Obesidade como fator de risco para a falha da cirurgia de Burch

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Viecelli, Camila Finger
Data de Publicação: 2009
Outros Autores: Santos, Débora Cristina Simão dos, Aguiar, Wolfgang Willian Schmidt, Costa, Sergio Hofmeister de Almeida Martins, Corleta, Helena von Eye, Ramos, José Geraldo Lopes
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/81589
Resumo: Objetivo: observar o impacto da obesidade e de outros fatores de risco sobre a taxa de falha das pacientes submetidas à cirurgia de Burch para tratamento da incontinência urinária. Métodos: estudo de casos de pacientes submetidas à cirurgia de Burch no período de 1992 a 2003. As pacientes foram avaliadas no momento da segunda consulta pós-operatória (66 dias em média) e com um ano de acompanhamento, e classificadas em dois grupos: Continentes e Não Continentes. As variáveis analisadas foram: idade, paridade, índice de massa corpórea (IMC), tempo de menopausa, tempo de terapia de reposição hormonal, avaliação urodinâmica, história de infecção do trato urinário, cirurgia prévia para incontinência urinária, diabetes, cistocele e prolapso uterino, tempo de internação, necessidade de autossondagem, micção espontânea no pós-operatório e ferida operatória. Os dados foram analisados com o pacote estatístico Statistical Package for Social Sciences 14.0. Foram utilizados o teste t de Student ou Mann-Whitney, para comparação das variáveis contínuas, e os testes exato de Fisher e χ2, para variáveis categóricas (p<0,05). Resultados: no momento da segunda avaliação pós-operatória, não houve diferença significativa entre os dois grupos quanto às variáveis analisadas. Com um ano de seguimento, de um total de 97 pacientes, 81 apresentavam-se continentes e 16, não continentes, sendo o IMC e a altura diferentes entre os grupos. No Grupo Continente, o IMC médio foi 27,1 e a altura de 1,57 m e, no Não Continente, 30,8 (p=0,02) e 1,52 m (p=0,01). A Odds Ratio para IMC>30 foi 3,7 (IC95%=1,2-11,5). ConclusÕES: a obesidade mostrou-se um importante fator de risco para a falha da cirurgia no primeiro ano de acompanhamento. Os resultados demonstram que pacientes com IMC>30 têm chance 3,7 vezes maior de apresentarem-se não continentes após um ano da cirurgia de Burch em relação às não obesas.
id UFRGS-2_dbc2cbab2c3c47f58562d0aaddcdfb15
oai_identifier_str oai:www.lume.ufrgs.br:10183/81589
network_acronym_str UFRGS-2
network_name_str Repositório Institucional da UFRGS
repository_id_str
spelling Viecelli, Camila FingerSantos, Débora Cristina Simão dosAguiar, Wolfgang Willian SchmidtCosta, Sergio Hofmeister de Almeida MartinsCorleta, Helena von EyeRamos, José Geraldo Lopes2013-11-28T01:47:19Z20090100-7203http://hdl.handle.net/10183/81589000728850Objetivo: observar o impacto da obesidade e de outros fatores de risco sobre a taxa de falha das pacientes submetidas à cirurgia de Burch para tratamento da incontinência urinária. Métodos: estudo de casos de pacientes submetidas à cirurgia de Burch no período de 1992 a 2003. As pacientes foram avaliadas no momento da segunda consulta pós-operatória (66 dias em média) e com um ano de acompanhamento, e classificadas em dois grupos: Continentes e Não Continentes. As variáveis analisadas foram: idade, paridade, índice de massa corpórea (IMC), tempo de menopausa, tempo de terapia de reposição hormonal, avaliação urodinâmica, história de infecção do trato urinário, cirurgia prévia para incontinência urinária, diabetes, cistocele e prolapso uterino, tempo de internação, necessidade de autossondagem, micção espontânea no pós-operatório e ferida operatória. Os dados foram analisados com o pacote estatístico Statistical Package for Social Sciences 14.0. Foram utilizados o teste t de Student ou Mann-Whitney, para comparação das variáveis contínuas, e os testes exato de Fisher e χ2, para variáveis categóricas (p<0,05). Resultados: no momento da segunda avaliação pós-operatória, não houve diferença significativa entre os dois grupos quanto às variáveis analisadas. Com um ano de seguimento, de um total de 97 pacientes, 81 apresentavam-se continentes e 16, não continentes, sendo o IMC e a altura diferentes entre os grupos. No Grupo Continente, o IMC médio foi 27,1 e a altura de 1,57 m e, no Não Continente, 30,8 (p=0,02) e 1,52 m (p=0,01). A Odds Ratio para IMC>30 foi 3,7 (IC95%=1,2-11,5). ConclusÕES: a obesidade mostrou-se um importante fator de risco para a falha da cirurgia no primeiro ano de acompanhamento. Os resultados demonstram que pacientes com IMC>30 têm chance 3,7 vezes maior de apresentarem-se não continentes após um ano da cirurgia de Burch em relação às não obesas.Purpose: to observe the impact of obesity and other risk factors on the rate of failure in patients submitted to Burch’s surgery for the treatment of urinary incontinence. Methods: cases study of patients submitted to Burch’s surgery, from 1992 to 2003. Patients were evaluated at the second post-surgery appointment (average 66 days) and after one-year follow-up, and classified in two groups: Continent and Non-continent. Variables analyzed were: age, parity, body mass index (BMI), menopause duration, duration of hormonal therapy, urodynamic evaluation, history of urinary tract infection, previous urinary incontinence surgery, diabetes, cystocele and uterine prolapse, time spent in hospital, necessity of self-probing, post-surgical spontaneous micturition, and surgical wound. Data were analyzed with the Statistical Package for Social Sciences 14.0 statistical package. For the comparison of continuous variables, Student’s t-test or Mann-Whitney test were used, and Fisher exact and χ2 tests, for the categorical variables (p<0.05). Results: at the second post-surgical evaluation, there was no significant difference between the two groups, concerning the variables analyzed. After one-year follow-up, from a total of 97 patients, 81 were continent and 16, non-continent, BMI and height being different between the groups. In the continent group, average BMI was 27.1 and height, 1.57 m, and, among the non-continent, 30.8 (p=0.02) and 1.52 m (p=0.01). The BMI>30 Odds Ratio was 3.7 (CI95%=1.2-11.5). ConclusionS: obesity has shown to be an important risk factor for the surgery failure in the first follow-up year. Results show that patients with BMI>30 have 3.7 times more chance of being non-continent one-year after Burch’s surgery than non-obese patients.application/pdfporRevista brasileira de ginecologia & obstetrícia. Rio de Janeiro. Vol. 31, n. 4 (abr. 2009), p. 182-188Incontinência urinária por estresseCirurgiaProcedimentos cirúrgicos urológicosComplicações pós-operatóriasObesidadeMulheresUrinary incontinence, stress/surgeryUrinary incontinence, stress/therapyUrological surgical procedures/methodsPostoperative complicationsObesity/complications FemaleObesidade como fator de risco para a falha da cirurgia de BurchObesity as a risk factor to Burch surgery failure info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000728850.pdf000728850.pdfTexto completoapplication/pdf144581http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/81589/1/000728850.pdfd37a3b26ad94d2121ecd1fcd6927adcbMD51TEXT000728850.pdf.txt000728850.pdf.txtExtracted Texttext/plain35902http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/81589/2/000728850.pdf.txt8cd13c72a55a8c9fdce5e855a5a948a4MD52THUMBNAIL000728850.pdf.jpg000728850.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1626http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/81589/3/000728850.pdf.jpg5ab6137f5a8784becb90ff7b013bd02cMD5310183/815892018-10-08 08:09:17.13oai:www.lume.ufrgs.br:10183/81589Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2018-10-08T11:09:17Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Obesidade como fator de risco para a falha da cirurgia de Burch
dc.title.alternative.en.fl_str_mv Obesity as a risk factor to Burch surgery failure
title Obesidade como fator de risco para a falha da cirurgia de Burch
spellingShingle Obesidade como fator de risco para a falha da cirurgia de Burch
Viecelli, Camila Finger
Incontinência urinária por estresse
Cirurgia
Procedimentos cirúrgicos urológicos
Complicações pós-operatórias
Obesidade
Mulheres
Urinary incontinence, stress/surgery
Urinary incontinence, stress/therapy
Urological surgical procedures/methods
Postoperative complications
Obesity/complications Female
title_short Obesidade como fator de risco para a falha da cirurgia de Burch
title_full Obesidade como fator de risco para a falha da cirurgia de Burch
title_fullStr Obesidade como fator de risco para a falha da cirurgia de Burch
title_full_unstemmed Obesidade como fator de risco para a falha da cirurgia de Burch
title_sort Obesidade como fator de risco para a falha da cirurgia de Burch
author Viecelli, Camila Finger
author_facet Viecelli, Camila Finger
Santos, Débora Cristina Simão dos
Aguiar, Wolfgang Willian Schmidt
Costa, Sergio Hofmeister de Almeida Martins
Corleta, Helena von Eye
Ramos, José Geraldo Lopes
author_role author
author2 Santos, Débora Cristina Simão dos
Aguiar, Wolfgang Willian Schmidt
Costa, Sergio Hofmeister de Almeida Martins
Corleta, Helena von Eye
Ramos, José Geraldo Lopes
author2_role author
author
author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Viecelli, Camila Finger
Santos, Débora Cristina Simão dos
Aguiar, Wolfgang Willian Schmidt
Costa, Sergio Hofmeister de Almeida Martins
Corleta, Helena von Eye
Ramos, José Geraldo Lopes
dc.subject.por.fl_str_mv Incontinência urinária por estresse
Cirurgia
Procedimentos cirúrgicos urológicos
Complicações pós-operatórias
Obesidade
Mulheres
topic Incontinência urinária por estresse
Cirurgia
Procedimentos cirúrgicos urológicos
Complicações pós-operatórias
Obesidade
Mulheres
Urinary incontinence, stress/surgery
Urinary incontinence, stress/therapy
Urological surgical procedures/methods
Postoperative complications
Obesity/complications Female
dc.subject.eng.fl_str_mv Urinary incontinence, stress/surgery
Urinary incontinence, stress/therapy
Urological surgical procedures/methods
Postoperative complications
Obesity/complications Female
description Objetivo: observar o impacto da obesidade e de outros fatores de risco sobre a taxa de falha das pacientes submetidas à cirurgia de Burch para tratamento da incontinência urinária. Métodos: estudo de casos de pacientes submetidas à cirurgia de Burch no período de 1992 a 2003. As pacientes foram avaliadas no momento da segunda consulta pós-operatória (66 dias em média) e com um ano de acompanhamento, e classificadas em dois grupos: Continentes e Não Continentes. As variáveis analisadas foram: idade, paridade, índice de massa corpórea (IMC), tempo de menopausa, tempo de terapia de reposição hormonal, avaliação urodinâmica, história de infecção do trato urinário, cirurgia prévia para incontinência urinária, diabetes, cistocele e prolapso uterino, tempo de internação, necessidade de autossondagem, micção espontânea no pós-operatório e ferida operatória. Os dados foram analisados com o pacote estatístico Statistical Package for Social Sciences 14.0. Foram utilizados o teste t de Student ou Mann-Whitney, para comparação das variáveis contínuas, e os testes exato de Fisher e χ2, para variáveis categóricas (p<0,05). Resultados: no momento da segunda avaliação pós-operatória, não houve diferença significativa entre os dois grupos quanto às variáveis analisadas. Com um ano de seguimento, de um total de 97 pacientes, 81 apresentavam-se continentes e 16, não continentes, sendo o IMC e a altura diferentes entre os grupos. No Grupo Continente, o IMC médio foi 27,1 e a altura de 1,57 m e, no Não Continente, 30,8 (p=0,02) e 1,52 m (p=0,01). A Odds Ratio para IMC>30 foi 3,7 (IC95%=1,2-11,5). ConclusÕES: a obesidade mostrou-se um importante fator de risco para a falha da cirurgia no primeiro ano de acompanhamento. Os resultados demonstram que pacientes com IMC>30 têm chance 3,7 vezes maior de apresentarem-se não continentes após um ano da cirurgia de Burch em relação às não obesas.
publishDate 2009
dc.date.issued.fl_str_mv 2009
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2013-11-28T01:47:19Z
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/other
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10183/81589
dc.identifier.issn.pt_BR.fl_str_mv 0100-7203
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv 000728850
identifier_str_mv 0100-7203
000728850
url http://hdl.handle.net/10183/81589
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.ispartof.pt_BR.fl_str_mv Revista brasileira de ginecologia & obstetrícia. Rio de Janeiro. Vol. 31, n. 4 (abr. 2009), p. 182-188
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFRGS
instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron:UFRGS
instname_str Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron_str UFRGS
institution UFRGS
reponame_str Repositório Institucional da UFRGS
collection Repositório Institucional da UFRGS
bitstream.url.fl_str_mv http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/81589/1/000728850.pdf
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/81589/2/000728850.pdf.txt
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/81589/3/000728850.pdf.jpg
bitstream.checksum.fl_str_mv d37a3b26ad94d2121ecd1fcd6927adcb
8cd13c72a55a8c9fdce5e855a5a948a4
5ab6137f5a8784becb90ff7b013bd02c
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1801224810998530048