Osteossíntese de fêmur e tíbia em veado-catingueiro (Mazama gouazoubira) : Relato de caso

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Surita, Lívia Eichenberg
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/148235
Resumo: O veado-catingueiro (Mazama gouazoubira) é uma das oito espécies de cervídeos encontrados no Brasil. É um cervídeo de pequeno porte que possui alta plasticidade fenotípica, adaptado a diversos ambientes com alta interferência humana. Em virtude disso, há uma grande casuística de ingresso desses animais em centros de triagem, criadouros e zoológicos devido a acidentes e traumas por interação antrópica. As fraturas estão entre as lesões mais comuns, o que demanda muitos estudos referentes às suas formas de tratamento. Partindo deste contexto, o presente estudo relata o caso de um veado-catingueiro jovem, provindo de vida livre e com histórico de atropelamento, que foi atendido no hospital veterinário escola da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Posteriormente a realização de exames, o animal foi diagnosticado com fratura exposta distal de tíbia (Salter-Harris tipo I) e fratura cominutiva de metáfise distal de fêmur, ambas em membro pélvico esquerdo, e encaminhado para osteossíntese. Para fratura da tíbia foram utilizados pinos intramedulares de Steinmann inseridos pelos maléolos lateral e medial, de forma cruzada. A osteossíntese do fêmur foi realizada com associação de dois pinos de Steinmann, conforme técnica modificada de Rush, e placa de compressão dinâmica. As técnicas cirúrgicas adotadas foram satisfatórias para estabilização e consolidação das fraturas distais de fêmur e tíbia. Apesar da complexidade da manutenção de cervídeos em cativeiro, o que dificulta os procedimentos necessários para reabilitação, obteve-se o adequado retorno da função do membro, propiciando a liberação do animal de volta à natureza.
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