Análise paleoecológica e paleobiogeográfica com base em radiolários do Campaniano-Maastrichtiano na Bacia de Santos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Marques, Karina Estevez
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRJ
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11422/4759
Resumo: A ocorrência e a distribuição dos radiolários nas rochas e sedimentos marinhos estão relacionadas a uma série de fatores ambientais que influenciam as biocenoses e/ou atuam nas associações fósseis. Estudos que estão sendo realizados em poços perfurados nas bacias da margem continental leste brasileira registram a ocorrência dos radiolários de forma descontínua. Neste estudo foram analisados os fatores mais importantes que podem ser responsáveis pela flutuação do número de radiolários presentes em três diferentes intervalos encontrados na seção Campaniano-Maastrichtiano do poço BS-IA. Para isso foram utilizadas 73 amostras de calha da Bacia de Santos. Observou-se que o grau de preservação, a riqueza e a diversidade dos radiolários recuperados nas amostras aumentavam em direção ao topo da seção estudada, o que pode ser correlacionado com as variações do nível do mar ocorridas no final do Neocretáceo. Acredita-se que havia sílica disponível no ambiente marinho profundo da bacia, pois os radiolários puderam existir e se preservar, e que esse nutriente decorria mais provavelmente da erosão e intemperismo de rochas continentais do que de vulcanismo. O fato dos intervalos B e C do poço terem maior grau de preservação e riqueza sugere a ocorrência de ressurgência. Além disso, verificou-se que as associações de espécies termófilas e cosmopolitas encontradas neste poço são muito semelhantes às encontradas na Rússia e no Japão, inferindo que as correntes marinhas que circulavam no Atlântico Sul, na Rússia e no Japão eram de águas quentes.
id UFRJ_a0d2c05d425245f5466368e92f15a297
oai_identifier_str oai:pantheon.ufrj.br:11422/4759
network_acronym_str UFRJ
network_name_str Repositório Institucional da UFRJ
repository_id_str
spelling Marques, Karina Estevezhttp://lattes.cnpq.br/0961099296657502http://lattes.cnpq.br/4238168862940908Eilert, Valesca Maria Portillahttp://lattes.cnpq.br/7289641667224695Viviers, Marta CláudiaCosta, Denize SantosMendonça Filho, João Graciano2018-08-30T13:47:57Z2023-11-30T03:01:00Z2013-08http://hdl.handle.net/11422/4759Submitted by Marcelle Lopes de Souza (marcellesouza@bib.ccmn.ufrj.br) on 2018-08-30T13:47:57Z No. of bitstreams: 1 MARQUES, K.E.pdf: 1609424 bytes, checksum: 53b37ca5265b7d21b03ab5ec7271f979 (MD5)Made available in DSpace on 2018-08-30T13:47:57Z (GMT). No. of bitstreams: 1 MARQUES, K.E.pdf: 1609424 bytes, checksum: 53b37ca5265b7d21b03ab5ec7271f979 (MD5) Previous issue date: 2013-08A ocorrência e a distribuição dos radiolários nas rochas e sedimentos marinhos estão relacionadas a uma série de fatores ambientais que influenciam as biocenoses e/ou atuam nas associações fósseis. Estudos que estão sendo realizados em poços perfurados nas bacias da margem continental leste brasileira registram a ocorrência dos radiolários de forma descontínua. Neste estudo foram analisados os fatores mais importantes que podem ser responsáveis pela flutuação do número de radiolários presentes em três diferentes intervalos encontrados na seção Campaniano-Maastrichtiano do poço BS-IA. Para isso foram utilizadas 73 amostras de calha da Bacia de Santos. Observou-se que o grau de preservação, a riqueza e a diversidade dos radiolários recuperados nas amostras aumentavam em direção ao topo da seção estudada, o que pode ser correlacionado com as variações do nível do mar ocorridas no final do Neocretáceo. Acredita-se que havia sílica disponível no ambiente marinho profundo da bacia, pois os radiolários puderam existir e se preservar, e que esse nutriente decorria mais provavelmente da erosão e intemperismo de rochas continentais do que de vulcanismo. O fato dos intervalos B e C do poço terem maior grau de preservação e riqueza sugere a ocorrência de ressurgência. Além disso, verificou-se que as associações de espécies termófilas e cosmopolitas encontradas neste poço são muito semelhantes às encontradas na Rússia e no Japão, inferindo que as correntes marinhas que circulavam no Atlântico Sul, na Rússia e no Japão eram de águas quentes.porUniversidade Federal do Rio de JaneiroUFRJBrasilInstituto de GeociênciasCNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::GEOCIENCIAS::GEOLOGIARadioláriosPaleoecologiaPaleobiogeografiaBacia de SantosNeocretáceoAnálise paleoecológica e paleobiogeográfica com base em radiolários do Campaniano-Maastrichtiano na Bacia de Santosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisabertoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRJinstname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)instacron:UFRJORIGINALMARQUES, K.E.pdfMARQUES, K.E.pdfapplication/pdf1609424http://pantheon.ufrj.br:80/bitstream/11422/4759/1/MARQUES%2C+K.E.pdf53b37ca5265b7d21b03ab5ec7271f979MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81853http://pantheon.ufrj.br:80/bitstream/11422/4759/2/license.txtdd32849f2bfb22da963c3aac6e26e255MD5211422/47592023-11-30 00:01:00.927oai:pantheon.ufrj.br:11422/4759TElDRU7Dh0EgTsODTy1FWENMVVNJVkEgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08KCkFvIGFzc2luYXIgZSBlbnRyZWdhciBlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqihzKSBvKHMpIGF1dG9yKGVzKSBvdSBwcm9wcmlldMOhcmlvKHMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBjb25jZWRlKG0pIGFvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBQYW50aGVvbiBkYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkbyBSaW8gZGUgSmFuZWlybyAoVUZSSikgbyBkaXJlaXRvIG7Do28gLSBleGNsdXNpdm8gZGUgcmVwcm9kdXppciwgY29udmVydGVyIChjb21vIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vKSBlbSB0b2RvIG8gbXVuZG8sIGVtIGZvcm1hdG8gZWxldHLDtG5pY28gZSBlbSBxdWFscXVlciBtZWlvLCBpbmNsdWluZG8sIG1hcyBuw6NvIGxpbWl0YWRvIGEgw6F1ZGlvIGUvb3UgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIGEgVUZSSiBwb2RlLCBzZW0gYWx0ZXJhciBvIGNvbnRlw7pkbywgdHJhZHV6aXIgYSBhcHJlc2VudGHDp8OjbyBkZSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gY29tIGEgZmluYWxpZGFkZSBkZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogdGFtYsOpbSBjb25jb3JkYSBxdWUgYSBVRlJKIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZXNzYSBzdWJtaXNzw6NvIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrLXVwIGUgcHJlc2VydmHDp8OjbyBkaWdpdGFsLgoKRGVjbGFyYSBxdWUgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgw6kgc2V1IHRyYWJhbGhvIG9yaWdpbmFsLCBlIHF1ZSB2b2PDqiB0ZW0gbyBkaXJlaXRvIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIGEgc3VhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvLCBjb20gbyBtZWxob3IgZGUgc2V1cyBjb25oZWNpbWVudG9zLCBuw6NvIGluZnJpbmdpIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRlIHRlcmNlaXJvcy4KClNlIG8gZG9jdW1lbnRvIGVudHJlZ3VlIGNvbnTDqW0gbWF0ZXJpYWwgZG8gcXVhbCB2b2PDqiBuw6NvIHRlbSBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvciwgZGVjbGFyYSBxdWUgb2J0ZXZlIGEgcGVybWlzc8OjbyBpcnJlc3RyaXRhIGRvIGRldGVudG9yIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBlIGNvbmNlZGUgYSBVRlJKIG9zIGRpcmVpdG9zIHJlcXVlcmlkb3MgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3UgY29udGXDumRvIGRhIHN1Ym1pc3PDo28uCgpTZSBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSDDqSBiYXNlYWRvIGVtIHRyYWJhbGhvIHF1ZSBmb2ksIG91IHRlbSBzaWRvIHBhdHJvY2luYWRvIG91IGFwb2lhZG8gcG9yIHVtYSBhZ8OqbmNpYSBvdSBvdXRybyhzKSBvcmdhbmlzbW8ocykgcXVlIG7Do28gYSBVRlJKLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjdW1wcml1IHF1YWxxdWVyIGRpcmVpdG8gZGUgUkVWSVPDg08gb3UgZGUgb3V0cmFzIG9icmlnYcOnw7VlcyByZXF1ZXJpZGFzIHBvciBjb250cmF0byBvdSBhY29yZG8uCgpBIFVGUkogaXLDoSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8ocykgc2V1KHMpIG5vbWUocykgY29tbyBhdXRvcihlcykgb3UgcHJvcHJpZXTDoXJpbyhzKSBkYSBzdWJtaXNzw6NvLCBlIG7Do28gZmFyw6EgcXVhbHF1ZXIgYWx0ZXJhw6fDo28sIHBhcmEgYWzDqW0gZGFzIHBlcm1pdGlkYXMgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIG5vIGF0byBkZSBzdWJtaXNzw6NvLgo=Repositório de PublicaçõesPUBhttp://www.pantheon.ufrj.br/oai/requestopendoar:2023-11-30T03:01Repositório Institucional da UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Análise paleoecológica e paleobiogeográfica com base em radiolários do Campaniano-Maastrichtiano na Bacia de Santos
title Análise paleoecológica e paleobiogeográfica com base em radiolários do Campaniano-Maastrichtiano na Bacia de Santos
spellingShingle Análise paleoecológica e paleobiogeográfica com base em radiolários do Campaniano-Maastrichtiano na Bacia de Santos
Marques, Karina Estevez
CNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::GEOCIENCIAS::GEOLOGIA
Radiolários
Paleoecologia
Paleobiogeografia
Bacia de Santos
Neocretáceo
title_short Análise paleoecológica e paleobiogeográfica com base em radiolários do Campaniano-Maastrichtiano na Bacia de Santos
title_full Análise paleoecológica e paleobiogeográfica com base em radiolários do Campaniano-Maastrichtiano na Bacia de Santos
title_fullStr Análise paleoecológica e paleobiogeográfica com base em radiolários do Campaniano-Maastrichtiano na Bacia de Santos
title_full_unstemmed Análise paleoecológica e paleobiogeográfica com base em radiolários do Campaniano-Maastrichtiano na Bacia de Santos
title_sort Análise paleoecológica e paleobiogeográfica com base em radiolários do Campaniano-Maastrichtiano na Bacia de Santos
author Marques, Karina Estevez
author_facet Marques, Karina Estevez
author_role author
dc.contributor.advisorLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/0961099296657502
dc.contributor.authorLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/4238168862940908
dc.contributor.advisorCo1.none.fl_str_mv Eilert, Valesca Maria Portilla
dc.contributor.advisorCo1Lattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/7289641667224695
dc.contributor.author.fl_str_mv Marques, Karina Estevez
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Viviers, Marta Cláudia
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Costa, Denize Santos
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Mendonça Filho, João Graciano
contributor_str_mv Viviers, Marta Cláudia
Costa, Denize Santos
Mendonça Filho, João Graciano
dc.subject.cnpq.fl_str_mv CNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::GEOCIENCIAS::GEOLOGIA
topic CNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::GEOCIENCIAS::GEOLOGIA
Radiolários
Paleoecologia
Paleobiogeografia
Bacia de Santos
Neocretáceo
dc.subject.por.fl_str_mv Radiolários
Paleoecologia
Paleobiogeografia
Bacia de Santos
Neocretáceo
description A ocorrência e a distribuição dos radiolários nas rochas e sedimentos marinhos estão relacionadas a uma série de fatores ambientais que influenciam as biocenoses e/ou atuam nas associações fósseis. Estudos que estão sendo realizados em poços perfurados nas bacias da margem continental leste brasileira registram a ocorrência dos radiolários de forma descontínua. Neste estudo foram analisados os fatores mais importantes que podem ser responsáveis pela flutuação do número de radiolários presentes em três diferentes intervalos encontrados na seção Campaniano-Maastrichtiano do poço BS-IA. Para isso foram utilizadas 73 amostras de calha da Bacia de Santos. Observou-se que o grau de preservação, a riqueza e a diversidade dos radiolários recuperados nas amostras aumentavam em direção ao topo da seção estudada, o que pode ser correlacionado com as variações do nível do mar ocorridas no final do Neocretáceo. Acredita-se que havia sílica disponível no ambiente marinho profundo da bacia, pois os radiolários puderam existir e se preservar, e que esse nutriente decorria mais provavelmente da erosão e intemperismo de rochas continentais do que de vulcanismo. O fato dos intervalos B e C do poço terem maior grau de preservação e riqueza sugere a ocorrência de ressurgência. Além disso, verificou-se que as associações de espécies termófilas e cosmopolitas encontradas neste poço são muito semelhantes às encontradas na Rússia e no Japão, inferindo que as correntes marinhas que circulavam no Atlântico Sul, na Rússia e no Japão eram de águas quentes.
publishDate 2013
dc.date.issued.fl_str_mv 2013-08
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2018-08-30T13:47:57Z
dc.date.available.fl_str_mv 2023-11-30T03:01:00Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/bachelorThesis
format bachelorThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/11422/4759
url http://hdl.handle.net/11422/4759
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal do Rio de Janeiro
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFRJ
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv Instituto de Geociências
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal do Rio de Janeiro
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFRJ
instname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
instacron:UFRJ
instname_str Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
instacron_str UFRJ
institution UFRJ
reponame_str Repositório Institucional da UFRJ
collection Repositório Institucional da UFRJ
bitstream.url.fl_str_mv http://pantheon.ufrj.br:80/bitstream/11422/4759/1/MARQUES%2C+K.E.pdf
http://pantheon.ufrj.br:80/bitstream/11422/4759/2/license.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 53b37ca5265b7d21b03ab5ec7271f979
dd32849f2bfb22da963c3aac6e26e255
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1784097115010498560