Tratamento cirúrgico do hiperparatireoidismo relacionado a doença renal crônica: adequação à realidade brasileira e avaliação da técnica do autoenxerto.

• Autor(a) principal: Neves, Murilo Catafesta das [UNIFESP]
• Data de Publicação: 2018
• Tipo de documento: Tese
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UNIFESP
• Texto Completo: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=6466426; https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/52502
• topic: Hiperparatireoidismo; Doença renal crônica; Paratireoidectomia; Paratireoide; Hyperparathyroidism; Chronic kidney disease; Parathyroidectomy; Parathyroid; Chronic kidney disease

Introdução: O tratamento cirúrgico do hiperparatireoidismo relacionado à doença renal crônica é desafiador mesmo para cirurgiões experientes. Ao longo dos anos, tecnologias adjuvantes foram sendo incorporadas a cirurgia a fim de auxiliar a equipe médica a melhorar os resultados cirúrgicos. Entretanto, em países mais pobres e com restrição de acesso a essas tecnologias, a equipe médica apresenta dúvidas sobre a efetividade do tratamento cirúrgico e acaba limitando sua utilização de forma mais rotineira. Objetivo: O objetivo é avaliar a efetividade da paratireoidectomia para tratamento do hiperparatireoidismo secundário sem a utilização de tecnologias adjuvantes. Método: Por um período de 5 anos, pacientes com hiperparatireoidismo com falha de tratamento clínico foram tratados com cirurgia. Paratireoidectomia total com autoenxerto e paratireoidectomia subtotal foram os procedimentos realizados. As cirurgias foram realizadas em um hospital de atendimento terciário da rede pública de saúde do Brasil, com limitado acesso a tecnologias adjuvantes. Congelação intraoperatória, monitorização de nervos laríngeos e cirurgia radioguiada não foram utilizadas. Dosagem do paratormônio intraoperatório e exames localizatórios préoperatórios foram utilizados com restrições. Resultados: Um total de 518 pacientes, sendo 128 com hiperparatireoidismo secundário e 390 após transplante renal foram tratados cirurgicamente. Paratireoidectomia total foi realizada em 81,5%, subtotal em 12,4%; sendo que 6,1% apresentaram falha cirúrgica inicial. De todas as falhas, apenas 1,4% necessitaram de uma segunda cirurgia, determinando que 98,6% dos pacientes se beneficiaram com a primeira cirurgia. As complicações comuns como hematomas e paresia de prega vocal ocorreu em 1,9% e 1,5% dos pacientes. Conclusão: A cirurgia é segura e reprodutível mesmo sem tecnologias adjuvantes.