Atividade microbiana e citotóxica de óleo essencial e extratos orgânicos provenientes da Myracrodruon urundeuva (Aroeira-do-sertão)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Araújo, Ítalo Diego Rebouças de
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRN
Texto Completo: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/23484
Resumo: Atualmente, vêm intensificando-se os estudos na área de química medicinal com intuito de elucidar novos fitofármacos, seja através da obtenção de extratos, frações, compostos isolados ou óleos essenciais que apresentem algum tipo de atividade biológica. Neste contexto, destaca-se a aroeira-do-sertão (Myracrodruon urundeuva), da família Anacardiaceae, já estudada quanto ao potencial antimicrobiano, anti-inflamatório e cicatrizante. Motivado por novas alternativas terapêuticas, considerando a crescente resistência microbiana, esse estudo avaliou a atividade antimicrobiana de produtos naturais obtidos das folhas da referida planta. Dentre estes está um óleo essencial, que foi extraído por hidrodestilação, caracterizado por RMN e GC-MS, e avaliado quanto à citotoxicidade, além de extratos orgânicos, que foram analisados quanto à atividade antimicrobiana: metanólico liofilizado, obtido por decocção; clorofórmico e acetato de etila, extraídos à temperatura ambiente com seus respectivos solventes e filtrados sob pressão reduzida. A atividade antibacteriana foi avaliada pela técnica da microdiluição em caldo, na qual as CIMs foram determinadas utilizando CTT (cloreto de 2,3,5-trifenil-tetrazolium) como revelador do crescimento bacteriano, e as CBMs por meio da análise do crescimento do conteúdo dos poços em ágar BHI. A citotoxicidade do óleo foi avaliada pelo método do MTT, brometo de 3-(4,5-dimetiltiazol-2-il)-2,5-difenil tetrazólio. O óleo, na caracterização química, dentre os terpenos identificados, apresentou como constituinte majoritário o α-pineno (87,85%). Além disso, tal óleo mostrou atividade antibacteriana frente a todas as cepas testadas, onde para algumas destas ocorreu equivalência entre os valores de CIM e CBM, que foram de 0,22 mg/mL para Staphylococcus aureus, 0,44 mg/mL para Salmonella Enteritidis e 7 mg/mL para Pseudomonas aeruginosa. Já para Staphylococcus epidermidis a CIM foi 0,11 mg/mL e a CBM 0,22 mg/mL. Escherichia coli foi inibida com CIM de 0,88 mg/mL e CBM de 1,75 mg/mL. Equivalência entre CIM e CBM foi observada para extrato metanólico frente a S. epidermidis (9,75 mg/mL). Para S. aureus, a CIM deste extrato foi de 9,75 mg/mL e a CBM 78 mg/mL. Foram resistentes a tal extrato: E. coli, S. Enteritidis e P. aeruginosa. Os extratos clorofórmico e acetato de etila foram bacteriostáticos frente às cinco cepas, porém, o clorofórmico inibiu todas estas com CIM de 15 mg/mL, enquanto o acetato de etila apresentou CIMs de 7,56 mg/mL para S. aureus, 1,89 mg/mL para S. epidermidis, 15,12 mg/mL para S. Enteritidis e 30,25 mg/mL tanto para E. coli quanto para P. aeruginosa. Quanto à citotoxicidade, o óleo essencial comprometeu a viabilidade celular da linhagem Vero E6, apenas na maior concentração, 4,4 mg/mL, inibindo cerca de 93,91% em 24h e 94,26% em 48h. Nas células HeLa, em 24h o óleo nessa mesma dose, teve inibição de 21%, que após 48h aumentou para 44,3%, mostrando possível ação antitumoral. Para a linhagem de células não tumorais HEK-293, o óleo não exerceu efeito tóxico sobre as mesmas. Conclui-se que os resultados são promissores, abrindo perspectivas futuras dos produtos das folhas de M. urundeuva serem farmacologicamente viáveis.
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spelling Araújo, Ítalo Diego Rebouças dehttp://lattes.cnpq.br/0816505737639163Fernandes, José VerissimoBastos, Lysete Maria de AssisRachetti, Vanessa de Paula SoaresAndrade, Vânia Sousa2017-06-12T21:29:47Z2017-06-12T21:29:47Z2017-01-30ARAÚJO, Ítalo Diego Rebouças de. Atividade microbiana e citotóxica de óleo essencial e extratos orgânicos provenientes da Myracrodruon urundeuva (Aroeira-do-sertão). 2017. 127f. Dissertação (Mestrado em Biologia Parasitária) - Centro de Biociências, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2017.https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/23484Atualmente, vêm intensificando-se os estudos na área de química medicinal com intuito de elucidar novos fitofármacos, seja através da obtenção de extratos, frações, compostos isolados ou óleos essenciais que apresentem algum tipo de atividade biológica. Neste contexto, destaca-se a aroeira-do-sertão (Myracrodruon urundeuva), da família Anacardiaceae, já estudada quanto ao potencial antimicrobiano, anti-inflamatório e cicatrizante. Motivado por novas alternativas terapêuticas, considerando a crescente resistência microbiana, esse estudo avaliou a atividade antimicrobiana de produtos naturais obtidos das folhas da referida planta. Dentre estes está um óleo essencial, que foi extraído por hidrodestilação, caracterizado por RMN e GC-MS, e avaliado quanto à citotoxicidade, além de extratos orgânicos, que foram analisados quanto à atividade antimicrobiana: metanólico liofilizado, obtido por decocção; clorofórmico e acetato de etila, extraídos à temperatura ambiente com seus respectivos solventes e filtrados sob pressão reduzida. A atividade antibacteriana foi avaliada pela técnica da microdiluição em caldo, na qual as CIMs foram determinadas utilizando CTT (cloreto de 2,3,5-trifenil-tetrazolium) como revelador do crescimento bacteriano, e as CBMs por meio da análise do crescimento do conteúdo dos poços em ágar BHI. A citotoxicidade do óleo foi avaliada pelo método do MTT, brometo de 3-(4,5-dimetiltiazol-2-il)-2,5-difenil tetrazólio. O óleo, na caracterização química, dentre os terpenos identificados, apresentou como constituinte majoritário o α-pineno (87,85%). Além disso, tal óleo mostrou atividade antibacteriana frente a todas as cepas testadas, onde para algumas destas ocorreu equivalência entre os valores de CIM e CBM, que foram de 0,22 mg/mL para Staphylococcus aureus, 0,44 mg/mL para Salmonella Enteritidis e 7 mg/mL para Pseudomonas aeruginosa. Já para Staphylococcus epidermidis a CIM foi 0,11 mg/mL e a CBM 0,22 mg/mL. Escherichia coli foi inibida com CIM de 0,88 mg/mL e CBM de 1,75 mg/mL. Equivalência entre CIM e CBM foi observada para extrato metanólico frente a S. epidermidis (9,75 mg/mL). Para S. aureus, a CIM deste extrato foi de 9,75 mg/mL e a CBM 78 mg/mL. Foram resistentes a tal extrato: E. coli, S. Enteritidis e P. aeruginosa. Os extratos clorofórmico e acetato de etila foram bacteriostáticos frente às cinco cepas, porém, o clorofórmico inibiu todas estas com CIM de 15 mg/mL, enquanto o acetato de etila apresentou CIMs de 7,56 mg/mL para S. aureus, 1,89 mg/mL para S. epidermidis, 15,12 mg/mL para S. Enteritidis e 30,25 mg/mL tanto para E. coli quanto para P. aeruginosa. Quanto à citotoxicidade, o óleo essencial comprometeu a viabilidade celular da linhagem Vero E6, apenas na maior concentração, 4,4 mg/mL, inibindo cerca de 93,91% em 24h e 94,26% em 48h. Nas células HeLa, em 24h o óleo nessa mesma dose, teve inibição de 21%, que após 48h aumentou para 44,3%, mostrando possível ação antitumoral. Para a linhagem de células não tumorais HEK-293, o óleo não exerceu efeito tóxico sobre as mesmas. Conclui-se que os resultados são promissores, abrindo perspectivas futuras dos produtos das folhas de M. urundeuva serem farmacologicamente viáveis.Nowadays, studies in the field of medicinal chemistry have been intensified to elucidate new phytopharmaceuticals, by either obtaining extracts, fractions, isolated compounds or essential oils that present some type of biological activity. In this context, stands out the aroeira-do-sertão (Myracrodruon urundeuva), of the family Anacardiaceae, studied regarding the antimicrobial, anti-inflammatory and cicatrizant potential. Motivated by new therapeutic alternatives, considering the growing microbial resistance, this study evaluated the antimicrobial activity of natural products obtained from the leaves of said plant. Among these is an essential oil, which was extracted by hydrodistillation, characterized by NMR and GC-MS, and evaluated for cytotoxicity, in addition, organic extracts, which were analyzed for antimicrobial activity: lyophilized methanolic obtained by decoction; Chloroform and ethyl acetate, extracted at room temperature with their respective solvents and filtered under reduced pressure. The antibacterial activity was evaluated by the microdilution technique in broth, in which the MICs were determined using CTT (2,3,5-triphenyl-tetrazolium chloride) as a bacterial growth promoter, and the CBMs were analyzed by growth analysis of the contents of wells on BHI agar. The cytotoxicity of the oil was evaluated by the MTT method, 3- (4,5-dimethylthiazol-2-yl) -2,5-diphenyl tetrazolium bromide. The oil had as main constituent the α-pinene (87.85%) among the terpenes identified in the chemical characterization. In addition, this oil showed antibacterial activity against all strains tested, where for some of these, equivalence between MIC and MBC values, which were 0.22 mg/mL for Staphylococcus aureus, 0.44 mg/mL for Salmonella Enteritidis and 7 mg/mL for Pseudomonas aeruginosa. For Staphylococcus epidermidis the MIC was 0.11 mg/mL and the MBC was 0.22 mg/mL. Escherichia coli was inhibited with MIC of 0.88 mg/mL and MBC of 1.75 mg/mL. Equivalence between MIC and MBC was observed for methanolic extract against S. epidermidis (9.75 mg/mL). For S. aureus, the MIC of this extract was 9.75 mg/mL and the MBC 78 mg/mL. They were resistant to such extract: E. coli, S. Enteritidis and P. aeruginosa. Chloroform and ethyl acetate extracts were bacteriostatic against the five strains, but chloroform inhibited them all with MICs of 15 mg/mL, while ethyl acetate had MICs of 7.56 mg/mL for S. aureus, 1.89 mg/mL for S. epidermidis, 15.12 mg/mL for S. Enteritidis and 30.25 mg/mL for E. coli and P. aeruginosa. Regarding cytotoxicity, the essential oil compromised the cell viability of the Vero E6 line, only at the highest concentration, 4.4 mg/mL, inhibiting about 93.91% in 24h and 94.26% in 48h. In HeLa cells, in 24h the oil at the same dose had inhibition of 21%, which after 48h increased to 44.3%, showing a possible antitumor action. For the non-tumor cell line HEK-293, the oil had no toxic effect. It is concluded that the results are promising, opening future prospects for M. urundeuva leaf products being pharmacologically viable.porCNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS: BIOLOGIA PARASITÁRIAα-pinenoPlantas medicinaisConcentração inibitória mínimaAtividade bactericidaAtividade citotóxicaAtividade microbiana e citotóxica de óleo essencial e extratos orgânicos provenientes da Myracrodruon urundeuva (Aroeira-do-sertão)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA PARASITÁRIAUFRNBrasilinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNORIGINALAtividadeMicrobianaCitotóxica_Araujo_2017.pdfAtividadeMicrobianaCitotóxica_Araujo_2017.pdfapplication/pdf1922654https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/23484/1/AtividadeMicrobianaCitot%c3%b3xica_Araujo_2017.pdff48a1d3ca74439c81338f2ec40b4342eMD51TEXTItaloDiegoReboucasDeAraujo_DISSERT.pdf.txtItaloDiegoReboucasDeAraujo_DISSERT.pdf.txtExtracted texttext/plain225310https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/23484/4/ItaloDiegoReboucasDeAraujo_DISSERT.pdf.txtb9b02749a02fffaa68c3a94e104bc4d7MD54AtividadeMicrobianaCitotóxica_Araujo_2017.pdf.txtAtividadeMicrobianaCitotóxica_Araujo_2017.pdf.txtExtracted texttext/plain225310https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/23484/6/AtividadeMicrobianaCitot%c3%b3xica_Araujo_2017.pdf.txtb9b02749a02fffaa68c3a94e104bc4d7MD56THUMBNAILItaloDiegoReboucasDeAraujo_DISSERT.pdf.jpgItaloDiegoReboucasDeAraujo_DISSERT.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg2605https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/23484/5/ItaloDiegoReboucasDeAraujo_DISSERT.pdf.jpg94c400d2b40791108874e7ad8e6e181bMD55AtividadeMicrobianaCitotóxica_Araujo_2017.pdf.jpgAtividadeMicrobianaCitotóxica_Araujo_2017.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg2605https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/23484/7/AtividadeMicrobianaCitot%c3%b3xica_Araujo_2017.pdf.jpg94c400d2b40791108874e7ad8e6e181bMD57123456789/234842022-03-24 16:16:01.062oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/23484Repositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2022-03-24T19:16:01Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false
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