Sling de aponeurose e com faixa sintética sem tensão para o tratamento cirúrgico da incontinência urinária de esforço feminina

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sartori, João Paulo [UNIFESP]
Data de Publicação: 2008
Outros Autores: Martins, José Antônio Moraes [UNIFESP], Castro, Rodrigo de Aquino [UNIFESP], Sartori, Marair Gracio Ferreira [UNIFESP], Girão, Manoel João Batista Castello [UNIFESP]
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNIFESP
Texto Completo: http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/4303
http://dx.doi.org/10.1590/S0100-72032008000300005
Resumo: OBJETIVO: comparar as cirurgias de sling de aponeurose e TVT (do inglês tension-free vaginal tape) para correção da incontinência urinária de esforço (IUE) quanto às taxas de cura subjetiva e objetiva, à mobilidade do colo vesical ao ultra-som, à variação do teste do absorvente, às alterações urodinâmicas e à incidência de complicações. MÉTODOS: foram selecionadas 80 pacientes com IUE. Destas, 61 foram operadas pela técnica de TVT e 19 por sling de aponeurose do reto abdominal. As médias de idade, índice de massa corpórea e paridade foram 50,1 anos, 29,7 kg/m² e 4,5 partos (mediana=3) para as pacientes com sling de aponeurose e de 51,7 anos, 28,1 kg/m² e 4,1 partos (mediana=3) para aquelas com TVT. Todas se submeteram a anamnese, exame físico, ultra-sonografia do colo vesical, teste do absorvente e estudo urodinâmico no pré-operatório e após, pelo menos, seis meses depois da cirurgia. Após 15 ou 19 meses e depois de cerca de quatro a cinco anos, foram novamente entrevistadas quanto aos resultados da cirurgia. RESULTADOS: quanto à avaliação subjetiva, após seis meses, julgaram-se curadas 96,7% das mulheres com TVT e 89,5% das com sling. Porém, após 15 a 19 meses, o Grupo TVT manteve a mesma taxa de cura subjetiva, enquanto que no Grupo Sling houve redução para 77,8%. Houve diminuição significativa da mobilidade do colo vesical, similar em ambos os grupos, e melhora no teste do absorvente. No final do estudo urodinâmico, foram classificadas como cura objetiva 93,4% das mulheres do Grupo TVT e 78,9% daquelas do Grupo Sling. O tempo médio de sondagem vesical foi maior no Grupo Sling. Observou-se retenção urinária em 42,1% dos casos de sling e em 9,8% de TVT. As taxas de cura tardia foram 90% para TVT e 55,6% para sling. CONCLUSÕES: a cirurgia de TVT propiciou melhor taxa de cura subjetiva após 15 ou 19 meses, porém, a taxa de cura objetiva foi igual em ambas as técnicas neste tempo. Entre as complicações detectadas, a retenção urinária no pós-operatório foi superior no Grupo Sling.
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spelling Sartori, João Paulo [UNIFESP]Martins, José Antônio Moraes [UNIFESP]Castro, Rodrigo de Aquino [UNIFESP]Sartori, Marair Gracio Ferreira [UNIFESP]Girão, Manoel João Batista Castello [UNIFESP]Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)2015-06-14T13:38:28Z2015-06-14T13:38:28Z2008-03-01Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia, v. 30, n. 3, p. 127-134, 2008.0100-7203http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/4303http://dx.doi.org/10.1590/S0100-72032008000300005S0100-72032008000300005.pdfS0100-7203200800030000510.1590/S0100-72032008000300005OBJETIVO: comparar as cirurgias de sling de aponeurose e TVT (do inglês tension-free vaginal tape) para correção da incontinência urinária de esforço (IUE) quanto às taxas de cura subjetiva e objetiva, à mobilidade do colo vesical ao ultra-som, à variação do teste do absorvente, às alterações urodinâmicas e à incidência de complicações. MÉTODOS: foram selecionadas 80 pacientes com IUE. Destas, 61 foram operadas pela técnica de TVT e 19 por sling de aponeurose do reto abdominal. As médias de idade, índice de massa corpórea e paridade foram 50,1 anos, 29,7 kg/m² e 4,5 partos (mediana=3) para as pacientes com sling de aponeurose e de 51,7 anos, 28,1 kg/m² e 4,1 partos (mediana=3) para aquelas com TVT. Todas se submeteram a anamnese, exame físico, ultra-sonografia do colo vesical, teste do absorvente e estudo urodinâmico no pré-operatório e após, pelo menos, seis meses depois da cirurgia. Após 15 ou 19 meses e depois de cerca de quatro a cinco anos, foram novamente entrevistadas quanto aos resultados da cirurgia. RESULTADOS: quanto à avaliação subjetiva, após seis meses, julgaram-se curadas 96,7% das mulheres com TVT e 89,5% das com sling. Porém, após 15 a 19 meses, o Grupo TVT manteve a mesma taxa de cura subjetiva, enquanto que no Grupo Sling houve redução para 77,8%. Houve diminuição significativa da mobilidade do colo vesical, similar em ambos os grupos, e melhora no teste do absorvente. No final do estudo urodinâmico, foram classificadas como cura objetiva 93,4% das mulheres do Grupo TVT e 78,9% daquelas do Grupo Sling. O tempo médio de sondagem vesical foi maior no Grupo Sling. Observou-se retenção urinária em 42,1% dos casos de sling e em 9,8% de TVT. As taxas de cura tardia foram 90% para TVT e 55,6% para sling. CONCLUSÕES: a cirurgia de TVT propiciou melhor taxa de cura subjetiva após 15 ou 19 meses, porém, a taxa de cura objetiva foi igual em ambas as técnicas neste tempo. Entre as complicações detectadas, a retenção urinária no pós-operatório foi superior no Grupo Sling.PURPOSE: to compare sling operations of aponeurosis and tension-free vaginal tape (TVT) for the correction of stress urinary incontinence (SUI) regarding: the rates of subjective and objective healing, the mobility of the bladder neck with ultrasonography, the variation of the absorbent test, the urodynamic alterations and the incidence of complications. METHODS: eighty patients with SUI were selected. Among them, 61 underwent a TVT surgery and 19, an abdominal rectum sling operation of aponeurosis. Average age, index of body mass and parity were 50.1 years old, 29.7 kg/m² and 4.1 deliveries (median=3) for the patients with aponeurosis sling, and 51.7 years old, 28.1 kg/m² and 4.1 deliveries (median=3) for the ones with TVT. All of them have undergone anamnesis, physical examination, bladder neck ultrasonography, absorbent test and urodynamic evaluation before and at least six months after the surgery. After 15 or 19 months and after about four or five years, they were again interviewed concerning the surgery results. RESULTS: after six months, 96.7% of the women with TVT and 89.5% of the ones with sling thought they were healed in the subjective evaluation. Nevertheless, after 15 to 19 months, the TVT Group kept the same subjective healing rate, while among the Sling Group the rate decreased to 77.8%. There was a significant decrease in the mobility of the neck bladder that was similar in both groups and an improvement in the absorbent test. At the end of the urodynamic study, 93.4% of the women from the TVT Group and 78.9% of the ones from the Sling Group were classified as having an objective healing. The average time of bladder probing was higher in the Sling Group. Urinary retention was observed in 42.1% of the sling cases and in 9.8% of the TVT's. The rates of late healing were 90% for TVT and 55.6% for sling. CONCLUSIONS: TVT surgery provided better subjective healing after 15 or 19 months, but the rate of objective healing was the same in both techniques at that time. Among the complications detected, the urinary retention was higher in the Sling Group, in the post-surgery period.Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) Departamento de GinecologiaUNIFESP, Depto. de GinecologiaSciELO127-134porFederação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e ObstetríciaRevista Brasileira de Ginecologia e ObstetríciaIncontinência urinária por estresseSlings suburetraisProcedimentos cirúrgicos urológicosProcedimentos cirúrgicos minimamente invasivosUrinary incontinence stressSuburethral slingsUrologic surgical proceduresSurgical procedures, minimally invasiveSling de aponeurose e com faixa sintética sem tensão para o tratamento cirúrgico da incontinência urinária de esforço femininaPubovaginal sling and tension-free vaginal tape for surgical treatment of stress urinary incontinence in womeninfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIFESPinstname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)instacron:UNIFESPORIGINALS0100-72032008000300005.pdfapplication/pdf551160${dspace.ui.url}/bitstream/11600/4303/1/S0100-72032008000300005.pdf5ba7f582e0e4ef7cc0acf45fbf028917MD51open accessTEXTS0100-72032008000300005.pdf.txtS0100-72032008000300005.pdf.txtExtracted texttext/plain45820${dspace.ui.url}/bitstream/11600/4303/2/S0100-72032008000300005.pdf.txt69490d1e85ebbba2e05bd960f4d3841cMD52open access11600/43032021-10-05 15:44:17.665open accessoai:repositorio.unifesp.br:11600/4303Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.unifesp.br/oai/requestopendoar:34652023-05-25T12:26:40.209994Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)false
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