Sociabilidade e recolhimento meditativo: o cuidado de si como ética dos amantes

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Stephan, Cassiana Lopes
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Princípios (Natal. Online)
Texto Completo: https://periodicos.ufrn.br/principios/article/view/7403
Resumo: De acordo com Foucault, o amor, para os estoicos, pode ser entendido como uma prática filosófica que faz parte do cotidiano daqueles que se dedicam ao governo de si mesmos. O conhecimento de si mesmo e o conhecimento do mundo são incitados pela articulação entre sociabilidade e recolhimento meditativo. Os conselhos dos amigos orientam as meditações do indivíduo que, ao refletir sobre os diferentes modos de interagir com o contexto social e cultural no qual vive, acessa a verdade relativa à multiplicidade da natureza e simultaneamente a verdade concernente à dimensão de sua própria existência. Sendo assim, recorrendo à discussão das análises de Foucault acerca da relação entre o eu e o outro nas práticas estoicas de constituição de si, almeja-se mostrar a importância do amor (philia) para os antigos processos de subjetivação, de maneira a problematizar e recontextualizar a interpretação crítica proposta por Pierre Hadot, segundo o qual Foucault teria desconsiderado a influência do cosmos sobre os exercícios filosóficos, de modo a transformar a ética antiga em uma estética individualista. 
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