Violência, ato infracional e escola pública: reflexões a partir da compreensão de professores e gestores do ensino médio/ Violence, infractions and the public school: reflecting upon understanding teachers and high school management

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bezerra, Waldez Cavalcante
Data de Publicação: 2021
Outros Autores: Carmo, Danilo Santos do, Silva, Daiana da Rocha, Silva, Janssen Macdowell Cavalcante da, Albuquerque, Júlia Vieira Muniz de, Silva, Laiane Araújo da
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revisbrato
Texto Completo: https://revistas.ufrj.br/index.php/ribto/article/view/42577
Resumo: Introdução: A escola pública é (deveria ser) um elo importante da rede social dos jovens de classes populares, mas são grandes as lacunas quanto à equidade e qualidade do acesso a ela, que muitas vezes também têm sido espaço de expressão e reprodução das múltiplas formas de violência. Objetivo: Analisar como professores e gestores de uma escola pública percebem e lidam com as questões do conflito, da violência e do ato infracional no contexto escolar. Métodos: Trata-se de um estudo qualitativo, cujos dados foram produzidos a partir de entrevistas com nove membros da equipe de uma escola pública de Maceió-AL, e analisados por meio da análise temática. Resultados e discussão: Os dados revelaram que, para os entrevistados, dificuldades dos estudantes em seguir regras é frequentemente associada a situações de conflito, que podem culminar em violência, e que o bullying é a forma mais comum de violência na escola. Boa parte dos professores desconhecem o que seria o ato infracional, apesar da presença de jovens em cumprimento de medida socioeducativa na escola. Os professores e gestores possuem uma visão emancipadora de educação, mas afirmam que poucas atividades têm sido feitas sobre a questão da violência e do ato infracional na escola, além de pontuarem desafios para atingir a função emancipadora da escola. Conclusões: O estudo permitiu levantar dados da realidade sobre a vivência de professores e gestores de uma escola sobre as temáticas da violência e do ato infracional.Palavras-chave: Exposição à Violência. Adolescente. Terapia Ocupacional. Educação. AbstractIntroduction: Public school is (ora t least it should be) an important link from lower social and economical class young people’s social network, however, there are huge gaps when it comes to equality and quality of access to schools, which, many times, have also been a space for the expression and reproduction of multiple kinds of violence. Objectives: To analyze and how teachers and managers from a public school perceive and cope with the matters of conflict, violence and infraction within the school context. Methodology: The following is a qualitative study with data produced through interviews with nine active members of a public school in Maceió – AL and then analyzes through theme analysis Results and discussion: The data revealed that, according to those who were interviewed, student’s difficulty in following rules is frequently associated with conflict situations, which can lead to violence, and, the most common kind of violence in schools is bullying. A big portion of the teachers do not know what is infraction, despite the presence of young people ongoing social educative measures in school. The teachers and managers have an emancipating view upon education, however, they say that few activities have been made about infractions and violence in schools, they have also pointed out the challenges in reaching the school’s emancipating function. Conclusion: This study made it possible to collect data about the reality and livelihood of teachers and school managers of a school regarding the violence and infraction subject.Keywords: Exposure to violence. Teenager. Occupational Therapy. Education. ResumenIntroducción: La escuela pública es (debe ser) un eslabón importante en la red social de los jóvenes de clases bajas, pero existen grandes brechas en cuanto a equidad y calidad de acceso a la misma, que muchas veces también han sido un espacio de expresión y reproducción de formas de violencia. Objetivo: Analizar cómo los docentes y directivos de una escuela pública perciben y abordan los problemas de conflicto, de la violencia y el acto infraccional en el contexto escolar. Metodología: Se trata de un estudio cualitativo, cuyos datos se elaboraron a partir de entrevistas a nueve miembros del personal de una escuela pública de Maceió-AL, y se analizaron mediante análisis temático. Resultados y discusión: Los datos revelaron que, para los entrevistados, las dificultades de los estudiantes para seguir las reglas a menudo se asocian con situaciones de conflicto, que pueden culminar en violencia, y que el bullying es la forma más común de violencia en la escuela. La mayoría de los docentes desconocen cuál sería la infracción, a pesar de la presencia de jóvenes en cumplimiento de una medidad socioeducativa en la escuela. Los docentes y directivos tienen una visión emancipadora de la educación, pero afirman que se han realizado pocas actividades sobre el tema de la violencia y el acto infraccional en la escuela, además de puntuar los desafíos para lograr la función emancipadora de la escuela. Conclusión: El estudio permitió obtener datos sobre la realidad de la experiencia de docentes y administradores escolares sobre los temas de violencia y acto infraccional.Palabras clave: Exposición a la violência. Adolescente. Terapia Ocupacional. Educación. 
id UFRJ-14_e6f0060a0f651cd4b676398d62a0610f
oai_identifier_str oai:www.revistas.ufrj.br:article/42577
network_acronym_str UFRJ-14
network_name_str Revisbrato
repository_id_str
spelling Violência, ato infracional e escola pública: reflexões a partir da compreensão de professores e gestores do ensino médio/ Violence, infractions and the public school: reflecting upon understanding teachers and high school managementEducaçãoExposição à Violência. Vulnerabilidade social. Escolas. Adolescentes.Introdução: A escola pública é (deveria ser) um elo importante da rede social dos jovens de classes populares, mas são grandes as lacunas quanto à equidade e qualidade do acesso a ela, que muitas vezes também têm sido espaço de expressão e reprodução das múltiplas formas de violência. Objetivo: Analisar como professores e gestores de uma escola pública percebem e lidam com as questões do conflito, da violência e do ato infracional no contexto escolar. Métodos: Trata-se de um estudo qualitativo, cujos dados foram produzidos a partir de entrevistas com nove membros da equipe de uma escola pública de Maceió-AL, e analisados por meio da análise temática. Resultados e discussão: Os dados revelaram que, para os entrevistados, dificuldades dos estudantes em seguir regras é frequentemente associada a situações de conflito, que podem culminar em violência, e que o bullying é a forma mais comum de violência na escola. Boa parte dos professores desconhecem o que seria o ato infracional, apesar da presença de jovens em cumprimento de medida socioeducativa na escola. Os professores e gestores possuem uma visão emancipadora de educação, mas afirmam que poucas atividades têm sido feitas sobre a questão da violência e do ato infracional na escola, além de pontuarem desafios para atingir a função emancipadora da escola. Conclusões: O estudo permitiu levantar dados da realidade sobre a vivência de professores e gestores de uma escola sobre as temáticas da violência e do ato infracional.Palavras-chave: Exposição à Violência. Adolescente. Terapia Ocupacional. Educação. AbstractIntroduction: Public school is (ora t least it should be) an important link from lower social and economical class young people’s social network, however, there are huge gaps when it comes to equality and quality of access to schools, which, many times, have also been a space for the expression and reproduction of multiple kinds of violence. Objectives: To analyze and how teachers and managers from a public school perceive and cope with the matters of conflict, violence and infraction within the school context. Methodology: The following is a qualitative study with data produced through interviews with nine active members of a public school in Maceió – AL and then analyzes through theme analysis Results and discussion: The data revealed that, according to those who were interviewed, student’s difficulty in following rules is frequently associated with conflict situations, which can lead to violence, and, the most common kind of violence in schools is bullying. A big portion of the teachers do not know what is infraction, despite the presence of young people ongoing social educative measures in school. The teachers and managers have an emancipating view upon education, however, they say that few activities have been made about infractions and violence in schools, they have also pointed out the challenges in reaching the school’s emancipating function. Conclusion: This study made it possible to collect data about the reality and livelihood of teachers and school managers of a school regarding the violence and infraction subject.Keywords: Exposure to violence. Teenager. Occupational Therapy. Education. ResumenIntroducción: La escuela pública es (debe ser) un eslabón importante en la red social de los jóvenes de clases bajas, pero existen grandes brechas en cuanto a equidad y calidad de acceso a la misma, que muchas veces también han sido un espacio de expresión y reproducción de formas de violencia. Objetivo: Analizar cómo los docentes y directivos de una escuela pública perciben y abordan los problemas de conflicto, de la violencia y el acto infraccional en el contexto escolar. Metodología: Se trata de un estudio cualitativo, cuyos datos se elaboraron a partir de entrevistas a nueve miembros del personal de una escuela pública de Maceió-AL, y se analizaron mediante análisis temático. Resultados y discusión: Los datos revelaron que, para los entrevistados, las dificultades de los estudiantes para seguir las reglas a menudo se asocian con situaciones de conflicto, que pueden culminar en violencia, y que el bullying es la forma más común de violencia en la escuela. La mayoría de los docentes desconocen cuál sería la infracción, a pesar de la presencia de jóvenes en cumplimiento de una medidad socioeducativa en la escuela. Los docentes y directivos tienen una visión emancipadora de la educación, pero afirman que se han realizado pocas actividades sobre el tema de la violencia y el acto infraccional en la escuela, además de puntuar los desafíos para lograr la función emancipadora de la escuela. Conclusión: El estudio permitió obtener datos sobre la realidad de la experiencia de docentes y administradores escolares sobre los temas de violencia y acto infraccional.Palabras clave: Exposición a la violência. Adolescente. Terapia Ocupacional. Educación. Universidade Federal do Rio de JaneiroBezerra, Waldez CavalcanteCarmo, Danilo Santos doSilva, Daiana da RochaSilva, Janssen Macdowell Cavalcante daAlbuquerque, Júlia Vieira Muniz deSilva, Laiane Araújo da2021-08-02info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://revistas.ufrj.br/index.php/ribto/article/view/4257710.47222/2526-3544.rbto42577Revista Interinstitucional Brasileira de Terapia Ocupacional - REVISBRATO; v. 5, n. 3 (2021): (ISSN eletrônico 2526-3544); 369-3862526-3544reponame:Revisbratoinstname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)instacron:UFRJporhttps://revistas.ufrj.br/index.php/ribto/article/view/42577/pdfhttps://revistas.ufrj.br/index.php/ribto/article/downloadSuppFile/42577/14935https://revistas.ufrj.br/index.php/ribto/article/downloadSuppFile/42577/14936https://revistas.ufrj.br/index.php/ribto/article/downloadSuppFile/42577/14937/*ref*/Araújo Filho, I. K. S. et al. (2020). Violência escolar frente à judicialização: um estudo em escolas de Cascavel - PR. HOLOS, 36(1), 1-12. http://doi.org/10.15628/holos.2020.6936 Avelar, M. R., & Malfitano, A. P. S. (2020). A proposição de articulação em rede para atenção pública a crianças e adolescentes. Pesquisas e Práticas Psicossociais, 15(2), 1-15. Bardin, L. (2011). Análise de Conteúdo. São Paulo: Edições 70. Brasil. (1990). Lei Federal n. 8069, de 13 de julho de 1990. ECA - Estatuto da Criança e do Adolescente. Brasília. Brasil. (2012). Presidência da República. Lei nº. 12.594, de 18 de janeiro de 2012. Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo. Brasília. Charlot, B. (2006). Cotidiano das escolas: entre violências. Prefácio. Brasília, UNESC0. Dayrell, J. (2003). O jovem como sujeito social. Revista Brasileira de Educação, 24, 40-52. https://doi.org/10.1590/S1413-24782003000300004 Freire, P. (1970). Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e terra. Galvão, I. (2004). Cenas do cotidiano escolar: conflitos sim, violência não. Petrópolis: Vozes, 2004. Kappel, V. B. et al. (2014). Enfrentamento da violência no ambiente escolar na perspectiva dos diferentes atores. Interface - Comunicação, Saúde, Educação, 18(51), 723-735. https://doi.org/10.1590/1807-57622013.0882 Lobato, V. S., & Placco, V. M. N. S. (2007). Concepções de professores sobre questões relacionadas à violência na escola. Psicologia da Educação, 24, 73-90. Marafon, G. et al. (2014). Conflitos enquadrados como bullying: categoria que aumenta tensões e impossibilita análises. Psic. Clin., 26(2), 87-104. Martins, A. M. et al. (2016). Mediações de conflitos em escolas: entre normas e percepções docentes. Cadernos de Pesquisa, 46(161), 566-592. https://doi.org/10.1590/198053143798 Melo, M. C. et al. (2011). A representação da violência em adolescentes de escolas da rede pública de ensino do Município do Jaboatão dos Guararapes. Ciência & Saúde Coletiva, 16(10), 4211-4220. https://doi.org/10.1590/S1413-81232011001100026 Minayo, M. C. S. (org.) (2018). Pesquisa Social: teoria, método e criatividade. Rio de Janeiro: Vozes. Pan, L. C. (2019). Entrelaçando pontos – de fora para dentro, de dentro para fora: ação e formação da terapia ocupacional social na escola pública. [Tese de Doutorado. Universidade Federal de São Carlos, São Carlos]. Pereira, B. P., & Lopes, R. E. (2016). Por que ir à Escola? Os sentidos atribuídos pelos jovens do ensino médio. Educação & Realidade, 41(1), 193-216. https://doi.org/10.1590/2175-623655950 Priotto, E. P., & Boneti, L. W. (2009). Violência escolar: na escola, da escola e contra a escola. Rev. Diálogo Educ., 9(26), 161-179. http://dx.doi.org/10.7213/rde.v9i26.3700 Priotto, E. P. (2008). Violência escolar: políticas públicas e práticas educativas. [Dissertação Mestrado. Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Curitiba]. Rocha, M. F. J. (2014). Conflito, diálogo e permanência: o professor mediador, o adolescente que cometeu ato infracional e a escola. [Dissertação de Mestrado. Universidade Federal de São Carlos, São Carlos]. Romanowski, D. (2015). Eca na Escola: Orientações frente à doutrina da proteção integral na prática de atos de indisciplina e atos infracionais. Revista de Educação do Ideau, 10(21), 1-12. Salles, L. M. F. et al. (2014). Um estudo sobre jovens e violência no espaço escolar. Psicologia & Sociedade, 26(1), 148-157. https://doi.org/10.1590/S0102-71822014000100016 Silva, F. R., & Assis, S. G. (2018). Prevenção da violência escolar: uma revisão da literatura. Educação e Pesquisa, 44, 1-13. https://doi.org/10.1590/S1517-9702201703157305 Souza, L. A. A. (2011). Desvalorização social da profissão docente no cotidiano da escola pública no discurso do professor. In: X Congresso Nacional de Educação, (pp. 4812-4823). Curitiba: EDUCERE. Souza, T. Y.; Oliveira, M. C. S. L., & Rodrigues, D. S. (2015). Adolescência e juventude: questões contemporâneas. Módulo 1 do Núcleo Básico em Socioeducação. Escola Nacional de Socioeducação. Universidade de Brasília. Brasília, DF. Souza, K. O. J. (2012). Violência em escolas públicas e a promoção da saúde: relatos e diálogos com alunos e professores. Revista Brasileira em Promoção da Saúde, 25(1), 71-79. https://doi.org/10.5020/2213 Spósito, M. P. (2001). Um breve balanço da pesquisa sobre violência escolar no Brasil. Educação e Pesquisa, 27(1), 87-103. https://doi.org/10.1590/S1517-97022001000100007 Vicentin, M. C. G., & Gramkow, G. (2018). Pistas para pensar um agir criançável nas experiências de conflito. ETD - Educação Temática Digital, 20(2), 368-390. https://doi.org/10.20396/etd.v20i2.8650659Direitos autorais 2021 Revista Interinstitucional Brasileira de Terapia Ocupacional - REVISBRATOinfo:eu-repo/semantics/openAccess2021-08-02T19:39:05Zoai:www.revistas.ufrj.br:article/42577Revistahttps://revistas.ufrj.br/index.php/ribto/indexPUBhttps://revistas.ufrj.br/index.php/ribto/oai||revisbrato@gmail.com2526-35442526-3544opendoar:2021-08-02T19:39:05Revisbrato - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)false
dc.title.none.fl_str_mv Violência, ato infracional e escola pública: reflexões a partir da compreensão de professores e gestores do ensino médio/ Violence, infractions and the public school: reflecting upon understanding teachers and high school management
title Violência, ato infracional e escola pública: reflexões a partir da compreensão de professores e gestores do ensino médio/ Violence, infractions and the public school: reflecting upon understanding teachers and high school management
spellingShingle Violência, ato infracional e escola pública: reflexões a partir da compreensão de professores e gestores do ensino médio/ Violence, infractions and the public school: reflecting upon understanding teachers and high school management
Bezerra, Waldez Cavalcante
Educação
Exposição à Violência. Vulnerabilidade social. Escolas. Adolescentes.
title_short Violência, ato infracional e escola pública: reflexões a partir da compreensão de professores e gestores do ensino médio/ Violence, infractions and the public school: reflecting upon understanding teachers and high school management
title_full Violência, ato infracional e escola pública: reflexões a partir da compreensão de professores e gestores do ensino médio/ Violence, infractions and the public school: reflecting upon understanding teachers and high school management
title_fullStr Violência, ato infracional e escola pública: reflexões a partir da compreensão de professores e gestores do ensino médio/ Violence, infractions and the public school: reflecting upon understanding teachers and high school management
title_full_unstemmed Violência, ato infracional e escola pública: reflexões a partir da compreensão de professores e gestores do ensino médio/ Violence, infractions and the public school: reflecting upon understanding teachers and high school management
title_sort Violência, ato infracional e escola pública: reflexões a partir da compreensão de professores e gestores do ensino médio/ Violence, infractions and the public school: reflecting upon understanding teachers and high school management
author Bezerra, Waldez Cavalcante
author_facet Bezerra, Waldez Cavalcante
Carmo, Danilo Santos do
Silva, Daiana da Rocha
Silva, Janssen Macdowell Cavalcante da
Albuquerque, Júlia Vieira Muniz de
Silva, Laiane Araújo da
author_role author
author2 Carmo, Danilo Santos do
Silva, Daiana da Rocha
Silva, Janssen Macdowell Cavalcante da
Albuquerque, Júlia Vieira Muniz de
Silva, Laiane Araújo da
author2_role author
author
author
author
author
dc.contributor.none.fl_str_mv
dc.contributor.author.fl_str_mv Bezerra, Waldez Cavalcante
Carmo, Danilo Santos do
Silva, Daiana da Rocha
Silva, Janssen Macdowell Cavalcante da
Albuquerque, Júlia Vieira Muniz de
Silva, Laiane Araújo da
dc.subject.none.fl_str_mv
dc.subject.por.fl_str_mv Educação
Exposição à Violência. Vulnerabilidade social. Escolas. Adolescentes.
topic Educação
Exposição à Violência. Vulnerabilidade social. Escolas. Adolescentes.
description Introdução: A escola pública é (deveria ser) um elo importante da rede social dos jovens de classes populares, mas são grandes as lacunas quanto à equidade e qualidade do acesso a ela, que muitas vezes também têm sido espaço de expressão e reprodução das múltiplas formas de violência. Objetivo: Analisar como professores e gestores de uma escola pública percebem e lidam com as questões do conflito, da violência e do ato infracional no contexto escolar. Métodos: Trata-se de um estudo qualitativo, cujos dados foram produzidos a partir de entrevistas com nove membros da equipe de uma escola pública de Maceió-AL, e analisados por meio da análise temática. Resultados e discussão: Os dados revelaram que, para os entrevistados, dificuldades dos estudantes em seguir regras é frequentemente associada a situações de conflito, que podem culminar em violência, e que o bullying é a forma mais comum de violência na escola. Boa parte dos professores desconhecem o que seria o ato infracional, apesar da presença de jovens em cumprimento de medida socioeducativa na escola. Os professores e gestores possuem uma visão emancipadora de educação, mas afirmam que poucas atividades têm sido feitas sobre a questão da violência e do ato infracional na escola, além de pontuarem desafios para atingir a função emancipadora da escola. Conclusões: O estudo permitiu levantar dados da realidade sobre a vivência de professores e gestores de uma escola sobre as temáticas da violência e do ato infracional.Palavras-chave: Exposição à Violência. Adolescente. Terapia Ocupacional. Educação. AbstractIntroduction: Public school is (ora t least it should be) an important link from lower social and economical class young people’s social network, however, there are huge gaps when it comes to equality and quality of access to schools, which, many times, have also been a space for the expression and reproduction of multiple kinds of violence. Objectives: To analyze and how teachers and managers from a public school perceive and cope with the matters of conflict, violence and infraction within the school context. Methodology: The following is a qualitative study with data produced through interviews with nine active members of a public school in Maceió – AL and then analyzes through theme analysis Results and discussion: The data revealed that, according to those who were interviewed, student’s difficulty in following rules is frequently associated with conflict situations, which can lead to violence, and, the most common kind of violence in schools is bullying. A big portion of the teachers do not know what is infraction, despite the presence of young people ongoing social educative measures in school. The teachers and managers have an emancipating view upon education, however, they say that few activities have been made about infractions and violence in schools, they have also pointed out the challenges in reaching the school’s emancipating function. Conclusion: This study made it possible to collect data about the reality and livelihood of teachers and school managers of a school regarding the violence and infraction subject.Keywords: Exposure to violence. Teenager. Occupational Therapy. Education. ResumenIntroducción: La escuela pública es (debe ser) un eslabón importante en la red social de los jóvenes de clases bajas, pero existen grandes brechas en cuanto a equidad y calidad de acceso a la misma, que muchas veces también han sido un espacio de expresión y reproducción de formas de violencia. Objetivo: Analizar cómo los docentes y directivos de una escuela pública perciben y abordan los problemas de conflicto, de la violencia y el acto infraccional en el contexto escolar. Metodología: Se trata de un estudio cualitativo, cuyos datos se elaboraron a partir de entrevistas a nueve miembros del personal de una escuela pública de Maceió-AL, y se analizaron mediante análisis temático. Resultados y discusión: Los datos revelaron que, para los entrevistados, las dificultades de los estudiantes para seguir las reglas a menudo se asocian con situaciones de conflicto, que pueden culminar en violencia, y que el bullying es la forma más común de violencia en la escuela. La mayoría de los docentes desconocen cuál sería la infracción, a pesar de la presencia de jóvenes en cumplimiento de una medidad socioeducativa en la escuela. Los docentes y directivos tienen una visión emancipadora de la educación, pero afirman que se han realizado pocas actividades sobre el tema de la violencia y el acto infraccional en la escuela, además de puntuar los desafíos para lograr la función emancipadora de la escuela. Conclusión: El estudio permitió obtener datos sobre la realidad de la experiencia de docentes y administradores escolares sobre los temas de violencia y acto infraccional.Palabras clave: Exposición a la violência. Adolescente. Terapia Ocupacional. Educación. 
publishDate 2021
dc.date.none.fl_str_mv 2021-08-02
dc.type.none.fl_str_mv
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://revistas.ufrj.br/index.php/ribto/article/view/42577
10.47222/2526-3544.rbto42577
url https://revistas.ufrj.br/index.php/ribto/article/view/42577
identifier_str_mv 10.47222/2526-3544.rbto42577
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv https://revistas.ufrj.br/index.php/ribto/article/view/42577/pdf
https://revistas.ufrj.br/index.php/ribto/article/downloadSuppFile/42577/14935
https://revistas.ufrj.br/index.php/ribto/article/downloadSuppFile/42577/14936
https://revistas.ufrj.br/index.php/ribto/article/downloadSuppFile/42577/14937
/*ref*/Araújo Filho, I. K. S. et al. (2020). Violência escolar frente à judicialização: um estudo em escolas de Cascavel - PR. HOLOS, 36(1), 1-12. http://doi.org/10.15628/holos.2020.6936 Avelar, M. R., & Malfitano, A. P. S. (2020). A proposição de articulação em rede para atenção pública a crianças e adolescentes. Pesquisas e Práticas Psicossociais, 15(2), 1-15. Bardin, L. (2011). Análise de Conteúdo. São Paulo: Edições 70. Brasil. (1990). Lei Federal n. 8069, de 13 de julho de 1990. ECA - Estatuto da Criança e do Adolescente. Brasília. Brasil. (2012). Presidência da República. Lei nº. 12.594, de 18 de janeiro de 2012. Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo. Brasília. Charlot, B. (2006). Cotidiano das escolas: entre violências. Prefácio. Brasília, UNESC0. Dayrell, J. (2003). O jovem como sujeito social. Revista Brasileira de Educação, 24, 40-52. https://doi.org/10.1590/S1413-24782003000300004 Freire, P. (1970). Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e terra. Galvão, I. (2004). Cenas do cotidiano escolar: conflitos sim, violência não. Petrópolis: Vozes, 2004. Kappel, V. B. et al. (2014). Enfrentamento da violência no ambiente escolar na perspectiva dos diferentes atores. Interface - Comunicação, Saúde, Educação, 18(51), 723-735. https://doi.org/10.1590/1807-57622013.0882 Lobato, V. S., & Placco, V. M. N. S. (2007). Concepções de professores sobre questões relacionadas à violência na escola. Psicologia da Educação, 24, 73-90. Marafon, G. et al. (2014). Conflitos enquadrados como bullying: categoria que aumenta tensões e impossibilita análises. Psic. Clin., 26(2), 87-104. Martins, A. M. et al. (2016). Mediações de conflitos em escolas: entre normas e percepções docentes. Cadernos de Pesquisa, 46(161), 566-592. https://doi.org/10.1590/198053143798 Melo, M. C. et al. (2011). A representação da violência em adolescentes de escolas da rede pública de ensino do Município do Jaboatão dos Guararapes. Ciência & Saúde Coletiva, 16(10), 4211-4220. https://doi.org/10.1590/S1413-81232011001100026 Minayo, M. C. S. (org.) (2018). Pesquisa Social: teoria, método e criatividade. Rio de Janeiro: Vozes. Pan, L. C. (2019). Entrelaçando pontos – de fora para dentro, de dentro para fora: ação e formação da terapia ocupacional social na escola pública. [Tese de Doutorado. Universidade Federal de São Carlos, São Carlos]. Pereira, B. P., & Lopes, R. E. (2016). Por que ir à Escola? Os sentidos atribuídos pelos jovens do ensino médio. Educação & Realidade, 41(1), 193-216. https://doi.org/10.1590/2175-623655950 Priotto, E. P., & Boneti, L. W. (2009). Violência escolar: na escola, da escola e contra a escola. Rev. Diálogo Educ., 9(26), 161-179. http://dx.doi.org/10.7213/rde.v9i26.3700 Priotto, E. P. (2008). Violência escolar: políticas públicas e práticas educativas. [Dissertação Mestrado. Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Curitiba]. Rocha, M. F. J. (2014). Conflito, diálogo e permanência: o professor mediador, o adolescente que cometeu ato infracional e a escola. [Dissertação de Mestrado. Universidade Federal de São Carlos, São Carlos]. Romanowski, D. (2015). Eca na Escola: Orientações frente à doutrina da proteção integral na prática de atos de indisciplina e atos infracionais. Revista de Educação do Ideau, 10(21), 1-12. Salles, L. M. F. et al. (2014). Um estudo sobre jovens e violência no espaço escolar. Psicologia & Sociedade, 26(1), 148-157. https://doi.org/10.1590/S0102-71822014000100016 Silva, F. R., & Assis, S. G. (2018). Prevenção da violência escolar: uma revisão da literatura. Educação e Pesquisa, 44, 1-13. https://doi.org/10.1590/S1517-9702201703157305 Souza, L. A. A. (2011). Desvalorização social da profissão docente no cotidiano da escola pública no discurso do professor. In: X Congresso Nacional de Educação, (pp. 4812-4823). Curitiba: EDUCERE. Souza, T. Y.; Oliveira, M. C. S. L., & Rodrigues, D. S. (2015). Adolescência e juventude: questões contemporâneas. Módulo 1 do Núcleo Básico em Socioeducação. Escola Nacional de Socioeducação. Universidade de Brasília. Brasília, DF. Souza, K. O. J. (2012). Violência em escolas públicas e a promoção da saúde: relatos e diálogos com alunos e professores. Revista Brasileira em Promoção da Saúde, 25(1), 71-79. https://doi.org/10.5020/2213 Spósito, M. P. (2001). Um breve balanço da pesquisa sobre violência escolar no Brasil. Educação e Pesquisa, 27(1), 87-103. https://doi.org/10.1590/S1517-97022001000100007 Vicentin, M. C. G., & Gramkow, G. (2018). Pistas para pensar um agir criançável nas experiências de conflito. ETD - Educação Temática Digital, 20(2), 368-390. https://doi.org/10.20396/etd.v20i2.8650659
dc.rights.driver.fl_str_mv Direitos autorais 2021 Revista Interinstitucional Brasileira de Terapia Ocupacional - REVISBRATO
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Direitos autorais 2021 Revista Interinstitucional Brasileira de Terapia Ocupacional - REVISBRATO
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal do Rio de Janeiro
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal do Rio de Janeiro
dc.source.none.fl_str_mv Revista Interinstitucional Brasileira de Terapia Ocupacional - REVISBRATO; v. 5, n. 3 (2021): (ISSN eletrônico 2526-3544); 369-386
2526-3544
reponame:Revisbrato
instname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
instacron:UFRJ
instname_str Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
instacron_str UFRJ
institution UFRJ
reponame_str Revisbrato
collection Revisbrato
repository.name.fl_str_mv Revisbrato - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
repository.mail.fl_str_mv ||revisbrato@gmail.com
_version_ 1754569184821379072