Lydia brasileira: a velhice do sertão e a peleja decolonial na pandemia

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bastos, Raquel Littério de
Data de Publicação: 2021
Outros Autores: Brito, Eduardo Neves Rocha de, Medeiros, Jéssica Farias Dantas, Oliveira, Raíssa Thamires Fernandes de
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRN
Texto Completo: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/45715
Resumo: O texto descreve as filmagens do documentário “Lydia mão-molenga brasileira", que versa sobre a última oficina de mamulengos da Mestra Lydia Brasileira, realizada no Sertão do Rio Grande do Norte, na cidade de Caicó, nos primeiros seis meses de 2021. Entre as modelagens e tecidos, alegrias e tristezas, encontros e desencontros, o objetivo do artigo é problematizar o cuidado, a autonomia e o controle dos idosos considerados grupo de risco, em especial as mulheres sertanejas, na crise sanitária da Covid-19. A narrativa se adensa a partir dos relatos da Mestra, no desenrolar da Oficina onde ocorre o documentário. Ainda na oficina, Lydia, em seus 84 anos, desenvolve o trabalho de relembrar a sua vida e os fatos que a oprimiram enquanto mulher: primeiro, na infância em uma família sertaneja proprietária de terras destinadas à criação de gado, centrada em costumes patriarcais e eurocentrados; depois, sobre o arranjo matrimonial com um violento militar, sua separação durante os anos de chumbo, o encontro com a arte dos mamulengos e a perda da autonomia durante a pandemia. A Pandemia de Covid-19 desnuda as práticas autoritárias de cuidado sobre as mulheres idosas
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Entre as modelagens e tecidos, alegrias e tristezas, encontros e desencontros, o objetivo do artigo é problematizar o cuidado, a autonomia e o controle dos idosos considerados grupo de risco, em especial as mulheres sertanejas, na crise sanitária da Covid-19. A narrativa se adensa a partir dos relatos da Mestra, no desenrolar da Oficina onde ocorre o documentário. Ainda na oficina, Lydia, em seus 84 anos, desenvolve o trabalho de relembrar a sua vida e os fatos que a oprimiram enquanto mulher: primeiro, na infância em uma família sertaneja proprietária de terras destinadas à criação de gado, centrada em costumes patriarcais e eurocentrados; depois, sobre o arranjo matrimonial com um violento militar, sua separação durante os anos de chumbo, o encontro com a arte dos mamulengos e a perda da autonomia durante a pandemia. A Pandemia de Covid-19 desnuda as práticas autoritárias de cuidado sobre as mulheres idosasThe text describes the filming of the documentary “Lydia Mão-molenga Brasileira”, which addresses the last puppet workshop of the master craftswoman Lydia Brasileira, in the Sertão of Rio Grande do Norte, in the city of Caicó, in the first six months of 2021. Amongst models and fabrics, joys and sorrows, encounters and departures, the aim of the article is to discuss the care, autonomy and control of the elderly, considered a risk group, especially rural women, in the health crisis provoked by the Covid-19. The narrative becomes stronger based on the reports from Lydia, in the course of the Workshop where the documentary takes place. Still in her studio, Lydia, in her 84th year of life, develops the work of remembering her life and the facts that ppressed her as a woman; first, in childhood, in a family of farmers that owns land for cattle raising, centered on patriarchal and Eurocentric customs; then, on the marital arrangement with a violent military man, their separation during the Years of Lead, the encounter with the art of mamulengos and the loss of autonomy during the pandemic. The covid-19 Pandemic lays bare authoritarian care practices for older womenDepartamento de Antropologia e ao Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da UFRNAttribution-NonCommercial-ShareAlike 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessIdosasCovid-19DecolonialSertãoMamulengoElderlyLydia brasileira: a velhice do sertão e a peleja decolonial na pandemiaLydia brazilia: the old age of the sertão and the decolonial struggle in the pandemicinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleporreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNCC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-81037https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/45715/2/license_rdf996f8b5afe3136b76594f43bfda24c5eMD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81484https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/45715/3/license.txte9597aa2854d128fd968be5edc8a28d9MD53ORIGINALLydiaBrasileiraVelhice_Medeiros_2021.pdfLydiaBrasileiraVelhice_Medeiros_2021.pdfapplication/pdf700654https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/45715/1/LydiaBrasileiraVelhice_Medeiros_2021.pdf729441ef032ea335966d6594ffe44eefMD51123456789/457152022-04-08 09:12:11.489oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/45715Tk9OLUVYQ0xVU0lWRSBESVNUUklCVVRJT04gTElDRU5TRQoKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIGRlbGl2ZXJpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBNci4gKGF1dGhvciBvciBjb3B5cmlnaHQgaG9sZGVyKToKCgphKSBHcmFudHMgdGhlIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIFJpbyBHcmFuZGUgZG8gTm9ydGUgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgb2YKcmVwcm9kdWNlLCBjb252ZXJ0IChhcyBkZWZpbmVkIGJlbG93KSwgY29tbXVuaWNhdGUgYW5kIC8gb3IKZGlzdHJpYnV0ZSB0aGUgZGVsaXZlcmVkIGRvY3VtZW50IChpbmNsdWRpbmcgYWJzdHJhY3QgLyBhYnN0cmFjdCkgaW4KZGlnaXRhbCBvciBwcmludGVkIGZvcm1hdCBhbmQgaW4gYW55IG1lZGl1bS4KCmIpIERlY2xhcmVzIHRoYXQgdGhlIGRvY3VtZW50IHN1Ym1pdHRlZCBpcyBpdHMgb3JpZ2luYWwgd29yaywgYW5kIHRoYXQKeW91IGhhdmUgdGhlIHJpZ2h0IHRvIGdyYW50IHRoZSByaWdodHMgY29udGFpbmVkIGluIHRoaXMgbGljZW5zZS4gRGVjbGFyZXMKdGhhdCB0aGUgZGVsaXZlcnkgb2YgdGhlIGRvY3VtZW50IGRvZXMgbm90IGluZnJpbmdlLCBhcyBmYXIgYXMgaXQgaXMKdGhlIHJpZ2h0cyBvZiBhbnkgb3RoZXIgcGVyc29uIG9yIGVudGl0eS4KCmMpIElmIHRoZSBkb2N1bWVudCBkZWxpdmVyZWQgY29udGFpbnMgbWF0ZXJpYWwgd2hpY2ggZG9lcyBub3QKcmlnaHRzLCBkZWNsYXJlcyB0aGF0IGl0IGhhcyBvYnRhaW5lZCBhdXRob3JpemF0aW9uIGZyb20gdGhlIGhvbGRlciBvZiB0aGUKY29weXJpZ2h0IHRvIGdyYW50IHRoZSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkbyBSaW8gR3JhbmRlIGRvIE5vcnRlIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdCB0aGlzIG1hdGVyaWFsIHdob3NlIHJpZ2h0cyBhcmUgb2YKdGhpcmQgcGFydGllcyBpcyBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZpZWQgYW5kIHJlY29nbml6ZWQgaW4gdGhlIHRleHQgb3IKY29udGVudCBvZiB0aGUgZG9jdW1lbnQgZGVsaXZlcmVkLgoKSWYgdGhlIGRvY3VtZW50IHN1Ym1pdHRlZCBpcyBiYXNlZCBvbiBmdW5kZWQgb3Igc3VwcG9ydGVkIHdvcmsKYnkgYW5vdGhlciBpbnN0aXR1dGlvbiBvdGhlciB0aGFuIHRoZSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkbyBSaW8gR3JhbmRlIGRvIE5vcnRlLCBkZWNsYXJlcyB0aGF0IGl0IGhhcyBmdWxmaWxsZWQgYW55IG9ibGlnYXRpb25zIHJlcXVpcmVkIGJ5IHRoZSByZXNwZWN0aXZlIGFncmVlbWVudCBvciBhZ3JlZW1lbnQuCgpUaGUgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZG8gUmlvIEdyYW5kZSBkbyBOb3J0ZSB3aWxsIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZnkgaXRzIG5hbWUgKHMpIGFzIHRoZSBhdXRob3IgKHMpIG9yIGhvbGRlciAocykgb2YgdGhlIGRvY3VtZW50J3MgcmlnaHRzCmRlbGl2ZXJlZCwgYW5kIHdpbGwgbm90IG1ha2UgYW55IGNoYW5nZXMsIG90aGVyIHRoYW4gdGhvc2UgcGVybWl0dGVkIGJ5CnRoaXMgbGljZW5zZQo=Repositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2022-04-08T12:12:11Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false
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