Atuação interprofissional na prevenção da pneumonia associada à ventilação mecânica em Unidade de Terapia Intensiva

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Teixeira, Louziane Karina Tavares de Sousa
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRN
Texto Completo: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/46587
Resumo: A Unidade de Terapia Intensiva é um setor destinado aos pacientes gravemente enfermos, onde o suporte ventilatório é realizado por meio de um aparelho denominado ventilador mecânico que, apesar de necessário, quando utilizado de forma invasiva, pode desencadear alguns eventos adversos, dentre eles a pneumonia associada à ventilação mecânica. Destarte, a prevenção dessa infecção surge como um desafio para a garantia da qualidade da assistência nos serviços de saúde. Uma estratégia que tem sido adotada com sucesso para prevenção se refere à implementação de protocolos, construídos e aplicados de forma coletiva, interprofissional, que possam estimular a adesão dos profissionais às medidas recomendadas. A presente pesquisa teve como objetivos compreender como a atuação interprofissional pode se configurar como estratégia para prevenção da pneumonia associada à ventilação mecânica em uma unidade de terapia intensiva adulto e elaborar, com os profissionais da unidade de terapia intensiva, um protocolo de práticas seguras e interprofissionais para prevenção da pneumonia associada à ventilação mecânica. Trata-se de uma Pesquisa Convergente Assistencial, com abordagens quantitativa e qualitativa, realizada na unidade de terapia intensiva adulto de um hospital universitário, no período de abril a junho de 2021. Realizou-se a coleta de dados em 2 etapas: a primeira correspondeu à aplicação de um questionário semiestruturado que teve a participação de 18 enfermeiros, 09 fisioterapeutas, 05 médicos e 23 técnicos de enfermagem e a segunda, à realização de grupos de convergência que contemplaram ações educativas abordando as temáticas mais relevantes apresentadas nos questionários. Os grupos de convergência possibilitaram momentos de discussão e troca de saberes entre 16 participantes, sendo 05 enfermeiros, 05 fisioterapeutas, 01 médico e 05 técnicos de enfermagem que subsidiaram a construção coletiva do protocolo. Os dados quantitativos foram analisados segundo a estatística descritiva e apresentados em forma de tabelas, utilizando-se o Microsoft Excel 2017 e o software SPSS Statístics. Para os dados qualitativos, foi utilizado o software Atlas Ti versão 9.1, seguindo as etapas de apreensão, síntese e teorização. A primeira etapa da pesquisa buscou construir um diagnóstico sobre a prevenção da PAV na unidade, revelando o conhecimento e atuação dos profissionais. Com relação ao conhecimento das medidas preventivas da PAV, todos os médicos e fisioterapeutas disseram conhecer, seguido dos técnicos de enfermagem (95,7%) e enfermeiros (94,4%). A elevação da cabeceira 30-45° correspondeu à medida preventiva mais conhecida entre os profissionais, citada por 100% dos médicos, 94,4% dos enfermeiros e 65,2% dos técnicos de enfermagem, seguida da higiene oral com antisséptico. Apenas os técnicos de enfermagem (21,7%) e fisioterapeutas (11,1%) incluíram a higiene das mãos como medida conhecida. Por outro lado, na atuação profissional, a higienização das mãos foi uma das medidas que os profissionais disseram realizar com maior frequência, 87,27% destes a realizavam sempre e os outros 12,73% quase sempre, assim como a elevação da cabeceira relatada por 100% dos técnicos de enfermagem, 77,8% dos fisioterapeutas, 55,6% dos enfermeiros e 40% dos médicos. A participação nas visitas multiprofissionais foi com frequência realizada pelos médicos 77,8% dos fisioterapeutas disseram participar às vezes, sendo que 69,6% dos enfermeiros e 50% dos técnicos de enfermagem nunca participaram. No que se refere à aspiração de secreção, 60% dos médicos atribuíram ao fisioterapeuta e 40% ao técnico de enfermagem, 5,6% dos enfermeiros atribuíram a aspiração ao técnico de enfermagem, e 26% desses profissionais atribuem a aspiração ao fisioterapeuta e enfermeiro. Os médicos e enfermeiros atribuíram a retirada de líquidos do circuito aos fisioterapeutas e técnicos de enfermagem. A troca de umidificadores e a monitorização da pressão do cuff foram relatadas pelos profissionais como de atribuição da fisioterapia, e esse profissional não atribuiu a nenhum outro. Enfermeiros, técnicos de enfermagem e fisioterapeutas colocaram a retirada da sedação como atribuição dos médicos. Todos os fisioterapeutas relataram conhecer as práticas desenvolvidas pelos outros profissionais na prevenção da PAV, seguidos dos técnicos de enfermagem (73,9%), enfermeiros (61,1%) e médicos (60%). Dos profissionais participantes, 78,18% já ouviram falar em trabalho interprofissional, a maioria deles (76,36%) o caracterizaram como sendo a atuação conjunta de profissionais em uma equipe, outros apontaram ser o fato da equipe possuir um objetivo em comum e poucos se referiram aos profissionais possuírem competências diferentes. No tocante ao conhecimento dos profissionais sobre a utilização de protocolo como estratégia de prevenção da PAV, a maior parte relatou conhecer, sendo mais da metade dos fisioterapeutas (66,7%), 52,2% dos técnicos de enfermagem, 40% dos médicos e 38,9% dos enfermeiros. Os resultados advindos dos questionários foram apresentados em formato de cartilha aos profissionais para contribuir com as discussões nos grupos de convergência. A partir da análise dos relatos orais dos grupos de convergência foi possível a categorização dos dados, que revelou três categorias: Atuação e trabalho em equipe dos profissionais da unidade de terapia intensiva; Relevância assistencial e dificuldades de adesão ao protocolo de práticas e atuação profissional e Conteúdo do protocolo de prevenção da PAV. As discussões nos grupos possibilitaram o diálogo, a reflexão dos profissionais e a elaboração do protocolo com base na interprofissionalidade, voltado à realidade da unidade de terapia intensiva. Nesse contexto, os produtos da pesquisa visam, além de padronizar as ações preventivas da PAV na Unidade de Terapia Intensiva adulto, efetivar a adesão dos profissionais às medidas de prevenção, repercutindo na redução das taxas de incidência da PAV.
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Dissertação (Mestrado Profissional em Práticas de Saúde e Educação) - Escola de Saúde, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2021.https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/46587A Unidade de Terapia Intensiva é um setor destinado aos pacientes gravemente enfermos, onde o suporte ventilatório é realizado por meio de um aparelho denominado ventilador mecânico que, apesar de necessário, quando utilizado de forma invasiva, pode desencadear alguns eventos adversos, dentre eles a pneumonia associada à ventilação mecânica. Destarte, a prevenção dessa infecção surge como um desafio para a garantia da qualidade da assistência nos serviços de saúde. Uma estratégia que tem sido adotada com sucesso para prevenção se refere à implementação de protocolos, construídos e aplicados de forma coletiva, interprofissional, que possam estimular a adesão dos profissionais às medidas recomendadas. A presente pesquisa teve como objetivos compreender como a atuação interprofissional pode se configurar como estratégia para prevenção da pneumonia associada à ventilação mecânica em uma unidade de terapia intensiva adulto e elaborar, com os profissionais da unidade de terapia intensiva, um protocolo de práticas seguras e interprofissionais para prevenção da pneumonia associada à ventilação mecânica. Trata-se de uma Pesquisa Convergente Assistencial, com abordagens quantitativa e qualitativa, realizada na unidade de terapia intensiva adulto de um hospital universitário, no período de abril a junho de 2021. Realizou-se a coleta de dados em 2 etapas: a primeira correspondeu à aplicação de um questionário semiestruturado que teve a participação de 18 enfermeiros, 09 fisioterapeutas, 05 médicos e 23 técnicos de enfermagem e a segunda, à realização de grupos de convergência que contemplaram ações educativas abordando as temáticas mais relevantes apresentadas nos questionários. Os grupos de convergência possibilitaram momentos de discussão e troca de saberes entre 16 participantes, sendo 05 enfermeiros, 05 fisioterapeutas, 01 médico e 05 técnicos de enfermagem que subsidiaram a construção coletiva do protocolo. Os dados quantitativos foram analisados segundo a estatística descritiva e apresentados em forma de tabelas, utilizando-se o Microsoft Excel 2017 e o software SPSS Statístics. Para os dados qualitativos, foi utilizado o software Atlas Ti versão 9.1, seguindo as etapas de apreensão, síntese e teorização. A primeira etapa da pesquisa buscou construir um diagnóstico sobre a prevenção da PAV na unidade, revelando o conhecimento e atuação dos profissionais. Com relação ao conhecimento das medidas preventivas da PAV, todos os médicos e fisioterapeutas disseram conhecer, seguido dos técnicos de enfermagem (95,7%) e enfermeiros (94,4%). 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No que se refere à aspiração de secreção, 60% dos médicos atribuíram ao fisioterapeuta e 40% ao técnico de enfermagem, 5,6% dos enfermeiros atribuíram a aspiração ao técnico de enfermagem, e 26% desses profissionais atribuem a aspiração ao fisioterapeuta e enfermeiro. Os médicos e enfermeiros atribuíram a retirada de líquidos do circuito aos fisioterapeutas e técnicos de enfermagem. A troca de umidificadores e a monitorização da pressão do cuff foram relatadas pelos profissionais como de atribuição da fisioterapia, e esse profissional não atribuiu a nenhum outro. Enfermeiros, técnicos de enfermagem e fisioterapeutas colocaram a retirada da sedação como atribuição dos médicos. Todos os fisioterapeutas relataram conhecer as práticas desenvolvidas pelos outros profissionais na prevenção da PAV, seguidos dos técnicos de enfermagem (73,9%), enfermeiros (61,1%) e médicos (60%). Dos profissionais participantes, 78,18% já ouviram falar em trabalho interprofissional, a maioria deles (76,36%) o caracterizaram como sendo a atuação conjunta de profissionais em uma equipe, outros apontaram ser o fato da equipe possuir um objetivo em comum e poucos se referiram aos profissionais possuírem competências diferentes. No tocante ao conhecimento dos profissionais sobre a utilização de protocolo como estratégia de prevenção da PAV, a maior parte relatou conhecer, sendo mais da metade dos fisioterapeutas (66,7%), 52,2% dos técnicos de enfermagem, 40% dos médicos e 38,9% dos enfermeiros. Os resultados advindos dos questionários foram apresentados em formato de cartilha aos profissionais para contribuir com as discussões nos grupos de convergência. A partir da análise dos relatos orais dos grupos de convergência foi possível a categorização dos dados, que revelou três categorias: Atuação e trabalho em equipe dos profissionais da unidade de terapia intensiva; Relevância assistencial e dificuldades de adesão ao protocolo de práticas e atuação profissional e Conteúdo do protocolo de prevenção da PAV. As discussões nos grupos possibilitaram o diálogo, a reflexão dos profissionais e a elaboração do protocolo com base na interprofissionalidade, voltado à realidade da unidade de terapia intensiva. Nesse contexto, os produtos da pesquisa visam, além de padronizar as ações preventivas da PAV na Unidade de Terapia Intensiva adulto, efetivar a adesão dos profissionais às medidas de prevenção, repercutindo na redução das taxas de incidência da PAV.The intensive care unit is a sector intended for critically ill patients, where ventilatory support is provided by a device named mechanical ventilator, which, although necessary, can trigger some adverse events when used invasively, among them ventilator-associated pneumonia (VAP). Accordingly, the prevention of this infection is a challenge to ensure the quality of care in health services. One strategy that has been successfully adopted for prevention refers to the implementation of protocols, designed and applied in a collective and interprofessional manner, which can stimulate the adherence of professionals to the recommended measures. This research aimed to understand how interprofessional action can be configured as a strategy for prevention of ventilator-associated pneumonia in an adult intensive care unit and to develop, together with the intensive care unit professionals, a protocol of safe and interprofessional practices for prevention of ventilator-associated pneumonia. This is a Convergent Care Research, with quantitative and qualitative approaches, conducted in the adult intensive care unit of a university hospital, from April to June 2021. Data collection was performed in two stages: the first corresponded to the application of a semi-structured questionnaire that had the participation of 18 nurses, 9 physiotherapists, 5 physicians and 23 nursing technicians, while the second consisted of the accomplishment of convergence groups that included educational activities addressing the most relevant themes introduced in the questionnaires. The convergence groups enabled moments of discussion and knowledge exchange among 16 participants, who were 5 nurses, 5 physiotherapists, 1 physician and 5 nursing technicians, who supported the collective design of the protocol. Quantitative data were analyzed according to descriptive statistics and displayed in tables, using Microsoft Excel 2017 and SPSS Statistics software. For qualitative data, the Atlas Ti, version 9.1, software was used, following the steps of apprehension, synthesis, and theorization. The first step of the research sought to make a diagnosis on the prevention of VAP in the unit, revealing the professionals’ knowledge and performance. Regarding knowledge of VAP preventive measures, all physicians and physiotherapists said they were aware of them, followed by nursing technicians (95.7%) and nurses (94.4%). Elevating the headboard from 30 to 45° corresponded to the best-known preventive measure among professionals, cited by physicians (100%), nurses (94.4%) and nursing technicians (65.2%), followed by oral hygiene with antiseptic. Only nursing technicians (21.7%) and physiotherapists (11.1%) included hand hygiene as a known measure. On the other hand, in professional practice, hand hygiene was one of the measures that professionals said they performed more frequently, where most of them (87.27%) always performed it and the others (12.73%) almost always, as well as elevating the headboard, reported by nursing technicians (100%), physiotherapists (77.8%), nurses (55.6%) and physicians (40%). Participation in multiprofessional visits was often performed by physicians, but physiotherapists (77.8%) said they sometimes participated, while nurses (69.6%) and nursing technicians (50%) never participated. Regarding aspiration of secretion, physicians (60%) and (40%), respectively, attributed it to physiotherapists and nursing technicians; nurses (5.6%) attributed the aspiration to nursing technicians, and 26% of these professionals attributed the aspiration to physiotherapists and nurses. Physicians and nurses attributed the removal of fluids from the circuit to physiotherapists and nursing technicians. Changing humidifiers and monitoring cuff pressure were reported by professionals as being the physiotherapists’ attribution, and these professionals did not attribute to any others. Nurses, nursing technicians and physiotherapists placed the removal of sedation as the physicians’ attribution. All physiotherapists reported knowing the practices developed by other professionals in the prevention of VAP, followed by nursing technicians (73.9%), nurses (61.1%) and physicians (60%). Of the participating professionals, (78.18%) had heard about interprofessional work, most of them (76.36%) characterized it as the joint action of professionals in a team, others pointed to the fact that the team has a common goal, and few referred to professionals having different skills. Concerning the professionals’ knowledge about the use of a protocol as a strategy for prevention of VAP, most reported knowing, being more than half of the physiotherapists (66.7%), followed by nursing technicians (52.2%), physicians (40%) and nurses (38.9%). The results of the questionnaires were introduced in a booklet format to the surveyed professionals, in order to contribute to the discussions in the convergence groups. From the analysis of the oral reports of the convergence groups, it was possible to categorize the data, which revealed three categories: Intensive care unit professionals’ performance and teamwork; Relevance of care and difficulties in adhering to the protocol related to professional practice and performance and Content of the VAP prevention protocol. The group discussions enabled dialogue and reflection by the professionals, as well as the elaboration of the protocol based on interprofessionalism, focused on the reality of the intensive care unit. In this context, the products of the research aim, besides standardizing the VAP preventive actions in the adult intensive care unit, to consolidate the adherence of professionals to preventive measures, thus resulting in a reduction in the incidence rates of VAP.Universidade Federal do Rio Grande do NortePROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE E SOCIEDADEUFRNBrasilInfecção hospitalarUnidades de Terapia IntensivaRespiração artificialAdultoAtuação interprofissional na prevenção da pneumonia associada à ventilação mecânica em Unidade de Terapia Intensivainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNORIGINALAtuacaointerprofissionalprevencao_Teixeira_2021.pdfapplication/pdf12122811https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/46587/1/Atuacaointerprofissionalprevencao_Teixeira_2021.pdf7252e05043f4fb154bffb146948b8f61MD51123456789/465872022-05-02 12:59:52.694oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/46587Repositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2022-05-02T15:59:52Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false
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A presente pesquisa teve como objetivos compreender como a atuação interprofissional pode se configurar como estratégia para prevenção da pneumonia associada à ventilação mecânica em uma unidade de terapia intensiva adulto e elaborar, com os profissionais da unidade de terapia intensiva, um protocolo de práticas seguras e interprofissionais para prevenção da pneumonia associada à ventilação mecânica. Trata-se de uma Pesquisa Convergente Assistencial, com abordagens quantitativa e qualitativa, realizada na unidade de terapia intensiva adulto de um hospital universitário, no período de abril a junho de 2021. Realizou-se a coleta de dados em 2 etapas: a primeira correspondeu à aplicação de um questionário semiestruturado que teve a participação de 18 enfermeiros, 09 fisioterapeutas, 05 médicos e 23 técnicos de enfermagem e a segunda, à realização de grupos de convergência que contemplaram ações educativas abordando as temáticas mais relevantes apresentadas nos questionários. Os grupos de convergência possibilitaram momentos de discussão e troca de saberes entre 16 participantes, sendo 05 enfermeiros, 05 fisioterapeutas, 01 médico e 05 técnicos de enfermagem que subsidiaram a construção coletiva do protocolo. Os dados quantitativos foram analisados segundo a estatística descritiva e apresentados em forma de tabelas, utilizando-se o Microsoft Excel 2017 e o software SPSS Statístics. Para os dados qualitativos, foi utilizado o software Atlas Ti versão 9.1, seguindo as etapas de apreensão, síntese e teorização. A primeira etapa da pesquisa buscou construir um diagnóstico sobre a prevenção da PAV na unidade, revelando o conhecimento e atuação dos profissionais. Com relação ao conhecimento das medidas preventivas da PAV, todos os médicos e fisioterapeutas disseram conhecer, seguido dos técnicos de enfermagem (95,7%) e enfermeiros (94,4%). A elevação da cabeceira 30-45° correspondeu à medida preventiva mais conhecida entre os profissionais, citada por 100% dos médicos, 94,4% dos enfermeiros e 65,2% dos técnicos de enfermagem, seguida da higiene oral com antisséptico. Apenas os técnicos de enfermagem (21,7%) e fisioterapeutas (11,1%) incluíram a higiene das mãos como medida conhecida. Por outro lado, na atuação profissional, a higienização das mãos foi uma das medidas que os profissionais disseram realizar com maior frequência, 87,27% destes a realizavam sempre e os outros 12,73% quase sempre, assim como a elevação da cabeceira relatada por 100% dos técnicos de enfermagem, 77,8% dos fisioterapeutas, 55,6% dos enfermeiros e 40% dos médicos. A participação nas visitas multiprofissionais foi com frequência realizada pelos médicos 77,8% dos fisioterapeutas disseram participar às vezes, sendo que 69,6% dos enfermeiros e 50% dos técnicos de enfermagem nunca participaram. No que se refere à aspiração de secreção, 60% dos médicos atribuíram ao fisioterapeuta e 40% ao técnico de enfermagem, 5,6% dos enfermeiros atribuíram a aspiração ao técnico de enfermagem, e 26% desses profissionais atribuem a aspiração ao fisioterapeuta e enfermeiro. Os médicos e enfermeiros atribuíram a retirada de líquidos do circuito aos fisioterapeutas e técnicos de enfermagem. A troca de umidificadores e a monitorização da pressão do cuff foram relatadas pelos profissionais como de atribuição da fisioterapia, e esse profissional não atribuiu a nenhum outro. Enfermeiros, técnicos de enfermagem e fisioterapeutas colocaram a retirada da sedação como atribuição dos médicos. Todos os fisioterapeutas relataram conhecer as práticas desenvolvidas pelos outros profissionais na prevenção da PAV, seguidos dos técnicos de enfermagem (73,9%), enfermeiros (61,1%) e médicos (60%). Dos profissionais participantes, 78,18% já ouviram falar em trabalho interprofissional, a maioria deles (76,36%) o caracterizaram como sendo a atuação conjunta de profissionais em uma equipe, outros apontaram ser o fato da equipe possuir um objetivo em comum e poucos se referiram aos profissionais possuírem competências diferentes. No tocante ao conhecimento dos profissionais sobre a utilização de protocolo como estratégia de prevenção da PAV, a maior parte relatou conhecer, sendo mais da metade dos fisioterapeutas (66,7%), 52,2% dos técnicos de enfermagem, 40% dos médicos e 38,9% dos enfermeiros. Os resultados advindos dos questionários foram apresentados em formato de cartilha aos profissionais para contribuir com as discussões nos grupos de convergência. 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