De que são estas "balas"? : um estudo sobre a seção "Balas de estalo" da Gazeta de notícias
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/115686 |
Resumo: | Este trabalho discute uma série de elementos que configuraram a escrita da seção coletiva, “Balas de estalo”, da Gazeta de Noticias do Rio de Janeiro, publicada entre os anos de 1883 e 1886. Pontuamos de que modo o projeto editorial da Gazeta de Noticias, o movimento de crítica ao status quo imperial, a herança das práticas de um gênero de versos satíricos, as balas de estalo, e a economia das funções das rubricas da Gazeta penetraram na possibilidade de criação das “Balas de estalo”. Pontuamos, ainda, recorrências nas práticas de escrita da seção que deixam entrever uma lógica de abordagem e uma vontade coletiva, as quais colaboram com a compreensão de sentidos para o fazer singular dessa rubrica. Tal lógica se exprime na denúncia do ridículo de seus objetos de crítica por meio de efeitos humorísticos constituídos com a paródia de outros gêneros do discurso. Disso, resulta uma prática em que a ficcionalização institui, a contrapelo, uma série de tensões nas lutas pela legitimação do saber produzido pelo jornalismo e pelo que esse saber deveria se constituir. Como ponto de chegada, propomos que todas essas considerações indicam que às “Balas de estalo” subjaz uma vontade coletiva de afirmar uma esfera pública de debate como dispositivo legítimo de contra-poder social. Por meio de nossa exposição, buscamos fazer com que esses elementos aparecessem em uma rede de relações mutuamente constituídas. |
id |
UFRGS-2_b7e5d958fdceb41018a666c3df30fc03 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:www.lume.ufrgs.br:10183/115686 |
network_acronym_str |
UFRGS-2 |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFRGS |
repository_id_str |
|
spelling |
Tatim, JanaínaSanseverino, Antônio Marcos Vieira2015-04-30T01:59:08Z2014http://hdl.handle.net/10183/115686000956551Este trabalho discute uma série de elementos que configuraram a escrita da seção coletiva, “Balas de estalo”, da Gazeta de Noticias do Rio de Janeiro, publicada entre os anos de 1883 e 1886. Pontuamos de que modo o projeto editorial da Gazeta de Noticias, o movimento de crítica ao status quo imperial, a herança das práticas de um gênero de versos satíricos, as balas de estalo, e a economia das funções das rubricas da Gazeta penetraram na possibilidade de criação das “Balas de estalo”. Pontuamos, ainda, recorrências nas práticas de escrita da seção que deixam entrever uma lógica de abordagem e uma vontade coletiva, as quais colaboram com a compreensão de sentidos para o fazer singular dessa rubrica. Tal lógica se exprime na denúncia do ridículo de seus objetos de crítica por meio de efeitos humorísticos constituídos com a paródia de outros gêneros do discurso. Disso, resulta uma prática em que a ficcionalização institui, a contrapelo, uma série de tensões nas lutas pela legitimação do saber produzido pelo jornalismo e pelo que esse saber deveria se constituir. Como ponto de chegada, propomos que todas essas considerações indicam que às “Balas de estalo” subjaz uma vontade coletiva de afirmar uma esfera pública de debate como dispositivo legítimo de contra-poder social. Por meio de nossa exposição, buscamos fazer com que esses elementos aparecessem em uma rede de relações mutuamente constituídas.This work discuss a series of elements which shaped the writing of the collective section, “Balas de estalo”, published in the periodical Gazeta de Noticias, of Rio de Janeiro, from 1883 to 1886. We point out in which way Gazeta de Noticias’s editorial project, the critical movement to the imperial status quo, the heritage of practices from a genre of satirical verses, known as balas de estalo, and the economy of the functions of Gazeta’s headings permeated in “Balas de estalo” possibility of creation. We also point out recurrences on the section practices of writing which indicate a logical of approach and a collective will, in order to collaborate to the understanding of meanings to this heading’s singular practice. Such logical is expressed on the condemnation of the ridicules on their objects of critique, through humoristic effects composed by the parody of other speech genres. From this, results a practice in which the fictionalization institutes, against the grain, a series of tensions in the fights for legitimating the knowledge produced in the journalistic sphere and by what this knowledge should be made. As a point of arrival, we propose that all these considerations indicate that behind “Balas de estalo” there is a collective will to state a public sphere of discussion as a legitimate dispositif of social counter power. We aim, by our work, show these elements in a mutually constituted web of relations.application/pdfporAssis, Machado de, 1839-1908. Balas de estaloCritica e interpretacaoParódiaSátiraGazeta de NoticiasPracticesSatireParodyDe que são estas "balas"? : um estudo sobre a seção "Balas de estalo" da Gazeta de notíciasinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de LetrasPorto Alegre, BR-RS2014Letras: Licenciaturagraduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000956551.pdf000956551.pdfTexto completoapplication/pdf1776803http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/115686/1/000956551.pdf73a95e8c519782a93d8e67509fa29e97MD51TEXT000956551.pdf.txt000956551.pdf.txtExtracted Texttext/plain208617http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/115686/2/000956551.pdf.txt1c2f0df06e8c4dd719631d59d83543a3MD52THUMBNAIL000956551.pdf.jpg000956551.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg992http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/115686/3/000956551.pdf.jpg158c272fde26fc9eb47df00573a737aeMD5310183/1156862022-08-06 04:47:03.175615oai:www.lume.ufrgs.br:10183/115686Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2022-08-06T07:47:03Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
De que são estas "balas"? : um estudo sobre a seção "Balas de estalo" da Gazeta de notícias |
title |
De que são estas "balas"? : um estudo sobre a seção "Balas de estalo" da Gazeta de notícias |
spellingShingle |
De que são estas "balas"? : um estudo sobre a seção "Balas de estalo" da Gazeta de notícias Tatim, Janaína Assis, Machado de, 1839-1908. Balas de estalo Critica e interpretacao Paródia Sátira Gazeta de Noticias Practices Satire Parody |
title_short |
De que são estas "balas"? : um estudo sobre a seção "Balas de estalo" da Gazeta de notícias |
title_full |
De que são estas "balas"? : um estudo sobre a seção "Balas de estalo" da Gazeta de notícias |
title_fullStr |
De que são estas "balas"? : um estudo sobre a seção "Balas de estalo" da Gazeta de notícias |
title_full_unstemmed |
De que são estas "balas"? : um estudo sobre a seção "Balas de estalo" da Gazeta de notícias |
title_sort |
De que são estas "balas"? : um estudo sobre a seção "Balas de estalo" da Gazeta de notícias |
author |
Tatim, Janaína |
author_facet |
Tatim, Janaína |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Tatim, Janaína |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Sanseverino, Antônio Marcos Vieira |
contributor_str_mv |
Sanseverino, Antônio Marcos Vieira |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Assis, Machado de, 1839-1908. Balas de estalo Critica e interpretacao Paródia Sátira |
topic |
Assis, Machado de, 1839-1908. Balas de estalo Critica e interpretacao Paródia Sátira Gazeta de Noticias Practices Satire Parody |
dc.subject.eng.fl_str_mv |
Gazeta de Noticias Practices Satire Parody |
description |
Este trabalho discute uma série de elementos que configuraram a escrita da seção coletiva, “Balas de estalo”, da Gazeta de Noticias do Rio de Janeiro, publicada entre os anos de 1883 e 1886. Pontuamos de que modo o projeto editorial da Gazeta de Noticias, o movimento de crítica ao status quo imperial, a herança das práticas de um gênero de versos satíricos, as balas de estalo, e a economia das funções das rubricas da Gazeta penetraram na possibilidade de criação das “Balas de estalo”. Pontuamos, ainda, recorrências nas práticas de escrita da seção que deixam entrever uma lógica de abordagem e uma vontade coletiva, as quais colaboram com a compreensão de sentidos para o fazer singular dessa rubrica. Tal lógica se exprime na denúncia do ridículo de seus objetos de crítica por meio de efeitos humorísticos constituídos com a paródia de outros gêneros do discurso. Disso, resulta uma prática em que a ficcionalização institui, a contrapelo, uma série de tensões nas lutas pela legitimação do saber produzido pelo jornalismo e pelo que esse saber deveria se constituir. Como ponto de chegada, propomos que todas essas considerações indicam que às “Balas de estalo” subjaz uma vontade coletiva de afirmar uma esfera pública de debate como dispositivo legítimo de contra-poder social. Por meio de nossa exposição, buscamos fazer com que esses elementos aparecessem em uma rede de relações mutuamente constituídas. |
publishDate |
2014 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2014 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2015-04-30T01:59:08Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/bachelorThesis |
format |
bachelorThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10183/115686 |
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv |
000956551 |
url |
http://hdl.handle.net/10183/115686 |
identifier_str_mv |
000956551 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFRGS instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) instacron:UFRGS |
instname_str |
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
instacron_str |
UFRGS |
institution |
UFRGS |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFRGS |
collection |
Repositório Institucional da UFRGS |
bitstream.url.fl_str_mv |
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/115686/1/000956551.pdf http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/115686/2/000956551.pdf.txt http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/115686/3/000956551.pdf.jpg |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
73a95e8c519782a93d8e67509fa29e97 1c2f0df06e8c4dd719631d59d83543a3 158c272fde26fc9eb47df00573a737ae |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1798486813077143552 |