Valor prognóstico da creatinofosfoquinase no pós-operatório de clipagem de aneurisma cerebral

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cetl, Atsuko Nakagami [UNIFESP]
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNIFESP
Texto Completo: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=4241796
http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/47096
Resumo: Introdução: A hemorragia subaracnóidea (HSA) decorrente de aneurisma cerebral sempre foi uma preocupação na prática clínica por sua alta morbimortalidade. Apesar de existir uma vasta literatura sobre os fatores de mau ou bom prognósticos, nenhum deles isoladamente mostrou ser efetivo. A creatinofosfoquinase (CPK) e a fração CKBB (encontrada no tecido cerebral) têm sido relatadas na literatura como indicadores de lesão cerebral. Objetivos: Comparar os valores da CPK no pós-operatório imediato (POI) entre os grupos HSA (sangramento previamente à cirurgia) e Incidental (não apresentaram sangramento); e observar o seu valor prognóstico nesta amostra. Casuística e métodos: Trata-se de um estudo observacional e retrospectivo, com análise dos prontuários de pacientes provenientes do movimento neuroanestésico do Centro Cirúrgico do Hospital São Paulo ? Escola Paulista de Medicina ? EPM e submetidos a craniotomia para clipagem de aneurisma cerebral no período de 2008 a 2012, com pós-operatório na Unidade de Terapia Neuro-Intensiva e na Enfermaria de Neurocirurgia. Os critérios de inclusão foram paciente que tivessem dosagem de CPK no POI e/ou no Primeiro PO, e que foram submetidos a clipagem de aneurisma cerebral. Os critérios para exclusão de pacientes foram: pacientes que não tiveram a CPK e/ou CKMB coletados no pós-operatório; cirurgia de aneurisma cerebral realizada com técnica de parada circulatória total; quando os prontuários eletrônico e/ou impresso não foram localizados. Foram localizados 195 pacientes adultos (30 a 70 anos de idade), sendo que 45 foram excluídos. Assim, a amostra final foi composta de 150 pacientes, nos quais foram colhidos dados demográficos, clínicos, laboratoriais e cirúrgicos. Resultados: dos 150 pacientes, 99 tiveram HSA e 51 aneurisma incidental. A média de idade estava na sexta década para ambos os grupos, com predomínio feminino em ambos os grupos (69 mulheres no grupo HSA e 47 mulheres no grupo incidental), mas significativamente mais homens no grupo com HSA do que no grupo incidental; não houve diferença significante quanto às frequências de pacientes de etnias branca e afro-descendente quando comparados os dois grupos. Quanto ao aspecto clínico, a maioria dos pacientes apresentavam hipertensão arterial sistêmica (73,2% dos pacientes do grupo HSA e 67,7% dos pacientes do grupo incidental) e história de tabagismo (57,7% dos pacientes do grupo HSA e 54,8% dos pacientes do grupo incidental) e em proporção maior que a população geral. Em relação à escala de Hunt e Hess, houve maior número de pacientes com graduação 1 e 2, e valor significativamente maior no sexo feminino. Quanto à escala de Fisher, o grupo feminino apresentou significativamente pior graduação (3-4). O vasoespasmo foi significantemente mais frequente no grupo HSA, porém não houve diferença em relação às outras complicações clínicas, como a infecção, distúrbio hidro-eletrolítico, re-operação, re-intubação, IRA (insuficiência renal aguda), AVC (acidente vascular cerebral) e óbito. Houve significantemente maior número de dias de internação na UTI (unidade de terapia intensiva) e maior número de dias de VM (ventilação xv mecânica) no grupo HSA do que no incidental. Quanto aos aspectos cirúrgicos, os aneurismas de circulação anterior foram mais frequentes; não houve diferença entre os grupos em relação ao tempo cirúrgico e a frequência de clipagem temporária, mas houve maior número de rotura intra-operatória do aneurisma no grupo HSA. Quanto ao aspecto laboratorial, os valores de CPK do POI (pós-operatório imediato) foram significantemente maiores no grupo HSA (mediana de 366 UI/L com percentis 25%-75% de 235-544) do que no grupo aneurisma incidental (mediana de 291 UI/ com percentis 25%-75% de 235-372,5 UI/L). Não houve diferença significante entre os valores de CPK quando comparados os grupos sem e com vasoespasmo, sem e com re-operações, sem e com rotura intra-operatória, sem e com clipagem temporária; não houve correlação dos valores de CPK com idade, duração de cirurgia e tempo de ventilação mecânica. A análise intragrupo dos pacientes com HSA foi realizada devido à diferença dos valores de CPK do POI entre os subgrupos feminino e masculino: não houve diferença quanto à etnia entre esses subgrupos; não houve diferença quanto ao número de pacientes quando analisados os distúrbios hidro-eletrolíticos, re-intubação, infecção, dias de ventilação mecânica ou dias de internação na UTI. Entretanto, houve diferença significante quando comparadas a duração da cirurgia, havendo correlação positiva entre os valores de CPK do POI e tempo de cirurgia (correlação baixa). Além disso, houve aumento significante dos valores da CPK entre os pacientes com alteração hidro-eletrolítica, e houve correlação baixa entre os valores da CPK do grupo HSA e os valores da glicemia. Conclusões: No pós-operatório imediato (POI) de clipagem de aneurisma cerebral, os valores da CPK foram significantemente maiores no grupo HSA (sangramento previamente à cirurgia); houve aumento dos valores absolutos da CPK no pós-operatório imediato de clipagem de aneurisma cerebral em relação aos valores normais, com aumento adicional no primeiro pós-operatório; o aumento de CPK foi maior nos homens com HSA, na presença de alterações hidro-eletrolíticas e com maior duração de cirurgia; não houve correlação entre CPK e o prognóstico do paciente considerando as variáveis analisadas no presente estudo.
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A creatinofosfoquinase (CPK) e a fração CKBB (encontrada no tecido cerebral) têm sido relatadas na literatura como indicadores de lesão cerebral. Objetivos: Comparar os valores da CPK no pós-operatório imediato (POI) entre os grupos HSA (sangramento previamente à cirurgia) e Incidental (não apresentaram sangramento); e observar o seu valor prognóstico nesta amostra. Casuística e métodos: Trata-se de um estudo observacional e retrospectivo, com análise dos prontuários de pacientes provenientes do movimento neuroanestésico do Centro Cirúrgico do Hospital São Paulo ? Escola Paulista de Medicina ? EPM e submetidos a craniotomia para clipagem de aneurisma cerebral no período de 2008 a 2012, com pós-operatório na Unidade de Terapia Neuro-Intensiva e na Enfermaria de Neurocirurgia. Os critérios de inclusão foram paciente que tivessem dosagem de CPK no POI e/ou no Primeiro PO, e que foram submetidos a clipagem de aneurisma cerebral. Os critérios para exclusão de pacientes foram: pacientes que não tiveram a CPK e/ou CKMB coletados no pós-operatório; cirurgia de aneurisma cerebral realizada com técnica de parada circulatória total; quando os prontuários eletrônico e/ou impresso não foram localizados. Foram localizados 195 pacientes adultos (30 a 70 anos de idade), sendo que 45 foram excluídos. Assim, a amostra final foi composta de 150 pacientes, nos quais foram colhidos dados demográficos, clínicos, laboratoriais e cirúrgicos. Resultados: dos 150 pacientes, 99 tiveram HSA e 51 aneurisma incidental. A média de idade estava na sexta década para ambos os grupos, com predomínio feminino em ambos os grupos (69 mulheres no grupo HSA e 47 mulheres no grupo incidental), mas significativamente mais homens no grupo com HSA do que no grupo incidental; não houve diferença significante quanto às frequências de pacientes de etnias branca e afro-descendente quando comparados os dois grupos. Quanto ao aspecto clínico, a maioria dos pacientes apresentavam hipertensão arterial sistêmica (73,2% dos pacientes do grupo HSA e 67,7% dos pacientes do grupo incidental) e história de tabagismo (57,7% dos pacientes do grupo HSA e 54,8% dos pacientes do grupo incidental) e em proporção maior que a população geral. Em relação à escala de Hunt e Hess, houve maior número de pacientes com graduação 1 e 2, e valor significativamente maior no sexo feminino. Quanto à escala de Fisher, o grupo feminino apresentou significativamente pior graduação (3-4). O vasoespasmo foi significantemente mais frequente no grupo HSA, porém não houve diferença em relação às outras complicações clínicas, como a infecção, distúrbio hidro-eletrolítico, re-operação, re-intubação, IRA (insuficiência renal aguda), AVC (acidente vascular cerebral) e óbito. Houve significantemente maior número de dias de internação na UTI (unidade de terapia intensiva) e maior número de dias de VM (ventilação xv mecânica) no grupo HSA do que no incidental. Quanto aos aspectos cirúrgicos, os aneurismas de circulação anterior foram mais frequentes; não houve diferença entre os grupos em relação ao tempo cirúrgico e a frequência de clipagem temporária, mas houve maior número de rotura intra-operatória do aneurisma no grupo HSA. Quanto ao aspecto laboratorial, os valores de CPK do POI (pós-operatório imediato) foram significantemente maiores no grupo HSA (mediana de 366 UI/L com percentis 25%-75% de 235-544) do que no grupo aneurisma incidental (mediana de 291 UI/ com percentis 25%-75% de 235-372,5 UI/L). Não houve diferença significante entre os valores de CPK quando comparados os grupos sem e com vasoespasmo, sem e com re-operações, sem e com rotura intra-operatória, sem e com clipagem temporária; não houve correlação dos valores de CPK com idade, duração de cirurgia e tempo de ventilação mecânica. A análise intragrupo dos pacientes com HSA foi realizada devido à diferença dos valores de CPK do POI entre os subgrupos feminino e masculino: não houve diferença quanto à etnia entre esses subgrupos; não houve diferença quanto ao número de pacientes quando analisados os distúrbios hidro-eletrolíticos, re-intubação, infecção, dias de ventilação mecânica ou dias de internação na UTI. Entretanto, houve diferença significante quando comparadas a duração da cirurgia, havendo correlação positiva entre os valores de CPK do POI e tempo de cirurgia (correlação baixa). Além disso, houve aumento significante dos valores da CPK entre os pacientes com alteração hidro-eletrolítica, e houve correlação baixa entre os valores da CPK do grupo HSA e os valores da glicemia. Conclusões: No pós-operatório imediato (POI) de clipagem de aneurisma cerebral, os valores da CPK foram significantemente maiores no grupo HSA (sangramento previamente à cirurgia); houve aumento dos valores absolutos da CPK no pós-operatório imediato de clipagem de aneurisma cerebral em relação aos valores normais, com aumento adicional no primeiro pós-operatório; o aumento de CPK foi maior nos homens com HSA, na presença de alterações hidro-eletrolíticas e com maior duração de cirurgia; não houve correlação entre CPK e o prognóstico do paciente considerando as variáveis analisadas no presente estudo.Introduction: Subarachnoid hemorrhage (SAH) due to cerebral aneurysm has always been a concern in clinical practice for its high morbidity and mortality. Although there is a vast literature on the bad or good prognostic factors, none of them alone has shown to be effective. The creatine phosphokinase (CPK ) and CKBB fraction ( found in brain tissue ) have been reported in the literature as indicators of brain injury . Objective: To compare the values of CPK in the immediate postoperative period (IPO) between HSA (bleeding prior to surgery) and incidental (bleeding was not presented) groups; and to observe its prognostic value in this sample. Casuistry and Methods: This was an observational and retrospective study, analyzing the medical records of patients from the neuroanesthetic movement of the Surgical Center of the Hospital São Paulo - Paulista Medical School - EPM that undergone craniotomy for brain aneurysm clamping within the period 2008-2012, with postoperative care in the Neuro-Intensive Care Unit and in the Nursing Unit of Neurosurgery. Inclusion criteria were patients who had CPK dosage in the IPO and / or the first postoperative day and undergone clipping of cerebral aneurysm. The exclusion criteria were: patients who did not have CPK and / or CKMB collected postoperatively; brain aneurysm surgery performed with total circulatory arrest technique; when the electronic and / or printed records were not found. 195 adult patients were found (30 to 70 years old), 45 were excluded. Thus, the final sample consisted of 150 patients, in which demographic, clinical, laboratory and surgical data were collected. Results: Out of 150 patients, 99 had HSA and 51 incidental aneurysm. The average age was in the sixth decade for both groups, with female predominance in both groups (69 women in the HSA group and 47 women in the incidental group), but significantly more males in the group of HSA than in the incidental group; there was no significant difference in the frequency of ethnic groups white and African descent patients when comparing the two groups. Regarding the clinical aspect, most of the patients had hypertension (73.2% of patients in the HSA group and 67.7% of patients in the incidental group), and history of smoking (57.7% of patients in group HSA and 54.8% of patients in the incidental group) and in greater proportion than general population. In relation to the Hunt and Hess scale, a greater number of patients had grade 1 and 2, and for the Fisher scale, the female group had the worst grade (3-4). The vasospasm was more frequent in the HSA group, but there was not difference with other clinical complications, such as infection, fluid and electrolyte disturbance, re-operation, re-intubation, ARI (acute renal failure), stroke and death. There was a significant increase of number of days in the ICU (intensive care unit) and number of days of mechanical ventilation (MV) in the HSA versus the incidental group. For the surgical aspects, the anterior circulation aneurysms were more frequent; there was no difference between groups in relation to the surgical time and the frequency of temporary clipping, but there was a higher number of aneurysm intraoperative rupture in the HSA group. For the laboratory aspects, CPK values of IPO (immediate postoperative period) were significantly higher in the HSA group (median, 366 UI / L with percentiles 25% -75% of 235-544) than in the incidental aneurysm group (median 291 UI / percentiles of 25% -75% from 235 to 372.5 IU / L); there was no significant difference between CPK levels when comparing the groups with and without vasospasm, with and without re-operations, with and without intraoperative rupture, with and without temporary clipping. There was no correlation of CPK values with age, duration of surgery and mechanical ventilation. The intra-group analysis of patients with HSA was performed due to the difference of CPK values of POI between the male and female subgroups: there was no difference in ethnicity between these subgroups; there was no difference in the number of patients when analyzing the hidro-electrolytic disorders, re-intubation, infection, days of mechanical ventilation or length of stay in the ICU. However, there was significant difference when the duration of surgery was compared, with positive correlation between CPK levels of the POI and surgery time (but low correlation). Futhermore, there was a significant increase in the values of CPK in patients with hidro-electrolytic changes, and there was low correlation between the values of CPK in the HSA group and blood glucose values. Conclusions: In the immediate postoperative period (IPO) of cerebral aneurysm clipping, the values of CPK were significantly higher in the HSA group (bleeding prior to surgery); there was an increase of the absolute values of CPK in the immediate postoperative period of brain aneurysm clipping in relation to the normal values, with further increase in the first postoperative ; the increase of CPK was higher in men with HSA, in the presence of hydro-electrolytic alterations and with longer duration of surgery; there was no correlation between CPK and the patient's prognosis considering the variables analyzed in this study.Dados abertos - Sucupira - Teses e dissertações (2013 a 2016)107 f.porUniversidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Aneurisma intracranianoHemorragia subaracnóideaCreatinoquinaseEvolução clínicaIntracranial aneurysmSubarachnoid hemorrhageCreatinekinaseClinical evolutionValor prognóstico da creatinofosfoquinase no pós-operatório de clipagem de aneurisma cerebralPrognostic value of creatine kinase after cerebral aneurysm clippinginfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIFESPinstname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)instacron:UNIFESPEscola Paulista de Medicina (EPM)Neurologia - NeurociênciasCiências da saúdeMedicinaORIGINALAtsuko Nakagami Cetl PDF A.pdfAtsuko Nakagami Cetl PDF A.pdfDissertação de mestradoapplication/pdf948942${dspace.ui.url}/bitstream/11600/47096/1/Atsuko%20Nakagami%20Cetl%20PDF%20A.pdf95824e1a10b589ead47ba11573764c21MD51open access11600/470962023-08-03 08:11:03.451open accessoai:repositorio.unifesp.br:11600/47096Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.unifesp.br/oai/requestopendoar:34652023-08-03T11:11:03Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)false
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A média de idade estava na sexta década para ambos os grupos, com predomínio feminino em ambos os grupos (69 mulheres no grupo HSA e 47 mulheres no grupo incidental), mas significativamente mais homens no grupo com HSA do que no grupo incidental; não houve diferença significante quanto às frequências de pacientes de etnias branca e afro-descendente quando comparados os dois grupos. Quanto ao aspecto clínico, a maioria dos pacientes apresentavam hipertensão arterial sistêmica (73,2% dos pacientes do grupo HSA e 67,7% dos pacientes do grupo incidental) e história de tabagismo (57,7% dos pacientes do grupo HSA e 54,8% dos pacientes do grupo incidental) e em proporção maior que a população geral. Em relação à escala de Hunt e Hess, houve maior número de pacientes com graduação 1 e 2, e valor significativamente maior no sexo feminino. Quanto à escala de Fisher, o grupo feminino apresentou significativamente pior graduação (3-4). O vasoespasmo foi significantemente mais frequente no grupo HSA, porém não houve diferença em relação às outras complicações clínicas, como a infecção, distúrbio hidro-eletrolítico, re-operação, re-intubação, IRA (insuficiência renal aguda), AVC (acidente vascular cerebral) e óbito. Houve significantemente maior número de dias de internação na UTI (unidade de terapia intensiva) e maior número de dias de VM (ventilação xv mecânica) no grupo HSA do que no incidental. Quanto aos aspectos cirúrgicos, os aneurismas de circulação anterior foram mais frequentes; não houve diferença entre os grupos em relação ao tempo cirúrgico e a frequência de clipagem temporária, mas houve maior número de rotura intra-operatória do aneurisma no grupo HSA. 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