Trabalhador Bancário: reflexões acerca da jornada de trabalho e saúde mental

• Autor(a) principal: Oliveira, Iva Érica Santos de
• Data de Publicação: 2023
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRN
• Texto Completo: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/53191
• topic: Bancário.; Direito.; Jornada de Trabalho.; Saúde Mental.; Bank Officer.; Right.; Working Day.; Mental Health.

O presente trabalho tem como objetivo geral realizar reflexões jurídicas sobre a jornada especial de trabalho dos bancários e a sua relação com a saúde mental, destacando o contexto histórico do direito do trabalho e o princípio da dignidade da pessoa humana à luz da legislação brasileira, para compreender o impacto da jornada de trabalho nas questões de saúde mental dos trabalhadores dessa categoria. Visando cumprir a finalidade proposta, foi realizada neste estudo uma revisão bibliográfica e legislativa acerca da temática, com abordagem dedutiva e descritiva. As bases de dados pesquisadas foram Scielo, e Google Acadêmico, com limite de ano e sem restrição ao tipo de publicação, usando as seguintes palavras-chave: “Bancário”; ‘Jornada de Trabalho” e “Saúde Mental”. Os resultados mostraram que o legislador levou em consideração fatores, como: o manuseio de uma grande quantia de valores, a complexidade e os riscos das operações financeiras, os riscos de assalto, o esforço repetitivo do trabalho, a pressão para o atingimento de metas, entre outros. Esses fatores trazem adoecimento aos trabalhadores dessa categoria, objetivando diferenciá-los dos trabalhadores de outras esferas, estabelecendo então uma jornada diferenciada, que caracteriza, assim, uma proteção diferenciada a essa categoria. O adoecimento foi relacionado, em grande parte dos estudos analisados, à instabilidade no emprego, ao excesso de tarefas, exigências de performance, exigências de qualificação constantes, estímulo da competitividade, pressão e controle maior dos trabalhadores, redução dos espaços de representação, pouco reconhecimento, pressões por produtividade, chefias autoritárias, cobrança de metas exacerbada, entre outros fatores da organização contemporânea do trabalho.