IL-6 and IL-10 levels in the umbilical cord blood of newborns with a history of crack/cocaine exposure in utero : a comparative study
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2016 |
Outros Autores: | , , , , , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | eng |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/164969 |
Resumo: | Introdução: A exposição pré-natal à cocaína está associada a problemas neurocomportamentais durante a infância e adolescência. A ativação precoce da resposta inflamatória pode contribuir para tais alterações. Nosso objetivo foi comparar marcadores inflamatórios (IL-6 e IL-10) no sangue do cordão umbilical e no sangue periférico materno na hora do parto, entre recém-nascidos expostos ao crack intraútero e recém-nascidos não expostos. Métodos: Neste estudo transversal, 57 recém-nascidos expostos ao crack intraútero (RNE) e 99 recém-nascidos não expostos (RNNE) foram comparados quanto aos níveis de IL-6 e IL-10. Dados sociodemográficos e perinatais, psicopatologia materna, consumo de nicotina e outras substâncias foram sistematicamente coletados em casos e controles. Resultados: Após o ajuste para potenciais confundidores, a média de IL-6 foi significativamente maior nos RNE em comparação aos RNNE [10.208,54, intervalo de confiança (IC95%) 1.328,54- 19.088,55 versus 2.323,03, IC95% 1.484,64-3.161,21; p = 0,007; modelo linear generalizado (MLG)]. A média ajustada de IL-10 foi significativamente maior nos RNE do que nos RNNE (432,2189, IC95% 51,44-812,88 versus 75,52, IC95% 5,64- 145,39, p = 0,014; MLG). Medidas pós-parto ajustadas de IL-6 foram significativamente maiores nas mães que usaram de crack/ cocaína (25.160,05, IC95% 10.958,15-39.361,99 versus 8.902,14, IC95% 5.774,97-12.029,32; p = 0,007; MLG), sem diferenças significativas para IL-10. Não houve correlação entre níveis maternos e neonatais de citocinas (teste de Spearman, p ≥ 0,28 para todas as medidas). Conclusões: IL-6 e IL-10 podem ser biomarcadores precoces da exposição pré-natal a cocaína em recém-nascidos. Esses resultados podem ajudar a elucidar as vias neurobiológicas subjacentes a alterações do desenvolvimento e aumentar a gama de possibilidades para intervenção precoce. |
id |
UFRGS-2_f0f885ecebd2aa25d75ea541992fae51 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:www.lume.ufrgs.br:10183/164969 |
network_acronym_str |
UFRGS-2 |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFRGS |
repository_id_str |
|
spelling |
Mardini, VictorRohde, Luis Augusto PaimCeresér, Keila Maria MendesGubert, Carolina de MouraSilva, Emily Galvão daXavier , Fernando Antonio CostaParcianello, Rodrigo RitterRöhsig, Liane MarisePechansky, FlavioPianca, Thiago GattiSzobot, Claudia Maciel2017-08-09T02:35:44Z20162238-0019http://hdl.handle.net/10183/164969001026696Introdução: A exposição pré-natal à cocaína está associada a problemas neurocomportamentais durante a infância e adolescência. A ativação precoce da resposta inflamatória pode contribuir para tais alterações. Nosso objetivo foi comparar marcadores inflamatórios (IL-6 e IL-10) no sangue do cordão umbilical e no sangue periférico materno na hora do parto, entre recém-nascidos expostos ao crack intraútero e recém-nascidos não expostos. Métodos: Neste estudo transversal, 57 recém-nascidos expostos ao crack intraútero (RNE) e 99 recém-nascidos não expostos (RNNE) foram comparados quanto aos níveis de IL-6 e IL-10. Dados sociodemográficos e perinatais, psicopatologia materna, consumo de nicotina e outras substâncias foram sistematicamente coletados em casos e controles. Resultados: Após o ajuste para potenciais confundidores, a média de IL-6 foi significativamente maior nos RNE em comparação aos RNNE [10.208,54, intervalo de confiança (IC95%) 1.328,54- 19.088,55 versus 2.323,03, IC95% 1.484,64-3.161,21; p = 0,007; modelo linear generalizado (MLG)]. A média ajustada de IL-10 foi significativamente maior nos RNE do que nos RNNE (432,2189, IC95% 51,44-812,88 versus 75,52, IC95% 5,64- 145,39, p = 0,014; MLG). Medidas pós-parto ajustadas de IL-6 foram significativamente maiores nas mães que usaram de crack/ cocaína (25.160,05, IC95% 10.958,15-39.361,99 versus 8.902,14, IC95% 5.774,97-12.029,32; p = 0,007; MLG), sem diferenças significativas para IL-10. Não houve correlação entre níveis maternos e neonatais de citocinas (teste de Spearman, p ≥ 0,28 para todas as medidas). Conclusões: IL-6 e IL-10 podem ser biomarcadores precoces da exposição pré-natal a cocaína em recém-nascidos. Esses resultados podem ajudar a elucidar as vias neurobiológicas subjacentes a alterações do desenvolvimento e aumentar a gama de possibilidades para intervenção precoce.Introduction: Prenatal cocaine exposure (PCE) is associated with neurobehavioral problems during childhood and adolescence. Early activation of the inflammatory response may contribute to such changes. Our aim was to compare inflammatory markers (IL-6 and IL-10) both in umbilical cord blood and in maternal peripheral blood at delivery between newborns with history of crack/cocaine exposure in utero and non-exposed newborns. Methods: In this cross-sectional study, 57 newborns with a history of crack/cocaine exposure in utero (EN) and 99 non-exposed newborns (NEN) were compared for IL-6 and IL-10 levels. Sociodemographic and perinatal data, maternal psychopathology, consumption of nicotine and other substances were systematically collected in cases and controls. Results: After adjusting for potential confounders, mean IL-6 was significantly higher in EN than in NEN (10,208.54, 95% confidence interval [95%CI] 1,328.54-19,088.55 vs. 2,323.03, 95%CI 1,484.64-3,161.21; p = 0.007; generalized linear model [GLM]). Mean IL-10 was also significantly higher in EN than in NEN (432.22, 95%CI 51.44-812.88 vs. 75.52, 95%CI 5.64- 145.39, p = 0.014; GLM). Adjusted postpartum measures of IL-6 were significantly higher in mothers with a history of crack/cocaine use (25,160.05, 95%CI 10,958.15-39,361.99 vs. 8,902.14, 95%CI 5,774.97-12,029.32; p = 0.007; GLM), with no significant differences for IL-10. There was no correlation between maternal and neonatal cytokine levels (Spearman test, p ≥ 0.28 for all measures). Conclusions: IL-6 and IL-10 might be early biomarkers of PCE in newborns. These findings could help to elucidate neurobiological pathways underlying neurodevelopmental changes and broaden the range of possibilities for early intervention.application/pdfengTrends in psychiatry and psychotherapy. Porto Alegre. Vol. 38, n. 1 (2016), p. 40-49Cocaína crackInterleucinasRecém-nascidoGestaçãoCytokinesPregnancyCrack cocaineUmbilical cord bloodNewbornInterleukinsIL-6 and IL-10 levels in the umbilical cord blood of newborns with a history of crack/cocaine exposure in utero : a comparative studyNíveis de IL-6 e IL-10 no sangue de cordão umbilical de recém-nascidos com história de exposição intrauterina ao crack/cocaína : um estudo comparativoinfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL001026696.pdf001026696.pdfTexto completo (inglês)application/pdf316930http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/164969/1/001026696.pdf58c5215a3a221349513bff70fb34ded0MD51TEXT001026696.pdf.txt001026696.pdf.txtExtracted Texttext/plain51491http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/164969/2/001026696.pdf.txtdda29f896e07f1aa085f35200d3c38aeMD52THUMBNAIL001026696.pdf.jpg001026696.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1925http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/164969/3/001026696.pdf.jpg146937c5a71f3bcad07fb90929a0f933MD5310183/1649692023-05-19 03:42:57.164803oai:www.lume.ufrgs.br:10183/164969Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2023-05-19T06:42:57Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
IL-6 and IL-10 levels in the umbilical cord blood of newborns with a history of crack/cocaine exposure in utero : a comparative study |
dc.title.alternative.pt.fl_str_mv |
Níveis de IL-6 e IL-10 no sangue de cordão umbilical de recém-nascidos com história de exposição intrauterina ao crack/cocaína : um estudo comparativo |
title |
IL-6 and IL-10 levels in the umbilical cord blood of newborns with a history of crack/cocaine exposure in utero : a comparative study |
spellingShingle |
IL-6 and IL-10 levels in the umbilical cord blood of newborns with a history of crack/cocaine exposure in utero : a comparative study Mardini, Victor Cocaína crack Interleucinas Recém-nascido Gestação Cytokines Pregnancy Crack cocaine Umbilical cord blood Newborn Interleukins |
title_short |
IL-6 and IL-10 levels in the umbilical cord blood of newborns with a history of crack/cocaine exposure in utero : a comparative study |
title_full |
IL-6 and IL-10 levels in the umbilical cord blood of newborns with a history of crack/cocaine exposure in utero : a comparative study |
title_fullStr |
IL-6 and IL-10 levels in the umbilical cord blood of newborns with a history of crack/cocaine exposure in utero : a comparative study |
title_full_unstemmed |
IL-6 and IL-10 levels in the umbilical cord blood of newborns with a history of crack/cocaine exposure in utero : a comparative study |
title_sort |
IL-6 and IL-10 levels in the umbilical cord blood of newborns with a history of crack/cocaine exposure in utero : a comparative study |
author |
Mardini, Victor |
author_facet |
Mardini, Victor Rohde, Luis Augusto Paim Ceresér, Keila Maria Mendes Gubert, Carolina de Moura Silva, Emily Galvão da Xavier , Fernando Antonio Costa Parcianello, Rodrigo Ritter Röhsig, Liane Marise Pechansky, Flavio Pianca, Thiago Gatti Szobot, Claudia Maciel |
author_role |
author |
author2 |
Rohde, Luis Augusto Paim Ceresér, Keila Maria Mendes Gubert, Carolina de Moura Silva, Emily Galvão da Xavier , Fernando Antonio Costa Parcianello, Rodrigo Ritter Röhsig, Liane Marise Pechansky, Flavio Pianca, Thiago Gatti Szobot, Claudia Maciel |
author2_role |
author author author author author author author author author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Mardini, Victor Rohde, Luis Augusto Paim Ceresér, Keila Maria Mendes Gubert, Carolina de Moura Silva, Emily Galvão da Xavier , Fernando Antonio Costa Parcianello, Rodrigo Ritter Röhsig, Liane Marise Pechansky, Flavio Pianca, Thiago Gatti Szobot, Claudia Maciel |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Cocaína crack Interleucinas Recém-nascido Gestação |
topic |
Cocaína crack Interleucinas Recém-nascido Gestação Cytokines Pregnancy Crack cocaine Umbilical cord blood Newborn Interleukins |
dc.subject.eng.fl_str_mv |
Cytokines Pregnancy Crack cocaine Umbilical cord blood Newborn Interleukins |
description |
Introdução: A exposição pré-natal à cocaína está associada a problemas neurocomportamentais durante a infância e adolescência. A ativação precoce da resposta inflamatória pode contribuir para tais alterações. Nosso objetivo foi comparar marcadores inflamatórios (IL-6 e IL-10) no sangue do cordão umbilical e no sangue periférico materno na hora do parto, entre recém-nascidos expostos ao crack intraútero e recém-nascidos não expostos. Métodos: Neste estudo transversal, 57 recém-nascidos expostos ao crack intraútero (RNE) e 99 recém-nascidos não expostos (RNNE) foram comparados quanto aos níveis de IL-6 e IL-10. Dados sociodemográficos e perinatais, psicopatologia materna, consumo de nicotina e outras substâncias foram sistematicamente coletados em casos e controles. Resultados: Após o ajuste para potenciais confundidores, a média de IL-6 foi significativamente maior nos RNE em comparação aos RNNE [10.208,54, intervalo de confiança (IC95%) 1.328,54- 19.088,55 versus 2.323,03, IC95% 1.484,64-3.161,21; p = 0,007; modelo linear generalizado (MLG)]. A média ajustada de IL-10 foi significativamente maior nos RNE do que nos RNNE (432,2189, IC95% 51,44-812,88 versus 75,52, IC95% 5,64- 145,39, p = 0,014; MLG). Medidas pós-parto ajustadas de IL-6 foram significativamente maiores nas mães que usaram de crack/ cocaína (25.160,05, IC95% 10.958,15-39.361,99 versus 8.902,14, IC95% 5.774,97-12.029,32; p = 0,007; MLG), sem diferenças significativas para IL-10. Não houve correlação entre níveis maternos e neonatais de citocinas (teste de Spearman, p ≥ 0,28 para todas as medidas). Conclusões: IL-6 e IL-10 podem ser biomarcadores precoces da exposição pré-natal a cocaína em recém-nascidos. Esses resultados podem ajudar a elucidar as vias neurobiológicas subjacentes a alterações do desenvolvimento e aumentar a gama de possibilidades para intervenção precoce. |
publishDate |
2016 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2016 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2017-08-09T02:35:44Z |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/other |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10183/164969 |
dc.identifier.issn.pt_BR.fl_str_mv |
2238-0019 |
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv |
001026696 |
identifier_str_mv |
2238-0019 001026696 |
url |
http://hdl.handle.net/10183/164969 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
eng |
language |
eng |
dc.relation.ispartof.pt_BR.fl_str_mv |
Trends in psychiatry and psychotherapy. Porto Alegre. Vol. 38, n. 1 (2016), p. 40-49 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFRGS instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) instacron:UFRGS |
instname_str |
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
instacron_str |
UFRGS |
institution |
UFRGS |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFRGS |
collection |
Repositório Institucional da UFRGS |
bitstream.url.fl_str_mv |
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/164969/1/001026696.pdf http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/164969/2/001026696.pdf.txt http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/164969/3/001026696.pdf.jpg |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
58c5215a3a221349513bff70fb34ded0 dda29f896e07f1aa085f35200d3c38ae 146937c5a71f3bcad07fb90929a0f933 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1798487351830249472 |