Perfil neurocognitivo de adolescentes com Dor Musculoesquelética Idiopática

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Molina, Juliana [UNIFESP]
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNIFESP
Texto Completo: http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/9932
Resumo: Introdução: A dor musculoesquelética idiopática (DMEI) tem um impacto negativo na qualidade de vida dos pacientes e dos familiares. Muitos pacientes são avaliados do ponto de vista físico e não se dá a ênfase adequada aos aspectos psicológicos, especialmente estresse, depressão e alterações cognitivas entre outros. Objetivos: 1) avaliar o funcionamento da memória e 2) investigar aspectos como sono, estresse, depressão, comportamento e qualidade de vida em uma amostra de adolescentes com DMEI. Métodos: foram avaliados 19 adolescentes com DMEI e 20 controles pareados, aparentemente saudáveis através de escalas investigativas de alterações de humor, sono, estresse e qualidade de vida, além de uma bateria de testes neuropsicológicos.Resultados: A amostra do estudo foi composta predominantemente por meninas (84%) não havendo diferenças quanto ao nível socioeconômico - classe B2. A ocorrência de sintomas de depressão e dificuldades atencionais não diferiu entre os grupos, sendo que 26% dos pacientes com DMEI apresentaram escores indicativos de depressão, ocorrendo o mesmo com 30% do grupo controle. Em relação a qualidade de vida, sono e estresse, os pacientes demonstram piores escores em relação ao grupo controle, sendo que 78,9% dos adolescentes do grupo DMEI apresentavam critérios para diagnóstico de estresse, ao que apenas 35% ocorria nos adolescentes do grupo controle. Em ambos os grupos, os escores observados classificam os adolescentes como na fase de resistência (intermediária) e na fase de exaustão (fase patológica) do estresse, sendo que o grupo DMEI apresentou maiores queixas sintomáticas no âmbito físico e emocional. Na avaliação neurocognitiva,prejuízos significativos na memória não foram demonstrados.Conclusões: Adolescentes com DMEI não apresentarem prejuízos cognitivos como os evidenciados em adultos com dor musculoesquelética. Contudo, nossos achados sugerem um quadro intermediário-avançado de estresse vivenciado por estes adolescentes e com conseqüente prejuízo na qualidade de vida. Intervenções biopsicossociais são de grande importância para a minimização do impacto da dor crônica na qualidade de vida e melhora do prognóstico.
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Métodos: foram avaliados 19 adolescentes com DMEI e 20 controles pareados, aparentemente saudáveis através de escalas investigativas de alterações de humor, sono, estresse e qualidade de vida, além de uma bateria de testes neuropsicológicos.Resultados: A amostra do estudo foi composta predominantemente por meninas (84%) não havendo diferenças quanto ao nível socioeconômico - classe B2. A ocorrência de sintomas de depressão e dificuldades atencionais não diferiu entre os grupos, sendo que 26% dos pacientes com DMEI apresentaram escores indicativos de depressão, ocorrendo o mesmo com 30% do grupo controle. Em relação a qualidade de vida, sono e estresse, os pacientes demonstram piores escores em relação ao grupo controle, sendo que 78,9% dos adolescentes do grupo DMEI apresentavam critérios para diagnóstico de estresse, ao que apenas 35% ocorria nos adolescentes do grupo controle. Em ambos os grupos, os escores observados classificam os adolescentes como na fase de resistência (intermediária) e na fase de exaustão (fase patológica) do estresse, sendo que o grupo DMEI apresentou maiores queixas sintomáticas no âmbito físico e emocional. Na avaliação neurocognitiva,prejuízos significativos na memória não foram demonstrados.Conclusões: Adolescentes com DMEI não apresentarem prejuízos cognitivos como os evidenciados em adultos com dor musculoesquelética. Contudo, nossos achados sugerem um quadro intermediário-avançado de estresse vivenciado por estes adolescentes e com conseqüente prejuízo na qualidade de vida. Intervenções biopsicossociais são de grande importância para a minimização do impacto da dor crônica na qualidade de vida e melhora do prognóstico.Introduction: Idiopathic musculoskeletal pain(IMP) had a negative impact on the quality of life of patients and relatives. Many patients are assessed from physical aspect, and proper attention is not given anymore to psychological aspects, specially stress, depression, and cognitive changes, among other characteristics. Objectives: 1) to assess memory functioning, and 2) to investigate aspects such as sleep, stress, depression, behavior, and quality of life in a sample of adolescents with idiopathic musculoskeletal pain.Methods: Nineteen adolescents with idiopathic musculoskeletal pain and twenty apparently healthy controls were assessed through investigative scales for humor, sleep, stress, and quality of life, in addition to a neuropsychological test battery. Results: The study sample consisted of girls (84%) predominantly, having not differences regarding socioeconomic status – level B2. The occurrence of depression symptoms and attention difficulties were not different between groups, where 26% of IMP patients had indicating scores for depression, the same for 30% of control group. Regarding quality of life, sleep, and stress, patients have demonstrated worse scores in relation to control group, and 78.95% of IMP adolescents had criteria for stress diagnosis, whereas only 35% occurred in control group adolescents. In both groups, observed scores classify adolescents as in resistance phase (intermediate) and exhaustion phase (pathological) of stress, and IMP group had more frequently symptomatic complaints in physical and emotional aspect. In the neurocognitive assessment, significant impairments on memory were not demonstrated. Conclusion: Adolescents with idiopathic musculoskeletal pain had not cognitive impairments as those noted in adults with musculoskeletal pain. However, our findings suggest intermediate to advanced stress experienced by these adolescents, with subsequent impairment on quality of life. Biopsychosocial interventions are of great importance to minimize chronic pain impact on quality of life and prognosis improvement.TEDEBV UNIFESP: Teses e dissertações70 p.porUniversidade Federal de São Paulo (UNIFESP)AdolescenteFibromialgiaTestes neuropsicológicosMemóriaFibromyalgiaAdolescentMemoryNeuropsychological testsPerfil neurocognitivo de adolescentes com Dor Musculoesquelética IdiopáticaNeurocognitive profile of Adolescents with Idiopathic musculoskeletal paininfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIFESPinstname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)instacron:UNIFESPSão Paulo, Escola Paulista de Medicina (EPM)Pediatria e Ciências Aplicadas à Pediatria - EPMORIGINALPublico-293.pdfPublico-293.pdfapplication/pdf1614384${dspace.ui.url}/bitstream/11600/9932/1/Publico-293.pdf57e7e25d3a4349253145d9553bbde5e0MD51open accessTEXTPublico-293.pdf.txtPublico-293.pdf.txtExtracted texttext/plain114634${dspace.ui.url}/bitstream/11600/9932/3/Publico-293.pdf.txtfc7a0f3f69024b8ec9ddfa4c7fc3c2faMD53open accessTHUMBNAILPublico-293.pdf.jpgPublico-293.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg3753${dspace.ui.url}/bitstream/11600/9932/5/Publico-293.pdf.jpg63cdcf8febb4cfc90c91ec925703dbc5MD55open access11600/99322022-07-29 18:04:30.534open accessoai:repositorio.unifesp.br:11600/9932Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.unifesp.br/oai/requestopendoar:34652023-05-25T12:25:18.699259Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)false
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