O vírus do Nilo Ocidental
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2009 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Ciência Rural |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-84782009000200048 |
Resumo: | O vírus do Nilo Ocidental (WNV) é um flavivírus que se mantém na natureza em ciclos alternados de infecção, em pássaros e mosquitos hematófagos, principalmente do gênero Culex. A infecção natural já foi demonstrada em mais de 200 espécies de aves, sendo que a susceptibilidade à infecção e à doença varia amplamente. Os corvídeos e os passeriformes são particularmente susceptíveis, desenvolvendo altos níveis de viremia e também elevada mortalidade. Ocasionalmente, a infecção pode ser transmitida para mamíferos pela picada de mosquitos que realizaram o repasto sangüíneo em aves virêmicas. Os humanos e os eqüinos estão entre os mamíferos mais susceptíveis e freqüentemente desenvolvem um quadro febril, que pode ser acompanhado de infecção neurológica e meningoencefalite fatal. A infecção pelo WNV, inicialmente identificada em Uganda (1937), durante décadas ficou restrita ao Norte da África, ao Oeste da Ásia, ao Oriente Médio e à Europa Mediterrânea, com relatos de casos isolados ou pequenos surtos de doença em humanos e eqüinos. Em 1999, o vírus foi introduzido em Nova Iorque, nos Estados Unidos, onde causou mortalidade de milhares de aves e infectou centenas de pessoas, levando 21 a óbito. A partir de então, a infecção se disseminou por praticamente todos os Estados norte-americanos, causando infecção e/ou doença em mais de 27 mil pessoas (1100 mortes), eqüinos (mais de 25.000 casos) e provocando mortalidade e redução da população de algumas espécies de aves silvestres. Evidências da infecção têm sido progressivamente detectadas em várias espécies animais no México, na América Central, no Caribe e no Norte da América do Sul, indicando a sua disseminação na direção sul. O WNV foi identificado como o agente de meningoencefalite fatal em três eqüinos na Argentina (2006), onde parece estar presente em pássaros nativos pelo menos desde 2005. Pesquisadores e autoridades sanitárias brasileiras da área humana e animal temem que a infecção seja introduzida no país, onde provavelmente encontraria condições ecológicas para a sua disseminação e manutenção. Este artigo apresenta uma breve revisão dos principais aspectos epidemiológicos e clínico-patológicos da infecção pelo WNV, com ênfase na infecção de humanos, aves e eqüinos. |
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