Perfil Biofísico Fetal na Ruptura Prematura das Membranas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Moraes, Vardeli Alves De
Data de Publicação: 2000
Outros Autores: Kulay Jr., Luis [UNIFESP], Bertini, Anna Maria [UNIFESP]
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNIFESP
Texto Completo: http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/965
http://dx.doi.org/10.1590/S0100-72032000000400003
Resumo: Objetivo: avaliar as modificações decorrentes da ruptura prematura das membranas sobre as variáveis do perfil biofísico fetal comparando-as às encontradas em gestantes com membranas íntegras. No grupo com ruptura prematura das membranas foi analisada, ainda, a associação das variáveis biofísicas com os índices de Apgar no 1º e 5º minutos e com a presença ou não de corioamnionite clínica e infecção neonatal. Pacientes e Métodos: em estudo prospectivo foram realizados 112 perfis biofísicos fetais em 60 gestantes com ruptura prematura das membranas entre a 28ª e a 40ª semana de gestação, sendo que apenas o último perfil biofísico fetal foi analisado e comparado com 60 perfis biofísicos fetais de gestantes com idades gestacionais idênticas às do grupo estudo e com membranas íntegras. Resultados: a análise estatística revelou que a ruptura prematura das membranas diminuiu a reatividade fetal, não interferiu nos movimentos corpóreos fetais, diminuiu a freqüência dos movimentos respiratórios fetais, não determinou modificações no tônus fetal e diminuiu consideravelmente o índice de líquido amniótico. Quanto à predição de corioamnionite e infecção neonatal, o perfil biofísico fetal não demonstrou ter validade estatisticamente significativa; no entanto, quando as variáveis biofísicas estavam presentes, ficou demonstrada de forma evidente a correlação com a ausência de corioamnionite e infecção neonatal. O resultado do último perfil biofísico fetal associou-se significativamente com o índice de Apgar no 5º minuto. Conclusão: o perfil biofísico fetal deve ser utilizado rotineiramente em gestantes com ruptura prematura das membranas com o propósito de se avaliar a vitalidade fetal e para se detectarem os fetos com menor probabilidade de infecção, principalmente aqueles com idades gestacionais abaixo da 34ª semana, nos quais se toma a conduta conservadora.
id UFSP_2bdd0134b33bd7cce0aeae058ccceaf1
oai_identifier_str oai:repositorio.unifesp.br:11600/965
network_acronym_str UFSP
network_name_str Repositório Institucional da UNIFESP
repository_id_str 3465
spelling Moraes, Vardeli Alves DeKulay Jr., Luis [UNIFESP]Bertini, Anna Maria [UNIFESP]Universidade Federal de Goiás Faculdade de Medicina Departamento de Ginecologia e ObstetríciaUniversidade Federal de São Paulo (UNIFESP)2015-06-14T13:25:03Z2015-06-14T13:25:03Z2000-05-01Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia, v. 22, n. 4, p. 201-208, 2000.0100-7203http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/965http://dx.doi.org/10.1590/S0100-72032000000400003S0100-72032000000400003.pdfS0100-7203200000040000310.1590/S0100-72032000000400003Objetivo: avaliar as modificações decorrentes da ruptura prematura das membranas sobre as variáveis do perfil biofísico fetal comparando-as às encontradas em gestantes com membranas íntegras. No grupo com ruptura prematura das membranas foi analisada, ainda, a associação das variáveis biofísicas com os índices de Apgar no 1º e 5º minutos e com a presença ou não de corioamnionite clínica e infecção neonatal. Pacientes e Métodos: em estudo prospectivo foram realizados 112 perfis biofísicos fetais em 60 gestantes com ruptura prematura das membranas entre a 28ª e a 40ª semana de gestação, sendo que apenas o último perfil biofísico fetal foi analisado e comparado com 60 perfis biofísicos fetais de gestantes com idades gestacionais idênticas às do grupo estudo e com membranas íntegras. Resultados: a análise estatística revelou que a ruptura prematura das membranas diminuiu a reatividade fetal, não interferiu nos movimentos corpóreos fetais, diminuiu a freqüência dos movimentos respiratórios fetais, não determinou modificações no tônus fetal e diminuiu consideravelmente o índice de líquido amniótico. Quanto à predição de corioamnionite e infecção neonatal, o perfil biofísico fetal não demonstrou ter validade estatisticamente significativa; no entanto, quando as variáveis biofísicas estavam presentes, ficou demonstrada de forma evidente a correlação com a ausência de corioamnionite e infecção neonatal. O resultado do último perfil biofísico fetal associou-se significativamente com o índice de Apgar no 5º minuto. Conclusão: o perfil biofísico fetal deve ser utilizado rotineiramente em gestantes com ruptura prematura das membranas com o propósito de se avaliar a vitalidade fetal e para se detectarem os fetos com menor probabilidade de infecção, principalmente aqueles com idades gestacionais abaixo da 34ª semana, nos quais se toma a conduta conservadora.Purpose: to evaluate the modifications due to premature rupture of the membranes of variables of the fetal biophysical profile, comparing them to the ones found in pregnant women with intact membranes. In the group with premature rupture of the membranes, the association of biophysical variables with the Apgar score at the first and fifth minutes and with the occurrence or not of clinical chorioamnionitis and neonatal infection was analyzed. Patients and Methods: in a prospective study, 112 fetal biophysical profiles were established in 60 pregnant women with premature rupture of the membranes at a period between the 28th and the 40th week of pregnancy, and only the last fetal biophysical profile was analyzed and compared to other 60 fetal biophysical profiles of pregnant women with gestational ages identical to the group of study and with intact membranes. Results: statistical analysis of the results revealed that the premature rupture of the membranes diminished the reactivity, not interfering with the body movements of the fetus. It also diminished the frequency of the respiratory movements of the fetus, not determining modifications of the fetal tonus, and considerably decreasing the amniotic fluid index. In terms of prediction of chorioamnionitis and neonatal infection, the fetal biophysical profile did not show any significant statistic validity; however, when the biophysical variables were present, the correlation with the absence of chorioamnionitis and neonatal infection was clearly shown. The result of the last fetal biophysical profile was strongly associated with the Apgar score at the 5th minute. Conclusion: the fetal biophysical profile should be used routinely in pregnant women with premature rupture of the membranes with the purpose of evaluating fetal vitality, and in order to detect those fetuses at a higher risk of infection, specially those with gestational ages of less than 34 weeks. Regarding those fetuses it is best to use a conservative approach.Universidade Federal de Goiás Faculdade de Medicina Departamento de Ginecologia e ObstetríciaUniversidade Federal de São Paulo (UNIFESP) Escola Paulista de Medicina Disciplina de ObstetríciaUNIFESP, EPM, Disciplina de ObstetríciaSciELO201-208porFederação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e ObstetríciaRevista Brasileira de Ginecologia e ObstetríciaVitalidade fetalPerfil biofísico fetalRuptura prematura das membranasFetal vitalityFetal biophysical profilePremature rupture of the membranesPerfil Biofísico Fetal na Ruptura Prematura das MembranasFetal Biophysical Profile in Premature Rupture of the Membranesinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIFESPinstname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)instacron:UNIFESPORIGINALS0100-72032000000400003.pdfapplication/pdf274960${dspace.ui.url}/bitstream/11600/965/1/S0100-72032000000400003.pdfc94808f3d3c08513dc5dc2f9f732dadbMD51open accessTEXTS0100-72032000000400003.pdf.txtS0100-72032000000400003.pdf.txtExtracted texttext/plain36025${dspace.ui.url}/bitstream/11600/965/2/S0100-72032000000400003.pdf.txta4966e5c217210da6c8ef12961bd2297MD52open access11600/9652022-02-08 12:46:02.95open accessoai:repositorio.unifesp.br:11600/965Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.unifesp.br/oai/requestopendoar:34652023-05-25T12:11:54.661456Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)false
dc.title.pt.fl_str_mv Perfil Biofísico Fetal na Ruptura Prematura das Membranas
dc.title.alternative.en.fl_str_mv Fetal Biophysical Profile in Premature Rupture of the Membranes
title Perfil Biofísico Fetal na Ruptura Prematura das Membranas
spellingShingle Perfil Biofísico Fetal na Ruptura Prematura das Membranas
Moraes, Vardeli Alves De
Vitalidade fetal
Perfil biofísico fetal
Ruptura prematura das membranas
Fetal vitality
Fetal biophysical profile
Premature rupture of the membranes
title_short Perfil Biofísico Fetal na Ruptura Prematura das Membranas
title_full Perfil Biofísico Fetal na Ruptura Prematura das Membranas
title_fullStr Perfil Biofísico Fetal na Ruptura Prematura das Membranas
title_full_unstemmed Perfil Biofísico Fetal na Ruptura Prematura das Membranas
title_sort Perfil Biofísico Fetal na Ruptura Prematura das Membranas
author Moraes, Vardeli Alves De
author_facet Moraes, Vardeli Alves De
Kulay Jr., Luis [UNIFESP]
Bertini, Anna Maria [UNIFESP]
author_role author
author2 Kulay Jr., Luis [UNIFESP]
Bertini, Anna Maria [UNIFESP]
author2_role author
author
dc.contributor.institution.none.fl_str_mv Universidade Federal de Goiás Faculdade de Medicina Departamento de Ginecologia e Obstetrícia
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
dc.contributor.author.fl_str_mv Moraes, Vardeli Alves De
Kulay Jr., Luis [UNIFESP]
Bertini, Anna Maria [UNIFESP]
dc.subject.por.fl_str_mv Vitalidade fetal
Perfil biofísico fetal
Ruptura prematura das membranas
topic Vitalidade fetal
Perfil biofísico fetal
Ruptura prematura das membranas
Fetal vitality
Fetal biophysical profile
Premature rupture of the membranes
dc.subject.eng.fl_str_mv Fetal vitality
Fetal biophysical profile
Premature rupture of the membranes
description Objetivo: avaliar as modificações decorrentes da ruptura prematura das membranas sobre as variáveis do perfil biofísico fetal comparando-as às encontradas em gestantes com membranas íntegras. No grupo com ruptura prematura das membranas foi analisada, ainda, a associação das variáveis biofísicas com os índices de Apgar no 1º e 5º minutos e com a presença ou não de corioamnionite clínica e infecção neonatal. Pacientes e Métodos: em estudo prospectivo foram realizados 112 perfis biofísicos fetais em 60 gestantes com ruptura prematura das membranas entre a 28ª e a 40ª semana de gestação, sendo que apenas o último perfil biofísico fetal foi analisado e comparado com 60 perfis biofísicos fetais de gestantes com idades gestacionais idênticas às do grupo estudo e com membranas íntegras. Resultados: a análise estatística revelou que a ruptura prematura das membranas diminuiu a reatividade fetal, não interferiu nos movimentos corpóreos fetais, diminuiu a freqüência dos movimentos respiratórios fetais, não determinou modificações no tônus fetal e diminuiu consideravelmente o índice de líquido amniótico. Quanto à predição de corioamnionite e infecção neonatal, o perfil biofísico fetal não demonstrou ter validade estatisticamente significativa; no entanto, quando as variáveis biofísicas estavam presentes, ficou demonstrada de forma evidente a correlação com a ausência de corioamnionite e infecção neonatal. O resultado do último perfil biofísico fetal associou-se significativamente com o índice de Apgar no 5º minuto. Conclusão: o perfil biofísico fetal deve ser utilizado rotineiramente em gestantes com ruptura prematura das membranas com o propósito de se avaliar a vitalidade fetal e para se detectarem os fetos com menor probabilidade de infecção, principalmente aqueles com idades gestacionais abaixo da 34ª semana, nos quais se toma a conduta conservadora.
publishDate 2000
dc.date.issued.fl_str_mv 2000-05-01
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2015-06-14T13:25:03Z
dc.date.available.fl_str_mv 2015-06-14T13:25:03Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia, v. 22, n. 4, p. 201-208, 2000.
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/965
http://dx.doi.org/10.1590/S0100-72032000000400003
dc.identifier.issn.none.fl_str_mv 0100-7203
dc.identifier.file.none.fl_str_mv S0100-72032000000400003.pdf
dc.identifier.scielo.none.fl_str_mv S0100-72032000000400003
dc.identifier.doi.none.fl_str_mv 10.1590/S0100-72032000000400003
identifier_str_mv Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia, v. 22, n. 4, p. 201-208, 2000.
0100-7203
S0100-72032000000400003.pdf
S0100-72032000000400003
10.1590/S0100-72032000000400003
url http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/965
http://dx.doi.org/10.1590/S0100-72032000000400003
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.ispartof.none.fl_str_mv Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv 201-208
dc.publisher.none.fl_str_mv Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia
publisher.none.fl_str_mv Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UNIFESP
instname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
instacron:UNIFESP
instname_str Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
instacron_str UNIFESP
institution UNIFESP
reponame_str Repositório Institucional da UNIFESP
collection Repositório Institucional da UNIFESP
bitstream.url.fl_str_mv ${dspace.ui.url}/bitstream/11600/965/1/S0100-72032000000400003.pdf
${dspace.ui.url}/bitstream/11600/965/2/S0100-72032000000400003.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv c94808f3d3c08513dc5dc2f9f732dadb
a4966e5c217210da6c8ef12961bd2297
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1783460261705809920