Lydia brasileira: a velhice do sertão e a peleja decolonial na pandemia
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2021 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRN |
Texto Completo: | https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/45715 |
Resumo: | O texto descreve as filmagens do documentário “Lydia mão-molenga brasileira", que versa sobre a última oficina de mamulengos da Mestra Lydia Brasileira, realizada no Sertão do Rio Grande do Norte, na cidade de Caicó, nos primeiros seis meses de 2021. Entre as modelagens e tecidos, alegrias e tristezas, encontros e desencontros, o objetivo do artigo é problematizar o cuidado, a autonomia e o controle dos idosos considerados grupo de risco, em especial as mulheres sertanejas, na crise sanitária da Covid-19. A narrativa se adensa a partir dos relatos da Mestra, no desenrolar da Oficina onde ocorre o documentário. Ainda na oficina, Lydia, em seus 84 anos, desenvolve o trabalho de relembrar a sua vida e os fatos que a oprimiram enquanto mulher: primeiro, na infância em uma família sertaneja proprietária de terras destinadas à criação de gado, centrada em costumes patriarcais e eurocentrados; depois, sobre o arranjo matrimonial com um violento militar, sua separação durante os anos de chumbo, o encontro com a arte dos mamulengos e a perda da autonomia durante a pandemia. A Pandemia de Covid-19 desnuda as práticas autoritárias de cuidado sobre as mulheres idosas |
id |
UFRN_30dbab34104a51e7fd85182ab29f711d |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/45715 |
network_acronym_str |
UFRN |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFRN |
repository_id_str |
|
spelling |
Bastos, Raquel Littério deBrito, Eduardo Neves Rocha deMedeiros, Jéssica Farias DantasOliveira, Raíssa Thamires Fernandes de2022-01-25T15:35:46Z2022-01-25T15:35:46Z2021-12-21BASTOS, Raquel Littério de et al. Lydia Brasileira: a mão-molenga do sertão e a peleja decolonial na pandemia.Vivência: Revista de Antropologia, [s. l.], v. 1, n. 58, p. 17-38, 21 dez. 2021. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/vivencia/article/view/27599. Acesso em: 24 jan. 2022. https://doi.org/10.21680/2238-6009.2021v1n58ID275992238-6009https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/4571510.21680/2238-6009.2021v1n58ID27599O texto descreve as filmagens do documentário “Lydia mão-molenga brasileira", que versa sobre a última oficina de mamulengos da Mestra Lydia Brasileira, realizada no Sertão do Rio Grande do Norte, na cidade de Caicó, nos primeiros seis meses de 2021. Entre as modelagens e tecidos, alegrias e tristezas, encontros e desencontros, o objetivo do artigo é problematizar o cuidado, a autonomia e o controle dos idosos considerados grupo de risco, em especial as mulheres sertanejas, na crise sanitária da Covid-19. A narrativa se adensa a partir dos relatos da Mestra, no desenrolar da Oficina onde ocorre o documentário. Ainda na oficina, Lydia, em seus 84 anos, desenvolve o trabalho de relembrar a sua vida e os fatos que a oprimiram enquanto mulher: primeiro, na infância em uma família sertaneja proprietária de terras destinadas à criação de gado, centrada em costumes patriarcais e eurocentrados; depois, sobre o arranjo matrimonial com um violento militar, sua separação durante os anos de chumbo, o encontro com a arte dos mamulengos e a perda da autonomia durante a pandemia. A Pandemia de Covid-19 desnuda as práticas autoritárias de cuidado sobre as mulheres idosasThe text describes the filming of the documentary “Lydia Mão-molenga Brasileira”, which addresses the last puppet workshop of the master craftswoman Lydia Brasileira, in the Sertão of Rio Grande do Norte, in the city of Caicó, in the first six months of 2021. Amongst models and fabrics, joys and sorrows, encounters and departures, the aim of the article is to discuss the care, autonomy and control of the elderly, considered a risk group, especially rural women, in the health crisis provoked by the Covid-19. The narrative becomes stronger based on the reports from Lydia, in the course of the Workshop where the documentary takes place. Still in her studio, Lydia, in her 84th year of life, develops the work of remembering her life and the facts that ppressed her as a woman; first, in childhood, in a family of farmers that owns land for cattle raising, centered on patriarchal and Eurocentric customs; then, on the marital arrangement with a violent military man, their separation during the Years of Lead, the encounter with the art of mamulengos and the loss of autonomy during the pandemic. The covid-19 Pandemic lays bare authoritarian care practices for older womenDepartamento de Antropologia e ao Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da UFRNAttribution-NonCommercial-ShareAlike 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessIdosasCovid-19DecolonialSertãoMamulengoElderlyLydia brasileira: a velhice do sertão e a peleja decolonial na pandemiaLydia brazilia: the old age of the sertão and the decolonial struggle in the pandemicinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleporreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNCC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-81037https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/45715/2/license_rdf996f8b5afe3136b76594f43bfda24c5eMD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81484https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/45715/3/license.txte9597aa2854d128fd968be5edc8a28d9MD53ORIGINALLydiaBrasileiraVelhice_Medeiros_2021.pdfLydiaBrasileiraVelhice_Medeiros_2021.pdfapplication/pdf700654https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/45715/1/LydiaBrasileiraVelhice_Medeiros_2021.pdf729441ef032ea335966d6594ffe44eefMD51123456789/457152022-04-08 09:12:11.489oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/45715Tk9OLUVYQ0xVU0lWRSBESVNUUklCVVRJT04gTElDRU5TRQoKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIGRlbGl2ZXJpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBNci4gKGF1dGhvciBvciBjb3B5cmlnaHQgaG9sZGVyKToKCgphKSBHcmFudHMgdGhlIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIFJpbyBHcmFuZGUgZG8gTm9ydGUgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgb2YKcmVwcm9kdWNlLCBjb252ZXJ0IChhcyBkZWZpbmVkIGJlbG93KSwgY29tbXVuaWNhdGUgYW5kIC8gb3IKZGlzdHJpYnV0ZSB0aGUgZGVsaXZlcmVkIGRvY3VtZW50IChpbmNsdWRpbmcgYWJzdHJhY3QgLyBhYnN0cmFjdCkgaW4KZGlnaXRhbCBvciBwcmludGVkIGZvcm1hdCBhbmQgaW4gYW55IG1lZGl1bS4KCmIpIERlY2xhcmVzIHRoYXQgdGhlIGRvY3VtZW50IHN1Ym1pdHRlZCBpcyBpdHMgb3JpZ2luYWwgd29yaywgYW5kIHRoYXQKeW91IGhhdmUgdGhlIHJpZ2h0IHRvIGdyYW50IHRoZSByaWdodHMgY29udGFpbmVkIGluIHRoaXMgbGljZW5zZS4gRGVjbGFyZXMKdGhhdCB0aGUgZGVsaXZlcnkgb2YgdGhlIGRvY3VtZW50IGRvZXMgbm90IGluZnJpbmdlLCBhcyBmYXIgYXMgaXQgaXMKdGhlIHJpZ2h0cyBvZiBhbnkgb3RoZXIgcGVyc29uIG9yIGVudGl0eS4KCmMpIElmIHRoZSBkb2N1bWVudCBkZWxpdmVyZWQgY29udGFpbnMgbWF0ZXJpYWwgd2hpY2ggZG9lcyBub3QKcmlnaHRzLCBkZWNsYXJlcyB0aGF0IGl0IGhhcyBvYnRhaW5lZCBhdXRob3JpemF0aW9uIGZyb20gdGhlIGhvbGRlciBvZiB0aGUKY29weXJpZ2h0IHRvIGdyYW50IHRoZSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkbyBSaW8gR3JhbmRlIGRvIE5vcnRlIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdCB0aGlzIG1hdGVyaWFsIHdob3NlIHJpZ2h0cyBhcmUgb2YKdGhpcmQgcGFydGllcyBpcyBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZpZWQgYW5kIHJlY29nbml6ZWQgaW4gdGhlIHRleHQgb3IKY29udGVudCBvZiB0aGUgZG9jdW1lbnQgZGVsaXZlcmVkLgoKSWYgdGhlIGRvY3VtZW50IHN1Ym1pdHRlZCBpcyBiYXNlZCBvbiBmdW5kZWQgb3Igc3VwcG9ydGVkIHdvcmsKYnkgYW5vdGhlciBpbnN0aXR1dGlvbiBvdGhlciB0aGFuIHRoZSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkbyBSaW8gR3JhbmRlIGRvIE5vcnRlLCBkZWNsYXJlcyB0aGF0IGl0IGhhcyBmdWxmaWxsZWQgYW55IG9ibGlnYXRpb25zIHJlcXVpcmVkIGJ5IHRoZSByZXNwZWN0aXZlIGFncmVlbWVudCBvciBhZ3JlZW1lbnQuCgpUaGUgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZG8gUmlvIEdyYW5kZSBkbyBOb3J0ZSB3aWxsIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZnkgaXRzIG5hbWUgKHMpIGFzIHRoZSBhdXRob3IgKHMpIG9yIGhvbGRlciAocykgb2YgdGhlIGRvY3VtZW50J3MgcmlnaHRzCmRlbGl2ZXJlZCwgYW5kIHdpbGwgbm90IG1ha2UgYW55IGNoYW5nZXMsIG90aGVyIHRoYW4gdGhvc2UgcGVybWl0dGVkIGJ5CnRoaXMgbGljZW5zZQo=Repositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2022-04-08T12:12:11Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Lydia brasileira: a velhice do sertão e a peleja decolonial na pandemia |
dc.title.alternative.pt_BR.fl_str_mv |
Lydia brazilia: the old age of the sertão and the decolonial struggle in the pandemic |
title |
Lydia brasileira: a velhice do sertão e a peleja decolonial na pandemia |
spellingShingle |
Lydia brasileira: a velhice do sertão e a peleja decolonial na pandemia Bastos, Raquel Littério de Idosas Covid-19 Decolonial Sertão Mamulengo Elderly |
title_short |
Lydia brasileira: a velhice do sertão e a peleja decolonial na pandemia |
title_full |
Lydia brasileira: a velhice do sertão e a peleja decolonial na pandemia |
title_fullStr |
Lydia brasileira: a velhice do sertão e a peleja decolonial na pandemia |
title_full_unstemmed |
Lydia brasileira: a velhice do sertão e a peleja decolonial na pandemia |
title_sort |
Lydia brasileira: a velhice do sertão e a peleja decolonial na pandemia |
author |
Bastos, Raquel Littério de |
author_facet |
Bastos, Raquel Littério de Brito, Eduardo Neves Rocha de Medeiros, Jéssica Farias Dantas Oliveira, Raíssa Thamires Fernandes de |
author_role |
author |
author2 |
Brito, Eduardo Neves Rocha de Medeiros, Jéssica Farias Dantas Oliveira, Raíssa Thamires Fernandes de |
author2_role |
author author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Bastos, Raquel Littério de Brito, Eduardo Neves Rocha de Medeiros, Jéssica Farias Dantas Oliveira, Raíssa Thamires Fernandes de |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Idosas Covid-19 Decolonial Sertão Mamulengo Elderly |
topic |
Idosas Covid-19 Decolonial Sertão Mamulengo Elderly |
description |
O texto descreve as filmagens do documentário “Lydia mão-molenga brasileira", que versa sobre a última oficina de mamulengos da Mestra Lydia Brasileira, realizada no Sertão do Rio Grande do Norte, na cidade de Caicó, nos primeiros seis meses de 2021. Entre as modelagens e tecidos, alegrias e tristezas, encontros e desencontros, o objetivo do artigo é problematizar o cuidado, a autonomia e o controle dos idosos considerados grupo de risco, em especial as mulheres sertanejas, na crise sanitária da Covid-19. A narrativa se adensa a partir dos relatos da Mestra, no desenrolar da Oficina onde ocorre o documentário. Ainda na oficina, Lydia, em seus 84 anos, desenvolve o trabalho de relembrar a sua vida e os fatos que a oprimiram enquanto mulher: primeiro, na infância em uma família sertaneja proprietária de terras destinadas à criação de gado, centrada em costumes patriarcais e eurocentrados; depois, sobre o arranjo matrimonial com um violento militar, sua separação durante os anos de chumbo, o encontro com a arte dos mamulengos e a perda da autonomia durante a pandemia. A Pandemia de Covid-19 desnuda as práticas autoritárias de cuidado sobre as mulheres idosas |
publishDate |
2021 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2021-12-21 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2022-01-25T15:35:46Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2022-01-25T15:35:46Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.citation.fl_str_mv |
BASTOS, Raquel Littério de et al. Lydia Brasileira: a mão-molenga do sertão e a peleja decolonial na pandemia.Vivência: Revista de Antropologia, [s. l.], v. 1, n. 58, p. 17-38, 21 dez. 2021. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/vivencia/article/view/27599. Acesso em: 24 jan. 2022. https://doi.org/10.21680/2238-6009.2021v1n58ID27599 |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/45715 |
dc.identifier.issn.none.fl_str_mv |
2238-6009 |
dc.identifier.doi.none.fl_str_mv |
10.21680/2238-6009.2021v1n58ID27599 |
identifier_str_mv |
BASTOS, Raquel Littério de et al. Lydia Brasileira: a mão-molenga do sertão e a peleja decolonial na pandemia.Vivência: Revista de Antropologia, [s. l.], v. 1, n. 58, p. 17-38, 21 dez. 2021. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/vivencia/article/view/27599. Acesso em: 24 jan. 2022. https://doi.org/10.21680/2238-6009.2021v1n58ID27599 2238-6009 10.21680/2238-6009.2021v1n58ID27599 |
url |
https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/45715 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Attribution-NonCommercial-ShareAlike 3.0 Brazil http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/3.0/br/ info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Attribution-NonCommercial-ShareAlike 3.0 Brazil http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/3.0/br/ |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Departamento de Antropologia e ao Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da UFRN |
publisher.none.fl_str_mv |
Departamento de Antropologia e ao Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da UFRN |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFRN instname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) instacron:UFRN |
instname_str |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) |
instacron_str |
UFRN |
institution |
UFRN |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFRN |
collection |
Repositório Institucional da UFRN |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/45715/2/license_rdf https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/45715/3/license.txt https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/45715/1/LydiaBrasileiraVelhice_Medeiros_2021.pdf |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
996f8b5afe3136b76594f43bfda24c5e e9597aa2854d128fd968be5edc8a28d9 729441ef032ea335966d6594ffe44eef |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1797777221172068352 |