Comparação entre diferentes equipamentos utilizados na avaliação do paciente para a cirurgia de catarata

• Autor(a) principal: Ventura, Bruna Vieira Oliveira Carvalho [UNIFESP]
• Data de Publicação: 2017
• Tipo de documento: Tese
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UNIFESP
• Texto Completo: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=5254084; http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/50516
• topic: Cirurgia de catarata; Avaliação pré-operatória; Dispositivos; Catarata; Cataract surgery; Preoperative evaluation; Devices; Cataract

Objetivos: Comparar as medidas do Cassini com as do Atlas 9000 e do Galilei G2 em olhos virgens e após cirurgia refrativa. Avaliar a repetibilidade das medidas de poder e astigmatismo corneanos obtidos pelo Cassini em olhos virgens, comparando-as às obtidas pelo Atlas 9000 e pelo Lenstar LS 900. Além disso, comparar as medidas biométricas e os cálculos do poder de lente intraocular (LIO) obtidos pelo Galilei G6 e pelo IOLMaster 500. Métodos: Retrospectivamente, foram coletados e comparados dados de poder, astigmatismo e aberrações corneanos medidos pelo Cassini (edição limitada), pelo Atlas 9000 e pelo Galilei G2 em olhos virgens e após cirurgia refrativa. Prospectivamente, três exames consecutivos foram obtidos em olhos virgens com o Cassini (versão 1.0), o Atlas 9000 e o Lenstar LS 900. O coeficiente de correlação intraclasse (ICC) e o desvio padrão intrínseco ao sujeito (Sw) foram calculados. O astigmatismo foi avaliado utilizando análise vetorial. Também, foram comparados os seguintes dados do Galilei G6 e do IOLMaster 500: diâmetro axial (AL), ceratometria (K), profundidade de câmara anterior (ACD) e cálculo do poder de lente para obter emetropia, usando uma LIO Acrysof SN60WF e a fórmula Haigis. O limite de concordância (LoA) de 95% entre os aparelhos foi calculado. Resultados: Na análise retrospectiva, não houve diferença estatisticamente significante entre os aparelhos na média do poder corneano medido em olhos virgens e após cirurgia refrativa nem na média da magnitude do astigmatismo em olhos após cirurgia refrativa (todos P > 0,05). Nos dois grupos de pacientes, não houve diferença significante na média do coma e da aberração esférica obtida pelos aparelhos (P > 0,05). Na análise prospectiva, o Cassini, o Atlas 9000 e o Lenstar LS 900 apresentaram uma boa repetibilidade (ICC > 0,9) nas medidas de poder corneano e de astigmatismo, exceto pelo Atlas 9000 em relação ao J45 (ICC = 0,721). Segundo o Sw, o Cassini teve uma pior repetibilidade que o Lenstar LS 900 em relação ao poder corneano (P < 0,0001) e, em relação ao Lenstar LS 900 (P = 0,0002) e ao Atlas 9000 (P = 0,002), quanto à magnitude do astigmatismo. O Galilei G6 e o IOLMaster 500 obtiveram médias estatisticamente semelhantes de AL, K, ACD e poder de LIO escolhido para atingir emetropia (LoA de 95%: 0,27 mm; 1,08 dioptrias (D); 0,66 mm e 1,56 D, respectivamente). Conclusão: Em olhos virgens e após cirurgia refrativa, o Cassini, o Atlas 9000 e o Galilei G2 obtiveram médias semelhantes de poder corneano, astigmatismo corneano, coma e aberração esférica. O Cassini obteve boa repetibilidade nas medidas de poder corneano e astigmatismo, porém sua performance foi inferior à do Lenstar LS 900 na medida do poder corneano e à do Lenstar LS 900 e à do Atlas 9000 na medida da magnitude do astigmatismo. O Galilei G6 e o IOLMaster obtiveram médias semelhantes das medidas biométricas e do poder de LIO escolhido para obter emetropia. Entretanto, a ampla discordância entre as medidas sugere que os aparelhos não devam ser usados de forma intercambiáveis.