Os Serviços Ecossistêmicos em Geossítios do Geopark Araripe (CE), Nordeste do Brasil
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Data de Publicação: | 2020 |
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Título da fonte: | Anuário do Instituto de Geociências (Online) |
Texto Completo: | https://revistas.ufrj.br/index.php/aigeo/article/view/39930 |
Resumo: | Os geoparques são uma das principais ações de conservação da natureza, sobretudo, nos seus aspectos abióticos - a geodiversidade. No mundo são 161 geoparques (jul/2020), em 44 países, organizados em rede, o Programa Mundial de Geoparques UNESCO e a Rede Mundial de Geoparques, do qual, no Brasil, apenas o Geopark Araripe é integrante. Qualquer intenção em definição de geoparques começa com o inventário da geodiversidade e a hierarquização dos locais a partir da valorização dos elementos da geodiversidade, fundamental para a elaboração de ações de geoconservação. Nesse contexto, este trabalho tem como objetivo a identificação dosserviços ecossistêmicos nos geossítios do Geopark Araripe, sul do estado do Ceará, nordeste brasileiro, associados aos valores da geodiversidade, feita a partir da metodologia de Gray (2013). Metodologicamente foi realizada uma atualização bibliográfica sobre avaliação da geodiversidade e serviços ecossistêmicos, a qual embasou o trabalho de campo no Geopark Araripe em fevereiro de 2019. Tais etapas permitiram a descrição de cada um dos geossítios e, por conseguinte, o levantamento e revisão dos serviços ecossistêmicos da geodiversidade para cada um deles. Como resultados, 19 dos 25 bens e processos, distribuídos pelos cinco serviços (regulação,suporte, provisão, cultural e de conhecimento), foram identificados nos geossítios, ao passo que três geossítios possuem os cinco tipos de serviços associados: Batateira, Cachoeira de Missão Velha e Riacho do Meio. Por outro lado, o geossítio Floresta Petrificada do Cariri é o que possui o menor número de serviços. Entende-se que a identificação dos serviços ecossistêmicos nos geossítios seja uma ferramenta de interpretação ambiental, que pode ser utilizada na divulgação das geociências e do próprio geoparque, ao passo queprocura elucidar a importância da geodiversidade para o ecossistema, estando o ser humano incluso neste conceito. Tais dimensões se configuram como significativos subsídios para a geoconservação no território do Geopark Araripe. |
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Os Serviços Ecossistêmicos em Geossítios do Geopark Araripe (CE), Nordeste do BrasilGeoconservação; Geoparques; Serviços EcossistêmicosOs geoparques são uma das principais ações de conservação da natureza, sobretudo, nos seus aspectos abióticos - a geodiversidade. No mundo são 161 geoparques (jul/2020), em 44 países, organizados em rede, o Programa Mundial de Geoparques UNESCO e a Rede Mundial de Geoparques, do qual, no Brasil, apenas o Geopark Araripe é integrante. Qualquer intenção em definição de geoparques começa com o inventário da geodiversidade e a hierarquização dos locais a partir da valorização dos elementos da geodiversidade, fundamental para a elaboração de ações de geoconservação. Nesse contexto, este trabalho tem como objetivo a identificação dosserviços ecossistêmicos nos geossítios do Geopark Araripe, sul do estado do Ceará, nordeste brasileiro, associados aos valores da geodiversidade, feita a partir da metodologia de Gray (2013). Metodologicamente foi realizada uma atualização bibliográfica sobre avaliação da geodiversidade e serviços ecossistêmicos, a qual embasou o trabalho de campo no Geopark Araripe em fevereiro de 2019. Tais etapas permitiram a descrição de cada um dos geossítios e, por conseguinte, o levantamento e revisão dos serviços ecossistêmicos da geodiversidade para cada um deles. Como resultados, 19 dos 25 bens e processos, distribuídos pelos cinco serviços (regulação,suporte, provisão, cultural e de conhecimento), foram identificados nos geossítios, ao passo que três geossítios possuem os cinco tipos de serviços associados: Batateira, Cachoeira de Missão Velha e Riacho do Meio. Por outro lado, o geossítio Floresta Petrificada do Cariri é o que possui o menor número de serviços. 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Tais dimensões se configuram como significativos subsídios para a geoconservação no território do Geopark Araripe.Universidade Federal do Rio de JaneiroFUNCAPNascimento, Marcos Antonio Leite doSilva, Matheus Lisboa Nobre daMoura-Fé, Marcelo Martins de2020-12-18info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://revistas.ufrj.br/index.php/aigeo/article/view/3993010.11137/2020_4_119_132Anuário do Instituto de Geociências; Vol 43, No 4 (2020); 119_132Anuário do Instituto de Geociências; Vol 43, No 4 (2020); 119_1321982-39080101-9759reponame:Anuário do Instituto de Geociências (Online)instname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)instacron:UFRJporhttps://revistas.ufrj.br/index.php/aigeo/article/view/39930/pdf_1/*ref*/Araújo, A.M. & Pereira, D.I. 2018. A New Methodological Contribution for the Geodiversity Assessment: Applicability to Ceará State (Brazil). Geoheritage, 10: 591-605. Assine, M.L. 2007. Bacia do Araripe. Boletim Geociências da Petrobras, 15(2): 371-389. Bétard, F. & Peulvast, J.P. 2019. Geodiversity Hotspots: Concept, Method and Cartographic Application for Geoconservation Purposes at a Regional Scale. Environmental Management, 63(6): 822-834. Bétard, F.; Peulvast, J.P.; Magalhães, A.O.; Carvalho Neta, M.L. & Freitas, F.I. 2018. Araripe Basin: A Major Geodiversity Hotspot in Brazil. Geoheritage, 10: 543-558. Brasil. 1942. Decreto No. 4.146, de 4 de março de 1942. Presidência da República, Casa Civil, Rio de Janeiro. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/1937-1946/Del4146.htm>. Acessado em 24 mai 2019. Brilha, J.B. 2018. Geoheritage: inventories and evaluation. In: REYNARD, E.; BRILHA, J. (eds.) Geoheritage: Assessment, Protection, and Management. Elsevier, Amsterdam. p. 69-85. Brito, L.S.M. & Perinotto, A.R.C. 2012. Difusão da ciência no Geopark Araripe, Ceará, Brasil. Anuário do Instituto de Geociências, 35(1): 42-48. Cardoso, A.L.H.; Silva Neto, D.C.; Sales, A.M.F. & Hillmer, G. 2007. Dossiê do Geopark Araripe para concorrer ao prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade, na categoria Proteção do Patrimônio Natural e Arqueológico. Crato: Urca, 89 p. Cardoso, M.A.A.; Silva, J.L.; Moura-Fé, M.M. 2018. Potencial Geoturístico de Santana do Cariri, Ceará, Brasil. In: SIMPÓSIO NACIONAL DE GEOMORFOLOGIA, 12, Crato, 2018, Resumos expandidos, Crato, URCA, p. 1-8. Carvalho Neta, M.L.; Corrêa, A.C.B. & Silva, D.G. 2016. Esboço geomorfológico do Geopark Araripe/CE como ferramenta para a geoconservação. In: SIMPÓSIO NACIONAL DE GEOMORFOLOGIA, 11, Maringá, 2016, Resumos expandidos, Maringá, UEM, p. 1-8. Carvalho Neta, M.L.; Bétard, F. & Corrêa, A.C.B. 2018. Mapeamento da Geodiversidade do Geopark Araripe. In: SIMPÓSIO NACIONAL DE GEOMORFOLOGIA, 12, Crato, 2018, Resumos expandidos, Crato, URCA, p. 1-9. Ceará. 2005. Governo do Estado do Ceará. Araripe Geopark: application dossier for nomination, Fortaleza-CE, 139p. 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Proposta de Educação Ambiental no Parque Estadual Sítio Fundão (Crato/Ce) com ênfase na flora nativa. Revista Brasileira de Educação Ambiental, 12(4): 209-220. Férrer, J.A.C. 2011. O Geopark Araripe e a paleontologia do Cariri. Especialização em Paleontologia e Geologia Histórica, Universidade Federal do Ceará, Monografia. Fornaro, A. & Fernandes, A.M. 2018. Geoparks: from conception to the teaching of Geosciences. Terrae Didatica, 14(3): 330-338. Gabriel, R.; Moreira, H.; Alencoão, A.; Faria, A.; Silva, E. & Sá, A. 2018. An Emerging Paradigm for the UNESCO Global Geoparks: The Ecosystem’s Health Provision. Geosciences, 8(100): 1-13. Gordon, J.E. 2016. Geoheritage Case Study: Geotourism and Geoparks in Scotland. In: HOSE, T.A. (ed.) Geoheritage and Geotourism: A European Perspective. The Boydell Press, Woodbridge. p. 261-278. Gordon, J.E; Barron, H.F.; Hansom, J.D. & Thomas, M.F. 2012. Engaging with geodiversity — why it matters. Proceedings of the Geologists’ Association, 123: 1-6. 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Brasília: DNPM/CPRM - SIGEP, p. 113-120.Copyright (c) 2020 Anuário do Instituto de Geociênciashttp://creativecommons.org/licenses/by/4.0info:eu-repo/semantics/openAccess2021-12-28T02:11:18Zoai:www.revistas.ufrj.br:article/39930Revistahttps://revistas.ufrj.br/index.php/aigeo/indexPUBhttps://revistas.ufrj.br/index.php/aigeo/oaianuario@igeo.ufrj.br||1982-39080101-9759opendoar:2021-12-28T02:11:18Anuário do Instituto de Geociências (Online) - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)false |
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Mapeamento da Geodiversidade do Geopark Araripe. In: SIMPÓSIO NACIONAL DE GEOMORFOLOGIA, 12, Crato, 2018, Resumos expandidos, Crato, URCA, p. 1-9. Ceará. 2005. Governo do Estado do Ceará. Araripe Geopark: application dossier for nomination, Fortaleza-CE, 139p. Ceará. 2012a. Governo do Estado do Ceará. Termo de Referência. Projeto de Desenvolvimento Econômico Regional do Ceará, Fortaleza-CE, 23p. Ceará. 2012b. Governo do Estado do Ceará. Geopark Araripe: histórias da Terra, do Meio Ambiente e da Cultura. Projeto Cidades do Ceará, Crato-CE, 167p. Cordeiro, A.M.N.; Macedo, F.E. & Bastos, F.H. 2015. Potencial Geoturístico do Cariri Cearense: o caso do Geopark Araripe. ACTA Geográfica, 9(19): 146-163. Correia, R.R. 2013. O Geoturismo como Estratégia de Desenvolvimento Regional: o caso do Geopark Araripe/ Ceará – Brasil. Programa de Pós-Graduação em Economia Rural, Universidade Federal do Ceará, Dissertação de Mestrado, 86p. 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