O impacto do transplante hepático infantil na dinâmica familiar
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2010 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Psicologia (Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-79722010000200001 |
Resumo: | O presente estudo buscou compreender o impacto do transplante hepático infantil (THI) na dinâmica familiar. Participaram da pesquisa seis mães de crianças transplantadas de fígado. O tempo pós-transplante variou entre um e seis anos. As mães foram entrevistadas a respeito do relacionamento familiar no contexto do THI. Análise de conteúdo qualitativa revelou que a relação genitores-criança doente foi permeada pelo medo da morte, levando a atitudes permissivas e superprotetoras, na tentativa de poupar o filho de mais sofrimentos, sendo que este padrão de relacionamento manteve-se presente mesmo após o transplante e a melhora do quadro de saúde dos filhos. A relação do casal tendeu a fortalecer-se e centrar-se nas preocupações a respeito da doença e do transplante, havendo mais diálogo e união. A relação com os filhos sadios passou para segundo plano, surgindo sentimentos de desamparo, ciúmes e rivalidade nas crianças. A família extensiva, por sua vez, tendeu a tornar-se mais próxima e apresentou um importante papel de apoio. Os resultados apontaram que toda a família foi afetada, havendo necessidade de reestruturação familiar, o que reforça a importância do acompanhamento psicológico precoce e sistemático às famílias, visando facilitar a adaptação à situação de doença, prevenindo o desenvolvimento de problemas emocionais. |
id |
UFRGS-5_12eb1c8b2d4d763164ef837f83bea69c |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:scielo:S0102-79722010000200001 |
network_acronym_str |
UFRGS-5 |
network_name_str |
Psicologia (Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
O impacto do transplante hepático infantil na dinâmica familiarTransplante hepático infantilDinâmica familiarPsicologiaO presente estudo buscou compreender o impacto do transplante hepático infantil (THI) na dinâmica familiar. Participaram da pesquisa seis mães de crianças transplantadas de fígado. O tempo pós-transplante variou entre um e seis anos. As mães foram entrevistadas a respeito do relacionamento familiar no contexto do THI. Análise de conteúdo qualitativa revelou que a relação genitores-criança doente foi permeada pelo medo da morte, levando a atitudes permissivas e superprotetoras, na tentativa de poupar o filho de mais sofrimentos, sendo que este padrão de relacionamento manteve-se presente mesmo após o transplante e a melhora do quadro de saúde dos filhos. A relação do casal tendeu a fortalecer-se e centrar-se nas preocupações a respeito da doença e do transplante, havendo mais diálogo e união. A relação com os filhos sadios passou para segundo plano, surgindo sentimentos de desamparo, ciúmes e rivalidade nas crianças. A família extensiva, por sua vez, tendeu a tornar-se mais próxima e apresentou um importante papel de apoio. Os resultados apontaram que toda a família foi afetada, havendo necessidade de reestruturação familiar, o que reforça a importância do acompanhamento psicológico precoce e sistemático às famílias, visando facilitar a adaptação à situação de doença, prevenindo o desenvolvimento de problemas emocionais.Curso de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul2010-01-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-79722010000200001Psicologia: Reflexão e Crítica v.23 n.2 2010reponame:Psicologia (Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Online)instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGS10.1590/S0102-79722010000200001info:eu-repo/semantics/openAccessAnton,Márcia CamarattaPiccinini,Cesar Augustopor2010-09-15T00:00:00Zoai:scielo:S0102-79722010000200001Revistahttps://www.scielo.br/j/prc/ONGhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phpprc@springeropen.com1678-71530102-7972opendoar:2010-09-15T00:00Psicologia (Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Online) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
O impacto do transplante hepático infantil na dinâmica familiar |
title |
O impacto do transplante hepático infantil na dinâmica familiar |
spellingShingle |
O impacto do transplante hepático infantil na dinâmica familiar Anton,Márcia Camaratta Transplante hepático infantil Dinâmica familiar Psicologia |
title_short |
O impacto do transplante hepático infantil na dinâmica familiar |
title_full |
O impacto do transplante hepático infantil na dinâmica familiar |
title_fullStr |
O impacto do transplante hepático infantil na dinâmica familiar |
title_full_unstemmed |
O impacto do transplante hepático infantil na dinâmica familiar |
title_sort |
O impacto do transplante hepático infantil na dinâmica familiar |
author |
Anton,Márcia Camaratta |
author_facet |
Anton,Márcia Camaratta Piccinini,Cesar Augusto |
author_role |
author |
author2 |
Piccinini,Cesar Augusto |
author2_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Anton,Márcia Camaratta Piccinini,Cesar Augusto |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Transplante hepático infantil Dinâmica familiar Psicologia |
topic |
Transplante hepático infantil Dinâmica familiar Psicologia |
description |
O presente estudo buscou compreender o impacto do transplante hepático infantil (THI) na dinâmica familiar. Participaram da pesquisa seis mães de crianças transplantadas de fígado. O tempo pós-transplante variou entre um e seis anos. As mães foram entrevistadas a respeito do relacionamento familiar no contexto do THI. Análise de conteúdo qualitativa revelou que a relação genitores-criança doente foi permeada pelo medo da morte, levando a atitudes permissivas e superprotetoras, na tentativa de poupar o filho de mais sofrimentos, sendo que este padrão de relacionamento manteve-se presente mesmo após o transplante e a melhora do quadro de saúde dos filhos. A relação do casal tendeu a fortalecer-se e centrar-se nas preocupações a respeito da doença e do transplante, havendo mais diálogo e união. A relação com os filhos sadios passou para segundo plano, surgindo sentimentos de desamparo, ciúmes e rivalidade nas crianças. A família extensiva, por sua vez, tendeu a tornar-se mais próxima e apresentou um importante papel de apoio. Os resultados apontaram que toda a família foi afetada, havendo necessidade de reestruturação familiar, o que reforça a importância do acompanhamento psicológico precoce e sistemático às famílias, visando facilitar a adaptação à situação de doença, prevenindo o desenvolvimento de problemas emocionais. |
publishDate |
2010 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2010-01-01 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-79722010000200001 |
url |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-79722010000200001 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
10.1590/S0102-79722010000200001 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
text/html |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Curso de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul |
publisher.none.fl_str_mv |
Curso de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul |
dc.source.none.fl_str_mv |
Psicologia: Reflexão e Crítica v.23 n.2 2010 reponame:Psicologia (Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Online) instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) instacron:UFRGS |
instname_str |
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
instacron_str |
UFRGS |
institution |
UFRGS |
reponame_str |
Psicologia (Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Online) |
collection |
Psicologia (Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Psicologia (Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Online) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
repository.mail.fl_str_mv |
prc@springeropen.com |
_version_ |
1750134864052486144 |