Direito de greve e de sindicalização dos servidores militares estaduais : uma análise dos institutos frente à vedação constitucional

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fraga, Aylton Santos de
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/190241
Resumo: O presente trabalho possui o intuito de analisar o direito de greve e de sindicalização dos servidores militares estaduais frente a vedação constitucional do inciso IV do artigo 142. Com o advento da Constituição Federal de 1988 a greve passou a ser admitida para uma pluralidade de categorias de trabalhadores, como direito fundamental expressamente reconhecido, sendo facultada, inclusive aos servidores públicos cíveis. Por uma opção do constituinte originário, permaneceu vedada apenas a categoria dos militares. Contudo, embora seja vedada, o movimento paredista dos servidores militares continua ocorrendo em todo o país, tendo em vista, principalmente, as transformações pelas quais a corporação passou após o período de redemocratização e as contradições existentes entre a sua estrutura e organização militarizada e a sua atuação de natureza civil. Sob uma abordagem histórico-social sobre a greve e as organizações sindicais, analisamos o contexto em que se desenrolou a consolidação e a constitucionalização do direito de greve, vinculado com o histórico de negação de avanços sociais para a categoria dos militares, tendo em vista sua função estratégica como instrumento de controle, manutenção e dominação Partindo para uma análise jurídica da opção do constituinte em manter a vedação ao direito de greve e sindicalização aos militares, é manifesto que a simples redação proibitiva não impede o surgimento de movimentos paredistas por todo o país, assim como, a vedação ao direito de sindicalização é ineficaz, uma vez que na prática vislumbram-se sindicatos transvestidos de associações. Pelo exposto, faz-se necessário apresentar uma solução legislativa que assegure aos militares estaduais o direito a sindicalização e a greve, dentro de parâmetros legais, ou assegure, ao menos, mecanismos inibitórios desses institutos, a fim de atender a uma prática já corriqueira, embora vedada.
id UFRGS-2_ed7c740e8a3d308fd4721f0736b97e63
oai_identifier_str oai:www.lume.ufrgs.br:10183/190241
network_acronym_str UFRGS-2
network_name_str Repositório Institucional da UFRGS
repository_id_str
spelling Fraga, Aylton Santos deMaffini, Rafael Da Cás2019-04-10T02:38:25Z2018http://hdl.handle.net/10183/190241001088173O presente trabalho possui o intuito de analisar o direito de greve e de sindicalização dos servidores militares estaduais frente a vedação constitucional do inciso IV do artigo 142. Com o advento da Constituição Federal de 1988 a greve passou a ser admitida para uma pluralidade de categorias de trabalhadores, como direito fundamental expressamente reconhecido, sendo facultada, inclusive aos servidores públicos cíveis. Por uma opção do constituinte originário, permaneceu vedada apenas a categoria dos militares. Contudo, embora seja vedada, o movimento paredista dos servidores militares continua ocorrendo em todo o país, tendo em vista, principalmente, as transformações pelas quais a corporação passou após o período de redemocratização e as contradições existentes entre a sua estrutura e organização militarizada e a sua atuação de natureza civil. Sob uma abordagem histórico-social sobre a greve e as organizações sindicais, analisamos o contexto em que se desenrolou a consolidação e a constitucionalização do direito de greve, vinculado com o histórico de negação de avanços sociais para a categoria dos militares, tendo em vista sua função estratégica como instrumento de controle, manutenção e dominação Partindo para uma análise jurídica da opção do constituinte em manter a vedação ao direito de greve e sindicalização aos militares, é manifesto que a simples redação proibitiva não impede o surgimento de movimentos paredistas por todo o país, assim como, a vedação ao direito de sindicalização é ineficaz, uma vez que na prática vislumbram-se sindicatos transvestidos de associações. Pelo exposto, faz-se necessário apresentar uma solução legislativa que assegure aos militares estaduais o direito a sindicalização e a greve, dentro de parâmetros legais, ou assegure, ao menos, mecanismos inibitórios desses institutos, a fim de atender a uma prática já corriqueira, embora vedada.This paper aims to analyze the strike and unionization rights of the military state employees, considering the constitutional impediment of its article 142, IV. Along with the implementation of the Federal Constitution of 1988, the right to strike became admited as a fundamental right to multiple work sectors, optional even to public servants. However, this right was not granted to the military. Despite this prohibition, the military strike movements continuously occur all over the Country, mainly in view of the changes the corporation went through during the redemocratization period, as well as the internal contradictions, considering its military and organization and structure and, on the other hand, the civil nature of its performance. By means of a social-historical approach of the strike and trade union organizations, this paper examines the context in which the constitutionalisation and consolidation of strike rights unfolded, attached to the historical denial of social progress in the military, considering its strategical role as a control, maintenance and domination tool. A legal analysis of the maintenance of the constitutional prohibition to the military servants' unionization and strike rights shows that this forbiddance does not hinder the emergence of the strike movements throughout the Country. Not only that, but the unionization impediment is ineffective, considering that many trade unions mask themselves as associations. In conclusion, a legislative solution is needed to secure the rights to strike and unionization to the state military, within the legal parameters, or at least, to secure inhibitory mechanisms of these institutes in order to comply with this prohibited, yet common practice.application/pdfporPolícia militarGreveMilitary policeStrikeUnionizationConstitutional prohibitionDireito de greve e de sindicalização dos servidores militares estaduais : uma análise dos institutos frente à vedação constitucionalinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de DireitoPorto Alegre, BR-RS2018Ciências Jurídicas e Sociaisgraduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001088173.pdf.txt001088173.pdf.txtExtracted Texttext/plain174116http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/190241/2/001088173.pdf.txt4544d0eae6490bce24000ec869ebe0b0MD52ORIGINAL001088173.pdfTexto completoapplication/pdf437250http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/190241/1/001088173.pdfed3f842dee18446c41597e8ae531e6c8MD5110183/1902412022-06-12 04:41:40.375654oai:www.lume.ufrgs.br:10183/190241Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2022-06-12T07:41:40Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Direito de greve e de sindicalização dos servidores militares estaduais : uma análise dos institutos frente à vedação constitucional
title Direito de greve e de sindicalização dos servidores militares estaduais : uma análise dos institutos frente à vedação constitucional
spellingShingle Direito de greve e de sindicalização dos servidores militares estaduais : uma análise dos institutos frente à vedação constitucional
Fraga, Aylton Santos de
Polícia militar
Greve
Military police
Strike
Unionization
Constitutional prohibition
title_short Direito de greve e de sindicalização dos servidores militares estaduais : uma análise dos institutos frente à vedação constitucional
title_full Direito de greve e de sindicalização dos servidores militares estaduais : uma análise dos institutos frente à vedação constitucional
title_fullStr Direito de greve e de sindicalização dos servidores militares estaduais : uma análise dos institutos frente à vedação constitucional
title_full_unstemmed Direito de greve e de sindicalização dos servidores militares estaduais : uma análise dos institutos frente à vedação constitucional
title_sort Direito de greve e de sindicalização dos servidores militares estaduais : uma análise dos institutos frente à vedação constitucional
author Fraga, Aylton Santos de
author_facet Fraga, Aylton Santos de
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Fraga, Aylton Santos de
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Maffini, Rafael Da Cás
contributor_str_mv Maffini, Rafael Da Cás
dc.subject.por.fl_str_mv Polícia militar
Greve
topic Polícia militar
Greve
Military police
Strike
Unionization
Constitutional prohibition
dc.subject.eng.fl_str_mv Military police
Strike
Unionization
Constitutional prohibition
description O presente trabalho possui o intuito de analisar o direito de greve e de sindicalização dos servidores militares estaduais frente a vedação constitucional do inciso IV do artigo 142. Com o advento da Constituição Federal de 1988 a greve passou a ser admitida para uma pluralidade de categorias de trabalhadores, como direito fundamental expressamente reconhecido, sendo facultada, inclusive aos servidores públicos cíveis. Por uma opção do constituinte originário, permaneceu vedada apenas a categoria dos militares. Contudo, embora seja vedada, o movimento paredista dos servidores militares continua ocorrendo em todo o país, tendo em vista, principalmente, as transformações pelas quais a corporação passou após o período de redemocratização e as contradições existentes entre a sua estrutura e organização militarizada e a sua atuação de natureza civil. Sob uma abordagem histórico-social sobre a greve e as organizações sindicais, analisamos o contexto em que se desenrolou a consolidação e a constitucionalização do direito de greve, vinculado com o histórico de negação de avanços sociais para a categoria dos militares, tendo em vista sua função estratégica como instrumento de controle, manutenção e dominação Partindo para uma análise jurídica da opção do constituinte em manter a vedação ao direito de greve e sindicalização aos militares, é manifesto que a simples redação proibitiva não impede o surgimento de movimentos paredistas por todo o país, assim como, a vedação ao direito de sindicalização é ineficaz, uma vez que na prática vislumbram-se sindicatos transvestidos de associações. Pelo exposto, faz-se necessário apresentar uma solução legislativa que assegure aos militares estaduais o direito a sindicalização e a greve, dentro de parâmetros legais, ou assegure, ao menos, mecanismos inibitórios desses institutos, a fim de atender a uma prática já corriqueira, embora vedada.
publishDate 2018
dc.date.issued.fl_str_mv 2018
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2019-04-10T02:38:25Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/bachelorThesis
format bachelorThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10183/190241
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv 001088173
url http://hdl.handle.net/10183/190241
identifier_str_mv 001088173
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFRGS
instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron:UFRGS
instname_str Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron_str UFRGS
institution UFRGS
reponame_str Repositório Institucional da UFRGS
collection Repositório Institucional da UFRGS
bitstream.url.fl_str_mv http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/190241/2/001088173.pdf.txt
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/190241/1/001088173.pdf
bitstream.checksum.fl_str_mv 4544d0eae6490bce24000ec869ebe0b0
ed3f842dee18446c41597e8ae531e6c8
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1801224571667349504