O papel das vítimas nas narrativas jornalísticas sobre o desastre em Mariana
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2018 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Lumina |
Texto Completo: | https://lumina.ufjf.emnuvens.com.br/lumina/article/view/829 |
Resumo: | Nosso objetivo é analisar como as narrativas dos telejornais configuraram as manifestações das vítimas do desastre em Mariana (MG) nas primeiras 24 horas de cobertura da Rede Globo de Televisão. A intenção do trabalho é refletir sobre como o jornalismo transpõe um problema individual para o âmbito de problema público a partir dos aportes teóricos de Queré (2011), Lage (2013; 2016) e Charaudeau (2007; 2010). Entre as 27 inserções veiculadas sobre o rompimento da barragem de rejeitos, analisamos as cinco reportagens que apresentaram um total de 11 depoimentos de vítimas. Sistematizamos quais tiveram visibilidade de acordo com o grau de proximidade com o acontecimento. Também observamos como o jornalismo evocou suas falas e que efeitos patêmicos foram mobilizados a partir destes depoimentos. Concluímos que as narrativas jornalísticas se utilizam das manifestações das vítimas com efeitos patêmicos mais ligados à aflição, terror e tristeza. A maior parte das vítimas sequer é identificada pelas reportagens e suas manifestações são da ordem do sofrimento, sendo silenciadas menções às causas, riscos e vulnerabilidades do desastre ou a qualquer tipo de indignação pelo ocorrido. |
id |
UFRJ-12_f5610501dbb26dd4612a1e2c40ad4293 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:lumina.ufjf.emnuvens.com.br:article/829 |
network_acronym_str |
UFRJ-12 |
network_name_str |
Revista Lumina |
spelling |
O papel das vítimas nas narrativas jornalísticas sobre o desastre em Marianajornalismo; vítimas; cobertura de desastres; desastre de Mariana, pathosNosso objetivo é analisar como as narrativas dos telejornais configuraram as manifestações das vítimas do desastre em Mariana (MG) nas primeiras 24 horas de cobertura da Rede Globo de Televisão. A intenção do trabalho é refletir sobre como o jornalismo transpõe um problema individual para o âmbito de problema público a partir dos aportes teóricos de Queré (2011), Lage (2013; 2016) e Charaudeau (2007; 2010). Entre as 27 inserções veiculadas sobre o rompimento da barragem de rejeitos, analisamos as cinco reportagens que apresentaram um total de 11 depoimentos de vítimas. Sistematizamos quais tiveram visibilidade de acordo com o grau de proximidade com o acontecimento. Também observamos como o jornalismo evocou suas falas e que efeitos patêmicos foram mobilizados a partir destes depoimentos. Concluímos que as narrativas jornalísticas se utilizam das manifestações das vítimas com efeitos patêmicos mais ligados à aflição, terror e tristeza. A maior parte das vítimas sequer é identificada pelas reportagens e suas manifestações são da ordem do sofrimento, sendo silenciadas menções às causas, riscos e vulnerabilidades do desastre ou a qualquer tipo de indignação pelo ocorrido.LuminaMárcia Franz Amaral, investigadora CNPqJuliana Motta, bolsista CAPES.Amaral, Márcia FranzMotta, Juliana2018-08-30info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://lumina.ufjf.emnuvens.com.br/lumina/article/view/829Lumina; v. 12, n. 2 (2018): Dossiê: Comunicação, Condição da Vítima e Políticas de Sofrimento; 40-58e-1981-40701516-0785reponame:Revista Luminainstname:Universidade Federal do Rio de Janeiroinstacron:UFRJporhttps://lumina.ufjf.emnuvens.com.br/lumina/article/view/829/559Direitos autorais 2018 Luminainfo:eu-repo/semantics/openAccess2019-01-29T20:26:34Zmail@mail.com - |
dc.title.none.fl_str_mv |
O papel das vítimas nas narrativas jornalísticas sobre o desastre em Mariana |
title |
O papel das vítimas nas narrativas jornalísticas sobre o desastre em Mariana |
spellingShingle |
O papel das vítimas nas narrativas jornalísticas sobre o desastre em Mariana Amaral, Márcia Franz jornalismo; vítimas; cobertura de desastres; desastre de Mariana, pathos |
title_short |
O papel das vítimas nas narrativas jornalísticas sobre o desastre em Mariana |
title_full |
O papel das vítimas nas narrativas jornalísticas sobre o desastre em Mariana |
title_fullStr |
O papel das vítimas nas narrativas jornalísticas sobre o desastre em Mariana |
title_full_unstemmed |
O papel das vítimas nas narrativas jornalísticas sobre o desastre em Mariana |
title_sort |
O papel das vítimas nas narrativas jornalísticas sobre o desastre em Mariana |
author |
Amaral, Márcia Franz |
author_facet |
Amaral, Márcia Franz Motta, Juliana |
author_role |
author |
author2 |
Motta, Juliana |
author2_role |
author |
dc.contributor.none.fl_str_mv |
Márcia Franz Amaral, investigadora CNPq Juliana Motta, bolsista CAPES. |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Amaral, Márcia Franz Motta, Juliana |
dc.subject.por.fl_str_mv |
jornalismo; vítimas; cobertura de desastres; desastre de Mariana, pathos |
topic |
jornalismo; vítimas; cobertura de desastres; desastre de Mariana, pathos |
dc.description.none.fl_txt_mv |
Nosso objetivo é analisar como as narrativas dos telejornais configuraram as manifestações das vítimas do desastre em Mariana (MG) nas primeiras 24 horas de cobertura da Rede Globo de Televisão. A intenção do trabalho é refletir sobre como o jornalismo transpõe um problema individual para o âmbito de problema público a partir dos aportes teóricos de Queré (2011), Lage (2013; 2016) e Charaudeau (2007; 2010). Entre as 27 inserções veiculadas sobre o rompimento da barragem de rejeitos, analisamos as cinco reportagens que apresentaram um total de 11 depoimentos de vítimas. Sistematizamos quais tiveram visibilidade de acordo com o grau de proximidade com o acontecimento. Também observamos como o jornalismo evocou suas falas e que efeitos patêmicos foram mobilizados a partir destes depoimentos. Concluímos que as narrativas jornalísticas se utilizam das manifestações das vítimas com efeitos patêmicos mais ligados à aflição, terror e tristeza. A maior parte das vítimas sequer é identificada pelas reportagens e suas manifestações são da ordem do sofrimento, sendo silenciadas menções às causas, riscos e vulnerabilidades do desastre ou a qualquer tipo de indignação pelo ocorrido. |
description |
Nosso objetivo é analisar como as narrativas dos telejornais configuraram as manifestações das vítimas do desastre em Mariana (MG) nas primeiras 24 horas de cobertura da Rede Globo de Televisão. A intenção do trabalho é refletir sobre como o jornalismo transpõe um problema individual para o âmbito de problema público a partir dos aportes teóricos de Queré (2011), Lage (2013; 2016) e Charaudeau (2007; 2010). Entre as 27 inserções veiculadas sobre o rompimento da barragem de rejeitos, analisamos as cinco reportagens que apresentaram um total de 11 depoimentos de vítimas. Sistematizamos quais tiveram visibilidade de acordo com o grau de proximidade com o acontecimento. Também observamos como o jornalismo evocou suas falas e que efeitos patêmicos foram mobilizados a partir destes depoimentos. Concluímos que as narrativas jornalísticas se utilizam das manifestações das vítimas com efeitos patêmicos mais ligados à aflição, terror e tristeza. A maior parte das vítimas sequer é identificada pelas reportagens e suas manifestações são da ordem do sofrimento, sendo silenciadas menções às causas, riscos e vulnerabilidades do desastre ou a qualquer tipo de indignação pelo ocorrido. |
publishDate |
2018 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2018-08-30 |
dc.type.none.fl_str_mv |
|
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://lumina.ufjf.emnuvens.com.br/lumina/article/view/829 |
url |
https://lumina.ufjf.emnuvens.com.br/lumina/article/view/829 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://lumina.ufjf.emnuvens.com.br/lumina/article/view/829/559 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Direitos autorais 2018 Lumina info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Direitos autorais 2018 Lumina |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Lumina |
publisher.none.fl_str_mv |
Lumina |
dc.source.none.fl_str_mv |
Lumina; v. 12, n. 2 (2018): Dossiê: Comunicação, Condição da Vítima e Políticas de Sofrimento; 40-58 e-1981-4070 1516-0785 reponame:Revista Lumina instname:Universidade Federal do Rio de Janeiro instacron:UFRJ |
reponame_str |
Revista Lumina |
collection |
Revista Lumina |
instname_str |
Universidade Federal do Rio de Janeiro |
instacron_str |
UFRJ |
institution |
UFRJ |
repository.name.fl_str_mv |
-
|
repository.mail.fl_str_mv |
mail@mail.com |
_version_ |
1624478393653264384 |