MULHERES E PATRIARCADO: RELAÇÕES DE DEPENDÊNCIA E SUBMISSÃO NAS CASAS DE FARINHA DO AGRESTE ALAGOANO
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Data de Publicação: | 2012 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Sociais e Humanas |
Texto Completo: | http://periodicos.ufsm.br/sociaisehumanas/article/view/2850 |
Resumo: | Este estudo procurou analisar os aspectos do trabalho das mulheres nas casas de farinha do Agreste Alagoano que ainda reproduzem o padrão de dominação do patriarcado tradicional brasileiro. O patriarcado caracteriza-se pela extraordinária influência que exerce na organização social do Brasil desde a época da colonização até os dias atuais. O quadro teórico foi construído sobre divisão do trabalho sexual e divisão sexual do trabalho, patriarcado, mandioca e casas de farinha. A abordagem metodológica foi a pesquisa qualitativa e realizou-se um estudo de caso, delimitado pelo conjunto de casas de farinha localizadas no agreste alagoano. Os dados foram coletados por meio de entrevistas semi-estruturadas e observação direta e analisados a partir da técnica da análise de conteúdo. A dupla jornada de trabalho (casa de farinha e trabalhos domésticos), a baixa remuneração, as condições precarizadas de trabalho, o respeito e a lealdade à autoridade do dono da casa de farinha – como provedor de salário, comida, trabalho -, são algumas das condições que alimentam a exploração sob as quais as trabalhadoras estão submetidas. Nas casas de farinha estudadas, a divisão sexual do trabalho é aceita e naturalizada como resultado de diferenças físicas entre homens e mulheres. Os resultados mostraram que vários aspectos do trabalho das mulheres nas casas de farinha do Agreste Alagoano ainda reproduzem o padrão de dominação do patriarcado tradicional brasileiro. |
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