Utilização da terapia celular em afecções neurológicas do sistema nervoso central
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/60954 |
Resumo: | As células-tronco são células indiferenciadas com capacidade de se subdividir indefinidamente e que em decorrência de estímulos podem se diferenciar e originar células especializadas. Tais células podem ser de natureza embrionária ou adulta, podendo ser classificadas também quanto à sua capacidade de diferenciação em totipotentes, pluripotentes, oligopotentes ou unipotentes. Enquanto as células-tronco embrionárias apresentam grande potencial terapêutico e por muito tempo foram consideradas a fonte mais promissora de células para terapia de substituição celular, alguns aspectos que podem limitar suas aplicações principalmente em relação a questões éticas do uso de embriões humanos e a possibilidade de rejeição devido à incompatibilidade imunológica entre paciente e doador. Alternativamente, cientistas têm estudado o uso de células-tronco obtidas de tecidos adultos, pois na maior parte deles existem células responsáveis pela integridade, reparo e remodelação dos tecidos. Além da medula óssea as células-tronco vêm sendo isoladas em diversos tecidos no organismo adulto, tais como: sangue periférico, cérebro, medula espinhal, polpa dentária, vasos sanguíneos, músculo esquelético, epitélio da pele e do sistema digestivo, córnea, retina, fluido amniótico, fígado, pâncreas e células adiposas. Evidências de que o tecido nervoso possa se recuperar quando acometido por doenças agudas e degenerativas trouxe esperança para pacientes acometidos por doença de Parkinson, doença de Alzheimer, esclerose lateral amiotrófica, atrofia muscular espinhal, acidente vascular encefálico e inúmeras patologias traumáticas. As pesquisas mostram o papel das células-tronco na substituição do tecido lesado, bem como em promover fatores extracelulares que podem estimular o salvamento e reabastecimento celular endógeno. Neurorregeneração é um conceito complexo e relativamente novo, que inclui conhecimento de neurogênese, neuroplasticidade e neurorrestauração. A regeneração no sistema nervoso central implica na produção de novos neurônios, derivados tanto da proliferação de células-tronco ou precursoras endógenas quanto da administração de células exógenas com potencial de substituir o tecido perdido. O objetivo deste trabalho é revisar conceitos sobre as células-tronco e suas diferentes fontes de obtenção, dando ênfase as populações celulares mais utilizadas na pesquisa para tratamento de doenças neurológicas. Além disso, busca-se relacionar algumas doenças neurológicas humanas, cuja terapia celular seja sugerida, com doenças observadas em animais, tais como: síndrome do distúrbio cognitivo, Parkinson canino e lesões traumáticas. Há muito ainda por ser respondido; contudo, há indícios de que a terapia celular represente a cura ou, pelo menos, a melhora sintomática, de doenças que atualmente infligem grande sofrimento às pessoas e aos animais. Contanto que, a ética da experimentação animal seja respeitada, a pesquisa clínica na neurologia comparada trará avanços não apenas a terapia celular aplicada a humanos, mas poderá representar um progresso também na Medicina Veterinária. |
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Costa, Bruna Grandi daCirne Lima, Elizabeth ObinoPaz, Ana Helena da Rosa2012-11-14T01:42:45Z2012http://hdl.handle.net/10183/60954000860311As células-tronco são células indiferenciadas com capacidade de se subdividir indefinidamente e que em decorrência de estímulos podem se diferenciar e originar células especializadas. Tais células podem ser de natureza embrionária ou adulta, podendo ser classificadas também quanto à sua capacidade de diferenciação em totipotentes, pluripotentes, oligopotentes ou unipotentes. Enquanto as células-tronco embrionárias apresentam grande potencial terapêutico e por muito tempo foram consideradas a fonte mais promissora de células para terapia de substituição celular, alguns aspectos que podem limitar suas aplicações principalmente em relação a questões éticas do uso de embriões humanos e a possibilidade de rejeição devido à incompatibilidade imunológica entre paciente e doador. Alternativamente, cientistas têm estudado o uso de células-tronco obtidas de tecidos adultos, pois na maior parte deles existem células responsáveis pela integridade, reparo e remodelação dos tecidos. Além da medula óssea as células-tronco vêm sendo isoladas em diversos tecidos no organismo adulto, tais como: sangue periférico, cérebro, medula espinhal, polpa dentária, vasos sanguíneos, músculo esquelético, epitélio da pele e do sistema digestivo, córnea, retina, fluido amniótico, fígado, pâncreas e células adiposas. Evidências de que o tecido nervoso possa se recuperar quando acometido por doenças agudas e degenerativas trouxe esperança para pacientes acometidos por doença de Parkinson, doença de Alzheimer, esclerose lateral amiotrófica, atrofia muscular espinhal, acidente vascular encefálico e inúmeras patologias traumáticas. As pesquisas mostram o papel das células-tronco na substituição do tecido lesado, bem como em promover fatores extracelulares que podem estimular o salvamento e reabastecimento celular endógeno. Neurorregeneração é um conceito complexo e relativamente novo, que inclui conhecimento de neurogênese, neuroplasticidade e neurorrestauração. A regeneração no sistema nervoso central implica na produção de novos neurônios, derivados tanto da proliferação de células-tronco ou precursoras endógenas quanto da administração de células exógenas com potencial de substituir o tecido perdido. O objetivo deste trabalho é revisar conceitos sobre as células-tronco e suas diferentes fontes de obtenção, dando ênfase as populações celulares mais utilizadas na pesquisa para tratamento de doenças neurológicas. Além disso, busca-se relacionar algumas doenças neurológicas humanas, cuja terapia celular seja sugerida, com doenças observadas em animais, tais como: síndrome do distúrbio cognitivo, Parkinson canino e lesões traumáticas. Há muito ainda por ser respondido; contudo, há indícios de que a terapia celular represente a cura ou, pelo menos, a melhora sintomática, de doenças que atualmente infligem grande sofrimento às pessoas e aos animais. Contanto que, a ética da experimentação animal seja respeitada, a pesquisa clínica na neurologia comparada trará avanços não apenas a terapia celular aplicada a humanos, mas poderá representar um progresso também na Medicina Veterinária.Stem cells are undifferentiated cells capable of indefinite divisions and that under stimuli may differentiate and originate specialized cells. This cells may be embryonic or adults in nature, being classified also as its capacity of differentiation in totipotent, pluripotent, oligopotent or unipotent. While embryonic cells present great therapeutic potential and for long time were considered the most promissory source of cells for replacement cells therapy, some aspects may limit its application, mainly because of ethics issues in the use of human embryos and the possibility of rejection due to immunologic incompatibility between patient and donor. Alternatively, scientists have been studying the use of stem cells from adult’s tissues, because cells responsible for integrity, repair and remodeling are present in most of tissues. In addition to the bone marrow, stem cells have been isolated from several tissues in the adult organism, such as: peripheral blood, brain, spinal cord, dental pulp, blood vassals, skeletal muscle, epithelium from skin and digestive system, cornea, retina, amniotic fluid, liver, pancreas and adipose cells. Evidences that nerve tissue might recover when stricken by acute and degenerative diseases brought help to patients affected by Parkinson’s disease, Alzheimer’s disease, amyotrophic lateral sclerosis, spinal muscular atrophy, stroke and numerous traumatic pathologies. Research show the part of stem cells in replacing damaged tissue, as well as in promoting extracellular factors that may stimulate the rescue and endogenous cell replenishment. Neuroregeneration is a complex and relatively new concept that includes knowledge of neurogenesis, neuroplasticit and neurorestauration. Central nervous system regeneration implies in production of new neurons, derived both from proliferation of stem cells or endogenous precursor cells and from administration of exogenous cells with replacement potential. The aim of this paper is review concepts about stem cells and its different sources, emphasizing the most utilized cells populations in research for neurological diseases treatment. Additionally, some human neurological diseases, which cell therapy may be suggested, are compared with diseases observed in animals, such as: cognitive disturb syndrome, canine Parkinson and brain ischemia. There is much to be answered; however, there are signs that cell therapy represent the cure, or at least symptomatic improvements, of diseases that currently inflict great suffer to both people and animals. As long as the animal experimentation ethics be respected, clinical research in comparative neurology will bring advances not just for cell therapy applied to humans, but will also represent a progress in veterinary medicine.application/pdfporCélulas-tronco embrionáriasTerapia celulardegeneraçao neurologicaSistema nervoso centralEmbryonic stem cellAdult stem cellCell therapyNeurodegenerative diseaseNeuroregenerationComparative neurologyUtilização da terapia celular em afecções neurológicas do sistema nervoso centralinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de VeterináriaPorto Alegre, BR-RS2012/1Medicina Veterináriagraduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT000860311.pdf.txt000860311.pdf.txtExtracted Texttext/plain114557http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/60954/2/000860311.pdf.txt33c1bb8710239cede390cfb136460ca7MD52ORIGINAL000860311.pdf000860311.pdfTexto completoapplication/pdf253848http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/60954/1/000860311.pdf8e2b472c709acb66570afcde91784da7MD51THUMBNAIL000860311.pdf.jpg000860311.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1075http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/60954/3/000860311.pdf.jpg06d71b390ce17aaeda8e6b56874406e0MD5310183/609542018-10-15 08:48:43.85oai:www.lume.ufrgs.br:10183/60954Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2018-10-15T11:48:43Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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