Caracterização e conservação pós-colheita de camucamu (Myrciaria dubia (Kunth) Mc Vaugh)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Maria Luiza Grigio
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRR
Texto Completo: http://www.bdtd.ufrr.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=157
Resumo: O camu-camuzeiro (Myrciaria dubia (Kunth) Mc Vaugh) é uma espécie frutífera pertencente à família Myrtaceae. Possui potencial econômico, por se tratar do fruto com maior quantidade de vitamina C, chegando a atingir 6.112 mg de ácido ascórbico por 100 g-1 de polpa. Objetivou-se com o presente trabalho caracterizar os frutos de camu-camu detectando-se o melhor ponto de colheita para o fruto, assim como testar tecnologias pós-colheita e de armazenamento em sua conservação. Foram realizados dois experimentos. O primeiro, objetivou a determinação do ponto de colheita onde os frutos foram colhidos em três diferentes estádios de maturação (imaturo, semi-maturo e maturo) e armazenados por oito dias. No segundo, foram testadas embalagens e temperaturas de armazenamento constituindo os seguintes tratamentos: T1 (sem embalagem a temperatura ambiente, 22 C); T2 (sem embalagem a 15 C); T3 (sem embalagem a 20 C); T4 (PET a temperatura ambiente, 22 C); T5 (PET a 15 C); T6 (PET a 20 C); T7 (PVC a temperatura ambiente, 22 C); T8 (PVC a 15 C); e T9 (PVC a 20 C). Os delineamentos utilizados foram inteiramente casualizados em arranjo fatorial. Os frutos foram analisados diariamente quanto a: perda de massa fresca, pH, teores de sólidos solúveis (SS), acidez titulável (AT), ácido ascórbico (AA), vitamina C total, carotenoides, antocianinas, clorofilas A e B, flavonoides e compostos fenólicos totais, assim como a atividade antioxidante (FRAP e DPPH) e o índice de maturação (SS/AT). No estádio semi-maturo houve uma maior conservação dos atributos de qualidade (SS, AT e menor perda de massa), assim como do teor de ácido ascórbico e da atividade antioxidante (FRAP). Os pigmentos carotenoides, flavonoides e antocianinas, assim como o teor de vitamina C apresentaram maiores conteúdos nos frutos colhidos maturos, sendo esse estádio considerado o indicado para a extração desses biocompostos funcionais. Esse ponto de colheita também correspondeu ao maior conteúdo médio de fenólicos totais e da atividade antioxidante (DPPH). Assim o melhor ponto de colheita para a extração de pigmentos e biocompostos antioxidantes do camu-camu é o estádio maturo. Quando a intenção for obter maior vida de prateleira, o melhor ponto de colheita é o semimaturo, por conservar os atributos qualitativos por mais tempo. No armazenamento pós-colheita do camu-camu concluiu-se que a melhor conservação dos atributos qualitativos e a melhor conservação dos pigmentos e biocompostos antioxidantes ocorreu quando os frutos foram armazenados a 15 C em conjunto com a bandeja de poliestireno expandido recoberta com filme de PVC.
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spelling info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisCaracterização e conservação pós-colheita de camucamu (Myrciaria dubia (Kunth) Mc Vaugh)Characterization and post-harvest conservation de camucamu (Myrciaria dubia (Kunth) Mc Vaugh)2013-02-07Edvan Alves Chagashttp://lattes.cnpq.br/5396967100376451http://lattes.cnpq.br/7580723236412927Maria Luiza GrigioUniversidade Federal de RoraimaPrograma de Pós-Graduação em Agronomia - POSAGROUFRRBRmyrciaria dubia camu-camu antioxidantes compostos fenólicos DPPH FRAPmyrciaria dubia camu-camu antioxidants phenolic compounds DPPH FRAPAGRONOMIAO camu-camuzeiro (Myrciaria dubia (Kunth) Mc Vaugh) é uma espécie frutífera pertencente à família Myrtaceae. Possui potencial econômico, por se tratar do fruto com maior quantidade de vitamina C, chegando a atingir 6.112 mg de ácido ascórbico por 100 g-1 de polpa. Objetivou-se com o presente trabalho caracterizar os frutos de camu-camu detectando-se o melhor ponto de colheita para o fruto, assim como testar tecnologias pós-colheita e de armazenamento em sua conservação. Foram realizados dois experimentos. O primeiro, objetivou a determinação do ponto de colheita onde os frutos foram colhidos em três diferentes estádios de maturação (imaturo, semi-maturo e maturo) e armazenados por oito dias. No segundo, foram testadas embalagens e temperaturas de armazenamento constituindo os seguintes tratamentos: T1 (sem embalagem a temperatura ambiente, 22 C); T2 (sem embalagem a 15 C); T3 (sem embalagem a 20 C); T4 (PET a temperatura ambiente, 22 C); T5 (PET a 15 C); T6 (PET a 20 C); T7 (PVC a temperatura ambiente, 22 C); T8 (PVC a 15 C); e T9 (PVC a 20 C). Os delineamentos utilizados foram inteiramente casualizados em arranjo fatorial. Os frutos foram analisados diariamente quanto a: perda de massa fresca, pH, teores de sólidos solúveis (SS), acidez titulável (AT), ácido ascórbico (AA), vitamina C total, carotenoides, antocianinas, clorofilas A e B, flavonoides e compostos fenólicos totais, assim como a atividade antioxidante (FRAP e DPPH) e o índice de maturação (SS/AT). No estádio semi-maturo houve uma maior conservação dos atributos de qualidade (SS, AT e menor perda de massa), assim como do teor de ácido ascórbico e da atividade antioxidante (FRAP). Os pigmentos carotenoides, flavonoides e antocianinas, assim como o teor de vitamina C apresentaram maiores conteúdos nos frutos colhidos maturos, sendo esse estádio considerado o indicado para a extração desses biocompostos funcionais. Esse ponto de colheita também correspondeu ao maior conteúdo médio de fenólicos totais e da atividade antioxidante (DPPH). Assim o melhor ponto de colheita para a extração de pigmentos e biocompostos antioxidantes do camu-camu é o estádio maturo. Quando a intenção for obter maior vida de prateleira, o melhor ponto de colheita é o semimaturo, por conservar os atributos qualitativos por mais tempo. No armazenamento pós-colheita do camu-camu concluiu-se que a melhor conservação dos atributos qualitativos e a melhor conservação dos pigmentos e biocompostos antioxidantes ocorreu quando os frutos foram armazenados a 15 C em conjunto com a bandeja de poliestireno expandido recoberta com filme de PVC. The camu-camu tree (Myrciaria dubia (Kunth) Mc Vaugh) is fruit-bearing tree belonging to the family Myrtaceae. It possesses economic potential for being concerned with the fruit of greatest amount of vitamin C, coming to reach 6.112 mg of ascorbic acid per 100 g-1 of pulp. It was aimed through the present wok to characterize the camu-camu fruit by detecting the best harvest date for the fruit as well as to test post-harvest and storage technologies in their conservation. Two experiments were conducted. The first one aimed at the determination of the harvest date where the fruits were collected at three different ripening stages (unripe, semiripe and ripe) and stored for eight days. In the second one, packages and storage temperatures constituting the following treatments were tested: T1 (with no package at room temperature, 22 C); T2 (with no package at 15 C); T3 (with no package at 20 C); T4 (PET at room temperature, 22 C); T5 (PET at 15 C); T6 (PET at 20 C); T7 (PVC at room temperature, 22 C); T8 (PVC at 15 C); and T9 (PVC at 20 C). The designs utilized were completely randomized in factorial arrangement. The fruit were analyzed daily as to: the loss of fresh mass, pH, contents of soluble solids (SS), titrable acidity (TA), ascorbic acid (AA), total vitamin C, carotenoids, anthocyanins, chlorophylls A e B, flavonoids and total phenolic compounds as well as the antioxidant activity (FRAP and DPPH) and the maturation index (SS/TA). At the semiripe stage, there was a greater conservation of the quality attributes (SS, TA and less mass loss) as well as of the ascorbic acid content and of the antioxidant activity (FRAP). The pigments carotenoides, flavonoids and anthocyanins as well as the content of vitamin C presented higher amounts in the fruit collected matures; that stage being regarded as the appropriate for the extraction of those functional biocompounds. That harvest date also corresponded to the highest average content of total phenolics and of the antioxidant activity (DPPH). So, the best harvest date for the extraction of both pigments and antioxidant biocompounds of camu-camu is the ripe stage. When the intention is obtaining longest shelf-life, the best harvest date is the semi-ripe, for conserving the qualitative attributes for longer. In the post-harvest storage of the camu-camu, it follows that the best conservation of the qualitative attributes and the best conservation of the pigments and antioxidant biocompounds occurred when the fruit were stored at 15 C jointly with the expanded polystyrene tray covered with PVC film. Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superiorhttp://www.bdtd.ufrr.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=157application/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRRinstname:Universidade Federal de Roraima (UFRR)instacron:UFRR2024-05-28T12:44:54Zoai:bdtd.ufrr.br:110Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.bdtd.ufrr.br/tde_busca/index.phpPUBhttp://www.bdtd.ufrr.br/tde_oai/oai3.phpbiblioteca.central@ufrr.br||biblioteca.central@ufrr.bropendoar:2013-07-05T11:30:31Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRR - Universidade Federal de Roraima (UFRR)false
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