Sepse e enterocolite necrosante em recém-nascidos pré-termo internados em uma unidade de internação neonatal em tempo de COVID-19

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Hoffmann, Caroline Cezimbra
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/267983
Resumo: A Unidade de Internação Neonatal é responsável por cuidados especializados que visam à redução da morbimortalidade neonatal e prevenção de agravos, como a sepse neonatal e a enterocolite necrosante. Diante da pandemia da COVID-19, as rotinas e fluxogramas de atendimento nas unidades de internação foram alterados. Foram adotadas medidas como a adesão às novas práticas de controle de infecção, as quais interferem direta ou indiretamente na saúde neonatal. O objetivo deste estudo foi comparar as taxas de sepse neonatal e de enterocolite necrosante de recém-nascidos pré-termo internados em uma Unidade de Internação Neonatal antes e após o início da pandemia da COVID-19. Trata-se de um estudo do tipo transversal, realizado em uma Unidade de Internação Neonatal de um hospital universitário de Porto Alegre. A amostra do estudo foi constituída dos recém-nascidos prétermos que preencheram os critérios de elegibilidade, no período de seis meses antes de pandemia e seis meses após o início da pandemia. Os dados foram analisados de forma descritiva e foram utilizados os teste Qui-Quadrado e o teste de Mann-Whitney, tendo sido adotado nível de significância de 5% (p<0,05). Os princípios éticos foram respeitados, conforme a Resolução 466/2012. A amostra foi de 183 recém-nascidos, divididos em dois grupos, o grupo 1 correspondeu a 76 (41,5%) e o grupo 2 foi composto de 107 (58,5%) neonatos da amostra. A distribuição de sexo diferiu entre os grupos, o grupo 1 apresentou 45 (59,2%) recém-nascidos do sexo feminino e o grupo 2, 64 (59,8%) do sexo masculino. A taxa de sepse neonatal foi de 25,7% (47), e a sepse neonatal tardia foi de 9,3% (17) na amostra geral. A taxa de enterocolite necrosante foi de 3,9% (3) no grupo 1, já, no grupo 2, houve diminuição da taxa, que foi 1,9% (2), porém, sem nível de significância estatística entre os grupos. Destaca-se que a taxa de óbitos foi de 6,6% (5) no grupo 1 e de 1 (0,9%) no grupo 2 (p=0,046), havendo redução significativa nos números de óbitos entre os dois grupos. Este estudo não identificou diferença estatística entre as taxas de sepse e enterocolite necrosante, ao comparar os períodos anterior e após o início da pandemia do COVID-19. Destaca-se que houve redução da taxa de óbitos dos neonatos durante o período, o que reforça a importância das medidas de prevenção de infecções que são essenciais para a segurança dos neonatos. Dessa forma, sugere-se a realização de estudos com maior recorte temporal, para melhor compreensão dos impactos das novas rotinas na saúde dos neonatos hospitalizados.
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