A relação entre o apego do pai, o envolvimento paterno e a abertura ao mundo em pais de crianças entre 4 e 6 anos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Backes, Mariana Schubert
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/205170
Resumo: Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Florianópolis, 2018.
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spelling Universidade Federal de Santa CatarinaBackes, Mariana SchubertCrepaldi, Maria AparecidaVieira, Mauro Luís2020-03-31T13:29:49Z2020-03-31T13:29:49Z2018358961https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/205170Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Florianópolis, 2018.Na sociedade contemporânea o exercício da paternidade e o seu impacto no desenvolvimento infantil vem mobilizando estudiosos no mundo todo. Este estudo vem contribuir com o conhecimento na área. A presente pesquisa teve como objetivo relacionar o apego do pai, o envolvimento paterno e a abertura ao mundo em pais de crianças entre 4 e 6 anos. Trata-se de um estudo quantitativo, transversal, exploratório-descritivo e correlacional. Os resultados obtidos foram tabulados e submetidos a análises formais por meio do programa estatístico Statistical Package for Social Sciences (SPSS) - versão 18.0. Realizaram-se análise de dados com base em estatística descritiva e inferencial, a análise de cluster, o teste t e a análise de regressão logística. Os instrumentos utilizados foram: Questionário Sociodemográfico, Questionário de Engajamento Paterno (QEP), Questionário de Abertura ao Mundo (QOM) e Escala de Apego Adulto (EAA). Participaram da pesquisa 171 homens, com idade entre 19 e 59 anos, pais de crianças entre 4 e 6 anos de idade. Os critérios de inclusão foram: pais maiores de 18 anos e que tivessem morado ou convivido com a criança por, pelo menos, um ano. Os pais (pai e mãe), biológicos ou não, deveriam estar vivendo juntos por, pelo menos, seis meses. Foi incluído na amostra apenas o pai que, quando do nascimento da criança focal, já havia completado 18 anos. O presente estudo possibilitou compreender que, de forma geral, os pais com apego seguro envolvem-se de forma predominante em atividades de estímulo ao risco e em cuidados básicos com a criança do que os pais com apego inseguro, e essa diferença mostrou-se estatisticamente significativa. Por outro lado, os pais com perfil de apego inseguro relataram exercer mais punição (cuja diferença mostrou-se estatisticamente significativa) e suporte emocional do que os pais com apego seguro. A análise de regressão logística confirmou tais achados e encontrou que quando o pai possui um apego inseguro, há um aumento de 16% na probabilidade de ocorrência de punição por parte do pai, diminui em 11,3% a probabilidade de o pai realizar cuidados básicos e aumenta em 13,5% a probabilidade de ele fornecer suporte emocional ao filho. Verificou-se que quanto maior a jornada de trabalho do pai, menos ele se envolve com a criança, principalmente nas dimensões de suporte emocional e cuidados básicos. Também, constatou-se que quanto maior a escolaridade do pai, mais envolvido de forma geral ele é com seu filho. Este trabalho mostra como é fundamental aprofundar as investigações sobre a paternidade e suas particularidades, a fim de valorizar a participação do pai em diferentes contextos e contribuir com a prática de profissionais que trabalham com o tema, tanto no meio acadêmico como na assistência ou na clínica. Sugere-se a realização de pesquisas futuras que abordem diferentes métodos (observacional, longitudinal), diferentes configurações familiares, condições socioeconômicas e faixas etárias.Abstract : In the contemporary society the exercise of the paternity and its impact on child development has been mobilizing studies at a global level. This study comes to contribute with the knowledge in the area.This research aimed at relating parental emotional attachment, parental involvement and openness to the world among parents of children between 4 and 6 years. A quantitative, cross-sectional, exploratory-descriptive and correlational study. The results obtained were tabulated and subjected to formal analyzes by means of the statistical program Statistical Package for Social Sciences (SPSS) - version 18.0. The data analysis was carried out based on descriptive and inferential statistics, cluster analysis, t test and logistic regression analysis. The instruments used were: The sociodemographic Questionnaire, The Parental Involvement Questionnaire (PIQ), The World-Wide Openness Questionnaire (WWOQ) and the Adult Attachments Scale (AAS). Participants included 171 men aged between 19 and 59 years old, parents of children between 4 and 6 years of age. The inclusion criteria were: being parents over 18 years of age and currently living or lived with the child for at least one year. The parents (mother-father), biological or not, must have been living for at least six months. As mentioned, it was included in the sample only fathers who, at the birth of the child was already 18 years old. The present study made it possible to understand that in a general, parents with secure emotional attachment were predominantly involved in activities of risk stimulation and in basic care with the child when compared with care with insecure attachment, and that difference was statistically significant. On the other hand, parents with an insecure attachment profile reported exercising more punishment (whose difference was statistically significant) and emotional support from parents with secure attachment. The logistic regression analysis confirmed these findings and found that when the father has insecure attachment, there is a 16% increase in the probability of the father's punishment occurring, the father's probability of basic care decreases by 11.3% and increases in 13.5% the probability of him providing emotional support to the child. It was verified that the longer the workday of the father, the less he gets involved with the child, mainly in the dimensions of emotional support and basic care. Also, it was found that the greater the schooling of the father, the more involved they are in a general way, he would be with his son. This research shows how it is fundamental to deepen research on paternity and its particularities, in order to assess the participation of the father in different contexts and contribute to the practice of professionals working with the subject, both in the academic environment and in the assistance or in the clinic. It is suggested to conduct future research that addresses different methods (observational and longitudinal), different family configurations, socioeconomic conditions and age cycles.177 p.| il., gráfs., tabs.porPsicologiaPai e filhosCriançasA relação entre o apego do pai, o envolvimento paterno e a abertura ao mundo em pais de crianças entre 4 e 6 anosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALPPSI0823-T.pdfPPSI0823-T.pdfapplication/pdf1197640https://repositorio.ufsc.br/bitstream/123456789/205170/-1/PPSI0823-T.pdf2fef463065fcc5c8cc43d287500b4a63MD5-1123456789/2051702020-03-31 10:29:49.48oai:repositorio.ufsc.br:123456789/205170Repositório de PublicaçõesPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732020-03-31T13:29:49Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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