Expansibilidade torácica na avaliação do volume corrente em recém-nascidos prematuros ventilados

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Scavacini, Ana Sílvia [UNIFESP]
Data de Publicação: 2007
Outros Autores: Miyoshi, Milton Harumi [UNIFESP], Kopelman, Benjamin Israel [UNIFESP], Peres, Clovis de Araujo [UNIFESP]
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNIFESP
Texto Completo: http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/3861
http://dx.doi.org/10.2223/JPED.1677
Resumo: OBJETIVOS: Avaliar se a observação clínica da expansibilidade torácica prediz o volume corrente em neonatos sob ventilação mecânica e se a experiência do examinador interfere no resultado. MÉTODOS: Estudo observacional que incluiu médicos de baixa experiência (1º ano de residência em pediatria), moderada experiência (2º ano de residência em pediatria, 1º ano de especialização em neonatologia ou em terapia intensiva pediátrica) e experientes (2º ano de especialização em neonatologia, pós-graduandos ou assistentes com experiência mínima de 4 anos em neonatologia). Estes observaram a expansibilidade torácica de recém-nascidos em ventilação mecânica e responderam qual o volume corrente fornecido aos bebês. O volume corrente ofertado foi calculado, indexado ao peso atual do paciente e considerado adequado se entre 4-6 mL/kg, insuficiente se abaixo de 4 mL/kg e excessivo se acima de 6 mL/kg. Para análise dos resultados, foi utilizado o qui-quadrado. RESULTADOS: Foram realizadas 111 avaliações em 21 recém-nascidos, e as respostas fornecidas concordaram com o volume mensurado em 23,1, 41,3 e 65,7% para os médicos de baixa, moderada experiência e experientes, respectivamente. Esses resultados evidenciam que os três grupos não são estatisticamente iguais (p = 0,013) e que o grupo de médicos experientes apresenta maior concordância que os de baixa e moderada experiência (p = 0,007). CONCLUSÃO: A análise clínica da expansibilidade torácica realizada por médicos de baixa e moderada experiência apresenta pouca concordância com o volume corrente ofertado aos recém-nascidos em ventilação mecânica. Embora a experiência dos médicos tenha resultado em maior concordância, a expansibilidade torácica deve ser interpretada com cautela.
id UFSP_46546ccc09b56a1a25292097c5f50022
oai_identifier_str oai:repositorio.unifesp.br:11600/3861
network_acronym_str UFSP
network_name_str Repositório Institucional da UNIFESP
repository_id_str 3465
spelling Scavacini, Ana Sílvia [UNIFESP]Miyoshi, Milton Harumi [UNIFESP]Kopelman, Benjamin Israel [UNIFESP]Peres, Clovis de Araujo [UNIFESP]Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Universidade de São Paulo (USP)2015-06-14T13:37:03Z2015-06-14T13:37:03Z2007-08-01Jornal de Pediatria. Sociedade Brasileira de Pediatria, v. 83, n. 4, p. 329-334, 2007.0021-7557http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/3861http://dx.doi.org/10.2223/JPED.1677S0021-75572007000500008.pdfS0021-7557200700050000810.2223/JPED.1677WOS:000254506500008OBJETIVOS: Avaliar se a observação clínica da expansibilidade torácica prediz o volume corrente em neonatos sob ventilação mecânica e se a experiência do examinador interfere no resultado. MÉTODOS: Estudo observacional que incluiu médicos de baixa experiência (1º ano de residência em pediatria), moderada experiência (2º ano de residência em pediatria, 1º ano de especialização em neonatologia ou em terapia intensiva pediátrica) e experientes (2º ano de especialização em neonatologia, pós-graduandos ou assistentes com experiência mínima de 4 anos em neonatologia). Estes observaram a expansibilidade torácica de recém-nascidos em ventilação mecânica e responderam qual o volume corrente fornecido aos bebês. O volume corrente ofertado foi calculado, indexado ao peso atual do paciente e considerado adequado se entre 4-6 mL/kg, insuficiente se abaixo de 4 mL/kg e excessivo se acima de 6 mL/kg. Para análise dos resultados, foi utilizado o qui-quadrado. RESULTADOS: Foram realizadas 111 avaliações em 21 recém-nascidos, e as respostas fornecidas concordaram com o volume mensurado em 23,1, 41,3 e 65,7% para os médicos de baixa, moderada experiência e experientes, respectivamente. Esses resultados evidenciam que os três grupos não são estatisticamente iguais (p = 0,013) e que o grupo de médicos experientes apresenta maior concordância que os de baixa e moderada experiência (p = 0,007). CONCLUSÃO: A análise clínica da expansibilidade torácica realizada por médicos de baixa e moderada experiência apresenta pouca concordância com o volume corrente ofertado aos recém-nascidos em ventilação mecânica. Embora a experiência dos médicos tenha resultado em maior concordância, a expansibilidade torácica deve ser interpretada com cautela.OBJECTIVES: To investigate whether clinical observation of chest expansion predicts tidal volume in neonates on mechanical ventilation and whether observer experience interferes with results. METHODS: An observational study that enrolled less experienced physicians in the first year of pediatric residency, moderately experienced (second year pediatric residency, first year of neonatology or pediatric intensive care specialization) or who were already experienced (second year neonatology specialization, graduate students or primary physician supervisors with minimum experience of 4 years in neonatology). These professionals observed the chest expansion of newborn infants on mechanical ventilation and estimated the tidal volume being supplied to the babies. True tidal volume given was calculated, indexed by the patient's current weight, and considered adequate between 4 and 6 mL/kg, insufficient below 4 mL/kg and excessive over 6 mL/kg. Results were analyzed using chi-square test. RESULTS: One hundred and eleven assessments were carried out with 21 newborn infants and the estimates given were in agreement with measured volume in 23.1, 41.3 and 65.7% for less, moderately and experienced physicians, respectively. These results are evidence that the three groups are not statistically equal (p = 0.013) and that the group of fully-experienced physicians have a better level of agreement than those with little or moderate experience (p = 0.007). CONCLUSIONS: Clinical analysis of chest expansion by physicians with less or moderate experience exhibit a low level of agreement with the tidal volume given to newborn infants on mechanical ventilation. Although increased experience did result in higher levels of agreement, chest expansion must still be interpreted with caution.Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)UNIFESP Departamento de PediatriaUniversidade de São PauloUNIFESP, Depto. de PediatriaSciELO329-334porSociedade Brasileira de PediatriaJornal de PediatriaRecém-nascido prematuroventilação mecânicavolume correnteexpansibilidade torácicalesão pulmonarvolutraumadisplasia broncopulmonarPremature neonatesmechanical ventilationtidal volumechest expansionlung injuryvolutraumabronchopulmonary dysplasiaExpansibilidade torácica na avaliação do volume corrente em recém-nascidos prematuros ventiladosChest expansion for assessing tidal volume in premature newborn infants on ventilatorsinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIFESPinstname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)instacron:UNIFESPORIGINALS0021-75572007000500008.pdfapplication/pdf183424${dspace.ui.url}/bitstream/11600/3861/1/S0021-75572007000500008.pdf683b4a318356621eb4ccc4aea72d97a5MD51open accessTEXTS0021-75572007000500008.pdf.txtS0021-75572007000500008.pdf.txtExtracted texttext/plain25772${dspace.ui.url}/bitstream/11600/3861/21/S0021-75572007000500008.pdf.txt0c4b211512891bac83d03b222b701c00MD521open accessTHUMBNAILS0021-75572007000500008.pdf.jpgS0021-75572007000500008.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg6106${dspace.ui.url}/bitstream/11600/3861/23/S0021-75572007000500008.pdf.jpg8afeec2b6829d10012a17035ec8e9f3bMD523open access11600/38612023-06-05 20:06:51.398open accessoai:repositorio.unifesp.br:11600/3861Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.unifesp.br/oai/requestopendoar:34652023-06-05T23:06:51Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)false
dc.title.pt.fl_str_mv Expansibilidade torácica na avaliação do volume corrente em recém-nascidos prematuros ventilados
dc.title.alternative.en.fl_str_mv Chest expansion for assessing tidal volume in premature newborn infants on ventilators
title Expansibilidade torácica na avaliação do volume corrente em recém-nascidos prematuros ventilados
spellingShingle Expansibilidade torácica na avaliação do volume corrente em recém-nascidos prematuros ventilados
Scavacini, Ana Sílvia [UNIFESP]
Recém-nascido prematuro
ventilação mecânica
volume corrente
expansibilidade torácica
lesão pulmonar
volutrauma
displasia broncopulmonar
Premature neonates
mechanical ventilation
tidal volume
chest expansion
lung injury
volutrauma
bronchopulmonary dysplasia
title_short Expansibilidade torácica na avaliação do volume corrente em recém-nascidos prematuros ventilados
title_full Expansibilidade torácica na avaliação do volume corrente em recém-nascidos prematuros ventilados
title_fullStr Expansibilidade torácica na avaliação do volume corrente em recém-nascidos prematuros ventilados
title_full_unstemmed Expansibilidade torácica na avaliação do volume corrente em recém-nascidos prematuros ventilados
title_sort Expansibilidade torácica na avaliação do volume corrente em recém-nascidos prematuros ventilados
author Scavacini, Ana Sílvia [UNIFESP]
author_facet Scavacini, Ana Sílvia [UNIFESP]
Miyoshi, Milton Harumi [UNIFESP]
Kopelman, Benjamin Israel [UNIFESP]
Peres, Clovis de Araujo [UNIFESP]
author_role author
author2 Miyoshi, Milton Harumi [UNIFESP]
Kopelman, Benjamin Israel [UNIFESP]
Peres, Clovis de Araujo [UNIFESP]
author2_role author
author
author
dc.contributor.institution.none.fl_str_mv Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Universidade de São Paulo (USP)
dc.contributor.author.fl_str_mv Scavacini, Ana Sílvia [UNIFESP]
Miyoshi, Milton Harumi [UNIFESP]
Kopelman, Benjamin Israel [UNIFESP]
Peres, Clovis de Araujo [UNIFESP]
dc.subject.por.fl_str_mv Recém-nascido prematuro
ventilação mecânica
volume corrente
expansibilidade torácica
lesão pulmonar
volutrauma
displasia broncopulmonar
topic Recém-nascido prematuro
ventilação mecânica
volume corrente
expansibilidade torácica
lesão pulmonar
volutrauma
displasia broncopulmonar
Premature neonates
mechanical ventilation
tidal volume
chest expansion
lung injury
volutrauma
bronchopulmonary dysplasia
dc.subject.eng.fl_str_mv Premature neonates
mechanical ventilation
tidal volume
chest expansion
lung injury
volutrauma
bronchopulmonary dysplasia
description OBJETIVOS: Avaliar se a observação clínica da expansibilidade torácica prediz o volume corrente em neonatos sob ventilação mecânica e se a experiência do examinador interfere no resultado. MÉTODOS: Estudo observacional que incluiu médicos de baixa experiência (1º ano de residência em pediatria), moderada experiência (2º ano de residência em pediatria, 1º ano de especialização em neonatologia ou em terapia intensiva pediátrica) e experientes (2º ano de especialização em neonatologia, pós-graduandos ou assistentes com experiência mínima de 4 anos em neonatologia). Estes observaram a expansibilidade torácica de recém-nascidos em ventilação mecânica e responderam qual o volume corrente fornecido aos bebês. O volume corrente ofertado foi calculado, indexado ao peso atual do paciente e considerado adequado se entre 4-6 mL/kg, insuficiente se abaixo de 4 mL/kg e excessivo se acima de 6 mL/kg. Para análise dos resultados, foi utilizado o qui-quadrado. RESULTADOS: Foram realizadas 111 avaliações em 21 recém-nascidos, e as respostas fornecidas concordaram com o volume mensurado em 23,1, 41,3 e 65,7% para os médicos de baixa, moderada experiência e experientes, respectivamente. Esses resultados evidenciam que os três grupos não são estatisticamente iguais (p = 0,013) e que o grupo de médicos experientes apresenta maior concordância que os de baixa e moderada experiência (p = 0,007). CONCLUSÃO: A análise clínica da expansibilidade torácica realizada por médicos de baixa e moderada experiência apresenta pouca concordância com o volume corrente ofertado aos recém-nascidos em ventilação mecânica. Embora a experiência dos médicos tenha resultado em maior concordância, a expansibilidade torácica deve ser interpretada com cautela.
publishDate 2007
dc.date.issued.fl_str_mv 2007-08-01
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2015-06-14T13:37:03Z
dc.date.available.fl_str_mv 2015-06-14T13:37:03Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv Jornal de Pediatria. Sociedade Brasileira de Pediatria, v. 83, n. 4, p. 329-334, 2007.
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/3861
http://dx.doi.org/10.2223/JPED.1677
dc.identifier.issn.none.fl_str_mv 0021-7557
dc.identifier.file.none.fl_str_mv S0021-75572007000500008.pdf
dc.identifier.scielo.none.fl_str_mv S0021-75572007000500008
dc.identifier.doi.none.fl_str_mv 10.2223/JPED.1677
dc.identifier.wos.none.fl_str_mv WOS:000254506500008
identifier_str_mv Jornal de Pediatria. Sociedade Brasileira de Pediatria, v. 83, n. 4, p. 329-334, 2007.
0021-7557
S0021-75572007000500008.pdf
S0021-75572007000500008
10.2223/JPED.1677
WOS:000254506500008
url http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/3861
http://dx.doi.org/10.2223/JPED.1677
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.ispartof.none.fl_str_mv Jornal de Pediatria
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv 329-334
dc.publisher.none.fl_str_mv Sociedade Brasileira de Pediatria
publisher.none.fl_str_mv Sociedade Brasileira de Pediatria
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UNIFESP
instname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
instacron:UNIFESP
instname_str Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
instacron_str UNIFESP
institution UNIFESP
reponame_str Repositório Institucional da UNIFESP
collection Repositório Institucional da UNIFESP
bitstream.url.fl_str_mv ${dspace.ui.url}/bitstream/11600/3861/1/S0021-75572007000500008.pdf
${dspace.ui.url}/bitstream/11600/3861/21/S0021-75572007000500008.pdf.txt
${dspace.ui.url}/bitstream/11600/3861/23/S0021-75572007000500008.pdf.jpg
bitstream.checksum.fl_str_mv 683b4a318356621eb4ccc4aea72d97a5
0c4b211512891bac83d03b222b701c00
8afeec2b6829d10012a17035ec8e9f3b
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1783460248950931456