Variação linguística da Libras no contexto da educação de surdos
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFSC |
Texto Completo: | https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/190681 |
Resumo: | A presente pesquisa de mestrado tem por objetivo analisar como ocorre a difusão da Língua brasileira de sinais nos ambientes escolares, e se alunos do ensino fundamental apresentam variações linguísticas em seus discursos. Para tal, dividi a investigação em dois eixos: no primeiro eixo foram entrevistado s alunos de uma escola de surdos de Pelotas e alunos de uma escola com classes específicas de Rio Grande; no segundo, uma tradutora/intérprete da Libras de cada escola foi entrevistada. Metodologicamente a pesquisa se inscreveu em uma abordagem qualitativa. Inicialmente um instrumento piloto foi organizado com o intuito de analisar se as ferramentas metodológicos seriam suficientes para coletar os dados dos alunos, tendo em vista a necessidade de adequação e adaptação dos instrumentos frequentemente utilizados em pesquisas sociolinguísticas sobre variações linguísticas em línguas de sinais e os objetivos e características desta pesquisa. No seguimento da pesquisa, os dados dos alunos coletados nas escolas de surdos e com classes específicas foram analisados pelas tradutoras da Libras com a intenção de encontrar variações linguísticas. Os dados provenientes das entrevistas com as tradutoras da Libras foram por mim analisados e cruzados com os dados do primeiro eixo. Do cruzamento, podemos concluir que os alunos surdos utilizam-se de variantes linguísticas em seus discursos e que as tradutoras da Libras percebem essas variações como um processo natural que ocorre na Libras. Além disso, também foi perceptível que a escolha na utilização de uma determinada variante não acarreta nenhuma confusão para esses alunos, e que a criação de uma nova variante, se bem aceita pelo grupo, constitui-se como processo natural.Há, porém, resistência por parte dos professores em aprender sinais novos, segundo relatos das tradutoras, pois alguns professores já consideram difícil aprender a Libras e com tantas variações parece mais difícil ainda, demonstrando uma fragilidade linguística e cultural no ambiente escolar, pois as relações de poder na escolha de qual língua utilizar ainda giram em torno do português. |
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PEREIRA, Karina Ávila2018-10-19T02:03:37Z2018-10-19T02:03:37Z2011PEREIRA, Karina Ávila. Variação linguística da Libras no contexto da educação de surdos. 2011. 98 f. Dissertação (Mestrado em Programa de Pós-graduação em Educação). Universidade Federal de Pelotas. 2011. Orientadora: Dra. Madalena Kleinhttps://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/190681A presente pesquisa de mestrado tem por objetivo analisar como ocorre a difusão da Língua brasileira de sinais nos ambientes escolares, e se alunos do ensino fundamental apresentam variações linguísticas em seus discursos. Para tal, dividi a investigação em dois eixos: no primeiro eixo foram entrevistado s alunos de uma escola de surdos de Pelotas e alunos de uma escola com classes específicas de Rio Grande; no segundo, uma tradutora/intérprete da Libras de cada escola foi entrevistada. Metodologicamente a pesquisa se inscreveu em uma abordagem qualitativa. Inicialmente um instrumento piloto foi organizado com o intuito de analisar se as ferramentas metodológicos seriam suficientes para coletar os dados dos alunos, tendo em vista a necessidade de adequação e adaptação dos instrumentos frequentemente utilizados em pesquisas sociolinguísticas sobre variações linguísticas em línguas de sinais e os objetivos e características desta pesquisa. No seguimento da pesquisa, os dados dos alunos coletados nas escolas de surdos e com classes específicas foram analisados pelas tradutoras da Libras com a intenção de encontrar variações linguísticas. Os dados provenientes das entrevistas com as tradutoras da Libras foram por mim analisados e cruzados com os dados do primeiro eixo. Do cruzamento, podemos concluir que os alunos surdos utilizam-se de variantes linguísticas em seus discursos e que as tradutoras da Libras percebem essas variações como um processo natural que ocorre na Libras. Além disso, também foi perceptível que a escolha na utilização de uma determinada variante não acarreta nenhuma confusão para esses alunos, e que a criação de uma nova variante, se bem aceita pelo grupo, constitui-se como processo natural.Há, porém, resistência por parte dos professores em aprender sinais novos, segundo relatos das tradutoras, pois alguns professores já consideram difícil aprender a Libras e com tantas variações parece mais difícil ainda, demonstrando uma fragilidade linguística e cultural no ambiente escolar, pois as relações de poder na escolha de qual língua utilizar ainda giram em torno do português.UFPelBilinguismoInclusãoLibrasVariação linguísticaSurdoVariação linguística da Libras no contexto da educação de surdosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisporreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALPEREIRA Karina Ávila 2012 (dissertação) UFPel.pdfPEREIRA Karina Ávila 2012 (dissertação) UFPel.pdfapplication/pdf2971375https://repositorio.ufsc.br/bitstream/123456789/190681/3/PEREIRA%20Karina%20%c3%81vila%202012%20%28disserta%c3%a7%c3%a3o%29%20UFPel.pdf3ab21b80bc62e2273e754e524a607eb4MD53LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81383https://repositorio.ufsc.br/bitstream/123456789/190681/2/license.txt11ee89cd31d893362820eab7c4d46734MD52123456789/1906812018-11-27 23:08:32.639oai:repositorio.ufsc.br:123456789/190681Vm9jw6ogdGVtIGEgbGliZXJkYWRlIGRlOiBDb21wYXJ0aWxoYXIg4oCUIGNvcGlhciwgZGlzdHJpYnVpciBlIHRyYW5zbWl0aXIgYSBvYnJhLiBSZW1peGFyIOKAlCBjcmlhciBvYnJhcyBkZXJpdmFkYXMuClNvYiBhcyBzZWd1aW50ZXMgY29uZGnDp8O1ZXM6IEF0cmlidWnDp8OjbyDigJQgVm9jw6ogZGV2ZSBjcmVkaXRhciBhIG9icmEgZGEgZm9ybWEgZXNwZWNpZmljYWRhIHBlbG8gYXV0b3Igb3UgbGljZW5jaWFudGUgKG1hcyBuw6NvIGRlIG1hbmVpcmEgcXVlIHN1Z2lyYSBxdWUgZXN0ZXMgY29uY2VkZW0gcXVhbHF1ZXIgYXZhbCBhIHZvY8OqIG91IGFvIHNldSB1c28gZGEgb2JyYSkuIFVzbyBuw6NvLWNvbWVyY2lhbCDigJQgVm9jw6ogbsOjbyBwb2RlIHVzYXIgZXN0YSBvYnJhIHBhcmEgZmlucyBjb21lcmNpYWlzLgpGaWNhbmRvIGNsYXJvIHF1ZTogUmVuw7puY2lhIOKAlCBRdWFscXVlciBkYXMgY29uZGnDp8O1ZXMgYWNpbWEgcG9kZSBzZXIgcmVudW5jaWFkYSBzZSB2b2PDqiBvYnRpdmVyIHBlcm1pc3PDo28gZG8gdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMuIERvbcOtbmlvIFDDumJsaWNvIOKAlCBPbmRlIGEgb2JyYSBvdSBxdWFscXVlciBkZSBzZXVzIGVsZW1lbnRvcyBlc3RpdmVyIGVtIGRvbcOtbmlvIHDDumJsaWNvIHNvYiBvIGRpcmVpdG8gYXBsaWPDoXZlbCwgZXN0YSBjb25kacOnw6NvIG7Do28gw6ksIGRlIG1hbmVpcmEgYWxndW1hLCBhZmV0YWRhIHBlbGEgbGljZW7Dp2EuIE91dHJvcyBEaXJlaXRvcyDigJQgT3Mgc2VndWludGVzIGRpcmVpdG9zIG7Do28gc8OjbywgZGUgbWFuZWlyYSBhbGd1bWEsIGFmZXRhZG9zIHBlbGEgbGljZW7Dp2E6IExpbWl0YcOnw7VlcyBlIGV4Y2XDp8O1ZXMgYW9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIG91IHF1YWlzcXVlciB1c29zIGxpdnJlcyBhcGxpY8OhdmVpczsgT3MgZGlyZWl0b3MgbW9yYWlzIGRvIGF1dG9yOyBEaXJlaXRvcyBxdWUgb3V0cmFzIHBlc3NvYXMgcG9kZW0gdGVyIHNvYnJlIGEgb2JyYSBvdSBzb2JyZSBhIHV0aWxpemHDp8OjbyBkYSBvYnJhLCB0YWlzIGNvbW8gZGlyZWl0b3MgZGUgaW1hZ2VtIG91IHByaXZhY2lkYWRlLiBBdmlzbyDigJQgUGFyYSBxdWFscXVlciByZXV0aWxpemHDp8OjbyBvdSBkaXN0cmlidWnDp8Ojbywgdm9jw6ogZGV2ZSBkZWl4YXIgY2xhcm8gYSB0ZXJjZWlyb3Mgb3MgdGVybW9zIGRhIGxpY2Vuw6dhIGEgcXVlIHNlIGVuY29udHJhIHN1Ym1ldGlkYSBlc3RhIG9icmEuIEEgbWVsaG9yIG1hbmVpcmEgZGUgZmF6ZXIgaXNzbyDDqSBjb20gdW0gbGluayBwYXJhIGVzdGEgcMOhZ2luYS4KTGljZW7Dp2EgQ3JlYXRpdmUgQ29tbW9ucyAtIGh0dHA6Ly9jcmVhdGl2ZWNvbW1vbnMub3JnL2xpY2Vuc2VzL2J5LW5jLzMuMC9ici8KRepositório de PublicaçõesPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732018-11-28T01:08:32Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false |
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