Membrana amniótica nas cirurgias reconstrutivas da superfície ocular nas ceratoconjuntivites cicatriciais
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Data de Publicação: | 1999 |
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Tipo de documento: | Artigo |
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Título da fonte: | Repositório Institucional da UNIFESP |
Texto Completo: | http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/836 http://dx.doi.org/10.1590/S0004-27491999000500004 |
Resumo: | Objetivo: A membrana amniótica tem se consolidado como útil adjuvante no tratamento de afecções da superfície ocular. Sua utilização baseia-se na capacidade de beneficiar o processo de epitelização, além de reduzir os processos inflamatório, angiogênico e cicatricial. O objetivo deste trabalho foi investigar a utilização da membrana amniótica como adjuvante no tratamento das ceratoconjuntivites cicatriciais. Métodos: A membrana amniótica foi captada a partir de parto cesárea e conservada em meio de preservação de córnea e glicerol 1:1 e conservada à -80ºC. Onze olhos de 10 pacientes portadores de ceratoconjuntivite cicatricial grave foram submetidos à cirurgia reconstrutiva da superfície ocular empregando membrana amniótica associada (8 casos) ou não (3 casos) a transplante de limbo e conjuntiva. Dos 10 pacientes, 3 tinham diagnóstico de síndrome de Stevens-Johnson (SSJ) (4 olhos), 6 queimadura ocular por álcali (6 olhos) e 1 trauma mecânico (1 olho). Resultados: O tempo médio de seguimento foi de 5,22 meses (variação entre 2 e 13 meses). Um caso de SSJ apresentou infecção pós-operatória e foi excluído da análise dos resultados. Dos outros 10 casos, obtivemos êxito na reconstrução da superfície ocular em 8 casos (80%). Insucesso foi observado em 2 casos de SSJ que apresentavam necrose de córnea no momento da cirurgia (20%). Em relação à acuidade visual, observamos que todos os pacientes apresentaram melhora ou manutenção da acuidade visual. Conclusões: O uso de membrana amniótica constitui uma opção alternativa de grande utilidade na reconstrução da superfície ocular dos casos graves de ceratoconjuntivites cicatriciais que não estejam apresentando necrose estromal. Estudos com maior casuística e tempo de seguimento são necessários para melhor avaliar esse procedimento. |
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Gomes, José Álvaro Pereira [UNIFESP]Komagome, Ciro M. [UNIFESP]Santos, Namir [UNIFESP]Chaves, Alessandra P. [UNIFESP]Cunha, Marcelo C. [UNIFESP]Freitas, Denise de [UNIFESP]Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)2015-06-14T13:24:56Z2015-06-14T13:24:56Z1999-10-01Arquivos Brasileiros de Oftalmologia. Conselho Brasileiro de Oftalmologia, v. 62, n. 5, p. 562-576, 1999.0004-2749http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/836http://dx.doi.org/10.1590/S0004-27491999000500004S0004-27491999000500004.pdfS0004-2749199900050000410.1590/S0004-27491999000500004Objetivo: A membrana amniótica tem se consolidado como útil adjuvante no tratamento de afecções da superfície ocular. Sua utilização baseia-se na capacidade de beneficiar o processo de epitelização, além de reduzir os processos inflamatório, angiogênico e cicatricial. O objetivo deste trabalho foi investigar a utilização da membrana amniótica como adjuvante no tratamento das ceratoconjuntivites cicatriciais. Métodos: A membrana amniótica foi captada a partir de parto cesárea e conservada em meio de preservação de córnea e glicerol 1:1 e conservada à -80ºC. Onze olhos de 10 pacientes portadores de ceratoconjuntivite cicatricial grave foram submetidos à cirurgia reconstrutiva da superfície ocular empregando membrana amniótica associada (8 casos) ou não (3 casos) a transplante de limbo e conjuntiva. Dos 10 pacientes, 3 tinham diagnóstico de síndrome de Stevens-Johnson (SSJ) (4 olhos), 6 queimadura ocular por álcali (6 olhos) e 1 trauma mecânico (1 olho). Resultados: O tempo médio de seguimento foi de 5,22 meses (variação entre 2 e 13 meses). Um caso de SSJ apresentou infecção pós-operatória e foi excluído da análise dos resultados. Dos outros 10 casos, obtivemos êxito na reconstrução da superfície ocular em 8 casos (80%). Insucesso foi observado em 2 casos de SSJ que apresentavam necrose de córnea no momento da cirurgia (20%). Em relação à acuidade visual, observamos que todos os pacientes apresentaram melhora ou manutenção da acuidade visual. Conclusões: O uso de membrana amniótica constitui uma opção alternativa de grande utilidade na reconstrução da superfície ocular dos casos graves de ceratoconjuntivites cicatriciais que não estejam apresentando necrose estromal. Estudos com maior casuística e tempo de seguimento são necessários para melhor avaliar esse procedimento.Purpose: Amniotic membrane has been consolidated as an useful adjunct in the treatment of ocular surface disorders. Its use is based on the ability to improve epithelial healing and to decrease inflammatory, angiogenic and cicatricial processes. The purpose of this study was to report the surgical outcome of human amniotic membrane use for surface reconstruction in ocular cicatricial diseases. Methods: Amniotic membrane was obtained at the time of cesarean section and was preserved at -80ºC in glycerol and cornea culture media at a ratio of 1:1. Eleven eyes of 10 patients underwent amniotic membrane transplantation, associated (8 eyes) or not (3 eyes) with corneal limbal graft. Ocular surface reconstruction was performed after chemical burns (6 eyes), trauma (1 eye) and Stevens-Johnson's syndrome (SJS) (4 eyes). Results: Mean follow-up time was 5.22 months (range, 2-13 months). One case of SSJ developed early postoperative infection and was excluded from the analysis. Successful ocular surface reconstruction was achieved in 8 eyes (80%). Surgical failure was observed in 2 cases of SJS who presented corneal melting at the time of surgery (20%). Conclusions: This study suggests that amniotic membrane transplantation is an effective alternative for surface reconstruction in stable ocular cicatricial diseases. Larger studies with longer follow-up are necessary to further analyse this procedure.Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) Depto. de OftalmologiaUNIFESP, Depto. de OftalmologiaSciELO562-576porConselho Brasileiro de OftalmologiaArquivos Brasileiros de OftalmologiaCeratoconjuntivite cicatricialMembrana amnióticaTransplante de limboCicatricial keratoconjunctivitisAmniotic membraneLimbal transplantationMembrana amniótica nas cirurgias reconstrutivas da superfície ocular nas ceratoconjuntivites cicatriciaisAmniotic membrane for ocular surface reconstruction in cicatricial keratoconjunctivitisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIFESPinstname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)instacron:UNIFESPORIGINALS0004-27491999000500004.pdfapplication/pdf3161450${dspace.ui.url}/bitstream/11600/836/1/S0004-27491999000500004.pdfbfd88349104698bb1eba0386a395d962MD51open accessTEXTS0004-27491999000500004.pdf.txtS0004-27491999000500004.pdf.txtExtracted texttext/plain38680${dspace.ui.url}/bitstream/11600/836/2/S0004-27491999000500004.pdf.txt39d002388a4a0419393043fc1727bb88MD52open access11600/8362022-02-07 21:51:36.098open accessoai:repositorio.unifesp.br:11600/836Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.unifesp.br/oai/requestopendoar:34652023-05-25T12:24:01.386262Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)false |
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Objetivo: A membrana amniótica tem se consolidado como útil adjuvante no tratamento de afecções da superfície ocular. Sua utilização baseia-se na capacidade de beneficiar o processo de epitelização, além de reduzir os processos inflamatório, angiogênico e cicatricial. O objetivo deste trabalho foi investigar a utilização da membrana amniótica como adjuvante no tratamento das ceratoconjuntivites cicatriciais. Métodos: A membrana amniótica foi captada a partir de parto cesárea e conservada em meio de preservação de córnea e glicerol 1:1 e conservada à -80ºC. Onze olhos de 10 pacientes portadores de ceratoconjuntivite cicatricial grave foram submetidos à cirurgia reconstrutiva da superfície ocular empregando membrana amniótica associada (8 casos) ou não (3 casos) a transplante de limbo e conjuntiva. Dos 10 pacientes, 3 tinham diagnóstico de síndrome de Stevens-Johnson (SSJ) (4 olhos), 6 queimadura ocular por álcali (6 olhos) e 1 trauma mecânico (1 olho). Resultados: O tempo médio de seguimento foi de 5,22 meses (variação entre 2 e 13 meses). Um caso de SSJ apresentou infecção pós-operatória e foi excluído da análise dos resultados. Dos outros 10 casos, obtivemos êxito na reconstrução da superfície ocular em 8 casos (80%). Insucesso foi observado em 2 casos de SSJ que apresentavam necrose de córnea no momento da cirurgia (20%). Em relação à acuidade visual, observamos que todos os pacientes apresentaram melhora ou manutenção da acuidade visual. Conclusões: O uso de membrana amniótica constitui uma opção alternativa de grande utilidade na reconstrução da superfície ocular dos casos graves de ceratoconjuntivites cicatriciais que não estejam apresentando necrose estromal. Estudos com maior casuística e tempo de seguimento são necessários para melhor avaliar esse procedimento. |
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