Distúrbios Urinários no Climatério: Avaliação Clínica e Urodinâmica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sartori, João Paulo [UNIFESP]
Data de Publicação: 1999
Outros Autores: Kawakami, Fernando T. [UNIFESP], Sartori, Marair Gracio Ferreira [UNIFESP], Girão, Manoel João Batista Castello [UNIFESP], Baracat, Edmund Chada [UNIFESP], Lima, Geraldo R. de [UNIFESP]
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNIFESP
Texto Completo: http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/750
http://dx.doi.org/10.1590/S0100-72031999000200004
Resumo: Objetivos: avaliar a freqüência dos distúrbios urinários e a variação dos parâmetros urodinâmicos segundo o tempo de pós-menopausa. Métodos: foram estudadas 242 mulheres menopausadas atendidas nos Setores de Climatério e de Uroginecologia e Cirurgia Vaginal da Disciplina de Ginecologia da Escola Paulista de Medicina, UNIFESP, que apresentavam queixas urinárias. As pacientes foram agrupadas segundo o tempo de pós-menopausa em: grupo A - até 4 anos; grupo B - de 5 a 9 anos e grupo C - mais de 10 anos. Todas foram submetidas a anamnese, exame ginecológico e estudo urodinâmico. Analisamos a freqüência de alterações urinárias e a variação dos parâmetros urodinâmicos, como volume urinário (VOL); tempo total de micção (TTM); fluxos urinário máximo (FMAX) e médio (FM); resíduo pós-miccional (RES); capacidade vesical no primeiro desejo miccional (CV1D); capacidade vesical máxima (CVM); pressão máxima de fechamento uretral e comprimento funcional da uretra, com bexiga cheia e vazia (PMCH, PMV, CFUCH, CFV). Os dados foram analisados estatisticamente. Resultados: o diagnóstico clínico mais comum foi de incontinência urinária de esforço (IUE) nos três grupos, porém observou-se maior incidência de urgência miccional com o evoluir do tempo de pós-menopausa. Em relação ao diagnóstico urodinâmico, 93,6%, 84,6% e 90,7%, respectivamente, das pacientes dos grupos A, B e C apresentaram IUE, ao passo que 4,8%, 13,5% e 6,2% revelaram instabilidade vesical. Houve diminuição dos seguintes parâmetros urodinâmicos, segundo o tempo de pós-menopausa: TTM, FMAX e CV1D, além de aumento do resíduo pós-miccional. Conclusões: apesar da elevada incidência de sintomas urinários irritativos, como urgência incontinência, a IUE foi a principal afecção urinária nesta faixa etária.
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As pacientes foram agrupadas segundo o tempo de pós-menopausa em: grupo A - até 4 anos; grupo B - de 5 a 9 anos e grupo C - mais de 10 anos. Todas foram submetidas a anamnese, exame ginecológico e estudo urodinâmico. Analisamos a freqüência de alterações urinárias e a variação dos parâmetros urodinâmicos, como volume urinário (VOL); tempo total de micção (TTM); fluxos urinário máximo (FMAX) e médio (FM); resíduo pós-miccional (RES); capacidade vesical no primeiro desejo miccional (CV1D); capacidade vesical máxima (CVM); pressão máxima de fechamento uretral e comprimento funcional da uretra, com bexiga cheia e vazia (PMCH, PMV, CFUCH, CFV). Os dados foram analisados estatisticamente. Resultados: o diagnóstico clínico mais comum foi de incontinência urinária de esforço (IUE) nos três grupos, porém observou-se maior incidência de urgência miccional com o evoluir do tempo de pós-menopausa. Em relação ao diagnóstico urodinâmico, 93,6%, 84,6% e 90,7%, respectivamente, das pacientes dos grupos A, B e C apresentaram IUE, ao passo que 4,8%, 13,5% e 6,2% revelaram instabilidade vesical. Houve diminuição dos seguintes parâmetros urodinâmicos, segundo o tempo de pós-menopausa: TTM, FMAX e CV1D, além de aumento do resíduo pós-miccional. Conclusões: apesar da elevada incidência de sintomas urinários irritativos, como urgência incontinência, a IUE foi a principal afecção urinária nesta faixa etária.Purpose: to evaluate the frequency of urinary disorders and variation of the urodynamic parameters according to the time of post-menopause. Method: two hundred forty-two post-menopausal women with urinary complaints were studied at the Division of Gynecology, Escola Paulista de Medicina, UNIFESP. They were grouped according to the time of post-menopause: group A - up to 4 years; group B - 5 to 9 years and group C - more than 10 years. They were submitted to anamnesis, gynecological examination and urodynamic study. The frequency of urinary alterations and the variation of the urodynamic parameters were analyzed, such as voiding volume; flow time; maximum flow rate, average flow rate; residual urine; vesical capacity at the first desire to void; maximum bladder capacity; maximum urethral closure pressure and functional profile length, with full and empty bladder. The data were statistically analyzed. Results: the most common clinical diagnosis was stress urinary incontinence in the three groups, but the longer the time of post-menopause, the more frequently urinary urgency was observed. Regarding urodynamic diagnosis, 93.6%, 84.6% and 90.7% of the patients of the groups A, B and C, respectively, presented stress urinary incontinence, while 4.8%, 13.5% and 6.2% revealed detrusor instability. There was a decrease in the following urodynamic parameters, according to the time of post-menopause: flow time, maximum flow rate and vesical capacity at the first desire to void, and an increase of the residual urine. Conclusion: in spite of the high incidence of urinary symptoms such as urgency incontinence, stress urinary incontinence was the main urinary problem we have found in post-menopause.Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) Escola Paulista de Medicina Setor de Uroginecologia e Cirurgia VaginalUNIFESP, EPM, Setor de Uroginecologia e Cirurgia VaginalSciELO77-81porFederação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e ObstetríciaRevista Brasileira de Ginecologia e ObstetríciaClimatérioDistúrbios urináriosUrodinâmicaIncontinência urináriaMenopauseUrinary disordersUrodynamicsIncontinence, urinaryDistúrbios Urinários no Climatério: Avaliação Clínica e UrodinâmicaPostmenopausal Urinary Disorders: Clinical And Urodynamic Evaluationinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIFESPinstname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)instacron:UNIFESPORIGINALS0100-72031999000200004.pdfapplication/pdf561173${dspace.ui.url}/bitstream/11600/750/1/S0100-72031999000200004.pdfa981f0cd869a9a4ce8788a9d418aaf37MD51open accessTEXTS0100-72031999000200004.pdf.txtS0100-72031999000200004.pdf.txtExtracted texttext/plain21403${dspace.ui.url}/bitstream/11600/750/2/S0100-72031999000200004.pdf.txt811923462aec84db6556d3e7c92a1268MD52open access11600/7502021-09-30 11:01:06.744open accessoai:repositorio.unifesp.br:11600/750Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.unifesp.br/oai/requestopendoar:34652023-05-25T12:25:23.928594Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)false
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