Avaliação do efeito reparativo e regenerativo da lL-4 no músculo isquêmico através da expansão de macrófagos residentes com fenótipo M2

• Autor(a) principal: Honda, Tâmisa Seeko Bandeira [UNIFESP]
• Data de Publicação: 2018
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UNIFESP
• Texto Completo: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=6575875; https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/53061
• topic: Macrófagos M2; Macrófagos residentes; Doença arterial periférica; Isquemia de membro; M2 macrophage; Resident macrophage,; Peripheral arterial disease,; Member ischemia

Introdução: A doença arterial periférica é causada pela obstrução das artérias dos membros inferiores, principalmente decorrente da aterosclerose. A inflamação inerente à aterosclerose e hipoperfusão possui em seu cerne um infiltrado monocítico/ macrofágico, que também está envolvido no processo de cicatrização e remodelamento vascular. A IL-4 é uma citocina anti-inflamatória capaz de polarizar os macrófagos para um fenótipo M2, evolvido com o reparo tecidual. Objetivo: Determinar se a administração da IL-4 após a isquemia é capaz de expandir macrófagos M2 e assim contribuir para a recuperação do músculo isquêmico. Métodos: A isquemia de membro foi induzida em camundongos Balb/c, machos com 10-12 semanas, por eletrocauterização da artéria femoral. Três dias após a isquemia, 50 μg do vetor uP-IL-4 foram eletroporados no músculo reto femoral. Os sangues e músculos foram coletados nos dias 2, 4, 7 e 14 para análise da expressão de IL-4 por ELISA e subpopulações de monócitos de macrófagos por citometria de fluxo. Semanalmente, mensuramos o fluxo sanguíneo por Laser Doppler e o grau de necrose do membro por escore visual. Ao final dos trinta dias, foi mensurada a força muscular do músculo gastrocnêmico e os músculos foram retirados para histologia. Os procedimentos foram aprovados pelo CEUA 2941120716. Resultados: Os animais tratados com o vetor uP-IL4 apresentaram maiores (p< 0,01) níveis de expressão dessa citocina no dia dois após tratamento. A elevada expressão de IL-4 pode ter contribuído para um menor grau de necrose das unhas e uma recuperação de 60% da capacidade de contratilidade muscular (p< 0,05) quando comparado aos animais isquêmicos. Morfologicamente, o músculo tratado com uP-IL4 apresentou menores quantidades de fibras em regeneração (p< 0,05) e tecido adiposo intramuscular (p< 0,001). No entanto não foi observada uma alteração significativa na deposição de colágeno. Quanto as subpopulações de monócitos, foi observado que a administração do uP-IL4 elevou significativamente (p< 0,01) os monócitos Ly6ChiCX3CR1low no dia 2 após o tratamento. Esse aumento foi acompanhado por uma redução (p< 0,01) dos monócitos Ly6ClowCX3CR1hi. Os macrófagos MHC+CD206- aparentemente não apresentaram efeitos resultantes do tratamento com uP-IL4. Todavia, os macrófagos MHC-CD206+ elevaram-se no dia 2. Conclusão: O tratamento com uP-IL4 expandiu e tornou precoce os macrófagos teciduais com fenótipo M2 e esse aumento melhorou a força muscular e os escores de necrose visual do músculo isquêmico.