A filosofia de Hans Jonas no enativismo : Henrique Stemmer Rodrigues

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rodrigues, Henrique Stemmer
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/265634
Resumo: A abordagem enativista põe o organismo e a sua interação com o ambiente no centro do estudo da mente. É somente por ser o tipo de sistema que é capaz de se auto-produzir que um organismo, descrito pelo enativismo através da autopoiese, precisa fazer sentido do mundo. A auto-organização de um sistema autopoiético significa que ele precisa perceber o ambiente de acordo com normas internas à sua manutenção: interações passam a ter valor, dado que algumas ajudam a sua manutenção, e outras a prejudicam. Esta é a forma mais básica de cognição. Uma das consequências disso é a presença da teleologia em todas as interações do organismo. Ele faz sense-making com a sua manutenção como causa final. Há um paralelismo grande entre a noção de autopoiese e o metabolismo de Hans Jonas. Uma diferença crucial é que para Jonas a teleologia presente em organismos somente pode ser reconhecida em função da nossa própria experiência de teleologia. Esta é uma tese fenomenológica transcendental. Alguns autores enativistas sugerem a adoção da filosofia de Jonas, o que resulta na teoria fenomenológica da continuidade entre vida e mente. Nos últimos anos, foram feitas diversas críticas a esta posição. Segundo os críticos, a biofenomenologia de Jonas é antropomórfica e anticientífica. O presente trabalho tem como objetivo expor o pensamento de Jonas em relação ao enativismo autopoiético, e avaliar as consequências da adoção dessa tese, assim como defendê-la das críticas.
id UFRGS-2_f032df77b4dbda9a27ff34da6c6442e7
oai_identifier_str oai:www.lume.ufrgs.br:10183/265634
network_acronym_str UFRGS-2
network_name_str Repositório Institucional da UFRGS
repository_id_str
spelling Rodrigues, Henrique StemmerCarvalho, Eros Moreira de2023-10-03T03:36:14Z2023http://hdl.handle.net/10183/265634001178065A abordagem enativista põe o organismo e a sua interação com o ambiente no centro do estudo da mente. É somente por ser o tipo de sistema que é capaz de se auto-produzir que um organismo, descrito pelo enativismo através da autopoiese, precisa fazer sentido do mundo. A auto-organização de um sistema autopoiético significa que ele precisa perceber o ambiente de acordo com normas internas à sua manutenção: interações passam a ter valor, dado que algumas ajudam a sua manutenção, e outras a prejudicam. Esta é a forma mais básica de cognição. Uma das consequências disso é a presença da teleologia em todas as interações do organismo. Ele faz sense-making com a sua manutenção como causa final. Há um paralelismo grande entre a noção de autopoiese e o metabolismo de Hans Jonas. Uma diferença crucial é que para Jonas a teleologia presente em organismos somente pode ser reconhecida em função da nossa própria experiência de teleologia. Esta é uma tese fenomenológica transcendental. Alguns autores enativistas sugerem a adoção da filosofia de Jonas, o que resulta na teoria fenomenológica da continuidade entre vida e mente. Nos últimos anos, foram feitas diversas críticas a esta posição. Segundo os críticos, a biofenomenologia de Jonas é antropomórfica e anticientífica. O presente trabalho tem como objetivo expor o pensamento de Jonas em relação ao enativismo autopoiético, e avaliar as consequências da adoção dessa tese, assim como defendê-la das críticas.The enactive approach places the organism and its interaction with the environment at the core of the study of the mind. It is only by being the type of system that can produce itself that an organism, described by enactivism through autopoiesis, needs to make sense of the world. The self-organization of an autopoietic system means that it needs to perceive the environment according to norms that are internal to its maintenance: interactions acquire value, since some of them help the organism's self-production, and some threaten it. This is the most basic form of cognition. The organism engages in sense-making with its maintenance as a final cause. There is a great paralel between the notion of autopoiesis and Hans Jonas's idea of metabolism. However, for Jonas the teleology that is present in organisms can only be recognized through our own experience of teleology. This is a phenomenological transcendental thesis. Some enactivist authors suggest the adoption of Jonas's philosophy, which yields the phenomenological theory of life-mind continuity. In recent years, this position has been the target of some criticism. According to the critics, Jonas's biophenomenology is anthropomorphic and anti-scientific. The goal of this paper is to present Jonas's philosophy in relation to autopoietic enactivism, and to evaluate the consequences of adopting this theory, as well as to defend it from some of the objections it faces.application/pdfporJonas, Hans, 1903-1994FilosofiaTeologiaFenomenologiaAutopoieseAutopoiesisEnactivismRelative ideasPhenomenologyTeleologyA filosofia de Hans Jonas no enativismo : Henrique Stemmer Rodriguesinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de Filosofia e Ciências HumanasPorto Alegre, BR-RS2023Filosofia: Bachareladograduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001178065.pdf.txt001178065.pdf.txtExtracted Texttext/plain90016http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/265634/2/001178065.pdf.txt9952589fd84cfac391c7048d5bdb2ffeMD52ORIGINAL001178065.pdfTexto completoapplication/pdf353413http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/265634/1/001178065.pdf2d55d0b1167067c67a687aac3db6e0e0MD5110183/2656342023-10-07 03:44:34.321158oai:www.lume.ufrgs.br:10183/265634Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2023-10-07T06:44:34Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv A filosofia de Hans Jonas no enativismo : Henrique Stemmer Rodrigues
title A filosofia de Hans Jonas no enativismo : Henrique Stemmer Rodrigues
spellingShingle A filosofia de Hans Jonas no enativismo : Henrique Stemmer Rodrigues
Rodrigues, Henrique Stemmer
Jonas, Hans, 1903-1994
Filosofia
Teologia
Fenomenologia
Autopoiese
Autopoiesis
Enactivism
Relative ideas
Phenomenology
Teleology
title_short A filosofia de Hans Jonas no enativismo : Henrique Stemmer Rodrigues
title_full A filosofia de Hans Jonas no enativismo : Henrique Stemmer Rodrigues
title_fullStr A filosofia de Hans Jonas no enativismo : Henrique Stemmer Rodrigues
title_full_unstemmed A filosofia de Hans Jonas no enativismo : Henrique Stemmer Rodrigues
title_sort A filosofia de Hans Jonas no enativismo : Henrique Stemmer Rodrigues
author Rodrigues, Henrique Stemmer
author_facet Rodrigues, Henrique Stemmer
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Rodrigues, Henrique Stemmer
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Carvalho, Eros Moreira de
contributor_str_mv Carvalho, Eros Moreira de
dc.subject.por.fl_str_mv Jonas, Hans, 1903-1994
Filosofia
Teologia
Fenomenologia
Autopoiese
topic Jonas, Hans, 1903-1994
Filosofia
Teologia
Fenomenologia
Autopoiese
Autopoiesis
Enactivism
Relative ideas
Phenomenology
Teleology
dc.subject.eng.fl_str_mv Autopoiesis
Enactivism
Relative ideas
Phenomenology
Teleology
description A abordagem enativista põe o organismo e a sua interação com o ambiente no centro do estudo da mente. É somente por ser o tipo de sistema que é capaz de se auto-produzir que um organismo, descrito pelo enativismo através da autopoiese, precisa fazer sentido do mundo. A auto-organização de um sistema autopoiético significa que ele precisa perceber o ambiente de acordo com normas internas à sua manutenção: interações passam a ter valor, dado que algumas ajudam a sua manutenção, e outras a prejudicam. Esta é a forma mais básica de cognição. Uma das consequências disso é a presença da teleologia em todas as interações do organismo. Ele faz sense-making com a sua manutenção como causa final. Há um paralelismo grande entre a noção de autopoiese e o metabolismo de Hans Jonas. Uma diferença crucial é que para Jonas a teleologia presente em organismos somente pode ser reconhecida em função da nossa própria experiência de teleologia. Esta é uma tese fenomenológica transcendental. Alguns autores enativistas sugerem a adoção da filosofia de Jonas, o que resulta na teoria fenomenológica da continuidade entre vida e mente. Nos últimos anos, foram feitas diversas críticas a esta posição. Segundo os críticos, a biofenomenologia de Jonas é antropomórfica e anticientífica. O presente trabalho tem como objetivo expor o pensamento de Jonas em relação ao enativismo autopoiético, e avaliar as consequências da adoção dessa tese, assim como defendê-la das críticas.
publishDate 2023
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2023-10-03T03:36:14Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2023
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/bachelorThesis
format bachelorThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10183/265634
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv 001178065
url http://hdl.handle.net/10183/265634
identifier_str_mv 001178065
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFRGS
instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron:UFRGS
instname_str Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron_str UFRGS
institution UFRGS
reponame_str Repositório Institucional da UFRGS
collection Repositório Institucional da UFRGS
bitstream.url.fl_str_mv http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/265634/2/001178065.pdf.txt
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/265634/1/001178065.pdf
bitstream.checksum.fl_str_mv 9952589fd84cfac391c7048d5bdb2ffe
2d55d0b1167067c67a687aac3db6e0e0
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1798487037268983808