diminuição das complicações pós-operatórias da adenotonsilectomia em crianças quando comparadas com cuidados sem nenhuma restrição. Método Realizamos um ensaio clínico randomizado comparando duas intervenções: nenhum aconselhamento específico sobre dieta ou atividade física (Grupo A) e recomendações de restrições dietéticas e de atividades físicas (Grupo B). Os cuidadores preencheram um questionário sobre a dor, a dieta e os padrões de atividade observados, e os medicamentos administrados. Os parâmetros foram comparados no 3° e no 7° dia do pós-operatório entre os grupos de intervenção. Resultados Avaliamos um total de 95 pacientes, 50 no Grupo A e 45 no Grupo B. Quatorze pacientes foram perdidos no seguimento. Subsequentemente, 41 pacientes do grupo A e 40 do grupo B estavam disponíveis para a análise final. A média de idade em meses (A = 79,5, DP = 33,9/B = 81,1, DP = 32,6) e sexo (A = 58% do sexo masculino, B = 64,4% do sexo masculino) foram equivalentes entre os grupos. A dor, avaliada através da escala visual analógica no 3° (A = 2,0; IIQ: 1-6/B = 4,5; IIR 2-6; p = 0,18) e no 7° (A = 1,0; IIQ 1,0-4,5/B = 2,0; IIQR 1,0-4,7; p = 0,29) dia do pós-operatório, não foi diferente entre os grupos, assim como a quantidade de analgésicos administrados. Os padrões dietéticos e de atividade física também não mostraram diferenças estatisticamente significantes entre os grupos. Conclusão A restrição dietética e de atividade física após a adenotonsilectomia não parece afetar a recuperação dos pacientes. Tal informação pode ter um impacto considerável nos aspectos sociais que envolvem uma tonsilectomia, reduzindo os dias de trabalho perdidos pelos pais e acelerando o retorno das crianças à escola.
publishDate 2018
dc.date.issued.fl_str_mv 2018
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2021-08-04T04:48:38Z
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/other
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10183/225070
dc.identifier.issn.pt_BR.fl_str_mv 1808-8694
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv 001064091
identifier_str_mv 1808-8694
001064091
url http://hdl.handle.net/10183/225070
dc.language.iso.fl_str_mv eng
language eng
dc.relation.ispartof.pt_BR.fl_str_mv Brazilian journal of otorhinolaryngology. Vol. 84, n. 2 (2018), p. 191-195.
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFRGS
instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron:UFRGS
instname_str Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron_str UFRGS
institution UFRGS
reponame_str Repositório Institucional da UFRGS
collection Repositório Institucional da UFRGS
bitstream.url.fl_str_mv http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/225070/2/001064091.pdf.txt
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/225070/1/001064091.pdf
bitstream.checksum.fl_str_mv ba2a0b6e5110bfdac86aeada2bc690e6
d1b23327666a97f8cb624e0c0e5413f0
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1798487482694631424