Modelagem de corredores para Callicebus Coimbrai e Callicebus Barbarabrownae, primatas ameaçados no Nordeste brasileiro
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Dissertação |
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Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRN |
Texto Completo: | https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/25999 |
Resumo: | A fragmentação e a perda de habitat associadas a atividades antrópicas são as causas mais citadas de perda de diversidade biológica. A redução de habitats de florestas resulta no isolamento de populações e no maior risco de extinção. Primatas arbóreos estão ameaçados, principalmente pela fragmentação e perda de habitat. No presente estudo abordamos duas espécies de primatas: Callicebus coimbrai (Primates, Pitheciidae) é endêmico da Mata Atlântica nordestina, enquanto Callicebus barbarabrownae endêmico da Caatinga. Ambas vivem em paisagens fragmentadas e com alto grau de isolamento, nos estados de Sergipe e Bahia, nordeste brasileiro. O objetivo deste trabalho foi identificar possíveis rotas de conexão entre remanescentes florestais ocupados pelas espécies, simulando corredores ecológicos em áreas prioritárias previamente definidas para conservação de Callicebus coimbrai (Mata Atlântica) e Callicebus barbarabrownae (Caatinga). Foi feito um levantamento bibliográfico (2000-2016) em teses, dissertações e bases para obtenção de pontos de ocorrência dos primatas e seleção de fragmentos para conexão. Usamos um algoritmo de menor custo para simulação de corredores. Conexões com base nestes algoritmos nunca foram simuladas para essas duas espécies. Para tal, foram usadas imagens classificadas quanto ao uso de solo (MapBiomas 2016), sobre as quais criamos superfícies de resistência para os primatas. Corredores foram simulados para 12 áreas prioritárias para Mata Atlântica e sete para Caatinga. Ao todo, simulamos 570 corredores, com 30 réplicas para cada área prioritária. Foram definidos 74 fragmentos para conexão em áreas prioritárias de C. coimbrai e 36 em áreas prioritárias de C. barbarabrownae. A maior cobertura de uso do solo nas áreas prioritárias na Mata Atlântica foi de Agricultura ou Pasto (60,37%), enquanto na Caatinga foi Floresta Aberta (52,16%). Polígonos de áreas prioritárias na Caatinga são maiores que os em Mata Atlântica, assim como o número de fragmentos de Floresta arbórea em cada uma. No entanto, a densidade de fragmentos de floresta foi maior na Mata Atlântica, indicando alta fragmentação. Corredores ecológicos tiveram comprimento e custos semelhantes na Caatinga e Mata Atlântica. Mesmo assim, paisagens na Caatinga são em geral mais permeáveis à travessia das espécies estudadas, pois apresentam maior proporção de cobertura por Floresta Aberta, em relação à Mata Atlântica que apresenta maior proporção de Agricultura ou Pasto, que é menos permeável. Recomendamos ações de conservação prioritariamente para a espécie C. barbarabrownae, que é classificado como “criticamente em perigo” de extinção. Para Callicebus coimbrai recomendamos a implantação de stepping stones para diminuir os problemas relacionados à pouca permeabilidade da matriz a qual está inserido. |
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George, Giesta Krishna de SaintVenticinque, Eduardo MartinsJerusalinsky, LeandroAlmeida, Adriana Monteiro de2018-10-09T21:08:12Z2018-10-09T21:08:12Z2018-05-17GEORGE, Giesta Krishna de Saint. Modelagem de corredores para Callicebus Coimbrai e Callicebus Barbarabrownae, primatas ameaçados no Nordeste brasileiro. 2018. 57f. Dissertação (Mestrado em Ecologia) - Centro de Biociências, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2018.https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/25999A fragmentação e a perda de habitat associadas a atividades antrópicas são as causas mais citadas de perda de diversidade biológica. A redução de habitats de florestas resulta no isolamento de populações e no maior risco de extinção. Primatas arbóreos estão ameaçados, principalmente pela fragmentação e perda de habitat. No presente estudo abordamos duas espécies de primatas: Callicebus coimbrai (Primates, Pitheciidae) é endêmico da Mata Atlântica nordestina, enquanto Callicebus barbarabrownae endêmico da Caatinga. Ambas vivem em paisagens fragmentadas e com alto grau de isolamento, nos estados de Sergipe e Bahia, nordeste brasileiro. O objetivo deste trabalho foi identificar possíveis rotas de conexão entre remanescentes florestais ocupados pelas espécies, simulando corredores ecológicos em áreas prioritárias previamente definidas para conservação de Callicebus coimbrai (Mata Atlântica) e Callicebus barbarabrownae (Caatinga). Foi feito um levantamento bibliográfico (2000-2016) em teses, dissertações e bases para obtenção de pontos de ocorrência dos primatas e seleção de fragmentos para conexão. Usamos um algoritmo de menor custo para simulação de corredores. Conexões com base nestes algoritmos nunca foram simuladas para essas duas espécies. Para tal, foram usadas imagens classificadas quanto ao uso de solo (MapBiomas 2016), sobre as quais criamos superfícies de resistência para os primatas. Corredores foram simulados para 12 áreas prioritárias para Mata Atlântica e sete para Caatinga. Ao todo, simulamos 570 corredores, com 30 réplicas para cada área prioritária. Foram definidos 74 fragmentos para conexão em áreas prioritárias de C. coimbrai e 36 em áreas prioritárias de C. barbarabrownae. A maior cobertura de uso do solo nas áreas prioritárias na Mata Atlântica foi de Agricultura ou Pasto (60,37%), enquanto na Caatinga foi Floresta Aberta (52,16%). Polígonos de áreas prioritárias na Caatinga são maiores que os em Mata Atlântica, assim como o número de fragmentos de Floresta arbórea em cada uma. No entanto, a densidade de fragmentos de floresta foi maior na Mata Atlântica, indicando alta fragmentação. Corredores ecológicos tiveram comprimento e custos semelhantes na Caatinga e Mata Atlântica. Mesmo assim, paisagens na Caatinga são em geral mais permeáveis à travessia das espécies estudadas, pois apresentam maior proporção de cobertura por Floresta Aberta, em relação à Mata Atlântica que apresenta maior proporção de Agricultura ou Pasto, que é menos permeável. Recomendamos ações de conservação prioritariamente para a espécie C. barbarabrownae, que é classificado como “criticamente em perigo” de extinção. Para Callicebus coimbrai recomendamos a implantação de stepping stones para diminuir os problemas relacionados à pouca permeabilidade da matriz a qual está inserido.Fragmentation and habitat loss combined with anthropic activities are the most cited causes of biological diversity loss. The reduction of forest habitats results in population’s isolation and a greater extinction risk. Arboreal primates are threatened mainly by fragmentation and habitat loss. We studied two arboreal primate species: Callicebus coimbrai (Primates, Pitheciidae) is endemic to the Northeastern Atlantic Forest Biome, while Callicebus barbarabrownae is endemic to the Caatinga Biome, northeastern Brazil. Both species live in highly isolated fragmented landscapes, occurring in Sergipe and Bahia states. Priority areas had been previously defined by specialists for Callicebus coimbrai (12 areas in Atlantic Forest) and Callicebus barbarabrownae (7 areas in Caatinga). The preset study had as objective to identify possible connection routes, simulating corridors among forest remnants occupied by both species within priority areas. We developed a bibliographic survey (2000-2016) in thesis, dissertations and internet bases to obtain the species’ occurrence points. To simulate corridors, we used a least cost route algorithm. Connections based on these algorithms have never been simulated for these two species. Corridors were simulated on resistance surfaces created on land-use classified images (MapBiomas 2016). Corridors were simulated in all available priority areas. In sum, we simulated 570 corridors (30 replicates for each priority area). A total of 74 fragments were identified for connection in priority areas of C. coimbrai and 36 in priority areas of C. barbarabrownae. The largest land use cover in priority areas in the Atlantic Forest was Agriculture or Pasture (60.37%), while in Caatinga it was Open Forest (52.16%). Priority areas in Caatinga are larger than those in Atlantic Forest. There are more forest fragments in Caatinga than in Mata Atlântica. On the other hand, the Atlantic Forest showed a higher density of forest remnant, indicating higher fragmentation. Ecological corridors had similar length and costs both in Caatinga and Mata Atlântica. In general, Caatinga landscapes are more permeable to the studied species, presenting a larger cover Open Forest. In the Atlantic Forest there is a larger cover of Agriculture or Pasture, which is less permeable. We recommend conservation actions primarily for C. barbarabrownae, which is classified as "critically endangered". For C. coimbrai we recommend stepping stones implementation to the matrix low permeability in which it is inserted.porCNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::ECOLOGIAGuigóFragmentaçãoPerda de habitatCorredores ecológicosAlgoritmo de menor custoModelagem de corredores para Callicebus Coimbrai e Callicebus Barbarabrownae, primatas ameaçados no Nordeste brasileiroinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECOLOGIAUFRNBrasilinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNORIGINALModelagemcorredoresCallicebus_George_2018.pdfapplication/pdf8512882https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/25999/1/ModelagemcorredoresCallicebus_George_2018.pdfc33e96ee67fbaf12f22d92e3a68b54a9MD51TEXTModelagemcorredoresCallicebus_George_2018.pdf.txtModelagemcorredoresCallicebus_George_2018.pdf.txtExtracted texttext/plain82489https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/25999/2/ModelagemcorredoresCallicebus_George_2018.pdf.txta85c93916529d1e1b386f9c3874ddc0cMD52THUMBNAILModelagemcorredoresCallicebus_George_2018.pdf.jpgModelagemcorredoresCallicebus_George_2018.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg2107https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/25999/3/ModelagemcorredoresCallicebus_George_2018.pdf.jpg86961eb1c3bb98833d527a8c175aa048MD53123456789/259992019-01-30 07:34:32.43oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/25999Repositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2019-01-30T10:34:32Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false |
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A fragmentação e a perda de habitat associadas a atividades antrópicas são as causas mais citadas de perda de diversidade biológica. A redução de habitats de florestas resulta no isolamento de populações e no maior risco de extinção. Primatas arbóreos estão ameaçados, principalmente pela fragmentação e perda de habitat. No presente estudo abordamos duas espécies de primatas: Callicebus coimbrai (Primates, Pitheciidae) é endêmico da Mata Atlântica nordestina, enquanto Callicebus barbarabrownae endêmico da Caatinga. Ambas vivem em paisagens fragmentadas e com alto grau de isolamento, nos estados de Sergipe e Bahia, nordeste brasileiro. O objetivo deste trabalho foi identificar possíveis rotas de conexão entre remanescentes florestais ocupados pelas espécies, simulando corredores ecológicos em áreas prioritárias previamente definidas para conservação de Callicebus coimbrai (Mata Atlântica) e Callicebus barbarabrownae (Caatinga). Foi feito um levantamento bibliográfico (2000-2016) em teses, dissertações e bases para obtenção de pontos de ocorrência dos primatas e seleção de fragmentos para conexão. Usamos um algoritmo de menor custo para simulação de corredores. Conexões com base nestes algoritmos nunca foram simuladas para essas duas espécies. Para tal, foram usadas imagens classificadas quanto ao uso de solo (MapBiomas 2016), sobre as quais criamos superfícies de resistência para os primatas. Corredores foram simulados para 12 áreas prioritárias para Mata Atlântica e sete para Caatinga. Ao todo, simulamos 570 corredores, com 30 réplicas para cada área prioritária. Foram definidos 74 fragmentos para conexão em áreas prioritárias de C. coimbrai e 36 em áreas prioritárias de C. barbarabrownae. A maior cobertura de uso do solo nas áreas prioritárias na Mata Atlântica foi de Agricultura ou Pasto (60,37%), enquanto na Caatinga foi Floresta Aberta (52,16%). Polígonos de áreas prioritárias na Caatinga são maiores que os em Mata Atlântica, assim como o número de fragmentos de Floresta arbórea em cada uma. No entanto, a densidade de fragmentos de floresta foi maior na Mata Atlântica, indicando alta fragmentação. Corredores ecológicos tiveram comprimento e custos semelhantes na Caatinga e Mata Atlântica. Mesmo assim, paisagens na Caatinga são em geral mais permeáveis à travessia das espécies estudadas, pois apresentam maior proporção de cobertura por Floresta Aberta, em relação à Mata Atlântica que apresenta maior proporção de Agricultura ou Pasto, que é menos permeável. Recomendamos ações de conservação prioritariamente para a espécie C. barbarabrownae, que é classificado como “criticamente em perigo” de extinção. Para Callicebus coimbrai recomendamos a implantação de stepping stones para diminuir os problemas relacionados à pouca permeabilidade da matriz a qual está inserido. |
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