Programa de triagem auditiva neonatal: associação entre perda auditiva e fatores de risco

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pereira, Priscila Karla Santana [UNIFESP]
Data de Publicação: 2007
Outros Autores: Martins, Adriana de Souza [UNIFESP], Vieira, Márcia Ribeiro [UNIFESP], Azevedo, Marisa Frasson de [UNIFESP]
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNIFESP
Texto Completo: http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/3908
http://dx.doi.org/10.1590/S0104-56872007000300005
Resumo: TEMA: perda auditiva em neonatos. OBJETIVOS: verificar a prevalência de alterações auditivas em neonatos do Hospital São Paulo, observando se há correlação com as variáveis: peso de nascimento, idade gestacional, relação peso e idade gestacional e fatores de risco para deficiência auditiva. MÉTODO: realizou-se uma análise retrospectiva dos prontuários de 1696 recém nascidos, sendo 648 nascidos pré-termo e 1048 a termo. Todas as crianças foram submetidas à avaliação audiológica constituída por pesquisa das emissões otoacústicas transientes e do reflexo cocleopalpebral e medidas de imitância acústica, estabelecendo-se o diagnóstico do tipo e grau de perda. RESULTADOS: a perda auditiva neurossensorial foi identificada em 0,82% das crianças nascidas a termo, e 3,1% das crianças pré-termo (com diferença estatisticamente significante). A perda auditiva condutiva foi a mais freqüente nas duas populações sendo observada em 14,6% das crianças nascidas a termo e 16,3% das crianças pré-termo. Houve suspeita de alterações do sistema auditivo central em 5,8% das crianças pré-termo e 3,3% das crianças a termo. Na população de crianças nascidas a termo, houve correlação significante entre falha na triagem auditiva e os riscos antecedente familiar e síndrome, sendo 37 vezes maior a chance de uma criança com síndrome falhar na triagem e sete vezes maior a chance de falhar na orelha direita quando esta tiver antecedente familiar de perda auditiva. Quanto menor a idade gestacional (< 30 semanas) e o peso ao nascimento (< 1500g), três vezes mais chance de falhar na triagem auditiva. CONCLUSÕES: houve maior ocorrência de perda auditiva nas crianças pré-termo de UTI neonatal. A idade gestacional e o peso de nascimento foram variáveis importantes relacionadas na probabilidade de falha na triagem auditiva. Houve correlação entre o fator de risco síndrome e a perda auditiva neurossensorial em crianças nascidas a termo.
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MÉTODO: realizou-se uma análise retrospectiva dos prontuários de 1696 recém nascidos, sendo 648 nascidos pré-termo e 1048 a termo. Todas as crianças foram submetidas à avaliação audiológica constituída por pesquisa das emissões otoacústicas transientes e do reflexo cocleopalpebral e medidas de imitância acústica, estabelecendo-se o diagnóstico do tipo e grau de perda. RESULTADOS: a perda auditiva neurossensorial foi identificada em 0,82% das crianças nascidas a termo, e 3,1% das crianças pré-termo (com diferença estatisticamente significante). A perda auditiva condutiva foi a mais freqüente nas duas populações sendo observada em 14,6% das crianças nascidas a termo e 16,3% das crianças pré-termo. Houve suspeita de alterações do sistema auditivo central em 5,8% das crianças pré-termo e 3,3% das crianças a termo. Na população de crianças nascidas a termo, houve correlação significante entre falha na triagem auditiva e os riscos antecedente familiar e síndrome, sendo 37 vezes maior a chance de uma criança com síndrome falhar na triagem e sete vezes maior a chance de falhar na orelha direita quando esta tiver antecedente familiar de perda auditiva. Quanto menor a idade gestacional (< 30 semanas) e o peso ao nascimento (< 1500g), três vezes mais chance de falhar na triagem auditiva. CONCLUSÕES: houve maior ocorrência de perda auditiva nas crianças pré-termo de UTI neonatal. A idade gestacional e o peso de nascimento foram variáveis importantes relacionadas na probabilidade de falha na triagem auditiva. Houve correlação entre o fator de risco síndrome e a perda auditiva neurossensorial em crianças nascidas a termo.BACKGROUND: hearing loss in newborns. Aim: to verify the prevalence of auditory alterations in newborns of Hospital São Paulo (hospital), observing if there are any correlations with the following variables: birth weight, gestational age, relation weight/gestational age and risk factors for hearing loss. METHOD: A retrospective analysis of the hospital records of 1696 newborns; 648 records of preterm infants and 1048 records of infants born at term. All of the infants had been submitted to an auditory evaluation consisting of: Transient Otoacoustic Emissions, investigation of the cochleal-palpebral reflexes and acoustic imittance tests, identifying the type and level of hearing loss. RESULTS: sensorineural hearing loss was identified in .82% of the infants who were born at term and in 3.1% of the preterm infants - with a statistically significant difference. Conductive hearing loss was the most frequent type of hearing loss in both groups, occurring in 14.6% of the term infants and in 16.3% of the preterm infants. Alteration of the central auditory system was considered as a possible diagnosis for 5.8% of the preterm infants and for 3.3% of the term infants. For the group of infants who were born at term, a significant correlation was observed between failure in the hearing screening test and the presence of risk factors such as family history and presence of a syndrome - the child who presented a syndrome had 37 times more chances of failing in the hearing screening test and seven times more chances of failing in the right ear when there was a family history for hearing loss. The lower the gestational age (< 30 weeks) and birth weight (< 1500g), the higher the chances of failing in the hearing screening test (3 times more). CONCLUSION: hearing loss had a higher occurrence in preterm infants who remained in the ICU. Gestational age and birth weight were important variables related to the possibility of failure in the hearing screening test. A correlation was observed between the presence of a syndrome and sensorineural hearing loss in infants who were born at term.Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Hospital das Clínicas de São PauloUNIFESP, EPMSciELO267-278porPró-Fono Produtos Especializados para Fonoaudiologia Ltda.Pró-Fono Revista de Atualização CientíficaPerda AuditivaTriagemFatores de RiscoPrevalênciaHearing LossScreningRisk FactorsPrevalencePrograma de triagem auditiva neonatal: associação entre perda auditiva e fatores de riscoNewborn hearing screening program: association between hearing loss and risk factorsinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIFESPinstname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)instacron:UNIFESPORIGINALS0104-56872007000300005.pdfapplication/pdf99393${dspace.ui.url}/bitstream/11600/3908/1/S0104-56872007000300005.pdf0f5955b01d3f3f1a08208966a811064dMD51open accessTEXTS0104-56872007000300005.pdf.txtS0104-56872007000300005.pdf.txtExtracted texttext/plain45444${dspace.ui.url}/bitstream/11600/3908/2/S0104-56872007000300005.pdf.txt82d7c2f48d1e8dcd02772cd3ca9ea09aMD52open access11600/39082022-07-08 10:33:30.173open accessoai:repositorio.unifesp.br:11600/3908Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.unifesp.br/oai/requestopendoar:34652023-05-25T12:18:58.016176Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)false
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