Disfunção do trato urinário inferior na infância: um relato de caso.

• Autor(a) principal: Ragalzi, Bárbara Dantas de Senna
• Data de Publicação: 2020
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRN
• Texto Completo: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/35938
• topic: Incontinência urinária; bexiga urinária hiperativa; estimulação elétrica nervosa transcutânea; assoalho pélvico; constipação intestinal; criança

Disfunção do trato urinário inferior (DTUI) é um termo utilizado para identificar uma série de distúrbios no funcionamento das fases da micção (enchimento e esvaziamento), e pode acometer pessoas de ambos os sexos e de todas as idades. Este trabalho, no entanto, irá se aprofundar nas disfunções miccionais em crianças. Atualmente, uma série de tratamentos vêm sendo usados para minimizar os impactos das DTUIs, desde o uso medicamentoso, passando pelas diversas abordagens da fisioterapia, até, em alguns casos, intervenções cirúrgicas. Todas estas manifestações clínicas geram um grande desconforto para a criança, gerando, muita das vezes, problemas de ordem psicológica, como baixa autoestima e isolamento social, agravando ainda mais o quadro. O objetivo desse estudo é relatar a experiência de atendimento de fisioterapia pélvica em uma criança com diagnóstico clínico de incontinência urinária. Descrição do caso: Paciente M.C.L.S, do sexo feminino, de 5 (cinco) anos de idade, com diagnóstico clínico de incontinência urinária associada à infecção de repetição do trato urinário. Submetida a 19 sessões de fisioterapia de 45 minutos de fisioterapia pélvica com orientações comportamentais, treinamento dos músculos do assoalho pélvico e TENS. Foi aplicado o questionário Dysfunctional Voiding Scoring System e Escala de Bristol para Consistência das Fezes (EBCF). Resultados: Ao final do tratamento, a paciente passou a urinar com jato forte, melhorou da enurese noturna e passou a evacuar em dias alternados com fezes com consistência consideradas normais pela EBCF. Conclusão: O tratamento comportamental associado ao TMAP e à eletroestimulação apresentam uma boa resposta no trato de DTUI em crianças. Porém, não é possível afirmar a efetividade individual de cada uma destas terapias, em virtude de os tratamentos terem sido realizados de forma conjugada. Ademais, como a paciente também fez o uso de cloreto de magnésio, sob recomendação médica, não foi possível mensurar a influência da medicação nesse processo.