Trabalho e subjetividades: a vivência de mulheres em situação de desemprego
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
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Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRN |
Texto Completo: | https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/31350 |
Resumo: | A pesquisa buscou analisar a vivência de mulheres diante do desemprego. Como aporte teóricometodológico partiu-se do feminismo materialista, ao considerar a divisão sexual do trabalho e das relações sociais de sexo; e da Psicologia Histórico-Cultural, na perspectiva de Vigotski, no que envolve os conceitos de sentido, significado e vivência. Foram realizadas entrevistas em profundidade com 14 mulheres desempregadas em situação involuntária de não-trabalho remunerado, por falta de oportunidades de trabalho ou que exercem um trabalho irregular/ocasional, com desejo de obter um emprego formal. O contato com essas mulheres ocorreu em uma agência pública de emprego em Natal/RN. Os relatos das participantes foram categorizados e processados com o auxílio do software estatístico de análise qualitativa QDA Miner, e a partir dos núcleos de significação. No estudo, concluiu-se que os sentimentos acometidos das mulheres diante do desemprego são de: frustração, culpa, tristeza, angústia, falta de ânimo, inutilidade, impotência, incapacidade e raiva. As principais barreiras enfrentadas na procura por um posto de trabalho consistem: na dificuldade financeira para participar de processos seletivos; na exigência por experiência na função pretendida; na carência de oportunidades de trabalho; no obstáculo por ter filho; e na prioridade aos profissionais mais qualificados. Além do mais, ser mulher no mundo do trabalho abarca: vivenciar o desafio da dupla jornada de trabalho; sofrer preconceito em detrimento da licença maternidade; e conviver com exigências diferenciadas no ambiente de trabalho. Ademais, as mulheres explicitaram vínculos de trabalhos precarizados, de baixo nível de escolaridade e de reduzido prestígio social, sendo muitos desses vínculos associados às atividades de cuidado, além ser recorrente comprometimentos e interrupções na carreira profissional em circunstância das responsabilidades na esfera doméstica. Desse modo, o desemprego feminino além de atravessar os sentidos e significados do trabalho, relaciona-se, ainda, com os diversos papéis sociais exercidos pelas mulheres na sociedade contemporânea. |
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Foram realizadas entrevistas em profundidade com 14 mulheres desempregadas em situação involuntária de não-trabalho remunerado, por falta de oportunidades de trabalho ou que exercem um trabalho irregular/ocasional, com desejo de obter um emprego formal. O contato com essas mulheres ocorreu em uma agência pública de emprego em Natal/RN. Os relatos das participantes foram categorizados e processados com o auxílio do software estatístico de análise qualitativa QDA Miner, e a partir dos núcleos de significação. No estudo, concluiu-se que os sentimentos acometidos das mulheres diante do desemprego são de: frustração, culpa, tristeza, angústia, falta de ânimo, inutilidade, impotência, incapacidade e raiva. As principais barreiras enfrentadas na procura por um posto de trabalho consistem: na dificuldade financeira para participar de processos seletivos; na exigência por experiência na função pretendida; na carência de oportunidades de trabalho; no obstáculo por ter filho; e na prioridade aos profissionais mais qualificados. Além do mais, ser mulher no mundo do trabalho abarca: vivenciar o desafio da dupla jornada de trabalho; sofrer preconceito em detrimento da licença maternidade; e conviver com exigências diferenciadas no ambiente de trabalho. Ademais, as mulheres explicitaram vínculos de trabalhos precarizados, de baixo nível de escolaridade e de reduzido prestígio social, sendo muitos desses vínculos associados às atividades de cuidado, além ser recorrente comprometimentos e interrupções na carreira profissional em circunstância das responsabilidades na esfera doméstica. Desse modo, o desemprego feminino além de atravessar os sentidos e significados do trabalho, relaciona-se, ainda, com os diversos papéis sociais exercidos pelas mulheres na sociedade contemporânea.This research seeks to analyze the experience of women through unemployment. The materialist feminism was used as a theoretical-methodological approach, considering the sexual division of labor and social relations of sex; and Historical-Cultural Psychology, from the perspective of Vigotski, in what involves the concepts of senses, meaning and experience. Indepth interviews were carried out with 14 unemployed women in involuntary situations of nonpaid work, due to lack of job opportunities or who work irregularly/occasionally, with a desire to get a formal job. Contact with these women took place at a public employment agency in Natal/RN. The participants reports were categorized and processed with the aid of the QDA Miner statistical qualitative analysis software, and analyzed from the meaning cores. In this study, it was concluded that the feelings of women facing unemployment are: frustration, guilt, sadness, anguish, uselessness, impotence, unproductivity, incapacity and anger. The main barriers faced when looking for a job are: the financial difficulty to participate in selection processes; preference for candidates with experience in the intended role; lack of job opportunities; the disparities between the desired position and professional qualification; in the obstacle of having a child; and giving priority to the most qualified professionals. In addition, being a woman in the world of work includes: experiencing the challenge of a double working day; suffering prejudice to the detriment of maternity leave; and living with different requirements in the work environment and in selective processes. In addition, women made it clear that they are working in precarious jobs, have a low level of education and have low social prestige, with many of these work links being associated with care activities, in addition to recurring commitments and interruptions in their professional careers due to responsibilities in the domestic sphere.Universidade Federal do Rio Grande do NortePROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIAUFRNBrasilTrabalho femininoDesempregoPsicologia histórico-culturalFeminismoTrabalho e subjetividades: a vivência de mulheres em situação de desempregoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNORIGINALTrabalhosubjetividadesvivencia_Sousa_2020.pdfapplication/pdf1605580https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/31350/1/Trabalhosubjetividadesvivencia_Sousa_2020.pdf9f3bd859ed49d5f1676f61a219b54071MD51TEXTTrabalhosubjetividadesvivencia_Sousa_2020.pdf.txtTrabalhosubjetividadesvivencia_Sousa_2020.pdf.txtExtracted texttext/plain242752https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/31350/2/Trabalhosubjetividadesvivencia_Sousa_2020.pdf.txt95294911848e0d5a7f81efe5ffb7251dMD52THUMBNAILTrabalhosubjetividadesvivencia_Sousa_2020.pdf.jpgTrabalhosubjetividadesvivencia_Sousa_2020.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1232https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/31350/3/Trabalhosubjetividadesvivencia_Sousa_2020.pdf.jpg75442ff6e1e6abfa75edd65ca371a801MD53123456789/313502021-02-07 05:26:12.523oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/31350Repositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2021-02-07T08:26:12Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false |
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