A monotongação de /ei/ na variedade urbana do português de Moçambique em contexto medial de vocábulo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Carneiro, Paloma Salles
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRJ
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11422/21201
Resumo: A variabilidade da realização do ditongo /ei/ é objeto de estudo de diversos autores consagrados, dentre os quais podem se destacar os estudos propostos para a variedade brasileira (PAIVA, 1986, 1996, 2004; BISOL, 1989, 1994; GONÇALVES, 1997; LOPES, 2002, PEREIRA, 2004, dentre muitos outros). Além dos estudos já propostos para a variedade brasileira, o português dos países africanos também tem se tornado objeto de estudo de alguns pesquisadores (SILVEIRA, 2013; PASSOS, 2018). Do ponto de vista teórico-metodológico e a partir dos princípios definidos na Teoria da Variação e Mudança (WEINREICH, LABOV E HERZOG, 1968), este trabalho busca entender o comportamento variável do ditongo /ei/ na variedade urbana do português de Moçambique em posição medial de vocábulo. O corpus foi estatisticamente tratado com o auxílio do programa GoldVarb-X e os dados são constituídos por 18 inquéritos que pertencem ao projeto Corporaport. Foram postuladas 12 variáveis para a análise das entrevistas gravadas em Maputo, em 2016: contexto precedente ao ditongo, contexto subsequente ao ditongo, localização do ditongo na estrutura morfológica, posição do ditongo na palavra, dimensão do vocábulo, classe morfológica e tonicidade das sílabas, faixa etária, escolaridade, sexo, estatuto do português e relação entre o português e as línguas locais. As seguintes hipóteses foram propostas para nortear o trabalho, em que se acredita que: i. as variedades do português apresentariam tendências “similares” em relação às condições linguísticas que concorrem para a implementação da variante [e]; ii. o contexto fonológico subsequente a /ei/ seria uma variável independente de alta relevância no processo de monotongação; e iii. a monotongação de /ei/ na variedade moçambicana seria condicionada por fatores linguísticos e extralinguísticos. Portanto, os resultados da análise mostram que, na variedade urbana do português de Moçambique, a monotongação de /ei/ em contexto medial é um fenômeno recorrente, visto que ocorre em 24,2% dos casos. Além disso, algumas tendências nos resultados podem ser apresentadas: confirmando-se uma das hipóteses propostas, considera-se que as variáveis contexto precedente e contexto subsequente são os condicionamentos linguísticos que mais influenciam para a aplicação da variante monotongada [e]. Em contrapartida ao que era esperado, o contexto subsequente não é a variável que mais influencia para a implementação de /e/ na posição medial e na final – a tendência que se confirma, entretanto, é a da atuação de [ʒ], [ɾ] e [ʃ] no onset da sílaba subsequente, sendo estas as consoantes que mais favorecem a monotongação. Confirma-se, também, que as variáveis sociais são de suma importância na implementação de [e], sendo as variáveis mais relevantes: relação entre português e as línguas locais, sexo, faixa etária e estatuto de aquisição do português. Por fim, pode-se afirmar que a regra é mais produtiva em posição medial do que em posição final.
id UFRJ_422e154705f47c9642661221b8d89542
oai_identifier_str oai:pantheon.ufrj.br:11422/21201
network_acronym_str UFRJ
network_name_str Repositório Institucional da UFRJ
repository_id_str
spelling Carneiro, Paloma Salleshttp://lattes.cnpq.br/3754354682648780http://lattes.cnpq.br/2898352082362318Gomes, Danielle Kely2023-07-25T11:59:09Z2023-11-30T03:00:58Z2023http://hdl.handle.net/11422/21201Submitted by Bruna Carla Cajé (brunacaje@hotmail.com) on 2023-07-25T11:59:09Z No. of bitstreams: 1 PSCarneiro.pdf: 588658 bytes, checksum: 7e58cadd7fbd24a202e895dcbfead77a (MD5)Made available in DSpace on 2023-07-25T11:59:09Z (GMT). No. of bitstreams: 1 PSCarneiro.pdf: 588658 bytes, checksum: 7e58cadd7fbd24a202e895dcbfead77a (MD5) Previous issue date: 2023A variabilidade da realização do ditongo /ei/ é objeto de estudo de diversos autores consagrados, dentre os quais podem se destacar os estudos propostos para a variedade brasileira (PAIVA, 1986, 1996, 2004; BISOL, 1989, 1994; GONÇALVES, 1997; LOPES, 2002, PEREIRA, 2004, dentre muitos outros). Além dos estudos já propostos para a variedade brasileira, o português dos países africanos também tem se tornado objeto de estudo de alguns pesquisadores (SILVEIRA, 2013; PASSOS, 2018). Do ponto de vista teórico-metodológico e a partir dos princípios definidos na Teoria da Variação e Mudança (WEINREICH, LABOV E HERZOG, 1968), este trabalho busca entender o comportamento variável do ditongo /ei/ na variedade urbana do português de Moçambique em posição medial de vocábulo. O corpus foi estatisticamente tratado com o auxílio do programa GoldVarb-X e os dados são constituídos por 18 inquéritos que pertencem ao projeto Corporaport. Foram postuladas 12 variáveis para a análise das entrevistas gravadas em Maputo, em 2016: contexto precedente ao ditongo, contexto subsequente ao ditongo, localização do ditongo na estrutura morfológica, posição do ditongo na palavra, dimensão do vocábulo, classe morfológica e tonicidade das sílabas, faixa etária, escolaridade, sexo, estatuto do português e relação entre o português e as línguas locais. As seguintes hipóteses foram propostas para nortear o trabalho, em que se acredita que: i. as variedades do português apresentariam tendências “similares” em relação às condições linguísticas que concorrem para a implementação da variante [e]; ii. o contexto fonológico subsequente a /ei/ seria uma variável independente de alta relevância no processo de monotongação; e iii. a monotongação de /ei/ na variedade moçambicana seria condicionada por fatores linguísticos e extralinguísticos. Portanto, os resultados da análise mostram que, na variedade urbana do português de Moçambique, a monotongação de /ei/ em contexto medial é um fenômeno recorrente, visto que ocorre em 24,2% dos casos. Além disso, algumas tendências nos resultados podem ser apresentadas: confirmando-se uma das hipóteses propostas, considera-se que as variáveis contexto precedente e contexto subsequente são os condicionamentos linguísticos que mais influenciam para a aplicação da variante monotongada [e]. Em contrapartida ao que era esperado, o contexto subsequente não é a variável que mais influencia para a implementação de /e/ na posição medial e na final – a tendência que se confirma, entretanto, é a da atuação de [ʒ], [ɾ] e [ʃ] no onset da sílaba subsequente, sendo estas as consoantes que mais favorecem a monotongação. Confirma-se, também, que as variáveis sociais são de suma importância na implementação de [e], sendo as variáveis mais relevantes: relação entre português e as línguas locais, sexo, faixa etária e estatuto de aquisição do português. Por fim, pode-se afirmar que a regra é mais produtiva em posição medial do que em posição final.porUniversidade Federal do Rio de JaneiroUFRJBrasilFaculdade de LetrasCNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRAS::LINGUA PORTUGUESACNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LINGUISTICA::SOCIOLINGUISTICA E DIALETOLOGIALíngua portuguesaVariação linguísticaMudança linguísticaSociolinguísticaA monotongação de /ei/ na variedade urbana do português de Moçambique em contexto medial de vocábuloinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisabertoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRJinstname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)instacron:UFRJLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81853http://pantheon.ufrj.br:80/bitstream/11422/21201/2/license.txtdd32849f2bfb22da963c3aac6e26e255MD52ORIGINALPSCarneiro.pdfPSCarneiro.pdfapplication/pdf588658http://pantheon.ufrj.br:80/bitstream/11422/21201/1/PSCarneiro.pdf7e58cadd7fbd24a202e895dcbfead77aMD5111422/212012023-11-30 00:00:58.497oai:pantheon.ufrj.br:11422/21201TElDRU7Dh0EgTsODTy1FWENMVVNJVkEgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08KCkFvIGFzc2luYXIgZSBlbnRyZWdhciBlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqihzKSBvKHMpIGF1dG9yKGVzKSBvdSBwcm9wcmlldMOhcmlvKHMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBjb25jZWRlKG0pIGFvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBQYW50aGVvbiBkYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkbyBSaW8gZGUgSmFuZWlybyAoVUZSSikgbyBkaXJlaXRvIG7Do28gLSBleGNsdXNpdm8gZGUgcmVwcm9kdXppciwgY29udmVydGVyIChjb21vIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vKSBlbSB0b2RvIG8gbXVuZG8sIGVtIGZvcm1hdG8gZWxldHLDtG5pY28gZSBlbSBxdWFscXVlciBtZWlvLCBpbmNsdWluZG8sIG1hcyBuw6NvIGxpbWl0YWRvIGEgw6F1ZGlvIGUvb3UgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIGEgVUZSSiBwb2RlLCBzZW0gYWx0ZXJhciBvIGNvbnRlw7pkbywgdHJhZHV6aXIgYSBhcHJlc2VudGHDp8OjbyBkZSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gY29tIGEgZmluYWxpZGFkZSBkZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogdGFtYsOpbSBjb25jb3JkYSBxdWUgYSBVRlJKIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZXNzYSBzdWJtaXNzw6NvIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrLXVwIGUgcHJlc2VydmHDp8OjbyBkaWdpdGFsLgoKRGVjbGFyYSBxdWUgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgw6kgc2V1IHRyYWJhbGhvIG9yaWdpbmFsLCBlIHF1ZSB2b2PDqiB0ZW0gbyBkaXJlaXRvIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIGEgc3VhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvLCBjb20gbyBtZWxob3IgZGUgc2V1cyBjb25oZWNpbWVudG9zLCBuw6NvIGluZnJpbmdpIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRlIHRlcmNlaXJvcy4KClNlIG8gZG9jdW1lbnRvIGVudHJlZ3VlIGNvbnTDqW0gbWF0ZXJpYWwgZG8gcXVhbCB2b2PDqiBuw6NvIHRlbSBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvciwgZGVjbGFyYSBxdWUgb2J0ZXZlIGEgcGVybWlzc8OjbyBpcnJlc3RyaXRhIGRvIGRldGVudG9yIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBlIGNvbmNlZGUgYSBVRlJKIG9zIGRpcmVpdG9zIHJlcXVlcmlkb3MgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3UgY29udGXDumRvIGRhIHN1Ym1pc3PDo28uCgpTZSBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSDDqSBiYXNlYWRvIGVtIHRyYWJhbGhvIHF1ZSBmb2ksIG91IHRlbSBzaWRvIHBhdHJvY2luYWRvIG91IGFwb2lhZG8gcG9yIHVtYSBhZ8OqbmNpYSBvdSBvdXRybyhzKSBvcmdhbmlzbW8ocykgcXVlIG7Do28gYSBVRlJKLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjdW1wcml1IHF1YWxxdWVyIGRpcmVpdG8gZGUgUkVWSVPDg08gb3UgZGUgb3V0cmFzIG9icmlnYcOnw7VlcyByZXF1ZXJpZGFzIHBvciBjb250cmF0byBvdSBhY29yZG8uCgpBIFVGUkogaXLDoSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8ocykgc2V1KHMpIG5vbWUocykgY29tbyBhdXRvcihlcykgb3UgcHJvcHJpZXTDoXJpbyhzKSBkYSBzdWJtaXNzw6NvLCBlIG7Do28gZmFyw6EgcXVhbHF1ZXIgYWx0ZXJhw6fDo28sIHBhcmEgYWzDqW0gZGFzIHBlcm1pdGlkYXMgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIG5vIGF0byBkZSBzdWJtaXNzw6NvLgo=Repositório de PublicaçõesPUBhttp://www.pantheon.ufrj.br/oai/requestopendoar:2023-11-30T03:00:58Repositório Institucional da UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv A monotongação de /ei/ na variedade urbana do português de Moçambique em contexto medial de vocábulo
title A monotongação de /ei/ na variedade urbana do português de Moçambique em contexto medial de vocábulo
spellingShingle A monotongação de /ei/ na variedade urbana do português de Moçambique em contexto medial de vocábulo
Carneiro, Paloma Salles
CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRAS::LINGUA PORTUGUESA
CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LINGUISTICA::SOCIOLINGUISTICA E DIALETOLOGIA
Língua portuguesa
Variação linguística
Mudança linguística
Sociolinguística
title_short A monotongação de /ei/ na variedade urbana do português de Moçambique em contexto medial de vocábulo
title_full A monotongação de /ei/ na variedade urbana do português de Moçambique em contexto medial de vocábulo
title_fullStr A monotongação de /ei/ na variedade urbana do português de Moçambique em contexto medial de vocábulo
title_full_unstemmed A monotongação de /ei/ na variedade urbana do português de Moçambique em contexto medial de vocábulo
title_sort A monotongação de /ei/ na variedade urbana do português de Moçambique em contexto medial de vocábulo
author Carneiro, Paloma Salles
author_facet Carneiro, Paloma Salles
author_role author
dc.contributor.advisorLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/3754354682648780
dc.contributor.authorLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/2898352082362318
dc.contributor.author.fl_str_mv Carneiro, Paloma Salles
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Gomes, Danielle Kely
contributor_str_mv Gomes, Danielle Kely
dc.subject.cnpq.fl_str_mv CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRAS::LINGUA PORTUGUESA
CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LINGUISTICA::SOCIOLINGUISTICA E DIALETOLOGIA
topic CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRAS::LINGUA PORTUGUESA
CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LINGUISTICA::SOCIOLINGUISTICA E DIALETOLOGIA
Língua portuguesa
Variação linguística
Mudança linguística
Sociolinguística
dc.subject.por.fl_str_mv Língua portuguesa
Variação linguística
Mudança linguística
Sociolinguística
description A variabilidade da realização do ditongo /ei/ é objeto de estudo de diversos autores consagrados, dentre os quais podem se destacar os estudos propostos para a variedade brasileira (PAIVA, 1986, 1996, 2004; BISOL, 1989, 1994; GONÇALVES, 1997; LOPES, 2002, PEREIRA, 2004, dentre muitos outros). Além dos estudos já propostos para a variedade brasileira, o português dos países africanos também tem se tornado objeto de estudo de alguns pesquisadores (SILVEIRA, 2013; PASSOS, 2018). Do ponto de vista teórico-metodológico e a partir dos princípios definidos na Teoria da Variação e Mudança (WEINREICH, LABOV E HERZOG, 1968), este trabalho busca entender o comportamento variável do ditongo /ei/ na variedade urbana do português de Moçambique em posição medial de vocábulo. O corpus foi estatisticamente tratado com o auxílio do programa GoldVarb-X e os dados são constituídos por 18 inquéritos que pertencem ao projeto Corporaport. Foram postuladas 12 variáveis para a análise das entrevistas gravadas em Maputo, em 2016: contexto precedente ao ditongo, contexto subsequente ao ditongo, localização do ditongo na estrutura morfológica, posição do ditongo na palavra, dimensão do vocábulo, classe morfológica e tonicidade das sílabas, faixa etária, escolaridade, sexo, estatuto do português e relação entre o português e as línguas locais. As seguintes hipóteses foram propostas para nortear o trabalho, em que se acredita que: i. as variedades do português apresentariam tendências “similares” em relação às condições linguísticas que concorrem para a implementação da variante [e]; ii. o contexto fonológico subsequente a /ei/ seria uma variável independente de alta relevância no processo de monotongação; e iii. a monotongação de /ei/ na variedade moçambicana seria condicionada por fatores linguísticos e extralinguísticos. Portanto, os resultados da análise mostram que, na variedade urbana do português de Moçambique, a monotongação de /ei/ em contexto medial é um fenômeno recorrente, visto que ocorre em 24,2% dos casos. Além disso, algumas tendências nos resultados podem ser apresentadas: confirmando-se uma das hipóteses propostas, considera-se que as variáveis contexto precedente e contexto subsequente são os condicionamentos linguísticos que mais influenciam para a aplicação da variante monotongada [e]. Em contrapartida ao que era esperado, o contexto subsequente não é a variável que mais influencia para a implementação de /e/ na posição medial e na final – a tendência que se confirma, entretanto, é a da atuação de [ʒ], [ɾ] e [ʃ] no onset da sílaba subsequente, sendo estas as consoantes que mais favorecem a monotongação. Confirma-se, também, que as variáveis sociais são de suma importância na implementação de [e], sendo as variáveis mais relevantes: relação entre português e as línguas locais, sexo, faixa etária e estatuto de aquisição do português. Por fim, pode-se afirmar que a regra é mais produtiva em posição medial do que em posição final.
publishDate 2023
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2023-07-25T11:59:09Z
dc.date.available.fl_str_mv 2023-11-30T03:00:58Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2023
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/bachelorThesis
format bachelorThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/11422/21201
url http://hdl.handle.net/11422/21201
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal do Rio de Janeiro
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFRJ
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv Faculdade de Letras
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal do Rio de Janeiro
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFRJ
instname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
instacron:UFRJ
instname_str Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
instacron_str UFRJ
institution UFRJ
reponame_str Repositório Institucional da UFRJ
collection Repositório Institucional da UFRJ
bitstream.url.fl_str_mv http://pantheon.ufrj.br:80/bitstream/11422/21201/2/license.txt
http://pantheon.ufrj.br:80/bitstream/11422/21201/1/PSCarneiro.pdf
bitstream.checksum.fl_str_mv dd32849f2bfb22da963c3aac6e26e255
7e58cadd7fbd24a202e895dcbfead77a
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1784097305170804736